114 resultados para Neoplasias do Duodeno
Resumo:
Os tumores primitivos do baço são extremamente raros. Descrevemos o 1° caso dos Hospitais Civis de Lisboa, em S. José, numa mulher de 70 anos que apresentava espleno egália. Havia história anterior de irradiação pélvica. A ressonância magnética esclareceu a presença de massa tumoral e a angiografia caracterizou-a como vascular. A doente está bem um ano após esplenectomia. Encontrámos na literatura a descrição de 61 casos deste tumor de etiopatogenia não esclarecida. A esplenectomia precoce deve ser a primeira abordagem terapêutica pelo risco de ruptura. Esta foi a forma de apresentação em 34° o dos casos da série de Autry et al. Por se tratar de um tumor tão raro, não há estudos sobre a eficácia da quimioterapia, mas nas formas disseminadas podem utilizar-se esquemas de tratamentos citostáticos activos em sarcomas de partes moles.
Resumo:
Os autores apresentam o caso clínico de uma mulher de 51 anos, internada por Hipertensão Arterial (H.T.A.) grave, com paroxismos, não controlável médicamente. A investigação clínico laboratorial-Imagiológica, permitiu detectar um feocromocitoma da glândula supra-renal direita, que foi excisado cirurgicamente com êxito. Discutem em seguida o Diagnóstico,diferencial, e terminam com uma breve revisão da literatura dos aspectos clínicos, diagnósticos, preparação préoperatória e de técnica cirúrgica mais relevantes.
Resumo:
We increasingly face conservative surgery for rectal cancer and even the so called ‘wait and see’ approach, as far as 10–20% patients can reach a complete pathological response at the time of surgery. But what can we say to our patients about risks? Standard surgery with mesorectal excision gives a <2% local recurrence with a post operative death rate of 2–8% (may reach 30% at 6 months in those over 85), but low AR has some deterioration in bowel function and in low cancer a permanent stoma may be required. Also a long-term impact on urinary and sexual function is possible. Distant metastasis rate seem to be identical in the standard and conservative approach. It is difficult to evaluate conservative approach because a not clear standardization of surgery for low rectal cancer. Rullier et al tried to clarify, and they found identical results for recurrence (5–9%), disease free survival (70%) at 5y for coloanal anastomosis and intersphinteric resection. Other series have found local recurrence higher than with standard approach and functional results may be worse and, in some situations, salvage therapy is compromised or has more complications. In this context, functional outcomes are very important but most studies are incomplete in measuring bowel function in the context of conservative approach. In 2005 Temple et al made a survey of 122/184 patient after sphinter preserving surgery and found a 96.9% of incomplete evacuation, 94.4% clustering, 93.2% food affecting frequency, 91.8% gas incontinence and proposed a systematic evaluation with a specific questionnaire. In which concerns ‘Wait and see’ approach for complete clinical responders, it was first advocated by Habr Gama for tumors up to 7cm, with a low locoregional failure of 4.6%, 5y overall survival 96%, 72% for disease free survival; one fifth of patients failed in the first year; a Dutch trial had identical results but others had worse recurrence rates; in other series 25% of patients could not be salvaged even with APR; 30% have subsequent metastatic disease what seems equal for ‘wait and see’ and operated patients. In a recent review Glynne Jones considers that all the evaluated ‘wait and see’ studies are heterogeneous in staging, inclusion criteria, design and follow up after chemoradiation and that there is the suggestion that patients who progress while under observation fare worse than those resected. He proposes long-term observational studies with more uniform inclusion criteria. We are now facing a moment where we may be more aggressive in early cancer and neoadjuvant treatment to be more conservative in the subsequent treatment but we need a better stratification of patients, better evaluation of results and more clear prognostic markers.
Resumo:
A propósito de um caso clínico de hemangiopericitoma com localização no membro inferior esquerdo, os autores fazem uma breve revisão desta entidade patológica. Destacam-se as suas principais características clínicas e salienta-se o contributo da arteriografia, no diagnóstico, e tratamento coadjuvante da cirurgia.
Resumo:
A broncofibroscopia (BF) é frequentemente efectuada em doentes com pneumonias de evolução arrastada com o objectivo de excluir patologia endobrónquica de etiologia neoplásica. Dado que a resolução radiográfica das pneumonias da comunidade é variável, sendo dependente de vários factores (agente etiológico, idade, doenças associadas) a decisão para efectuar uma BF é muitas vezes empírica. Com o objectivo de descrever a nossa experiência neste problema estudámos retrospectivamente 123 doentes com o diagnóstico de pneumonia da comunidade baseado em critérios clínicos e radiográficos e que, apesar da antibioferapia considerada adequada, não apresentavam melhoria radiográfica significativa ao fim de pelo menos 2 semanas. Obtivemós um diagnóstico histológico de neoplasia maligna do pulmão em 7 doentes (5,6° o), sendo todos do sexo masculino, com idade superior a 55 anos efuínadores de pelo menos 40 U.M.A. A análise comparativa com os restantes doentes mostrou diferenças com significado~estatístico em relação à idade e ao consumo tabágico. O tempo de evolução da doença,valores médios de hemoglobina, leucocitos, VS, existência ou não de alterações da função renal ou hepática não foram significativamente diferentes nos dois grupos. Concluimos que a BF deve ser efectuada precocemente nos doentes pertencentes ao grupo de risco identificado (fumadores, com mais de 55 anos) não se justificando a sua realização nos restantes doentes antes das 4 a 8 semanas de evolução, a menos que estejam presentes critérios clínicos objectivos tais como progressão da doença ou agravamento do estado geral.
Resumo:
Os raros tumores pituitários agressivos são chamados carcinomas quando são detectadas metástases, sejam sistêmicas e/ou em sistema nervoso central. Alguns casos estão associados com superprodução de hormônio, mas a maioria é diagnosticada em função dos sintomas locais. Essas neoplasias são geralmente refratárias aos tratamentos atuais. Uma mulher com 51 anos de idade apresentou dor de cabeça de início súbito, paralisia de braço esquerdo e hipoestesia facial esquerda. A tomografia e a ressonância magnética revelaram um tumor pituitário invadindo os seios esfenoidal e cavernoso esquerdos. Os dados laboratoriais excluíram hipersecreção hormonal. A paciente foi submetida à cirurgia transesfenoidal, e os achados histológicos mostraram uma neoplasia com Ki-67 estimado em 75%. As imagens excluíram tanto um tumor oculto primário quanto disseminação sistêmica ou do sistema nervoso central. Três semanas após a cirurgia, a condição neurológica apresentou piora com início de ataxia, ptose bilateral, oftalmoplegia e aumento do tamanho da lesão, levando à intervenção cirúrgica por craniotomia, seguida por apenas algumas sessões de radioterapia devido à progressão grave da doença. A paciente veio a óbito depois de quase dois meses das manifestações iniciais. O caso ilustra a agressividade de algumas lesões pituitárias, a eficácia limitada das modalidades atuais de tratamento, como a cirurgia ou a radioterapia, e as limitações da classificação atual de tumores pituitários. Até onde sabemos, esse caso corresponde a uma das neoplasias pituitárias mais agressivas descritas até hoje, com um nível muito alto de Ki-67 (75%) e sobrevida curta (2 meses). O nível de Ki-67 pode ser de valor prognóstico em tumores pituitários. A classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para tumores pituitários deveria ser revisitada.
Resumo:
Ovarian borderline tumors (OBTs) are frequently diagnosed in women of reproductive age. There is no consensus about their management, and it sometimes represents a dilemma aboutwhat should be done: fertility sparing surgery or a hysterectomy with salpingo-oophorectomy? Case: A 32-year-old nulligravida, diagnosed with a right ovarian borderline tumor is presented. She underwent pelvic washings, right salpingo-oophorectomy, appendectomy, and omental and peritoneal biopsies (laparotomic approach). Macroscopically, the left ovary was normal and subsequent exploration for staging was also normal, including the lymph nodes. Intraoperatively, frozen section examination was unclear, suggesting an OBT. Results: The final histopathologic diagnosis was ovarian borderline tumor, stage IIC (International Federation of Gynecology and Obstetrics [FIGO] staging). The patient expressed a desire to preserve her fertility. Thirty-six months postsurgery, she became pregnant spontaneously and delivered a healthy newborn at term. Conclusions: Conservative surgery can be performed in young patients treated for an OBT, provided they are closely followed up and that this surgery is performed after careful consideration and informed consent. It is, however, controversial with respect to performing hysterectomy and salpingo-oopherectomy upon the patient’s completion of childbearing.
Resumo:
O retalho nasogeniana é uma excelente técnica reconstrutiva para reparar os defeitos do terço médio do face, sobretudo os defeitos do nariz. Os autores descrevem neste artigo cinco casos clínicos de doentes que apresentavam tumores da pálpebra inferior,asa do nariz, junção nasolabial, lábio inferior e cavidade bucal, operados no Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa. Nenhum dos doentes foi submetido a um segundo tempo operatório paro correcção de defeitos secundários quer na região dadora quer na região receptora. Os bons resultados alcançados enfatizam a importância deste retalho, quando tecnicamente bem executado.
Resumo:
As metástases cerebrais ocorrem em cerca de 20-30% dos doentes com neoplasias sistémicas. A incidência deste tipo particular de lesão cerebral tem tendência a aumentar progressivamente devido a maior diferenciação das actuais técnicas neuroimagiológicas e dos actuais esquemas terapêuticos, cada vez mais eficazes. Neste estudo retrospectivo foram analisados os doentes internados nos Serviços de Neurologia, Neurocirurgia e Medicina, e os seguidos na Unidade de Quimioterapia do nosso Hospital, com o diagnóstico de metástase cerebral. Determinou-se a distribuição etária e por sexos, a semiologia neurológica e as características imagiológicas, o tipo de neoplasia primária, a terapêutica efectuada, bem como os índices de sobrevida e o prognóstico global deste grupo de doentes.
Resumo:
Descreve-se um caso de uma doente de 52 anos de idade, submetida a colecistectomia com o diagnóstico de litiase biliar, baseado na colecistografia oral. No decurso do acto cirúrgico, em que não se palparam cálculos, o diagnóstico inicial foi posto em dúvida. A identificação da polipose múltipla só foi possível após colecistectomia. Com base na experiência colhida neste caso, faz-se uma revisão dos critérios diagnósticos e fundamenta-se a orientação terapêutica, dado o potencial de malignidade destas lesões.
Resumo:
Os AA estudaram retrospectivamente os processos clínicos de 370 doentes com carcinoma da próstata, com o intuito de dar uma ideia da problemática desta doença em Portugal. Ressalvando o facto de a análise incidir sobre casos tratados por vários urologistas e não haver assim uniformidade nos critérios, são apresentadas sucessivamente as manifestações clínicas, métodos de diagnóstico presumível e definitivo e a terapêutica instituída. Apontam ainda a mortalidade, no país, nos últimos anos, por carcinoma da próstata e por tumores malignos em geral e apresentam uma tabela em que aquela é comparada com a de outros países.
Resumo:
A dermatoscopia constitui uma técnica de diagnóstico não-invasiva, in vivo, que permite complementar a observação clínica de lesões cutâneas não-pigmentadas de etiologia diversa. Nos tumores cutâneos não-pigmentados, a dermatoscopia facilita a observação de estruturas vasculares, aumentando a acuidade no seu diagnóstico, distinguindo tumores melanocíticos e não-melanocíticos, benignos e malignos. Na parte II descreve-se a variabilidade da aplicação clínica da dermatoscopia em lesões cutâneas não-pigmentadas tumorais.
Resumo:
INTRODUÇÃO A neoplasia do intestino delgado é uma entidade rara, apresentando uma incidência anual de cerca de 2.1 casos por 100,000 pessoas, sendo o adenocarcinoma, o segundo tipo histológico mais frequente (em 33% dos casos). A localização distal deste tipo de tumor é menos habitual, o que torna o adenocarcinoma do íleon num evento invulgar. A raridade deste tipo de patologia, associada a uma apresentação clínica pouco específica, origina habitualmente um atraso no diagnóstico e tratamento. CASO CLÍNICO Doente de 66 anos admitida no S.U. com quadro de dor abdominal localizada na fossa ilíaca direita com cerca de 6 dias de evolução e agravamento progressivo. Anorexia, náuseas e vómitos no dia de admissão. Empastamento doloroso à palpação na fossa ilíaca direita. Exames complementares revelaram tumor inflamatório do apêndice ileocecal. Intraoperatoriamente constatou-se neoformação com envolvimento do apêndice ileocecal, cego e segmento de íleon distal. Adenopatias na raíz do mesentério. Optou-se pela realização de hemicolectomia direita com ressecção em bloco de íleon distal. O resultado histológico revelou adenocarcinoma do íleon, que se estendia ao apêndice ileocecal e condicionando apendicite aguda (pT4N0). DISCUSSÃO/CONCLUSÃO Este caso apresenta uma patologia pouco frequente, caracterizada por um diagnóstico tardio e de difícil realização. Sublinhamos neste trabalho, a importância de um diagnóstico mais precoce e um tratamento adequado, de forma a obter um aumento da taxa de sobrevivência destes doentes.
Resumo:
Homem de 75 anos, com história de perda ponderal (>10% peso inicial) nos sete meses anteriores, presença de massa abdominal no flanco esquerdo com dor tipo moinha, associadas a queixas de anorexia não selectiva e enfartamento pós-prandial, com três meses de evolução. Antecedentes de adenocarcinoma do estômago e adenocarcinoma do cólon. Submetido a intervenção cirúrgica, tendo-se ressecado peça volumosa, constituída por células malignas, com componente quístico e componente sólido (tecido fibroso, cartilagem e osso maduro). O exame da anatomia patológica concluiu tratar-se de um Osteossarcoma Extraesquelético Retroperitoneal Telangiectásico. Clínica e laboratorialmente sem alterações na reavaliação aos doze meses de pós-operatório. Os exames complementares de diagnóstico, nesta data, não revelaram recidiva local ou metastização.
Resumo:
A associação da endocardite por Estreptococos bovis com neoplasias do colon tem sido referida na literatura. Descreve-se um doente cuja endocardite por estreptococos bovis, determinou uma avaliação colonoscóspica, que permitiu o diagnóstico e tratamento cirúrgico de um adenocarcinoma do colon.