106 resultados para Incontinência urinária de urgência
Resumo:
Introdução: A Processionária (thaumetopoea pityocampa Schiff), vulgarmente conhecida como “lagarta do pinheiro” é um inseto dos pinheiros e cedros, endémico em meios rurais mas também em meios urbanos em Portugal. A toxicidade ocular, rara nas últimas décadas pelo desenvolvimento de métodos de erradicação eficazes, é provocada pelos seus pelos e prevê-se mais frequente com o recrudescimento deste inseto. Revemos a epidemiologia da Processionária e as suas lesões oculares a partir de 3 casos clínicos. Material e métodos: Caso 1: Doente de 64 anos recorre ao Serviço de Urgência (SU) com olho direito vermelho e sensação de corpo estranho após prática de jardinagem. A observação revela VODc: 0.5, erosão epitelial, presença de 1 filamento no estroma corneano profundo, flare (++) e Tyndall (+++). Caso 2: Doente de 28 anos, recorre ao SU por dor intensa no olho direito acompanhada de hiperémia após contacto com lagarta. Apresenta VODc: 0.6 e Tyndall (+++) com presença de múltiplos filamentos (mais de 20) a diferentes profundidades da córnea. Caso 3: Doente de 26 anos, recorre ao SU por sensação de corpo estranho e lacrimejo constante no olho direito, após ter estado a realizar exercícios militares num parque urbano. Apresenta VODc: 0.3, múltiplas erosões epiteliais punctiformes na metade nasal da córnea que recobriam filamentos de cor laranja e Tyndall (+). Foi instituída terapêutica com corticoide tópico e vigilância sintomática a cada um dos casos. Resultados: A patologia ocular por Processionária decorre da toxicidade dos seus pelos, cuja migração ocorre preponderantemente no sentido intraocular. Inclui por isso lesões precoces (conjuntivite, queratite e uveíte) e tardias (catarata, pars planite, vitrite e retinite). Os casos apresentados possuíam lesões iniciais, tendo recuperado totalmente do quadro inflamatório após 6 meses mas mantendo os pelos inativos no estroma corneano. A gravidade destes casos prende- -se com a possibilidade de migração intraocular, que pode ocorrer anos após o episódio inicial, obrigando a uma vigilância ao longo da vida. Conclusões: O recrudescimento da Processionária tanto em meios rurais como urbanos em Portugal justifica o conhecimento das lesões oculares que pode causar e do seu tratamento.
Resumo:
A avaliação do grau de dependência dos utentes é um dos aspectos que contribui para a melhoria dos cuidados, dado que permite uma melhor adequação dos recursos humanos às situações vivenciadas no quotidiano dos serviços de urgência. A carga de trabalho em enfermagem está estreitamente relacionada com o grau de dependência, pelo que a sua avaliação assume-se como um elemento fundamental numa politica de gestão de qualidade. Com o intuito de avaliar, numa fase inicial, o grau de dependência dos utentes que recorrem aos serviços de urgência foi criada uma escala – Jones Dependency Tool (JDT) – sendo que o objectivo major é a avaliação da carga de trabalho em Enfermagem relacionando com o grau de dependência dos utentes. O presente estudo visa traduzir, adaptar e validar para Portugal o referido instrumento. O estudo encontra-se dividido em duas partes. A primeira constituída pela tradução e adaptação cultural da JDT para língua portuguesa e a segunda, pela análise da fidelidade e da validade do instrumento. O processo de validação para a língua portuguesa ocorreu numa amostra de 129 utentes de dois serviços de urgência da região de lisboa. Através dos testes estatísticos realizados, a versão Portuguesa revelou-se um instrumento confiável e válido para a realização do grau de dependência dos utentes que recorrem ao serviço de urgência.
Resumo:
Na Maternidade Dr. Alfredo da Costa a atitude dos Obstetras face à ventosa tem vindo a mudar ao longo dos tempos. Após o período áureo de utilização da ventosa de Malmström nos anos 70, seguiu-se o declínio progressivo até à década de 90, altura em que praticamente não foi utilizada (0,3% do total de partos). No início do séc. XXI o aparecimento das ventosas maleáveis, em que o estabelecimento do vácuo é mais rápido e manual, veio permitir a sua reutilização com algumas vantagens em relação ao forceps. Material e Métodos: Os autores avaliaram 84 ventosas realizadas no Serviço de Urgência da MAC no 1º semestre de 2001, que corresponderam a 2,6% do total de partos. Conclusões: À semelhança do que tem vindo a acontecer noutros países, também na nossa Instituição, diminuiu o número de fórceps e aumentou o número de ventosas. As ventosas maleáveis podem ser utilizadas no sofrimento fetal, diminuem as lesões do canal de parto e previnem a longo prazo a disfunção do pavimento pélvico.
Resumo:
A realização de ecografia está disponível em praticamente todos os Serviços de Urgência de Ginecologia/Obstetrícia. A sua utilidade na avaliação do bem-estar fetal ante-parto é indiscutível. Este trabalho tem por objectivo rever as indicações da Ecografia realizada durante o Trabalho de Parto.
Resumo:
A prevenção do parto pré-termo continua a ser um dos maiores desafios da obstetrícia. Só quando os factores responsáveis pelo parto prematuro forem claramente compreendidos se poderão estabelecer estratégias eficazes de prevenção. Foram estudados 878 casos de parto com idade gestacional inferior a 37 semanas ocorridos na Maternidade Dr. Alfredo da Costa entre Janeiro de 1996 e Agosto de 1998. Avaliaram-se também 478 partos de termo ocorridos no mesmo período de tempo, que foram utilizados como grupo controlo. Para a análise estatística dos resultados utilizou-se um teste não-paramétrico de comparação de frequências com uma significância de 5% (α=0,05). Verificámos que 80% dos partos ocorreram de forma espontânea, enquanto que nos restantes 20% a gravidez foi interrompida por indicação médica. Avaliámos os partos pré-termo espontâneos. A incidência das causas conhecidas de parto pré-termo na população de estudo foi: RPM em 43,7% dos casos, corioamnionite em 14,7%, infecção urinária em 12,3%, infecção genital em 27,7% e parâmetros laboratoriais de infecção em 37,8% dos casos. A malformação uterina foi encontrada em 1,9% e a incompetência cervico-ístmica em 3,1%. A incidência de gravidez múltipla foi de 12,6% e a de malformação fetal de 1,4%. Cerca de 4% das mulheres tiveram hemorragia no decorrer da gravidez. Tentando investigar outros factores de risco fizemos um estudo comparativo entre o grupo de estudo e o grupo de termo. Encontrou-se risco aparentemente aumentado de parto pré-termo para mulheres com: menos de 18 anos ou entre os 35 e os 40 anos, mais de três partos, antecedentes de parto pré-termo, mais de dois abortos anteriores, toxicodependência, trabalho pesado ou leve e ausência de vigilância pré-natal.
Resumo:
Os autores apresentam o caso clínico de uma mulher de 28 anos, raça negra, grávida de 34 semanas, residente em Angola até há 4 meses, internada pelo Serviço de Urgência por quadro clínico sugestivo de Malária aguda. A instituição precoce da terapêutica adequada e a vigilância das complicações permitiram uma boa evolução do quadro clínico. A propósito deste caso, os autores alertam para alguns aspectos importantes na abordagem do doente com malária, realçando algumas complicações na mulher grávida e recém-nascido.
Resumo:
O tratamento de uma crise hipertensiva visa controlar os níveis críticos de pressão arterial até níveis hemodinâmicos seguros, que não necessariamente normais. Os autores ressaltam a necessidade para o seu correcto tratamento de um pronto diagnóstico, diferenciando as situações de menor gravidade das de verdadeira urgência hipertensiva, da compreensão da sua fisiopatologia e do conhecimento dos fármacos disponíveis.
Resumo:
Apresenta-se o movimento assistencial da Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (UCIP) do Hospital de Santo António dos Capuchos (HSAC), no seu ano de funcionamento (1 de Julho de 1991 a 30 de Junho de 1992). Foram internados 282 doentes, com uma idade média global de 57.91±18.16 anos e provenientes em 52.5% dos casos do Serviço de Urgência do HSAC. As principais categorias diagnósticas de admissão foram a falência cardiovascular cmlii doentes(39%) e a falência respiratória em 98 (35%); 50.7% dos doentes foram submetidos a ventilação mecânica, 44% a ecocardiografia, 13.5% a broncofibroscopia e 10.3% a monitorização hemodinâmica com catéter de Swan-Ganz. Trata-se de uma população com índices de gravidade elevados e importante mortalidade na UCIP (27.0%) e no Hospital (37.6%). Índices de gravidade,APACHEII, SAPS 1 e TISS nas primeiras 24 horas e pontuação máxima de dois índices de falência múltipla de órgão - MOF e 0SF- validados nesta população e revelaram-se como bons indicadores de prognóstico.
Resumo:
Os autores fazem a revisão da clínica, do registo da sintomatologia e impacto na qualidade de vida, dos meios auxiliares ao diagnóstico e das atitudes terapêuticas da Hiperplasia benigna da Próstata. Fundamentados nestes dados propõem Orientações Terapêuticas e Recomendações, para quando e como enviar os doentes portadores desta patologia a Urologia. Assim, segundo os critérios definidos neste trabalho, devem ser enviados à Urologia os doentes com sintomatologia importante ou grave, idade inferior a 50 anos, antecedentes de diabetes ou alterações neurológicas, micção francamente alterada, globo vesical, toque rectal com palpação prostática suspeita de neoplasia, hematúria, infecção urinária, insuficiência renal, ou PSA> 4 nglml para idade inferior a 70 anos.
Resumo:
A Processionária (Thaumetopoea pityocampa Schiff ), vulgarmente conhecida como “lagarta do pinheiro” é um inseto dos pinheiros e cedros, endêmico em meios rurais mas também em meios urbanos. A toxicidade ocular, rara nas últimas décadas pelo desenvolvimento de métodos de erradicação eficazes, é provocada pelos seus pelos e prevê-se mais frequente com o recrudescimento deste inseto. Revemos a epidemiologia da Processionária e as suas lesões oculares a partir de 3 casos clínicos. Caso 1: Doente de 64 anos recorre ao Serviço de Urgência (SU) com olho direito vermelho e sensação de corpo estranho após prática de jardinagem. A observação revela AVODc: 0,5, erosão epitelial, presença de um filamento no estroma corneano profundo, flare (++) e Tyndall (+++). Caso 2: Doente de 28 anos, recorre ao SU por dor intensa no olho direito acompanhada de hiperemia após contato com lagarta. Apresenta AVODc: 0,6 e Tyndall (+++) com presença de múltiplos filamentos (mais de 20) a diferentes profundidades da córnea. Caso 3: Doente de 26 anos, recorre ao SU por sensação de corpo estranho e lacrimejamento constante no olho direito, após realizar exercícios militares num parque urbano. Apresenta AVODc: 0,3, múltiplas erosões epiteliais puntiformes na metade nasal da córnea que recobriam filamentos de cor laranja e Tyndall (+). Foi instituída terapêutica com corticoide tópico e vigilância sintomática a cada um dos casos. A patologia ocular por Processionária decorre da toxicidade dos seus pelos, cuja migração ocorre preponderantemente no sentido intraocular. Inclui por isso lesões precoces (conjuntivite, queratite e uveíte) e tardias (catarata, pars planite, vitreíte e retinite). Os casos apresentados possuíam lesões iniciais, tendo recuperado totalmente do quadro inflamatório após seis meses mas mantendo os pelos inativos no estroma corneano. A gravidade destes casos prende-se à possibilidade de migração intraocular, que pode ocorrer anos após o episódio inicial, obrigando a uma vigilância ao longo da vida. Conclusão: O recrudescimento da Processionária, tanto em meios rurais como urbanos,justifica o conhecimento das lesões oculares que pode causar e o seu tratamento.