29 resultados para Veja lá não caia! – prevenção de quedas
Resumo:
Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) afectam cerca de 10% das crianas com Anemia de Celulas Falciformes (ACF). A taxa de recorrncia varia entre 46-90%, na ausncia de teraputica preventiva; quando esta instituida reduz a recorrncia a menos de 10%. A prevenção do primeiro infarto clnico, causa habitual de sequelas importantes, tem vindo a ser motivo de intensa investigao. 0 uso de Doppler transcraneano (DTC) permite detectar alteraes no fluxo arterial, associadas a risco de AVC subsequente (velocidade mdia> 190cm/seg ou <70 cm/seg numa grande artria cerebral). A sua utilizao peridica, nos portadores de HbSS, poder contribuir para a prevenção tanto do primeiro AVC como da sua recorrncia. Os infartos silenciosos cerebrais, postos em evidncia pela RMN, afectam cerca de 17% de doentes com ACF e podero explicar as alteraes cognitivas, reveladas por testes neuropsicolgicos, em doentes assintomticos. Estes testes podem ser um bom contributo para determinar a extenso e progresso da doena cerebrovascular c1nica e subclnica, na populao com ACF.
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A isoimunizao RhD tem uma importante morbilidade e mortalidade perinatal. A introduo no fim dos anos 60 da imunoprofilaxia veio diminuir drasticamente a incidncia desta patologia. A profilaxia com imunoglobulina anti-D, quando administrada na dose correcta e atempadamente, impede a isoimunizao RhD. Porm, os novos casos que continuam a surgir anualmente, alertam-nos para a necessidade de melhorar urgentemente a nossa conduta nestas situaes. Neste artigo os autores apresentam uma reviso da imunopatologia da isoimunizao RhD, assim como dos vrios factores envolvidos na sua profilaxia.
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A Gesto do Risco e a Segurana do Doente nos hospitais portugueses, comeou a dar os primeiros passos no final da dcada de 90, a partir de projetos voluntrios de melhoria da qualidade em sade, conduzidos pelo Kings Fund e Joint Commission International. Da experincia partilhada e aprendida podemos afirmar que a Gesto do Risco na Sade uma metodologia de excelncia que contribui para aumentar a segurana de todos. As diferentes estruturas da organizao devem manter uma estreita articulao neste processo e a equipa de gesto do risco deve articular com todos os servios e diversas entidades da organizao, designadamente Comisso da Qualidade, Controlo da Infeo Hospitalar, Sade Ocupacional, Gabinete do Utente, Gabinete Contencioso, Instalaes e Equipamentos, Hoteleiros entre outros. No que diz respeito s responsabilidades na gesto do risco, esta de todos, pois todos os profissionais tm responsabilidades na prevenção de incidentes e na promoo da segurana. A Gesto do Risco assenta em quatro pilares essenciais que devem ser suportados por um programa de formao estruturado para todos os profissionais da organizao. Da nossa experincia, estes pilares so a base para a operacionalizao de um Programa de Gesto de Risco, sendo eles: - Sistema de Relato de Incidentes - Identificao e Avaliao do Risco - Monitorizao de Indicadores de Segurana do Doente - Auditoria como Instrumento de Melhoria Continuia Neste artigo, iremos apenas aprofundar os dois primeiros pilares, baseando-nos na literatura internacional e na nossa experincia como enfermeiras no Centro Hospital de Lisboa Central.
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Objectivos: Determinar a prevalncia e caracterizar o perfil dos doentes com rinossinusite aguda e crnica, em Portugal Continental. Desenho do estudo: Estudo epidemiolgico transversal. Metodos: Aplicao de um questionrio a um grupo representativo de 5.116 indivduos de ambos os sexos, entre os 14 e os 65 anos. Resultados: A prevalncia total de rinossinusite foi de 13,7%(11,3% aguda e 2,4% crnica), sendo mais frequente em mulheres, nas faixas etrias dos 30 aos 39 anos e acima dos 60 anos, nas zonas de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), Alentejo e Algarve. A prevalncia de rinossinusite crnica maior no Norte (50%), em inquiridos com idade media de 43 anos. A rinossinusite crnica frequentemente acompanhada de outras patologias e sintomas e motiva mais consultas mdicas do que a rinossinusite aguda. Concluso: A sensibilizao para a importncia do diagnstico correcto, ao mesmo tempo que se contraria a tendncia da automedicao recorrente de relevncia extrema na prevenção e tratamento da rinossinusite.
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Na ltima dcada, verificou-se uma preocupao crescente dos profissionais e instituies de sade, pelas questes associadas segurana dos doentes e vrios estudos revelaram ao mundo que nos hospitais os incidentes associados aos cuidados de sade so frequentes. O relatrio To Err is Human reforou a evidncia de que ocorriam cerca de dez eventos adversos, em cada 100 episdios de internamento e que 50% destes, poderiam ter sido evitados. Em Portugal um estudo epidemiolgico sobre eventos adversos em contexto hospitalar levado a cabo pela Escola Nacional de Sade Pblica, evidenciou em 2010 uma taxa de incidncia de 11,1%. Torna-se evidente a necessidade de uma interveno global nas questes da segurana do doente, pelo que, a organizao Mundial de Sade lanou vrios desafios, sendo um deles a criao e implementao de Sistemas de Relatos de Incidentes nas organizaes de sade. A principal finalidade destes sistemas a partilha e aprendizagem com os erros de forma a encontrar solues para a sua prevenção. Este artigo tem como objetivo apresentar a experincia do Centro Hospitalar de Lisboa Central na implementao de um sistema de relato de incidentes de segurana do doente ao longo de treze anos.
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Little is known of cancer rehabilitation needs in Europe. EUROCHIP-3 organised a group of experts to propose a list of population-based indicators used for describing cancer rehabilitation across Europe. The aim of this study is to present and discuss these indicators. A EUROCHIP-3 expert panel reached agreement on two types of indicators. (a) Cancer prevalence indicators. These were proposed as a means of characterising the burden of cancer rehabilitation needs by time from diagnosis and patient health status. These indicators can be estimated from cancer registry data or by collecting data on follow-up and treatments for samples of cases archived in cancer registries. (b) Indicators of rehabilitation success. These include: return to work, quality of life, and satisfaction of specific rehabilitation needs. Studies can be performed to estimate these indicators in individual countries, but to obtain comparable data across European countries it will be necessary to administer a questionnaire to randomly selected samples of patients from population-based cancer registry databases. However, three factors complicate questionnaire studies: patients may not be aware that they have cancer; incomplete participation in surveys could lead to bias; and national confidentiality laws in some cases prohibit cancer registries from approaching patients. Although these studies are expensive and difficult to perform, but as the number of cancer survivors increases, it is important to document their needs in order to provide information on cancer control.
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Os autores apresentam uma reviso terica da Drepanocitose (SS), focando os aspectos mais pertinentes da fisiopatologia, clnica, diagnstico e principais medidas teraputicas. Alertam para as complicaes mais frequentes na gravidez e salientam a importncia do Aconselhamento Gentico e do Diagnstico Pr-Natal no modelo de prevenção da doena.
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A propsito de um caso clnico, os autores fazem uma reviso da literatura sobre angiodisplasia gastrointestinal como causa comum de hemorragia oculta no idoso, sua associao com estenose artica e a eficcia da teraputica estroprogestativa na sua prevenção e tratamento.
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Introduo: O melhor conhecimento dos factores de risco da gravidez na adolescncia, especialmente a no desejada, pode ser uma forma de contribuir para a sua prevenção. Objectivo: Determinar possveis factores de risco sociais, comportamentais e biolgicos de gravidez na adolescncia. Mtodos: Estudo de caso-controlo comparando adolescentes grvidas (casos) com adolescentes que nunca estiveram grvidas (controlos). Foram analisados factores de risco (a) social: ndice de Graffar, tipo de famlia, rendimento escolar e abandono escolar; (b) comportamental: hbitos de dependncia, coitarca, contracepo e nmero de parceiros sexuais; e (c) biolgico: idade, menarca, regularidade dos ciclos menstruais, ndice de massa corporal e perturbaes da sade mental. Resultados: Foram includas 50 jovens em cada grupo, emparelhadas por idade. Os factores de risco de gravidez encontrados com significado estatstico foram (a) sociais: ndice de Graffar 4 (OR: 4,96; IC 95%: 1,96-12,74), famlia no nuclear (OR: 4,64; IC 95%: 1,83-11,98), reprovaes prvias (OR: 8,84; IC 95%: 3,20-25,16) e abandono escolar (OR: 9,01; IC 95%: 3,34-24,96); (b) comportamentais: hbitos de dependncia (OR: 8,43; IC 95%: 1,65-57,87) e no utilizao de contracepo (OR: 44,33; IC 95%: 5,05-100,92); e (c) biolgicos: idade de menarca <12 anos (OR: 5,25; IC 95%: 1,89-15,02), irregularidade dos ciclos menstruais (OR: 4,51; IC 95%: 1,74-11,91) e ndice de massa corporal >percentil 85 (OR: 2,95; IC 95%: 1,04-8,55). No se revelaram factores de risco de gravidez a existncia de mais de um parceiro sexual (OR: 4,42; IC: 0,5-99,31), idade de coitarca <15 anos (OR: 5,11; IC 95%: 0,93-36,71) e as perturbaes da sade mental (OR=1; IC 95%=0,15-6,63). Concluso: Na promoo da sade sexual e reprodutiva sugere-se que se d ateno privilegiada s jovens de meio desfavorecido, de famlias no nucleares, com insucesso escolar, hbitos de dependncia, idade menor de menarca, ausncia de contracepo, irregularidade menstrual e excesso de peso.
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A descarboxilase dos L-aminocidos aromticos, um enzima piridoxina dependente, responsvel pela converso da L-dopa em dopamina e do 5 hidroxitriptofano em serotonina. A deficincia desse enzima, um erro inato do metabolismo dos neurotransmissores, resulta numa doena autossmica recessiva com manifestaes neurolgicas graves. Os dois casos apresentados de deficincia da descarboxilase dos L-aminocidos aromticos, entidade pela primeira vez descrita no nosso pas, apresentam caractersticas clnicas semelhantes, resultantes da disfuno do metabolismo aminrgico: hipotonia, distonia, atraso no desenvolvimento psicomotor, episdios de movimentos oculgiros, irritabilidade e instabilidade vasomotora. A tomografia computadorizada e a ressonncia magntica cerebrais foram normais em ambos os casos. Os exames bioqumicos e o estudo da actividade enzimtica permitiram fazer o diagnstico de deficincia da descarboxilase dos L-aminocidos aromticos. O nosso objectivo chamar a ateno para a necessidade de investigar os defeitos do metabolismo dos neurotransmilissores na presena de Uma doena neurolgica crnica sem etiologia conhecida. A importncia de colocar este diagnstico diferencial, o mais precocemente possvel, advm das possibilidades de teraputica, aconselhamento gentico adequado e diagnstico pr-natal, j hoje existentes.
Resumo:
Introduo: O papel do cido acetilsaliclico (AAS ou aspirina) na prevenção das complicaes associadas pr-eclmpsia tem sido objeto de estudos e de controvrsias ao longo de 30 anos. Os primeiros trabalhos de investigao acerca do papel da placenta na gnese da pr-eclmpsia surgiram em finais dos anos 70 e assinalavam um aumento da atividade plaquetria e alterao da sntese das prostaglandinas, como consequncia da deficiente adaptao da placenta. Ao longo dos ltimos 20 anos do sculo XX, sucederam-se estudos de investigao acerca do papel profilático da aspirina na reduo do risco de pr-eclmpsia. Material e Mtodos: Para analisar os trabalhos publicados sobre o uso da aspirina na prevenção da pr-eclmpsia, bem como sobre a dose mais adequada e momento de administrao, foram consultados apenas estudos prospetivos, revises sistemticas e meta-anlises atravs das seguintes fontes pesquisa (PubMed, Cochrane, Embase). Os artigos citados foram considerados os mais relevantes. Os trabalhos foram divididos em dois grupos: no primeiro foram includos os trabalhos em que a aspirina era administrada at s 16 semanas e o segundo, com incio de administrao por um perodo mais alargado. Resultados e Discusso: No primeiro grupo, com menor nmero de casos, mas com incio mais precoce de administrao do frmaco, at s 16 semanas, concluiu-se que a aspirina poderia ter um papel positivo na reduo de risco de gravidade da pr-eclmpsia; o segundo grupo, com maior nmero de casos nos estudos, mas com condies menos restritas de entrada e de tempo de incio do frmaco, teve resultados mais controversos. As meta-anlises destes estudos concluram que os resultados favorveis estavam associados s condies de e momento da administrao. Concluso: No existindo ainda alternativas ou frmacos que lhe possam ser associados, a aspirina em baixas doses (80 a 150 mg/dia) ao deitar, iniciada no 1 trimestre e at s 16 semanas mantm-se um frmaco seguro, que tem contribudo para reduo do risco de pr-eclmpsia precoce, com as consequncias que lhe esto associadas.
Resumo:
Os dados sobre diarreia por rotavrus em Portugal so limitados. Este estudo teve como objectivo estimar a proporo de gastroenterite aguda por este vrus em crianas observadas em servios de urgncia de vrios hospitais do pas e analisar as suas caractersticas clnicas e moleculares. Estudo prospectivo, multicntrico, observacional, incluindo crianas como menos de 5 anos, com gastroenterite aguda, observadas em 10 servios de urgncia peditricos, entre outubro de 2008 e setembro de 2009. Foram recolhidos dados demogrfico e clnicos. as amostras positivas de rotavrus foram genotipadas por reaco em cadeia da polimerase. Foram includas 1846 crianas, 58% do sexo masculino, com idade mdia de 19,3 +- 14,4 meses. Foi identificado rotavrus nas fezes em 28,3% (intervalo de confiana 95%, 26,2-30,4%), com maior proporo no inverno e na primavera e em crianas com idade de 7-24 meses. Os gentipos mais frequentes foram G4P(8) (46%) e G1P(8) (37%), com variaes de norte para sul. As crianas com gastroenterite por rotavrus tinham probabilidade significativamente superior (p<0,001) de ter febre, vmitos, perda de peso, desidratao e necessidade de internamento, comparativamente aos casos negativos para rotavrus. A gastroenterite aguda por rotavrus em crianas portuguesas com idade inferior a 5 anos associou-se a maior morbilidade e hospitalizao do que nos casos sem identificao de rotavrus. Houve diferenas importantes na distribuio dos gentipos entre as regies. Na era das vacinas contra o rotavrus, este conhecimento importante para as decises relativas prevenção da doena e para monitorizar tendncias da epidemiologia molecular do rotavrus.