50 resultados para pessoa em período pós-operatório


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A utilização sistemática da cistouretrografia miccional, no âmbito da investigação pós-natal das anomalias fetais do aparelho urinário, é controversa. A possibilidade de diagnosticar refluxo vesico-ureteral (RVU) antes de surgir infecção urinária é aliciante pela influência que pode ter na história natural da nefropatia do refluxo. Neste artigo, partindo de uma série de 116 casos de anomalia fetal do aparelho urinário num período de 5 anos, apresentam-se as características e evolução de 19 casos de RVU. A cistouretrografia miccional (CUM) efectuada em 109 casos (94%) identificou RVU em 19 (17.4%). Predominou o sexo masculino (5:1). Em 13 casos (19 unidades renais refluentes) o RVU era a única anomalia urinária detectada (grupo I); em 6 casos (8 unidades refluentes) o RVU estava associado a outras anomalias do tracto urinário (grupo II). Em 10 unidades refluentes do grupo I (55%) a avaliação ecográfica pós-natal foi considerada normal. Uma ecografia pós-natal normal não exclui a existência de RVU e, de acordo com os nossos resultados, todos os casos de dilatação da pélvis renal fetal beneficiam, no período pós-natal, de controlos ecográficos seriados e da realização de CUM. A confirmação precoce de RVU e a consequente instituição de quimioprofilaxia podem contribuir para a redução da morbilidade associada à infecção urinária e à nefropatia de refluxo.

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Embora a dor perioperatória seja multifactorial, existem dois factores principais sobre os quais se pode actuar em termos terapêuticos: a sensibilização central - pelo uso de analgésicos opióides - e o estímulo nociceptivo periférico - pelo uso de bloqueios de nervos periféricos. O uso destas técnicas para anestesia e analgesia de pós-operatório é cada vez mais frequente em cirurgia ortopédica devido à qualidade dos bloqueios sensitivo e motor que produz e às vantagens que apresenta relativamente ao alívio da dor e à mobilização precoce no pós-operatório. Apresentamos um caso clínico em que foi realizado um bloqueio contínuo do nervo ciático para correcção cirúrgica de Pé Cavum neurológico numa criança com Atraso Intelectual e Síndrome de Hiperactividade, permitindo uma analgesia perioperatória eficaz com efeitos secundários mínimos, e um regresso rápido ao ambiente familiar.

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As anemias megaloblásticas são habitualmente vistas como doenças crónicas de aparecimento insidioso. No entanto, um estado megaloblástico pode aparecer em apenas alguns dias devido à deficiência aguda de ácido fólico ou vitamina B12. Uma das causas mais comuns, embora pouco relatada, é acção tissular do óxido nitroso (NO2), substancia volátil utilizada comummente em anestesia. Efectivamente, o N02 inactiva a metilcobalamina, levando ao rápido desenvolvimento de uma hematopoiese megaloblástica. Este fenómeno pode ocorrer mesmo em doentes sem défice prévio de vitamina B12, sendo no entanto frequente e mais grave quando há um estado carencial de base. Apresentamos o caso clínico de uma doente com fractura do colo do fémur, que desenvolveu anemia aguda no pós-operatório cuja investigação permitiu identificar uma anemia pemiciosa latente e patologia tiroideia autoimune em doente com vitiligo desde longa data.

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Objectivos: Identificar factores que influenciem os resultados no pós-operatório em otosclerose, nomeadamente a tomografia computorizada (TC). Material e métodos: Estudo retrospectivo de 42 doentes. Análise estatística com o teste de T Student e o estudo de Correlações de Pearson. Resultados: O Gap Aero-Ósseo (GAO) médio no pré e pós operatório foi, respectivamente, 42 dB e 13 dB. Das 11 TC avaliadas, verificaram-se focos activos em 4 ouvidos e inactivos em 5. Uma das TC foi considerada normal. Houve um predomínio de focos do grupo 1 (7 ouvidos). Não houve diferença estatisticamente significativa do ganho da audição quanto à presença de entalhe de Carhart e ao GAO pré operatório (p>0.05). Embora houvesse uma correlação positiva entre a actividade do foco encontrada na TC e o ganho audiométrico, esta relação não foi estatisticamente significativa (p=0.094). Conclusão: A TC é um meio de imagem que pode auxiliar as decisões terapêuticas da otosclerose.

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Os autores apresentam uma análise retrospectiva de todos os procedimentos endovasculares aórticos realizados no Serviço, até Novembro de 2009. A série inclui 302 doentes, dos quais 246 correspondem ao tratamento electivo de aneurismas da aorta abdominal, 33 ao tratamento de aneurismas da aorta abdominal em contexto de urgência e 23 a procedimentos endovasculares da aorta torácica. O objectivo da análise visa descrever as características epidemiológicas, incluindo patologia associada, assim como mortalidade major e mortalidade aos 30 dias de pós-operatório.

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Na revisão bibliográfica encontramos perdas de céluas endoteliais que vão dos 4 aos 25%. Os vários estudos comparam EEC com e sem OVD, EEC e facoemulsificação, cataratas de diferente "dureza", entre outras variáveis. Também a idade, a ruptura do saco ou a perda de vítreo influenciavam estes resultados. As novas tecnologias para facoemulsificação como a peça de mão Ozil torsional que como o nome indica tem a capacidade de movimento torsional lateral (que desbasta a catarata além do movimento longitudinal da peça de mão convencional que emulsifica) torna os gestos cirúrgicos mais eficazes e seguros, reduzindo o traumatismo endotelial. Os AA fizeram um estudo prospectivo em que distribuíram 40 olhos de forma aleatória em dois grupos: 20 olhos foram operados por faco torsional e as restantes 20 cataratas foram operadas por faco convencional. Neste estudo comparativo entre faco torsional e convencional, o primeiro necessitou de menos ultrasons (0,048 versus 0,083), obteve uma acuidade visual média ligeiramente melhor (0,63 versus 0,54) e menor perda celular endotelial (3% versus 6,9%), no 1º dia de pós-operatório. Como se sabe, são múltiplos os factores que influenciam o resultado cirúrgico: o local e tamanho da incisão, a composição das soluções salinas, os dispositivos visco-elásticos, os produtos potencialmente tóxicos aplicados intra-operatoriamente, o tempo de cirurgia, a dureza da catarata, além das técnicas cirúrgicas e dos aparelhos utilizados.

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Os autores descrevem o caso clínico de uma doente que se encontrava sob dupla antiagregação plaquetária com hemotórax traumático maciço e choque hemorrágico, no Serviço de Urgência do nosso hospital. Foi submetida a uma toracotomia de emergência, durante a qual se verificou instabilidade hemodinâmica grave. No pós-operatório, observou-se boa evolução clínica com alta para o domicílio.

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Com o aperfeiçoamento das técnicas cirúrgicas e do seguimento clínico dos doentes no período pós transplante, o aumento da sobrevivência deixou de ser o único objectivo da transplantação, passando a avaliação da qualidade de vida a desempenhar um papel fundamental. Os instrumentos que avaliam a qualidade de vida podem ser multi/unidimensionais, ou específicos/inespecíficos. Entre os principais instrumentos para avaliar a qualidade de vida destacam-se o MOS-SF36, validado para a população portuguesa. De acordo com a maioria dos estudos existentes, há uma melhoria das várias dimensões da qualidade de vida após o transplante. Nalguns estudos prospectivos, verifica-se que a qualidade de vida no período pós transplante era determinada por alguns factores do pré-transplante médicos (gravidade da doença) e psiquiátricos (personalidade, depressão e ansiedade, estratégias de coping).

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A associação entre o tipo de personalidade e vários aspectos relacionados com a doença médica tem sido objecto de abundante investigação. Os modelos teóricos de personalidade que, hoje em dia, são mais utilizados neste contexto são de dois tipos: o modelo de três factores (Neuroticismo, Extroversão e Psicoticismo) e o modelo de 5 factores (neuroticismo e extroversão, a conscenciosidade, agradabilidade, e a abertura à experiência). Os modelos que relacionam a personalidade com a doença médica situam-se entre três tipologias: Hiperreactividade induzida pela personalidade, Predisposição constitucional e Comportamentos deletérios induzidos pela personalidade. Na avaliação da personalidade no doente médico pode optar-se por vários tipos de abordagem: Abordagem Taxonómica vs Dimensional; Auto vs Hetero avaliação; Instrumentos específicos para uma população vs Inespecíficos. São explorados os argumentos que favorecem as várias formas de abordagem. Entre os vários instrumentos disponíveis para avaliar a personalidade destacam-se o NEO-PI nas suas diferentes versões (NEO-PI original, NEO-PI-R, NEO-FFI-60). O NEO-PI-R e o NEO-FFI-60 estão validados para a população portuguesa. Dos poucos estudos disponíveis sobre personalidade no transplante foi possível concluir que o neuroticismo se associava a uma menor qualidade de vida (física, mental, social) no período pós-transplante e a extroversão a uma maior qualidade de vida (física, social), que a personalidade de tipo D se associava a uma pior qualidade de vida e uma maior mortalidade e taxa de rejeição após o transplante e que as perturbações de personalidade não estavam relacionadas com um aumento da taxa de recaída no consumo de álcool em doentes transplantados por doença hepática alcoólica.

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Introdução: O tratamento cirúrgico mini-invasivo da incontinência urinária de esforço feminina com próteses suburetrais aplicadas por via transobturadora é consensualmente aceite na actualidade. O objectivo deste estudo é avaliar eficácia e segurança das próteses suburetrais transobturadoras a médio prazo, comparando a abordagem outside-in com a inside-out. Material e Métodos: Estudo retrospectivo de 298 doentes com diagnóstico de incontinência urinária de esforço submetidas entre 2003 e 2006 a cirurgia por via transobturadora. Destas doentes 113 mulheres realizaram a abordagem outside-in e 185 a abordagem insideout. Resultados: A média etária das doentes foi de 57.2 ± 10.3 anos, em que 69.1% se encontravam na menopausa. A paridade média foi de 2.2 ± 1.1. A técnica outside-in foi utilizada com maior frequência em associação com outra(s) cirurgia(s) do pavimento pélvico (83.2% versus 37.8% na técnica inside-out). O tempo médio de follow-up foi de 14.35 ± 13.75 meses nas doentes com prótese aplicada outside-in e de 11.79 ± 10.39 meses no grupo inside-out. Os resultados globais de eficácia obtidos foram idênticos nos dois grupos com taxas de cura e cura ou melhoria, respectivamente, de 76.9% e 92.9% no grupo outside-in e de 82.7% e 93.5% no grupo inside-out (diferença não significativa). A duração média da cirurgia para incontinência urinária de esforço isolada foi significativamente menor no grupo inside-out (14.77 ± 5.37 minutos versus 21.21 ± 7.48 minutos, p < 0.05). No pós-operatório a frequência de incontinência por imperiosidade de novo e de erosões da prótese foi idêntica em ambos as técnicas, contudo as erosões foram mais frequentes nas próteses microporosas do que nas macroporosas (p < 0.05). Discussão e conclusões: As próteses transobturadoras usadas no tratamento da I.U.E. são eficazes e seguras. As taxas de cura e melhoria são elevadas, com diferenças não significativas em função da técnica utilizada. A técnica inside-out associa-se a um significativo menor tempo cirúrgico.

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A Incontinência Urinária de Esforço (IUE) é uma causa comum de incontinência na mulher, demonstrável em 40-60% das doentes estudadas. Existem diferentes tipos de intervenções cirúrgicas, quer por via vaginal, quer por via abdominal, para o tratamento da Incontinência Urinária de Esforço. Desde Outubro de 1999, temos vindo a utilizar o TVT (tension-free vaginal tape) em doentes seleccionadas. Pretendemos analisar os resultados imediatos da urodinâmica das doentes submetidas a esta intervenção cirúrgica até Abril de 2000. Diagnosticou-se IUE em 25 doentes do sexo feminino, que foram reobservadas após, pelo menos 2 meses de pós-operatório. Expressaram a sua satisfação subjectiva com os resultados obtidos e foram realizados exames físico e urodinâmico (urofluxometria, cistometria e perfil de pressão uretral). Os resultados foram comparados aos pré-operatórios e apresentados para debate e conclusões.

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Introdução: O oncocitoma renal representa 5-7% das neoplasias primárias do rim, é diagnosticado em doentes assintomáticos e caracteriza-se por um comportamento benigno, sem invasão dos tecidos adjacentes ou metastização. O seu diagnóstico no decurso da gravidez é raro, havendo poucos casos descritos na literatura. Caso clínico: Os autores apresentam o caso de uma nulípara de 32 anos com hipertensão arterial de difícil controlo diagnosticada às sete semanas gestacionais com internamento às 24 semanas por quadro de hipertensão crónica agravada com pré-eclâmpsia sobreposta, edema agudo do pulmão e instabilidade hemodinâmica com necessidade de suporte ventilatório mecânico, restrição do crescimento fetal e morte fetal. O estudo etiológico do quadro hipertensivo efectuado no período pós-parto permitiu demonstrar a existência de um tumor renal-oncocitoma. Conclusão: O comportamento clínico do oncocitoma renal permanece mal caracterizado durante a gravidez, podendo associar-se, apesar do seu comportamento teoricamente benigno, a um desfecho materno e fetal adverso. É fundamental excluir uma possível causa secundária nos quadros hipertensivos de difícil controlo.

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A Síndrome velocardiofacial/DiGeorge/CATCH 22 consiste num espectro de associação caracterizado por fácies invulgar, insuficiência velo-palatina, anomalias cardíacas conotruncais, ausência do timo e das glândulas paratiróides, frequentemente associada também a perturbações do desenvolvimento. A alteração genética associada a esta anomalia é a microdelecção no cromossoma 22 (22q11.2). É descrito o caso de um lactente de 4 meses, com antecedentes de crises de dificuldade respiratória obstrutiva baixa e má progressão ponderal desde os 2 meses de idade. Após diagnóstico tardio de truncus arteriosus foi submetido a correcção cirúrgica com pós-operatório complicado, mantendo a dependência de ventilação mecânica, com atelectasia persistente no pulmão esquerdo. A broncofibroscopia mostrou obstrução completa do brônquio principal esquerdo por compressão extrínseca. O cateterismo cardíaco revelou origem anómala da artéria subclávia direita, comum com a artéria subclávia esquerda, formando o anel vascular com o ligamento arterioso, comprimindo o brônquio esquerdo. Foi submetido a segunda cirurgia que consistiu na divisão do anel vascular por toractomia lateral esquerda. No pós-operatório a manutenção de colapso do brônquio principal esquerdo levou à colocação de stent endobrônquico. O desenvolvimento de um uqdro de dificuldade respiratória por migração do stent do brônquico esquerdo para a traqueia obrigou a terapêutica endoscópica emergente com melhoria da sintomatologia respiratória e boa evolução posterior. A associação a este síndorme DiGeorge e anel vascular é incomum. O relato deste caso petende salientar a necessidadae de abordagem técnica multidisciplinar, por vezes de forma emergente, em situações de evolução atípica condicionada pela variabilidade anatómica.

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Introdução: A incidência de síndrome da cauda equina foi quantificada em <0,23: 10 000 na anestesia obstétrica. Apesar da raridade, as suas consequências podem ser geradoras de limitações importantes na qualidade de vida das pacientes, daí a pertinência da análise deste caso clínico. Grávida de 34 anos com antecedentes de VIH2, VHC e linfoma não Hodgkin em remissão desde há 5 anos submetida a bloqueio subaracnoideu e colocação de cateter epidural para cesariana. A abordagem do espaço epidural foi difícil. Administrou-se 7,5mg de levobupivacaína e 0,0025mg sufentanil no espaço subaracnoideu e a paciente queixou-se de dor tipo choques eléctricos e parestesias nos membros inferiores durante segundos. Após 1:30h, na UCPA, a paciente iniciou o mesmo tipo de dor na região sacrococcígea e coxas após administração morfina e metilprednisolona no espaço epidural, a qual foi debelada com paracetamol, cetorolac, dipirona e petidina. A remoção do cateter epidural foi difícil. No pós-operatório a paciente sentiu tremor ao nível da coxa esquerda e parestesias na coxa direita. Pela raridade do síndrome da cauda equina, a análise do ocorrido é pertinente contrapondo com descrições prévias, em virtude duma intervenção anestésica mais segura.

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Introdução: Actualmente, a maioria dos casos pediátricos de infecção por VIH é devida a transmissão materna do vírus. Na ausência de medidas de profilaxia, verificam se taxas de transmissão vertical do VIH-1 entre 15-25% na Europa Ocidental e Estados Unidos, 65% dos casos no peri-parto, 23% in útero e 12% no período pós-natal durante a amamentação. Caso clínico: Criança de 9 anos, sexo feminino, que recorre à urgência por febre, anorexia e tumefacção cervical com 2 dias de evolução. Dos antecedentes pessoais há a destacar: gravidez não vigiada, parto eutócico de termo, aleitamento materno até aos 3 anos e atraso do desenvolvimento estaturo-ponderal. Antecedentes patológicos de parotidite bilateral aos 5 anos e múltiplas cáries dentárias. À observação apresentava-se febril, emagrecida (peso < P5 e estatura no P5), com tumefacção cervical e retroauricular direitas, e aumento de volume das glândulas parótidas. Sem hepatoesplenomegalia e sem adenopatias palpáveis nas restantes cadeias ganglionares periféricas. Analíticamente, VS de 90 mm/h, sem outras alterações relevantes. Ecografia cervical mostrou adenofleimão e alterações compatíveis com parotidite. Internada com a hipótese diagnóstica de adenofleimão cervical e medicada com penicilina e clindamicina endovenosas (ev). Realizou serologias para VIH, com positividade para VIH tipo 1, confirmado por Western Blot. Contagem de linfócitos T CD4+ de 240 células/mm3. Carga viral de 3,82 x 103 cópias de RNA/mL. Genótipo HLA-B*5701 negativo. Confirmada infecção VIH 1 materna por Western Blot. Diagnóstico prévio de infecção VIH no período neonatal ocultado pela mãe. Restantes serologias negativas, assim como a pesquisa de BK no suco gástrico e o estudo do lavado bronco-alveolar. Ao 17º dia de internamento foi realizada punção do adenofleimão e alterada a antibioticoterapia para flucloxacilina ev (7 dias de terapêutica). Pesquisa de micobactérias e fungos no pús drenado negativa. Durante o internamento manteve-se clinicamente estável, iniciando profilaxia para Pneumocystis jirovecii com cotrimoxazol, e terapêutica anti-retroviral (Lamivudina, Abacavir, Lopinavir/Ritonavir), com melhoria clínica, virulógica e imunológica. Conclusões: Este caso ilustra um exemplo de transmissão vertical do VIH-1 caracterizado por uma evolução crónica, cuja apresentação cursou com parotidite, um dos sinais indicadores de infecção VIH.