6 resultados para 113-697B
Resumo:
Introdução: A anafilaxia induzida pelo exercício (AIE) é uma forma rara de alergia física que ocorre na sequência de esforços físicos. A verdadeira incidência e prevalência da AIE permanecem por esclarecer, não existindo até à data dados publicados a nível nacional. Objectivos: Estimar a frequência da AIE no ambulatório de um serviço de Imunoalergologia e incrementar o conhecimento em relação a esta patologia. Métodos: De 7699 doentes observados na consulta de Imunoalergologia durante o período de um ano, incluímos os correspondentes a quadros de anafilaxia notificados pelo corpo clínico (“pelo menos um episódio de reacção sistémica grave”). Resultados: A AIE foi reportada em 5 de 103 doentes com história de anafilaxia; correspondendo a uma frequência de 0,06% na população observada na consulta. A média etária destes doentes era de 20,2 ± 10,3 anos (entre 10 e 37 anos) e a distribuição por sexo masculino/feminino de 4:1. Todos tinham história pessoal de atopia e de rinite alérgica; dois doentes (40%) tinham asma. As actividades desencadeantes das crises foram a corrida, o futebol, a natação e a dança. Todos os doentes tinham sintomas com o exercício dependente da ingestão prévia de alimentos: cereais em três doentes (trigo – dois, cevada – um), leguminosas em dois (amendoim – um, feijão -frade e feijão -verde – um); com teste cutâneo por picada positivo para os referidos alimentos. Conclusões: A AIE representa 5% dos casos de anafi laxia reportados. Todos os casos identifi cados apresentavam AIE dependente de alimentos, encontrando-se os doentes controlados com a evicção dos alimentos referidos 6 horas antes da prática de exercício e sendo portadores de dispositivo para autoadministração de adrenalina.
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Introdução: O tratamento cirúrgico mini-invasivo da incontinência urinária de esforço feminina com próteses suburetrais aplicadas por via transobturadora é consensualmente aceite na actualidade. O objectivo deste estudo é avaliar eficácia e segurança das próteses suburetrais transobturadoras a médio prazo, comparando a abordagem outside-in com a inside-out. Material e Métodos: Estudo retrospectivo de 298 doentes com diagnóstico de incontinência urinária de esforço submetidas entre 2003 e 2006 a cirurgia por via transobturadora. Destas doentes 113 mulheres realizaram a abordagem outside-in e 185 a abordagem insideout. Resultados: A média etária das doentes foi de 57.2 ± 10.3 anos, em que 69.1% se encontravam na menopausa. A paridade média foi de 2.2 ± 1.1. A técnica outside-in foi utilizada com maior frequência em associação com outra(s) cirurgia(s) do pavimento pélvico (83.2% versus 37.8% na técnica inside-out). O tempo médio de follow-up foi de 14.35 ± 13.75 meses nas doentes com prótese aplicada outside-in e de 11.79 ± 10.39 meses no grupo inside-out. Os resultados globais de eficácia obtidos foram idênticos nos dois grupos com taxas de cura e cura ou melhoria, respectivamente, de 76.9% e 92.9% no grupo outside-in e de 82.7% e 93.5% no grupo inside-out (diferença não significativa). A duração média da cirurgia para incontinência urinária de esforço isolada foi significativamente menor no grupo inside-out (14.77 ± 5.37 minutos versus 21.21 ± 7.48 minutos, p < 0.05). No pós-operatório a frequência de incontinência por imperiosidade de novo e de erosões da prótese foi idêntica em ambos as técnicas, contudo as erosões foram mais frequentes nas próteses microporosas do que nas macroporosas (p < 0.05). Discussão e conclusões: As próteses transobturadoras usadas no tratamento da I.U.E. são eficazes e seguras. As taxas de cura e melhoria são elevadas, com diferenças não significativas em função da técnica utilizada. A técnica inside-out associa-se a um significativo menor tempo cirúrgico.
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Aim. Percutaneous endovascular procedures have become the standard treatment of arteriovenous fistulae and graft stenosis. This study evaluates the immediate results of angiographic procedures performed by nephrologists in patients with dysfunctional arteriovenous fistulae and arteriovenous graft stenosis. Patients and Methods. A retrospective analysis was performed on patients referred to the three Interventional Nephrology units between April and June, 2010. Clinical data were recorded. Results. A total of 113 procedures were performed: 59 in arteriovenous fistulae and 54 in arteriovenous graft stenosis. The main reasons for referral were increased venous pressure (21%), limb oedema (21%) and decreased intra-access flow (20%). Stenoses were detected in 85% of the procedures, mostly in patients with arteriovenous graft stenosis (56%). The main locations of stenosis were the outflow vein (cephalic/basilic) in arteriovenous fistulae (34%) and venous anastomosis in arteriovenous graft stenosis(48%). Angioplasty was performed in 73% of procedures where stenoses were detected. The immediate success rate was 91% for arteriovenous fistulae and 83% for arteriovenous graft stenosis. Partial success was obtained in 11% of angiographies. The complication rate was 7%. Conclusions. Physical examination findings led, in at least half the cases, to angiography referral and enabled the diagnosis and treatment of stenoses. For this reason, we advocate that this tool should be included in any vascular access monitoring programme. Our results support the safety of these procedures performed by nephrologists and their efficacy in the recovery of dysfunctional arteriovenous fistulae and arteriovenous graft stenosis.
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Introduction: Antibiotics are one of the most common prescribed drugs in the NICU; despite this, studies on its use are scarce. Aim: To assess antibiotics utilization ratio in a medical surgical NICU. Methods: Prospective, observational study. Daily registry of antibiotics given to newborn infants; two periods of two months, 2010; data collected every day after the second medical round. Variables: treated patients, days on antibiotics, treatment/patient days, number of courses, number of antibiotics. Antibiotics utilization ratio – ratio days on antibiotics/days at the NICU. Results: Patients enrolled - 113; admission days – 1722; length of stay - 15.2 days; 85 newborn infants were given antibiotics; days on antibiotics - 771; antibiotics utilization ratio – 44.8; 292 antibiotics were prescribed; 61.8% of patients were given more than two antibiotics and 15.3% had more than one course. The most frequents were gentamicin, cefotaxime, ampicillin, vancomycin and metronidazole. Conclusion: Antibiotics utilization ratio should be subject of audits and a quality criteria on NICUs evaluation.
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Introdução: Os antibióticos são dos fármacos mais prescritos em Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN). Apesar disso, os estudos sobre este assunto são escassos. Objectivos: Avaliar a taxa de utilização de antibióticos numa UCIN médico-cirúrgica. Métodos: Estudo prospectivo, observacional. Foi realizado o registo diário dos antibióticos efectivamente administrados a todos os recém-nascidos internados, durante dois períodos de 2 meses do ano de 2010. Os dados foram registados todos os dias após a segunda visita diária. Variáveis: número de doentes tratados, dias de antibióticos (AB), dias de tratamento/doente, número de cursos de AB e número de AB por doente. Resultados: Recém-nascidos internados - 113; dias de internamento - 1722; duração do internamento - 15,2 dias; 85 recém-nascidos receberam antibióticos; dias de antibióticos - 771; taxa de utilização de antibióticos - 44,8; 292 antibióticos foram prescritos; 61,8% dos doentes receberam mais de dois antibióticos e 15,3% fizeram mais de um curso. Os mais frequentes foram gentamicina, cefotaxima, ampicilina, vancomicina e metronidazol. Conclusão: A taxa de utilização de antibióticos deve ser objecto de auditorias e considerado critério de qualidade na avaliação das UCINs.