7 resultados para 196-1173B
Resumo:
A consulta de hipocoagulação de um hospital central contempla uma população bastante diversificada, pelo que uma melhor compreensão das características da mesma, poderá levar à melhoria da prestação de cuidados de saúde e à diminuição do número de complicações tromboembólicas (resultantes da patologia base) e hemorrágicas [resultantes da própria terapêutica anticoagulante (ACO)]. Objectivos: Avaliar as características da população que frequenta a consulta de hipocoagulação e analisar quais podem predizer um maior risco de complicações. Métodos: Utilizaram-se os dados colhidos por um médico através de um questionário colocado a doentes durante a consulta de hipocoagulação. Foram efectuados 101 questionários e avaliaram-se as características demográficas (sexo, idade, escolaridade, grau de analfabetismo), os factores de risco clássicos para doença coronária, o diagnóstico que levou ao início da ACO, a duração da ACO, a periodicidade da determinação e valores mínimos, máximos e à data do questionário de INR e as complicações desta terapêutica. Consideraram-se como complicações o aparecimento de fenómenos hemorrágicos e/ou tromboembólicos, no decurso da terapêutica hipocoagulante. Resultados: Foram estudados 101 doentes, 74 do sexo feminino (73,3%), com idade média de 6410 anos (21-85). A população analisada tinha 4,5 ± 3,5 anos de escolaridade, com 15% de analfabetismo. A maioria dos doentes iniciou ACO após colocação de prótese valvular mecânica (56,4%). Em cada doente existia em média 1 factor de risco para doença coronária. O número de meses de ACO era de 99,489 (1-360). Sessenta e seis doentes (65,3%) conheciam o motivo pelo qual iniciaram esta terapêutica. Cada doente tinha efectuado 1,20,6 determinações de INR por mês e tinha, em média, um tempo máximo sem verificação do mesmo de 6,210,4 semanas. Quarenta e cinco doentes sofreram alguma complicação tromboembólica e/ou hemorrágica no decurso da terapêutica ACO. Ocorreram 50 complicações hemorrágicas, em 41 doentes, das quais 7 motivaram internamento. Detectaram-se 7 episódios de tromboembolismo central ou periférico, em 7 doentes. Posteriormente, dividiu-se a população em dois grupos: grupo I – com complicações (GI) e grupo II – sem complicações (GII). GI – 45 doentes, idade média 63,59,1 anos (39-80) e GII – 56 doentes, idade média 64,711,3 anos (21-85). Nos doentes que iniciaram ACO por prótese mitral detectou-se um maior número de complicações (60,6% no GI e 39,4% no GII, p=0,024). Também nos doentes com INR máximo recomendado > 3 (55,2% no GI e 44,8% no GII, p=0,013) e nos que tinham sido sujeitos a terapêutica estomatológica (68,3% no GI e 31,7% no GII, p<0,001) se verificou um maior número de complicações. A duração da ACO foi o factor mais significativo para o aparecimento de complicações (GI – 138,196,5 meses, GII – 67,868,2 meses, p <0,00005). Na análise multivariada apenas a duração da ACO se manteve como factor preditivo independente. Conclusões: Na população existe uma percentagem importante de doentes com baixa escolaridade, que se poderá repercutir sobre a compreensão desta terapêutica específica, não tendo contudo, neste estudo, revelado influência significativa na taxa de complicações. O aparecimento de complicações durante a terapêutica anticoagulante é dependente da duração desta, do valor do INR máximo recomendado e da realização ou não de procedimentos estomatológicos, sendo o primeiro factor o mais significativo.
Resumo:
Exame físico (incluindo toque rectal). Ultrasonografia renal e da bexiga e/ou UIV Cistoscopia com descrição de tamanho, e localização do tumor (o diagrama da bexiga deve ser incluído). Urina Tipo II; Citologia urinária, RTU com biópsia da base tumoral. Biópsias de todas as áreas suspeitas; biópsias randomizadas na presença da citologia positiva, tumor >3cm, ou tumor não papilar; biópsia da uretra prostática em casos de Cis ou suspeita de carcionoma in situ. Quando o tumor da bexiga é invasivo e está indicado um tratamento radical, é mandatório RX do tórax, UIV e/ou tomografia axial computorizada abdominal e pélvica, Ultasonografia hepática, cintigrafia óssea se houver sintomas ou se fosfatase alcalina for elevada.
Resumo:
O autor, depois de fazer uma rápida revisão dos conhecimentos alcançados pela Medicina até 1900, ano em que Eça de Queiroz morreu em Paris, analisa as doenças que afligiram o escritor ao longo da sua vida, com especial destaque para aquela que o vitimou, e refere-se aos vários médicos que o trataram. Numa segunda parte, faz a revisão dos personagens-médicos presentes nos livros que escreveu, alguns dos quais desempenham um papel fundamental na estrutura da sua obra literária.
Resumo:
A reconstrução de defeitos nasais deve preservar a integridade das funções e expressões faciais. A localização do tumor, o tamanho, as camadas atingidas e a disponibilidade de tecido dador devem ser considerados, de modo a estabelecer o procedimento cirúrgico adequado. Em qualquer reconstrução nasal, é necessário ter em conta três camadas: revestimento interno, suporte cartilagíneo e revestimento externo. Os autores descrevem a reconstrução de um defeito de espessura total do terço inferior do nariz após excisão de carcinoma basocelular recidivado, com retalho septal mucoso ipsilateral para a reconstrução do revestimento interno, enxerto livre de cartilagem auricular para o suporte cartilagíneo e retalho de transposição nasogeniano para o revestimento externo, num único tempo cirúrgico e com resultado estético e funcional final aceitável.
Resumo:
Poor ventilation at day care centres (DCCs) was already reported, although its effects on attending children are not clear. This study aimed to evaluate the association between wheezing in children and indoor CO2 (a ventilation surrogate marker) in DCC and to identify behaviours and building characteristics potentially related to CO2. In phase I, 45 DCCs from Lisbon and Oporto (Portugal) were selected through a proportional stratified random sampling. In phase II, 3 months later, 19 DCCs were further reassessed after cluster analysis for the greatest difference comparison. In both phases, children’s respiratory health was assessed by ISAAC-derived questionnaires. Indoor CO2 concentrations and building characteristics of the DCC were evaluated in both phases, using complementary methods. Mixed effect models were used to analyze the data. In phase I, which included 3,186 children (mean age 3.1±1.5 years), indoor CO2 concentration in the DCC rooms was associated with reported wheezing in the past 12months (27.5 %) (adjusted odds ratio (OR) for each increase of 200 ppm 1.04, 95 % CI 1:01 to 1:07). In phase II, the association in the subsample of 1,196 children seen in 19 out of the initial 45 DCCs was not significant (adjusted OR 1.02, 95 % CI 0.96 to 1.08). Indoor CO2 concentration was inversely associated with the practices of opening Windows and internal doors and with higher wind velocity. A positive trend was observed between CO2 and prevalence of reported asthma (4.7 %). Conclusion: Improved ventilation is needed to achieve a healthier indoor environment in DCC.
Resumo:
Adhesions have important consequences for patients, surgeons, and health services. Peritonealtissue injury can be prevented by using careful surgical techniques. A large number of antiadhesion products have been used experimentally and clinically to prevent postoperative adhesions. Methods: The current author reviewed the surgical literature published about epidemiology, pathogenesis, and various prevention strategies of adhesion formation. Results: Meticulous surgery is essential to reduce unnecessary morbidity and mortality rates from these untoward effects of surgery. Several preventive agents against postoperative peritoneal adhesions have been investigated. Bioresorbable membranes are site-specific antiadhesion products but may be more difficult to use laparoscopically. Liquids and gels have the advantage of more-widespread areas of action and increased ease of use, particularly during laparoscopic operations. Effective pharmacologic agents that can reduce release of proinflammatory cytokines or activate peritoneal fibrinolysis are under development. Their results are encouraging but most of them are contradictory. Conclusions: Many modalities are being studied to reduce this risk; despite initial promising results of different measures in postoperative adhesion prevention, none of them have become standard applications. With the current state of knowledge, preclinical or clinical studies are still necessary to evaluate the effectiveness of the several proposed prevention strategies for avoiding postoperative peritoneal adhesions.