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OBJECTIVE: We set out to evaluate whether changes in N-terminal pro-brain natriuretic peptide (proBNP) can predict changes in functional capacity, as determined by cardiopulmonary exercise testing (CPET), in patients with chronic heart failure (CHF) due to dilated cardiomyopathy (DCM). METHODS: We studied 37 patients with CHF due to DCM, 81% non-ischemic, 28 male, who performed symptom-limited treadmill CPET, with the modified Bruce protocol, in two consecutive evaluations, with determination of proBNP after 10 minutes rest prior to CPET. The time between evaluations was 9.6+/-5.5 months, and age at first evaluation was 41.1+/-13.9 years (21 to 67). RESULTS IN THE FIRST AND SECOND EVALUATIONS RESPECTIVELY WERE: NYHA functional class >II 51% and 16% (p<0.001), sinus rhythm 89% and 86.5% (NS), left ventricular ejection fraction 24.9+/-8.9% and 26.6+/-8.6% (NS), creatinine 1.03+/-0.25 and 1.09+/-0.42 mg/dl (NS), taking ACE inhibitors or ARBs 94.5% and 100% (NS), beta-blockers 73% and 97.3% (p<0.001), and spironolactone 89% and 89% (NS). We analyzed the absolute and percentage variation (AV and PV) in peak oxygen uptake (pVO2--ml/kg/min) and proBNP (pg/ml) between the two evaluations. RESULTS: (1) pVO2 AV: -17.4 to 15.2 (1.9+/-5.7); pVO2 PV: -56.1 to 84% (11.0+/-25.2); proBNP AV: -12850 to 5983 (-778.4+/-3332.5); proBNP PV: -99.0 to 379.5% (-8.8+/-86.3); (2) The correlations obtained--r value and p value [r (p)]--are shown in the table below; (3) We considered that a coefficient of variation of pVO2 PV of >10% represented a significant change in functional capacity. On ROC curve analysis, a proBNP PV value of 28% showed 80% sensitivity and 79% specificity for pVO2 PV of >10% (AUC=0.876, p=0.01, 95% CI 0.75 to 0.99). CONCLUSIONS: In patients with CHF due to DCM, changes in proBNP values correlate with variations in pVO2, as assessed by CPET. However, our results suggest that only a proBNP PV of >28% predicts a significant change in functional capacity.

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Introduction:Women with antiphospholipid syndrome(APS) may suffer from recurrent miscarriage, fetal death, fetal growth restriction (FGR), pre-eclampsia, placental abruption, premature delivery and thrombosis. Treatment with aspirin and low molecular weight heparin (LMWH) combined with close maternal-fetal surveillance can change these outcomes. Objective: To assess maternal and perinatal outcome in a cohort of Portuguese women with primary APS. Patients and Methods: A retrospective analysis of 51 women with primary APS followed in our institution (January 1994 to December 2007). Forty one(80.4%) had past pregnancy morbidity and 35.3%(n=18) suffered previous thrombotic events. In their past they had a total of 116 pregnancies of which only 13.79 % resulted in live births. Forty four patients had positive anticardiolipin antibodies and 33 lupus anticoagulant. All women received treatment with low dose aspirin and LMWH. Results: There were a total of 67 gestations (66 single and one multiple). The live birth rate was 85.1%(57/67) with 10 pregnancy failures: seven in the first and second trimesters, one late fetal death and two medical terminations of pregnancy (one APS related). Mean (± SD) birth weight was 2837 ± 812 g and mean gestational age 37 ± 3.3 weeks. There were nine cases of FGR and 13 hypertensive complications(4 HELLP syndromes). 54.4% of the patients delivered by caesarean section. Conclusions: In our cohort, early treatment with aspirin and LMWH combined with close maternal-fetal surveillance was associated with a very high chance of a live newborn.

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Introdução: A exposição a animais domésticos tem uma prevalência significativa e aparentemente crescente. A relação complexa entre exposição alergénica, sensibilização e clínica tem sido recentemente alvo de controvérsia, discutindo-se se a exposição a animais será um factor de risco / protector para o desenvolvimento de sensibilização e posterior doença alérgica. Objectivo: Caracterizar uma população da consulta de Imunoalergologia do Hospital de Dona Estefânia relativamente à exposição a animais domésticos, sensibilização alergénica e presença de sintomas relacionados com o contacto. Material e métodos: Foi aplicado um questionário, caracterizando a exposição a animais domésticos e a ocorrência de manifestações clínicas, sendo realizados testes cutâneos por picada para aeroalergénios em doentes observados em primeira consulta durante o primeiro trimestre de 2003. Resultados: Foram incluídos 167 doentes, 67,1 % com idade inferior a 16 anos, média etária de 17,1 anos (1 a 70 anos), ratio M/F:1,1/1. 80,8 % dos doentes tem contacto actual com animais domésticos, 62,2 % em casa e 37,8 % na escola / trabalho ou casa de amigos. O cão era o animal doméstico mais prevalente, correspondendo a 80 % dos casos de contacto actual; 46 % estavam expostos agatos e 37 % tinham contacto regular com outros animais. Praticamente todos os doentes (88,6 %) tinham na actualidade, ou no passado, contacto com animais domésticos: cão-83,1 %, gato-51,4 %, outro 47,3 %. Em relação à sensibilização alergénica, 61,7 % eram atópicos, 18,4 % sensibilizados a cão e 19,4 % sensibilizados a gato. Em relação à associação entre exposição (actual e/ou passada) e sintomatologia relacionada com a mesma, observou-se esta relação em 14,6 % dos doentes relativamente a cão e em 23,7 % dos doentes relativamente a gato. Dos doentes com exposição actual e/ou passada a cão vs gato, apenas 12,2 % vs 21,1 % estavam sensibilizados. Observou-se associação de exposição regular alguma vez e sintomatologia e sensibilização para cão vs gato em 3,3 % vs 9,2 %. O contacto actual e passado com gato está associado a um maior risco de asma do que um contacto só no passado ou só actual. O contacto com gato (actual e/ou passado) está associado a maior risco de desenvolvimento de sensibilização para gato e sintomatologia com contacto. Discussão: A exposição a animais domésticos tem uma prevalência significativa nos nossos doentes, embora apenas uma pequena percentagem dos doentes apresente sensibilização e/ou sintomas associados a exposição. No entanto, em alguns casos observa-se ocorrência de sintomatologia sem evidência de sensibilização.

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Objectivo: Analisar e caracterizar uma amostra de doentes de uma consulta de inflamação ocular. Material e Métodos: Análise retrospectiva de 503 consultas realizadas por um clínico entre 1 de Agosto de 2012 e 31 de Agosto de 2013 no Centro Hospitalar de Lisboa Central com recurso aos respectivos processos clínicos. Na análise da casuística da consulta foram incluídos 151 doentes. Desses, 24 padeciam de doenças auto-imunes em seguimento para monitorização de toxicidade a fármacos mas sem registo de qualquer episódio de uveíte, pelo que foram excluídos da avaliação estatística referente às uveítes. Dos 127 doentes com uveíte foram incluídos 197 olhos. Resultados: A média de idades foi de 53,8±16,5 anos, sendo 60% do sexo feminino e 40% masculino. A inflamação foi bilateral em 70 e unilateral em 57 doentes. O tipo de uveíte mais frequente foi a anterior (51,2%), seguida da panuveíte (21,3%), posterior (19,7%), intermédia (3,9%), episclerite (3,2%) e esclerite (0,8%). As etiologias foram agrupadas em: doenças sistémicas (34%), doenças infecciosas (30%), idiopáticas (27%) e patologias oculares específicas (9%). A acuidade visual média nos olhos com uveíte anterior foi 0.8, panuveíte 0.2, uveíte posterior 0.2, uveíte intermédia 0.7, episclerite e esclerite 1.0. Dos 197 olhos com uveíte, 27 (13,7%) foram submetidos a cirurgia de catarata e 5 (2,5%) a cirurgia de glaucoma. Conclusões: Apesar de se tratar de uma amostra relativamente pequena, reveste-se de importância dado ser fundamental conhecer a realidade em cada centro de referência de forma a optimizar os recursos disponíveis e a melhorar a abordagem clínica.

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Introdução: A artrite séptica é uma entidade pouco frequente, cujo diagnóstico e tratamento precoces podem evitar sequelas graves. Em Janeiro de 2007, foi implementado no nosso hospital um protocolo de actuação com a finalidade de melhorar a abordagem das crianças com artrite séptica. Objectivos: Comparar resultados pré e pós-protocolo; avaliação do cumprimento do protocolo e dos efeitos da sua implementação na abordagem diagnóstica, terapêutica e morbilidade da artrite séptica. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo das crianças e adolescentes internadas por artrite séptica, durante 8 anos. Foram constituídos dois grupos: pré-protocolo (2003-2006) e pós-protocolo (2007-2010). Analisaram-se dados demográficos, clínicos, laboratoriais, imagiológicos, de terapêutica e evolução. Resultados: Foram incluídos 93 doentes (42 pré-protocolo; 51 pós-protocolo). Após a implementação do protocolo, verificou-se um aumento significativo das colheitas de líquido sinovial para análise citoquimica (0/42 (0%) vs 14/51 (27,5%), p<0.001) e bacteriológica (25/41 (59,5%) vs 45/51 (90,2%), risco relativo 1.52, IC 1,13-1,94). De igual modo, a avaliação de proteína C reactiva [37/42 (88,1%) vs 50/51 (98%); RR 1,11 (0,99-1,25)] e, principalmente, da velocidade de sedimentação [25/42 (40,5%) vs 41/51 (80,4%); RR 1.98 (1,34-2,94)] registaram aumentos. Verificou-se um aumento do isolamento de Staphylococcus aureus meticilino-resistente [1/42 (2,4%) vs 3/51 (5,9%); RR 2,47 (0,27-22,89)]. O esquema terapêutico foi instituído em conformidade com o protocolo em cerca de 60% dos casos e a duração da antibioticoterapia endovenosa foi ajustada em mais de três quartos dos casos (82%). Identificaram-se registos de seguimento na quase totalidade dos doentes (92,1%). Conclusão: Esta avaliação revelou uma melhoria global no padrão de cuidados prestados aos doentes com artrite séptica embora haja margem para evolução no futuro. O perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos permite manter a flucloxacilina na terapêutica empírica destas infecções. A elaboração de um protocolo nacional com a colaboração de outras instituições, poderá permitir uma melhor adesão, tendo em vista a optimização de resultados.

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Objectivos: 1) Caracterizar as falências mono (OF) e multiorgão (MOF) numa Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos em relação a; altura do internamento em que ocorrem; associação de orgãos em falência e evolução dos doentes com falência mono e multiorgão. 2) Avaliar a performance de um índice de gravidade, o Pediatric Risk of Mortality (PRISM), para a população total da Unidade e para o grupo das falências multiorgão. 3) Identificar marcadores de risco de mortalidade nos doentes com MOF. Métodos: Revisão de uma base de dados e análise retrospectiva de todos os doentes internados em relação aos critérios de OF e MOF, sugeridos por Wilkinson et al. População: Total de doentes internados na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos (UCIP) de um Hospital Terciário, durante um período de dois anos (Abril de 1991 a Março de 1993). Resultados Principais / Conclusões: Foram avaliados 1120 doentes, com uma média de idades de 45.9 ± 51.1 meses, sendo 961 (85.8%) médicos e 159 (14.2%) cirúrgicos. Eram previamente saudáveis 695 (62.1%), sendo os restantes 424 (37.9%) portadores de doença crónica. A mortalidade global foi de 5% (56/1120 doentes). Cento e oitenta e sete doentes (16.7%) preencheram critérios de falência mono-orgão (OF), destes, 180 (96.3%) estavam em OF já à entrada e 7 (3.7%) tiveram falência não simultânea de mais de um orgão. A mortalidade dos doentes com falência mono-orgão foi de 3.7% (7 doentes). Cento e um doentes (9.02%) tiveram falência multiorgão (MOF), definida como falência simultânea de dois ou mais orgãos, em qualquer altura do internamento. Existia MOF já à entrada em 90 doentes (89.1%). Houve 47 doentes com falência máxima de 2 orgãos (46.6%), 42 (41.6%) com falência de 3 orgãos. 10 (9.9%) com falência de 4 orgãos e 2 (1.98%) com falência de 5 orgãos. A mortalidade por número de orgãos em falência foi respectivamente de 23.4%; 66.7%; 80% e 100%. A mortalidade global dos doentes com falência multiorgão foi de 48.5% (49/101 doentes). O PRISM revelou um bom valor predictivo quando aplicado na totalidade dos doentes: discriminação (W) (avaliada pela área sob curvas ROC) W = 0.959 SE = 0.00085 e calibração (H) (avaliada pelo Hosmer-Lemesshow goodness-of-fit test) H = 13.217 p = 0.104. Estes valores permitem considerar este índice de gravidade como estando bem aferido para a população da Unidade. Quando aplicado ao grupo das MOF a discriminação foi aceitável (W = 0.732 SE = 0.036) mas a calibração foi má (H = 29.780 p = 0.00026). A análise multivariada mostrou que um score de PRISM % 15 e um número de orgãos em falência % 3, tanto na admissão como em qualquer altura do internamento, têm uma importância significativa na probabilidade de morte.

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Characterized native and recombinant Hevea brasiliensis (rHev b) natural rubber latex (NRL) allergens are available to assess patient allergen sensitization profiles. OBJECTIVE: Quantification of individual IgE responses to the spectrum of documented NRL allergens and evaluation of cross-reactive carbohydrate determinants (CCDs) for more definitive diagnosis. METHODS: Sera of 104 healthcare workers (HCW; 51 German, 21 Portuguese, 32 American), 31 spina bifida patients (SB; 11 German, 20 Portuguese) and 10 Portuguese with multiple surgeries (MS) were analysed for allergen-specific IgE antibody (sIgE) to NRL, single Hev b allergens and CCDs with ImmunoCAP technology. RESULTS: In all patient groups rHev b 5-sIgE concentrations were the most pronounced. Hev b 2, 5, 6.01 and 13 were identified as the major allergens in HCW and combined with Hev b 1 and Hev b 3 in SB. In MS Hev b 1 displayed an intermediate relevance. Different sIgE antibody levels to native Hevea brasiliensis (nHev b) 2 and rHev b 6.01 allowed discrimination of SB with clinical relevant latex allergy vs. those with latex sensitization. Sensitization profiles of German, Portuguese and American patients were equivalent. rHev b 5, 6.01 and nHev b 13 combined detected 100% of the latex-allergic HCW and 80.1% of the SB. Only 8.3% of the sera showed sIgE response to CCDs. CONCLUSIONS: Hev b 1, 2, 5, 6.01 and 13 were identified as the major Hev b allergens and they should be present in standardized latex extracts and in vitro allergosorbents. CCDs are only of minor relevance in patients with clinical relevant latex allergy. Component-resolved diagnostic analyses for latex allergy set the stage for an allergen-directed immunotherapy strategy