139 resultados para Gravidez Heterotópica
Resumo:
Introdução: O papel do ácido acetilsalicílico (AAS ou aspirina) na prevenção das complicações associadas à pré-eclâmpsia tem sido objeto de estudos e de controvérsias ao longo de 30 anos. Os primeiros trabalhos de investigação acerca do papel da placenta na génese da pré-eclâmpsia surgiram em finais dos anos 70 e assinalavam um aumento da atividade plaquetária e alteração da síntese das prostaglandinas, como consequência da deficiente adaptação da placenta. Ao longo dos últimos 20 anos do século XX, sucederam-se estudos de investigação acerca do papel profilático da aspirina na redução do risco de pré-eclâmpsia. Material e Métodos: Para analisar os trabalhos publicados sobre o uso da aspirina na prevenção da pré-eclâmpsia, bem como sobre a dose mais adequada e momento de administração, foram consultados apenas estudos prospetivos, revisões sistemáticas e meta-análises através das seguintes fontes pesquisa (PubMed, Cochrane, Embase). Os artigos citados foram considerados os mais relevantes. Os trabalhos foram divididos em dois grupos: no primeiro foram incluídos os trabalhos em que a aspirina era administrada até às 16 semanas e o segundo, com início de administração por um período mais alargado. Resultados e Discussão: No primeiro grupo, com menor número de casos, mas com início mais precoce de administração do fármaco, até às 16 semanas, concluiu-se que a aspirina poderia ter um papel positivo na redução de risco de gravidade da pré-eclâmpsia; o segundo grupo, com maior número de casos nos estudos, mas com condições menos restritas de entrada e de tempo de início do fármaco, teve resultados mais controversos. As meta-análises destes estudos concluíram que os resultados favoráveis estavam associados às condições de e momento da administração. Conclusão: Não existindo ainda alternativas ou fármacos que lhe possam ser associados, a aspirina em baixas doses (80 a 150 mg/dia) ao deitar, iniciada no 1º trimestre e até às 16 semanas mantém-se um fármaco seguro, que tem contribuído para redução do risco de pré-eclâmpsia precoce, com as consequências que lhe estão associadas.
Resumo:
Peripartum cardiomiopathy is a rare and life-threatening cardiac disease that affects young women previously healthy, during the peripartum period. It is a form of dilated cardiomyopathy with left-sided systolic dysfunction, which may lead to symptoms and signs of congestive heart failure. The exclusion diagnosis is based essentially on clinical presentation and initial symptoms may mimic physiologic alterations of pregnancy. The authors present a case of a 34 week multiple gestation with a growth restriction of one of the fetus and with a suspicion of a mild pre-eclampsia, motive by which we decided labour induction. During placental expulsion, in which we noticed difficulty in finding placental cleavage, the patient presented an assistoly, recovering after cardiorespiratory reanimation. However, the profuse bleeding after labour leaded to a life saving hysterectomy. Histological examination revealed placenta accreta. The echocardiography performed post-operatively diagnosed a dilated cardiomyopathy.
Resumo:
Entre Janeiro de 1982 e Setembro de 1991 realizaram-se 24 cirurgias de recanalização tubária na Maternidade Dr. Alfredo da Costa. Os critérios de aceitação para cirurgia foram rigorosamente avaliados. Verificou-se uma taxa de gravidez intra-uterina de 66,7%. Em nove casos, a presença de factores de infertilidade associados influenciou negativamente os resultados encontrados. A localização da zona anastomose influenciou os resultados obtidos (72,7% de GIU nas anastomoses istmo-ístmicas). A histerossalpingografia (HSG) pós-operatória correlacionou-se positivamente com o resultado da cirurgia, tendo a taxa de gravidez nos casos com HSG normal sido de 100%.
Resumo:
Os autores procederam ao estudo retrospectivo de 681 obesos, consultados num período de dois anos. Vinte por cento eram crianças e, dos adultos, 87% eram do sexo feminino. Vinte e quatro por cento dos adultos eram obesos desde a infância e 1/3 das mulheres relacionava o início da obesidade com a gravidez. Foi encontrada uma elevada prevalência de Obesidade e Diabetes Mellitus nos antecedentes familiares. Sessenta e dois por cento dos adultos incluía-se no grupo de médio risco e, em 300 doentes, havia complicações manifestas da obesidade. Na avaliação final foi significativa a redução do grupo de alto risco.