49 resultados para organizações trabalho saúde
Resumo:
RESUMO - A presente investigao procura descrever e compreender como a estratgia influencia a liderana e como esta por sua vez interage nos processos de inovao e mudana, em organizações de saúde. Desconhecem-se estudos anteriores, em Portugal, sobre este problema de investigao e da respectiva problemtica terica. Trata-se de um estudo exploratrio e descritivo que envolveu 5 organizações de saúde, 4 portuguesas e 1 espanhola, 4 hospitais (dois privados e uma unidade local de saúde). Utilizou-se uma abordagem mista de investigao (qualitativa e quantitativa), que permitiu compreender, atravs do estudo de caso, como se articulam a estratgia, a liderana e a inovao nessas cinco organizações de saúde. Os resultados do estudo emprico foram provenientes da recolha de dados efectuada atravs de observao directa e estruturada, entrevistas com actores-chave, documentos em suporte de papel e digital, e ainda inqurito por questionrio de auto-resposta a uma amostra (n=165) de actores do line e do staff (Administradores, Directores de Servio/Departamento, Enfermeiros Chefe e Tcnicos Coordenadores) das cinco organizações de saúde. Tanto o modelo de Miles & Snow (estratgia organizacional), como o modelo dos valores contrastantes de Quinn (cultura organizacional e liderana), devidamente adaptados, mostram-se heursticos e provam poder aplicar-se s organizações de saúde, apesar a sua complexidade e especificidade. Tanto as organizações do sector pblico como do sector privado e organizações pblicas concessionadas (parcerias pblico privadas) podem ser acompanhadas e monitorizadas nos seus processos de inovao e mudana, associados aos tipos de cultura, liderana ou estratgia organizacionais adoptadas. As organizações de saúde coabitam num continuum, onde o ambiente (quer interno quer externo) e o tempo so factores decisivos que condicionam a estratgia a adoptar. Tambm aqui, em funo da realidade dinmica e complexa onde a organizao se move, no h tipologias puras. H, sim, uma grande plasticidade e flexibilidade organizacionais. Quanto aos lderes, exercem habitualmente a autoridade formal, pela via da circular normativa. No so pares (nem primi inter pares), colocam-se por vezes numa posio de superioridade, quando o mais adequado seria a relao de parceria, cooperao e procura de consensos, com todos os colaboradores, afim de serem eles os verdadeiros protagonistas e facilitadores da mudana e das inovaes. Como factores facilitadores da inovao e da mudana, encontrmos nas organizações de saúde estudadas o seguinte: facilidade de aprender; viso/misso adequadas; ausncia de medo de falhar; e como factores inibidores: falta de articulao entre servios/departamentos; estrutura organizacional (no sector pblico muito verticalizada e no sector privado mais horizontalizada); resistncia mudana; falta de tempo; falha no tempo de reaco (o tempo til para a tomada de deciso , por vezes, ultrapassado). --------ABSTRACT - The present research seeks to describe and understand how strategy influences leadership and how this in turn interacts in the process of innovation and change in health organizations. Previous studies on these topics are unknown in Portugal, about this research problem and its theoretical problem. This is an exploratory and descriptive study that involved 5 health organizations, 4 Portuguese and 1 Spanish. We used a mixed approach of research (qualitative and quantitative), which enabled us to understand, through case study, how strategy and leadership were articulated with innovation in these five health organizations. The results of the empirical study came from data collection through direct observation, interviews with key actors, documents and survey questionnaire answered by 165 participants of line and staff (Administrators, Medical Directors of Service /Department, Head Nurses and Technical Coordinators) of the five health organizations. Despite their complexity and specificity, both the model of Miles & Snow (organizational strategy) and the model of the Competing Values Framework of Quinn (organizational culture and leadership), suitably adapted, have proven heuristic power and able to be apply to healthcare organizations. Both public sector organizations, private and public organizations licensed (public-private partnerships) can be tracked and monitored in their processes of innovation and change in order to understand its kind of culture, leadership or organizational strategy adopted. Health organizations coexist in a continuum, where the environment (internal and external) and time are key factors which determine the strategy to adopt. Here too depending on the dynamic and complex reality where the organization moves, there are no pure types. There is indeed a great organizational plasticity and flexibility. Leaders usually carry the formal authority by circular normative. They are not pairs (or primi inter pares). Instead they are, sometimes, in a position of superiority, when the best thing is partnership, collaboration, cooperation, building consensus and cooperation with all stakeholders, in order that they are the real protagonists and facilitators of change and innovation. As factors that facilitate innovation and change, we found in health organizations studied, the following: ease of learning; vision / mission appropriate; absence of fear of failure, and as inhibiting factors: lack of coordination between agencies / departments; organizational structure (in the public sector it is too vertical and in the private sector it is more horizontal); resistance to change; lack of time and failure in the reaction time (the time for decision making is sometimes exceeded).
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RESUMO - O movimento de integrao dos cuidados de saúde tem como objectivo a procura de modelos de prestao de cuidados mais compreensivos, integrados e continuados. A determinao do grau de integrao de cuidados pode ser realizada a partir da percepo dos profissionais de saúde, sendo os inquritos por questionrios uma fonte comummente utilizada neste tipo de estudos. O presente estudo, designado por EGIOS II, tem como objetivos: a) determinar o grau de percepo de integrao, dos profissionais das Unidades Locais de Saúde; b) comparar a percepo do grau de integrao dos profissionais entre 2010 e 2015; c) comparar a percepo do grau de integrao dos profissionais que trabalham nas Unidades Locais de Saúde e em instituies no organizadas em Unidades Locais de Saúde; e d) identificar as reas de maior e menor percepo de integrao. O instrumento de recolha de dados utilizado, foi um inqurito por questionrio, que pretende avaliar a percepo do grau de integrao dos profissionais de acordo com as dimenses clnica, informao, normativa, administrativa, financeira e sistmica, em 53 itens. O inqurito foi estruturalmente adaptado do Health System Integration Study, tendo apresentado validade e fiabilidade. O inqurito foi aplicado em 22 instituies, a nvel nacional, Unidades Locais de Saúde e a Centros Hospitalares / Hospitais e Agrupamentos de Centros de Saúde. A caraterizao EGIOS II dividiu-se em quatro fases: preparao e envio dos ofcios; identificao dos interlocutores; envio dos inquritos; e avaliao dos resultados. O inqurito apresentou uma taxa de resposta de 27%, representando 2085 respostas ao inqurito. Pode afirmar-se que globalmente o estudo apresenta representatividade estatstica, com um intervalo de confiana de 95%. Os resultados indicam que os profissionais das Unidades Locais de Saúde em 2015 reportam maiores nveis de percepo de integrao, quando comparados os dados com o estudo de 2010. Acrescenta-se que os profissionais das Unidades Locais de Saúde tm um maior grau de percepo de integrao, do que os profissionais dos Centros Hospitalares / Hospitais e Agrupamentos de Centros de Saúde, no organizados em ULS. As dimenses administrativa, financeira e clnica so as que apresentam um menor grau de percepo de integrao e as dimenses normativa e informao uma maior percepo de integrao. Os rgos de administrao e rgos de gesto intermdia apresentam uma percepo de integrao superior comparativamente aos mdicos e enfermeiros dos servios hospitalares e cuidados de saúde primrios. Foram identificadas nove recomendaes que podero servir como base para um plano de ao subsequente do presente estudo ou para aplicao em futuros estudos. Este estudo pode auxiliar no diagnstico de problemas e barreiras da integrao de cuidados, em que servios atuar e ainda, identificar quais as estratgias e processos a priorizar de forma a melhorar a integrao de cuidados de saúde.
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RESUMO - A morbilidade associada s leses msculoesquelticas ligadas ao trabalho (LMELT) origina uma elevada perda de produtividade (absentismo e presentismo) em organizações de saúde, o que induz um substantivo impacto (custo) econmico. Nesse contexto, os profissionais de saúde, como grupo vulnervel ocorrncia de LMELT, nomeadamente aqueles que mobilizam os doentes diariamente, apresentam elevadas taxas de acidentes de trabalho com absentismo. Considerando a importncia do capital humano em saúde e tendo em conta o contexto actual de conteno da despesa no sector da saúde portugus, o despiste de situaes de perda de produtividade e seu impacto econmico em instituies de saúde, assume um papel fundamental na gesto dessas organizações. O presente estudo teve como objetivo avaliar o impacto (custo) das LMELT por acidente de trabalho em enfermeiros e assistentes operacionais do CMRA durante o perodo de 2009 a 2013. Partindo da identificao dos acidentes de trabalho (AT) ocorridos nestes grupos profissionais entre 2009 e 2013, da leso musculoesqueltica resultante e do absentismo registado os participantes no estudo responderam aos itens da escala WQL-8 e SPS-6, para se determinar tambm os nveis de presentismo. Este estudo adotou a metodologia do capital humano para estimar os custos indiretos ou perda de produtividade das LMELT. Constatou-se que so as transferncias a maior causa das LMELT, com uma sintomatologia mais prevalente na regio lombar. Existe perda de produtividade nesta instituio entre 2009 e 2013 com um custo total estimado em 222.015,98, absentismo e presentismo, sendo a Distrao Evitada a dimenso que apresenta maiores valores.
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RESUMO - Introduo - Com o presente projecto de investigao pretendeu-se estudar o financiamento por capitao ajustado pelo risco em contexto de integrao vertical de cuidados de saúde, recorrendo particularmente a informao sobre o consumo de medicamentos em ambulatrio como proxy da carga de doena. No nosso pas, factores como a expanso de estruturas de oferta verticalmente integradas, inadequao histrica da sua forma de pagamento e a recente possibilidade de dispor de informao sobre o consumo de medicamentos de ambulatrio em bases de dados informatizadas so trs fortes motivos para o desenvolvimento de conhecimento associado a esta temtica. Metodologia - Este trabalho compreende duas fases principais: i) a adaptao e aplicao de um modelo de consumo de medicamentos que permite estimar a carga de doena em ambulatrio (designado de PRx). Nesta fase foi necessrio realizar um trabalho de seleco, estruturao e classificao do modelo. A sua aplicao envolveu a utilizao de bases de dados informatizadas de consumos com medicamentos nos anos de 2007 e 2008 para a regio de Saúde do Alentejo; ii) na segunda fase foram simulados trs modelos de financiamento alternativos que foram propostos para financiar as ULS em Portugal. Particularmente foram analisadas as dimenses e variveis de ajustamento pelo risco (ndices de mortalidade, morbilidade e custos per capita), sua ponderao relativa e consequente impacto financeiro. Resultados - Com o desenvolvimento do modelo PRx estima-se que 36% dos residentes na regio Alentejo tm pelo menos uma doena crnica, sendo a capacidade de estimao do modelo no que respeita aos consumos de medicamentos na ordem dos 0,45 (R2). Este modelo revelou constituir uma alternativa a fontes de informao tradicionais como so os casos de outros estudos internacionais ou o Inqurito Nacional de Saúde. A considerao dos valores do PRx para efeitos de financiamento per capita introduz alteraes face a outros modelos propostos neste mbito. Aps a anlise dos montantes de financiamento entre os cenrios alternativos, obtendo os modelos 1 e 2 nveis de concordncia por percentil mais prximos entre si comparativamente ao modelo 3, seleccionou-se o modelo 1 como o mais adequado para a nossa realidade. Concluso - A aplicao do modelo PRx numa regio de saúde permitiu concluir em funo dos resultados alcanados, que j existe a possibilidade de estruturao e operacionalizao de um modelo que permite estimar a carga de doena em ambulatrio a partir de informao relativa ao seu perfil de consumo de medicamentos dos utentes. A utilizao desta informao para efeitos de financiamento de organizações de saúde verticalmente integradas provoca uma variao no seu actual nvel de financiamento. Entendendo este estudo como um ponto de partida onde apenas uma parte da presente temtica ficar definida, outras questes estruturantes do actual sistema de financiamento no devero tambm ser olvidadas neste contexto. ------- ABSTRACT - Introduction - The main goal of this study was the development of a risk adjustment model for financing integrated delivery systems (IDS) in Portugal. The recent improvement of patient records, mainly at primary care level, the historical inadequacy of payment models and the increasing number of IDS were three important factors that drove us to develop new approaches for risk adjustment in our country. Methods - The work was divided in two steps: the development of a pharmacy-based model in Portugal and the proposal of a risk adjustment model for financing IDS. In the first step an expert panel was specially formed to classify more than 33.000 codes included in Portuguese pharmacy national codes into 33 chronic conditions. The study included population of Alentejo Region in Portugal (N=441.550 patients) during 2007 and 2008. Using pharmacy data extracted from three databases: prescription, private pharmacies and hospital ambulatory pharmacies we estimated a regression model including Potential Years of Life Lost, Complexity, Severity and PRx information as dependent variables to assess total cost as the independent variable. This healthcare financing model was compared with other two models proposed for IDS. Results - The more prevalent chronic conditions are cardiovascular (34%), psychiatric disorders (10%) and diabetes (10%). These results are also consistent with the National Health Survey. Apparently the model presents some limitations in identifying patients with rheumatic conditions, since it underestimates prevalence and future drug expenditure. We obtained a R2 value of 0,45, which constitutes a good value comparing with the state of the art. After testing three scenarios we propose a model for financing IDS in Portugal. Conclusion - Drug information is a good alternative to diagnosis in determining morbidity level in a population basis through ambulatory care data. This model offers potential benefits to estimate chronic conditions and future drug costs in the Portuguese healthcare system. This information could be important to resource allocation decision process, especially concerning risk adjustment and healthcare financing.
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RESUMO - A qualidade um pilar fundamental de qualquer sector de actividade. No sector da saúde, a qualidade deixou de ser um factor opcional e tornou-se uma prioridade, uma exigncia e um requisito de enorme importncia na gesto das organizações de saúde, representando a sua responsabilidade, tica e respeito pelos cidados que a elas recorrem. O crescente interesse pelas questes da qualidade segue, ao longo das ltimas dcadas, uma tendncia mundial nos sistemas de saúde, sendo um dos temas mais presentes no debate poltico e nas estratgias de saúde um pouco por todo o mundo. Porm, as abordagens qualidade so dspares, reflectindo a sua dinmica e o pouco consenso nesta rea, o que justifica a necessidade de reflectir sobre o tema e de estudar as estratgias actualmente implementadas. Objectivos Este trabalho pretendeu apresentar uma perspectiva integrada e completa da qualidade em saúde em Portugal, contribuindo para o seu entendimento global e reflexo. Teve como finalidade estudar a sua evoluo, nomeadamente a nvel das polticas, das prticas e dos seus resultados, e conhecer a situao actual da qualidade nas organizações pblicas de saúde nacionais, podendo assim contribuir para novas medidas nesta rea. Metodologia Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas a oito peritos portugueses na rea da qualidade em saúde, seleccionados diante critrios de diversidade profissional, formao de base, tipo de instituio e localizao geogrfica onde exercem a sua actividade. Para as entrevistas foi elaborado um guio com perguntas sobre vrios temas relacionados com a rea da qualidade em saúde. As entrevistas foram gravadas e a informao foi transcrita e organizada em categorias atravs de uma anlise de contedo. Para o segundo objectivo do estudo, foi construdo e proposto um questionrio, como projecto para investigaes futuras. Resultados e Concluses Os resultados mostraram que a qualidade um tema muito valorizado e presente nos quadros da administrao de saúde portuguesa. A sua evoluo sofreu diversas mudanas, com fases de grande progresso e outras de grande indefinio. No entanto, ficou evidente que a grande divergncia de opinies justifica a necessidade de uma maior discusso e consenso a nvel nacional e internacional nesta rea. O futuro da qualidade em saúde em Portugal ir depender da capacidade do Departamento da Qualidade na Saúde e das organizações gerirem esta complexa rea.
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RESUMO - A qualidade dos cuidados de saúde, evolui ao longo dos tempos e agora considerada um direito e um pilar fundamental nos servios de saúde. As reclamaes dos utentes podem revelar informao acerca das experincias entre os utentes e as organizações de saúde. Desta forma as reclamaes podem ser consideradas como indicadores de qualidade que permitem identificar reas e/ou oportunidades de melhoria, e de grande representatividade no processo da melhoria contnua da qualidade na saúde. Sendo fundamental dar voz aos utentes do SNS e possibilitar a sua participao activa no processo de melhoria da prestao dos cuidados de saúde, com este trabalho pretendeu-se estudar a forma como as reclamaes dos utentes nos ACES na Regio de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, contribuem para a melhoria da qualidade nos referidos servios de saúde. Foram reconhecidas e analisadas as principais causas de reclamao, as correspondentes medidas correctivas e as necessidades e/ou dificuldades no seu processo de implementao, bem como a respectiva avaliao dos resultados obtidos e identificao das recomendaes dos Coordenadores dos Gabinetes do Utente no mbito dos ACES da Regio de Saúde de LVT. Efectuou-se a anlise de reviso bibliogrfica e a consulta dos dados, desagregados, das causas mais mencionadas nas reclamaes no mbito do estudo e foram realizados contactos informais com a estrutura regional e nacional do Sistema SIM-Cidado. Foram aplicados 15 questionrios aos Coordenadores Locais dos Gabinetes do Cidado dos ACES da ARSLVT, apresentando a investigao um carcter exploratrio e qualitativo. Os questionrios, foram enviados e recebidos anonimamente atravs da plataforma para estudos estatsticos Survey Monkey. A sua anlise e interpretao, foi efectuada de forma a organizar os seus dados de uma forma sistematizada e permitir categorizar a informao para permitir a sua anlise. Os resultados evidenciaram que as reclamaes dos utentes apresentadas nos Gabinetes do Cidado, de certa forma, foram um contributo para o processo da melhoria da qualidade nos ACES da Regio de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo atravs do adopo de medidas e aces correctivas, ultrapassando algumas limitaes devida criao de estratgias locais. No entanto foi evidente que algumas limitaes no foram passiveis de ser ultrapassadas, pois envolvem decises do mbito externo aos ACES. Os resultados alcanados e as recomendaes dos Coordenadores, podem evidenciar algumas mudanas organizacionais, mas transparecem a ideia de que existe ainda um longo caminho a percorrer.
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RESUMO - Em 1994/1995 o modelo legal de organizao de servios de Medicina do Trabalho institudo na dcada de 1960 foi substitudo por uma nova superestrutura de servios de Segurana, Higiene e Saúde dos Trabalhadores (SHST) nos locais de trabalho. O presente estudo pretende descrever e analisar em que medida o novo enquadramento jurdico de SHST, iniciado em 1994/1995 e correspondente genericamente fase da Nova Saúde Ocupacional, foi acompanhado de alteraes: (1) na percepo do grau de satisfao dos mdicos do trabalho quanto ao seu papel e estatuto profissionais e (2) nas repercusses na sua prtica profissional. O presente estudo (emprico, descritivo e comparativo) abrangeu um grupo de mdicos do trabalho diplomados pela Escola Nacional de Saúde Pblica (n = 153), de quem se recolheu, atravs de um questionrio aplicado em 1993 e 2000, a opinio sobre as mudanas organizacionais da SHST. O papel e funes dos mdicos do trabalho e as garantias de exerccio profissional no se alteraram de forma importante, tendo a prtica profissional da medicina do trabalho na modalidade medicina do trabalho de empresa (servios internos e externos) diminudo, apesar de continuar a ser a forma de exerccio predominante dos mdicos do trabalho. O tempo dedicado sua actividade situou-se num valor mdio prximo das 20 horas semanais, sem alteraes importantes entre 1993 e 2000. Concluiu-se que, no essencial, a publicao da nova legislao sobre organizao de cuidados de MT/SHST/SO em 1994 e 1995 no reforou significativamente as condies gerais de exerccio da medicina do trabalho.
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RESUMO - Foi construda uma tipologia com cinco grupos principais de polticas, programas e actividades: A (Higiene & Segurana no Trabalho/Melhoria do ambiente fsico de trabalho); B (Avaliao de saúde/Vigilncia mdica/Prestao de cuidados de saúde); C (Preveno de comportamentos de risco/ Promoo de estilos de vida saudveis); D (Intervenes a nvel organizacional/Melhoria do ambiente psicossocial de trabalho); E (Actividades e programas sociais e de bem-estar). Foi concebido e desenhado, para ser autoadministrado, um questionrio sobre Poltica de Saúde no Local de Trabalho. Foram efectuados dois mailings, e um follow-up telefnico. O trabalho de campo decorreu entre a Primavera de 1997 e o Vero de 1998. A amostra (n = 259) considerada representativa das duas mil maiores empresas do pas. Uma em cada quatro era uma multinacional. A taxa de sindicalizao rondava os 30% da populao trabalhadora, mas apenas 16% dos respondentes assinalou a existncia de representantes dos trabalhadores eleitos para a S&ST (abreviadamente, Saúde & Segurana do Trabalho). o sistema de gesto integrado de S&ST, e no o tamanho da empresa ou outra caracterstica sociodemogrfica ou tcnicoorganizacional, que permite predizer a existncia de empresas, mais activas e inovadoras no domnio da proteco e promoo da saúde no trabalho.
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RESUMO - INTRODUO A escassez de recursos e os crescentes custos em saúde conduzem adoo de medidas que visam um melhor desempenho das organizações de saúde. O facto da despesa corrente na saúde ter aumentado nos ltimos anos e at 2010 resultou, entre outras, das seguintes condicionantes: (i) aumento da esperana mdia de vida, pressupondo-se uma maior canalizao e utilizao de recursos para a prestao de cuidados de saúde populao idosa; (ii) inovao na medicina, ao nvel de diagnstico, de tratamento e de tecnologias da saúde, repercutindo-se no eventual aumento de expectativas e exigncias da populao em relao aos seus nveis de saúde, acessibilidade e qualidade dos cuidados de saúde. Atualmente, os gestores hospitalares deparam-se com o imperativo da utilizao racional e eficiente de recursos na saúde. O presente trabalho resultou de dois fatores, designadamente: (i) a tendncia crescente da despesa pblica relativa saúde e (ii) os nveis de eficincia dos hospitais do SNS. O objetivo geral consistiu em identificar o potencial de melhoria na eficincia hospitalar em relao DMPO observada no universo do SNS, medida atravs de dias de internamento desnecessrios. Para tal, pretendeu-se: (i) descrever e analisar a variao na demora mdia pr-operatria de doentes submetidos a cirurgia eletiva nos hospitais que integram o Servio Nacional de Saúde, identificando os fatores inerentes aos doentes e de gesto que influenciam a demora mdia pr-operatria; (ii) estimar os dias de internamento pr-operatrios desnecessrios por hospital, por Grande Categoria de Diagnstico, por Grupo de Diagnstico Homogneo e por dia da semana da admisso do doente; e (iii) calcular a valorizao, em termos monetrios, dos dias de internamento pr-operatrio desnecessrios ao nvel dos Grupos de Diagnsticos Homogneos. METODOLOGIA Pretendeu-se analisar a demora mdia pr-operatria para o trinio 2009-2011, segundo as variveis independentes sexo, idade, nmero de diagnsticos secundrios, Grupo de Diagnstico Homogneo, hospital, dia da semana da admisso do doente, recorrendo a testes de hipteses envolvendo at duas variveis e ao modelo de regresso linear mltipla. Tambm se pretendeu estimar os dias de internamento pr-operatrio desnecessrios por hospital, por Grande Categoria de Diagnstico, por Grupo de Diagnstico Homogneo e por dia da semana da admisso do doente. Por ltimo, procedeu-se valorizao dos dias de internamento pr-operatrio desnecessrios em termos monetrios. RESULTADOS Os principais resultados apontam para a relao entre as variveis independentes consideradas e a demora mdia pr-operatria, sendo que o poder explicativo das mesmas em relao demora mdia pr-operatria reduzido (7,3%), o que pressupe que haja outros fatores com maior influncia na demora mdia pr-operatria. Em termos globais a demora mdia pr-operatria rondou os 1,08 dias, sendo que existe margem para melhorar. CONCLUSO Atendendo demora mdia pr-operatria, parece haver margem para incrementar a produo hospitalar com os recursos de que o Servio Nacional de Saúde dispe atualmente (e.g. minimizando os dias de internamento pr-operatrios desnecessrios), sem prejuzo dos nveis de qualidade; os hospitais do Servio Nacional de Saúde podem incrementar os nveis de desempenho no que respeita eficincia, mormente em relao demora mdia pr-operatria; e aparentemente, de um modo um pouco grosseiro, a valorizao dos dias de internamento pr-operatrio desnecessrios para os Grupos de Diagnsticos Homogneos analisados repercutiu-se em cerca de 85 milhes de .
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Resumo: Os profissionais de saúde podem estar expostos a vrios factores indutores de stress crnico nomeadamente de natureza profissional destacando-se, entre os seus possveis efeitos, a diminuio da resposta de anticorpos aps administrao de vacinas, entre as quais, a vacina contra a gripe. Uma vez que os trabalhadores da saúde esto expostos a factores indutores de stress e, simultaneamente, a agentes biolgicos cujos efeitos podero ser prevenidos pela vacinao, pertinente estudar a influncia do stress na resposta imunitria vacina contra a gripe em enfermeiros. Constituram objectivos deste trabalho: (1) estudar a associao entre a presena de stress crnico em enfermeiros hospitalares e a insuficiente resposta imunitria vacina contra a gripe, avaliada um ms aps a vacinao (T1); (2) estudar a associao entre a presena de stress crnico em enfermeiros hospitalares e a reduo dos ttulos de anticorpos dirigidos s hemaglutininas seis meses aps a vacinao (T6) e (3) identificar algumas caractersticas das unidades de internamento e do trabalho dos participantes que possam estar associadas presena de stress crnico e estudar a sua possvel associao com a resposta imunitria vacina contra a gripe. Realizou-se um estudo caso-controlo incorporado num estudo de coortes e a amostra em estudo foi constituda por 136 enfermeiros saudveis (83,8% sexo feminino; mdia de idades de 33anos) de um hospital universitrio. Realizaram-se entrevistas individuais e aplicaram-se as verses portuguesas dos questionrios The General Health Questionnaire (GHQ12) e Maslach Burnout Inventory Human Services Survey (MBI-HSS) para determinao da presena de stress crnico pelo mtodo da triangulao, no incio do estudo (T0) e realizou-se a recolha de dados relativos caracterizao de elementos de trabalho nas unidades de internamento. Foi administrada a vacina contra a gripe e determinou-se os ttulos de anticorpos dirigidos s hemaglutininas de cada estirpe componentes da vacina contra a gripe utilizada em 2007, antes da vacinao, um ms e seis meses aps a vacinao. No se encontrou associao, ao nvel de significncia de 5%, entre a presena de stress e a insuficiente resposta vacina contra a gripe, avaliada pela taxa de indivduos que apresentaram um aumento, ao fim de um ms, inferior a quatro vezes os ttulos de anticorpos antes da vacinao. No entanto, encontrou-se uma maior proporo de indivduos com stress no grupo de participantes em que ocorreu uma diminuio do ttulo de anticorpos dirigidos hemaglutinina AH1 (ac AH1) em T6, quando comparado com o respectivo grupo controlo. A diferena entre grupos foi estatisticamente significativa, quando se avaliou a presena de stress pelo mtodo da triangulao usando a entrevista (p=0,006), pelo mtodo da triangulao usando o GHQ12 (p=0,045) e ainda usando a combinao dos trs critrios (p=0,001). Aps anlise multivariada, verificou-se que a associao entre a presena de XXVI stress e a reduo dos ac AH1 em T6 manteve significado estatstico (respectivamente, p= 0,010, p= 0,042 e p=0,002) e apresentou odds ratio ajustados, em funo de cada um dos mtodos de avaliao da presena de stress, de 3,643, de 2,733 e de 5,223. A quantidade de trabalho percepcionada como sobrecarga constituiu o factor indutor de stress mais vezes referido (58,8% da amostra e 61,8% dos enfermeiros de unidades de internamento), seguida dos conflitos entre profissionais. O contacto com o sofrimento e a morte de doentes foram identificados em quarto lugar pela amostra, mas em segundo pelos enfermeiros de unidades de internamento. Nesses, verificou-se uma associao positiva entre trabalhar em Servios onde o nmero de doentes falecidos foi muito elevado e a presena de stress, medido pelo mtodo da triangulao usando a entrevista (p=0,039), usando o GHQ12 (p=0,019), usando a escala de exausto emocional do MBI-HSS (p=0,012) e pela combinao dos trs mtodos (p=0,014). Verificou-se tambm uma associao positiva entre a presena de stress, identificada pelo mtodo da triangulao usando a escala de exausto emocional do MBI-HSS, e o trabalho em servios de internamento onde a percentagem de doentes idosos (p=0,025) e a taxa de letalidade (p=0,036) foram elevadas. Contudo, no se encontrou associao entre a exposio muito frequente ao sofrimento e morte de doentes e a reduo do ttulo de ac AH1 em T6. Possivelmente, a exposio a esse factor indutor de stress, apesar de estar relacionada com a presena de stress nos enfermeiros de servios de internamento, no foi suficientemente intenso para, por si s, estar associada reduo do ttulo de ac AH1 em T6. A associao encontrada entre a presena de stress crnico e a reduo do ttulo de anticorpos AH1 em T6 vem apoiar a resposta questo de investigao inicialmente colocada de que o stress poder influenciar negativamente a manuteno dos ttulos de anticorpos, mesmo em indivduos adultos no idosos. Assim, o risco de um enfermeiro com stress apresentar reduo do ttulo de anticorpos dirigidos hemaglutinina da estirpe AH1N1 A/Solomon Islands/3/2006 ao fim dos seis meses do estudo, foi 3,6, 2,7 ou 5,2 vezes superior ao de um enfermeiro sem stress, consoante o critrio de stress ter sido determinado, respectivamente, pelo mtodo da triangulao usando a entrevista, pelo mtodo da triangulao utilizando o GHQ12 ou pela combinao dos trs critrios. Summary: Health workers may be exposed to various factors causing chronic stress namely those related directly to their activity, in particular the decrease in the capacity of the response of antibodies after the administration of the vaccines, amongst others the Influenza vaccine. Since health workers are exposed to factors causing stress and at the same time biological agents, whose effects may be prevented through vaccination, it is important to study the influence of stress in the immunity response to the Influenza vaccine on nurses. The aims of this study are: (1) to examine the relation between chronic stress in hospital nurses and the insufficient immunity response to the Influenza vaccine, assessed at one month after vaccination (T1); (2) to examine the relation between chronic stress in hospital nurses and the decrease of the hemagglutinin titles of antibodies six months after vaccination (T6); (3) to identify some characteristics of internment units and the work of the participants that may be related to the presence of chronic stress and to study its possible relation with the immunity response to the Influenza vaccine. A control-case study, integrated in a coortes study, was carried out and the sample under analysis consisted of 136 healthy nurses (83,8% female; average age 33 years old) from a university hospital. Several individual interviews were conducted and the portuguese versions of General Health Questionnaire (GHQ12) and Maslach Burnout Inventory Human Services Survey (MBI-HSS) was applied in order to determine the presence of chronic stress, using the triangulation method at the beginning of the study (T0). Data concerning the particular features of the internment units was collected. The Influenza vaccine was administered and the titles of hemagglutinin antibodies of each strain composing the Influenza vaccine used in 2007, before vaccination, and a month and six months after vaccination, were determined. There was no statistically relevant (5%) relation between stress and the insufficient immune response to the Influenza vaccine, according to the rate of individuals that showed, after a month, a level of antibodies concentration lower than four times the level prior to the vaccination. Nevertheless, there was a greater number of individuals with stress in the group of participants in which there was a decrease of the hemagglutinin titles of antibodies AH1 (ac AH1) in T6, when compared to the control group under study. The difference between groups was statistically relevant when assessing the presence of stress by triangulation method using the interview (p=0,006), by triangulation method using the GHQ12 (p=0,045) and by the combination of the three criteria (p=0,001). After multivariate analysis, it was verified that the XXVIII relation between the presence of stress and the reduction of the ac AH1 in T6 was statistically relevant (respectively, p= 0,010, p= 0,042 and p=0,002) and the odds ratio were, according to each of the methods used to assess the presence of stress, 3,643, 2,733 and 5,223. Overwork was the most emphasised stress-causing factor (58,8% of the sample and 61,8% of the nurses working in the Internment Units), followed by conflicts arousing among co-workers. Witnessing the suffering and death of patients was ranked as the fourth cause of stress, but the second by the nurses of the internment units. The former revealed a positive connection between working in the services, where there was a high rate of deaths, and the presence of stress, when assessing the presence of stress by triangulation method using the interview (p=0,039), the GHQ12 (p=0,019), the MBI-HSS emotional exhaustion scale (p=0,012) and by the combination of the three criteria (p=0,014).There was also a connection between the presence of stress, identified by the method of triangulation using the MBI-HSS emotional exhaustion scale, and working in the internment units, where the percentage of elderly people (p=0,025) and the mortality rate (p=0,036) were high. However, there was no connection between frequent exposure to suffering and death in patients and the reduction of ac AH1 titles, in T6. Although one can establish a connection between stress in nurses working in the internment units and the aforementioned stress-causing factor, the exposure to that factor was not, per se, intense enough to reduce the ac AH1 title in T6. The relation found between the presence of chronic stress and the reduction of AH1 antibodies titles in T6, corroborates the hypothesis that stress can negatively influence the title of antibodies, even in non-elderly adults. Thus, and according to the criteria used to define stress, by the triangulation method using the interview, by the triangulation method using the GHQ12 or the combination of the three criteria respectively, the risk of a nurse suffering from stress showing a reduction in the title of hemagglutinin antibodies for the strain AH1N1 A/Solomon Islands/3/2006 six-month after Influenza vaccine was 3,6, 2,7 or 5,2 times greater than on a nurse suffering from no stress at all. Rsum: Les professionnels de la sant peuvent tre exposs diffrents facteurs inducteurs de stress chronique de nature professionnelle. On remarque, parmi les effets possibles, une baisse de la rponse des anticorps aprs ladministration de vaccins, comme en particulier, le vaccin de la grippe. Lorsque les professionnels de la sant ont t exposs des facteurs inducteurs de stress, et de manire simultane, des agents biologiques dont les effets pourront tre prvenus par la vaccination, il est pertinent dtudier linfluence du stress dans la rponse immunitaire au vaccin de la grippe chez les infirmiers. Ils ont constitu des objectifs dtudes et de discussion : (1) tudier lassociation entre la prsence de stress chronique chez les infirmiers, en milieu hospitalier, et la insuffisant rponse immunitaire au vaccin de la grippe, vrifie un mois aprs la vaccination (T1); (2) tudier lassociation entre la prsence de stress chronique chez les infirmiers, en milieu hospitalier, et la rduction de la teneur des anticorps dirig la hmaglutinina six mois aprs la vaccination (T6) (3) identifier certaines caractristiques des units dinternement, et tudier les aspects du travail des participants, qui puissent tre associe la prsence de stress chronique et tudier sa possible association avec la rponse immunitaire au vaccin de la grippe. Une tude cas-contrle incorpore dans une tude de groupe a t ralise et un chantillon, pour tude, a t constitu par 136 infirmiers sains (83,8% de sexe fminin, ge moyen 33 ans) travaillant dans un hpital universitaire. Des entretiens individuels ont t raliss et les versions portugaises des questionnaires de General Health Questionnaire (GHQ12) et Maslach Burnout Inventory- Human Service Survey (MBI-HSS) ont t utiliss pour dterminer la prsence de stress chronique grce la mthode de triangulation, au dbut de ltude (T0) et un relev de donnes relatives la caractrisation dlments de travail dans les units dinternement a t fait. Le vaccin de la grippe a t administr et les teneurs en anticorps dirigs aux hmaglutininas de chaque composant du vaccin de la grippe pour 2007 ont t dtermins, avant la vaccination et un mois et six mois aprs. On na pas trouv dassociation, un niveau significatif de au moins 5%, entre la prsence de stress et la insuffisant rponse au vaccin de la grippe, value par le taux dindividus qui ont prsent une augmentation, la fin du mois, infrieur quatre fois la teneur des anticorps par rapport avant la vaccination. Cependant , on a trouv une plus grande proportion dindividus victimes de stress dans le groupe des participants o il y a eu une baisse de la teneur des anticorps dirig la hmaglutinina AH1 (ac AH1) en T6, aprs comparaison avec le respectif groupe de contrle. La diffrence entre les groupes a t statistiquement significative lorsquon a vrifi la prsence de stress grce la mthode de triangulation, en utilisant lentretien (p=0,006), par la mthode de triangulation en utilisant le GHQ12 (p=0,045) et en utilisant aussi la combinaison des trois critres (p=0,001). Aprs une analyse XXX multivarie, on a vrifi que lassociation entre la prsence de stress et la rduction des ac AH1 en T6 a conserv un signifi statistique (respectivement, p=0,010, p=0,042 et p=0,002) et a prsent des odds ratio ajusts, en fonction de chacune des mthodes de vrification de la prsence de stress de 3,643, de 2,733 et de 5,223. La quantit de travail perue comme une surcharge constitue le facteur inducteur de stress le plus souvent cit (58,8% de lchantillon et 61,8% des infirmiers des units dinternement), suivi par les conflits entre professionnels. Le contact avec la souffrance et la mort des patients a t plac en quatrime position par lchantillon, mais en deuxime position par les infirmiers des units dinternement. Dans ces cas, on a vrifi une association vidente entre le fait de travailler dans des services o le nombre de patients dcds a t trs lev et la prsence de stress, identifie par la mthode de triangulation, en utilisant lentretien (p=0,039), le GHQ12 (p=0,019), lchelle de fatigue motionnelle du MBI-HSS (p=0,012) et en utilisant aussi la combinaison des trois critres (p=0,014). On a aussi vrifi une association positive entre la prsence de stress, identifie par la mthode de triangulation, en utilisant lchelle de fatigue motionnelle du MBI-HSS et le travail dans des services dinternement o le pourcentage de malade gs (p=0,025) et le taux de mortalit ont t levs (p=0,036). Malgr tout, on na pas trouv dassociation entre lexposition trs frquente la souffrance et la mort des patients et la rduction de la teneur de ac AH1 en T6. Probablement lexposition ce facteur inducteur de stress, bien quelle soit lie la prsence de stress chez les infirmiers des services dinternement, na pas t suffisamment intense pour, en elle-mme, tre associe la rduction de la teneur ac AH1 enT6. Lassociation trouve entre la prsence de stress chronique et la rduction de la teneur des anticorps AH1 en T6 vient renforcer lhypothse que le stress pourra influencer ngativement la manutention des teneurs en anticorps mme chez les individus adultes jeunes. Donc le risque quun infirmier stress prsente une rduction de la teneur en anticorps dirigs la hmaglutinina de le composant AH1N1-A/Solomon Island/3/2006 la fin des six mois dtudes a t 3,6, 2,7 ou 5,2 fois suprieure celui dun infirmier sans stress, aprs avoir dtermin le critre de stress, respectivement par la mthode de triangulation utilisant lentretien, par la mthode de triangulation utilisant le GHQ12 ou par la combinaison des trois critres.
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RESUMO - Num contexto em que a prestao de cuidados de Fisioterapia e Reabilitao identificada como apresentando uma desigualdade e desajustamento da oferta regional superior dos restantes cuidados de saúde, assim como uma falta de adequao dos preos praticados, perante as condies de oferta e procura actualmente existentes, o presente trabalho tem por objectivo investigar, no domnio do Desempenho, a influncia do Financiamento na definio da prestao destes cuidados, tendo como pressuposto genrico que as decises estratgicas e a reestruturao produtiva das organizações de saúde so condicionadas pelo sistema de preos. Considera-se que o actual sistema de Financiamento/Pagamento provoca um constrangimento na qualidade da resposta destes cuidados a dois nveis: um primeiro nvel, ao colocar o pagamento no mbito dos Meios Complementares de Diagnstico e Teraputica (MCDTs) a contratar pelo Servio Nacional de Saúde, com isso determinando a configurao organizativa do sistema; um segundo nvel de constrangimento que incide sobre as estruturas das organizações prestadoras, pela modelao que induz, nomeadamente a nvel da sua produo. Na impossibilidade de tratar as duas dimenses do problema, pela falta de indicadores de desempenho deste sector, analisou-se, relativamente ao segundo nvel de constrangimento, a produo de fisioterapia de trs organizações que, potencialmente, teriam o mesmo o mesmo perfil de oferta por se enquadrarem num mesmo perfil de procura. Os resultados reflectem o pressuposto genrico do trabalho e abrem espao para colocar como futura hiptese de investigao a razo da(s) causa(s) que podero estar subjacentes discrepncia encontrada na mdia de tratamentos por sesso (duas vezes e meia) na produo das duas organizações que foi possvel comparar.------------------- ABSTRACT - In a context where the provision of Physical Therapy and Rehabilitation care is identified as having a regional mismatch of supply and inequality above all the others health cares, and a lack of adequacy of prices in the current conditions of supply and demand, the present work has, as main purpose, to investigate, in the field of Performance, the Payments influence in shaping the provision of such health care. The general assumption tracking this analysis is that the strategic decisions on productive structure of health care organizations are influenced by the price systems. It is considered that the current Finance / Payment system causes two levels of constraints on the quality of such health care: a first constraint, as it putts its payment under the Supplementary Means of Diagnosis and Therapy (MCDTs), witch ends up establishing the organizational setup of the system; a second level of constraint by modelling the internal structure of these organizations. The lack of indicators characterizing the performance of this sector, addressed the present study to the second dimension, in witch was analysed the physical therapy production in three organizations that, potentially, would have the same profile of supply responding to similar characteristics of demand. The results reflect the above mentioned general assumption that supported the work, and leave an open space for future research, about the reason (s) that lay behind the discrepancy found between the average of treatments per session (two and a half times) in
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Resumo - O avano tecnolgico e cientfico no campo da Medicina tem favorecido a aplicao das radiaes ionizantes nas reas da Medicina Nuclear, Radiologia, Radioterapia e noutras especialidades relacionadas com a medicina de interveno, como a Cardiologia. As Organizações de Saúde, com profissionais com risco de exposio a radiaes ionizantes, so responsveis, legislativamente, por assegurar a sua vigilncia. Certificando a observao controlada das doses de exposio, os profissionais so monitorizados com dosmetros individuais e submetidos a vigilncia mdica. As leituras de dosmetria individual destes profissionais, originam por vezes, nos prprios, desconfianas e incertezas quanto aos valores medidos. Objectivo: avaliar o grau de confiana dos profissionais de saúde, expostos a radiaes ionizantes, no sistema de monitorizao individual. Metodologia: estudo observacional do tipo analtico- transversal, por questionrio. Amostra de 190 Tcnicos de Diagnstico e Teraputica de Cardiopneumologia, Medicina Nuclear, Radiologia, Radioterapia, expostos a radiaes ionizantes, que exercem a sua actividade profissional em hospitais do concelho de Lisboa. Resultados: 51,1% dos Tcnicos de Diagnstico e Teraputica no confiam nas leituras dos dosmetros, no se determinou uma relao estatisticamente significativa entre essa confiana, o tipo de dosmetro e a empresa que realiza as leituras. A confiana maior nos que exercem em Organizações de Saúde pblicas. 40,2% das Organizações de Saúde apresentam plano de vigilncia mdica, constatando-se uma falta de conformidade entre os Tcnicos de Diagnstico e Teraputica, nalguns hospitais, relativamente existncia desse plano no respectivo hospital. A margem de erro associado ao estudo de 5,09%, com um nvel de confiana de 95%. -----------Abstract - The technological and scientific advances in the field of medicine has encouraged the application of ionizing radiation with a considerable positive contribution in the areas of Nuclear Medicine, Radiology, Radiotherapy and other specialties related to medical intervention like Cardiology. The Health Organizations that arise the risk of occupational exposure to ionizing radiation and is their responsibility to ensure monitoring, according the law. To ensure the monitoring of controlled doses of exposure, the exposed works use an individual dosimeter and undergo medical supervision. The individual dosimetry readings of health-care professionals, is sometimes questionable for themselves, arising distrust and uncertainty about the values measured. Objective: evaluate the degree of confidence of health professionals, exposed to radiation, on the system of individual monitoring. Methods: Observational study of cross-type analysis by questionnaire. Sample of 190 of technologists of Cardiopneumology, Nuclear Medicine, Radiology, Radiotherapy, exposed to ionizing radiation, which work in hospitals on the region of Lisbon. Results: 51.1% of technologists does not rely on the readings of their dosimeters, and wasnt determined a statistically significant relationship between this trust, the type of dosimeter and the company that makes the readings(s) of their(s) dosimeter(s). The confidence in the readings is higher in public Health Organizations. 40.2% of the Health Organizations have medical monitoring plan and there is a disagreement between technologists, in some hospitals, relatively to the existence of this plan in their hospital. It was estimated that the u
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RESUMO:A depresso clnica uma patologia do humor, dimensional e de natureza crnica, evoluindo por episdios heterogneos remitentes e recorrentes, de gravidade varivel, correspondendo a categorias nosolgicas porventura artificiais mas clinicamente teis, de elevada prevalncia e responsvel por morbilidade importante e custos sociais crescentes, calculando-se que em 2020 os episdios de depresso major constituiro, em todo o mundo, a segunda causa de anos de vida com saúde perdidos. Como desejvel, na maioria dos pases os cuidados de saúde primrios so a porta de entrada para o acesso recepo de cuidados de saúde. Cerca de 50% de todas as pessoas sofrendo de depresso acedem aos cuidados de saúde primrios mas apenas uma pequena proporo correctamente diagnosticada e tratada pelos mdicos prestadores de cuidados primrios apesar dos tratamentos disponveis serem muito efectivos e de fcil aplicabilidade. A existncia de dificuldades e barreiras a vrios nveis doena, doentes, mdicos, organizações de saúde, cultura e sociedade contribuem para esta generalizada ineficincia de que resulta uma manuteno do peso da depresso que no tem sido possvel reduzir atravs das estratgias tradicionais de organizao de servios. A equipa comunitria de saúde mental e a psiquiatria de ligao so duas estratgias de interveno com desenvolvimento conceptual e organizacional respectivamente na Psiquiatria Social e na Psicossomtica. A primeira tem demonstrado sucesso na abordagem clnica das doenas mentais graves na comunidade e a segunda na abordagem das patologias no psicticas no hospital geral. Todavia, a efectividade destas estratgias no se tem revelado transfervel para o tratamento das perturbaes depressivas e outras patologias mentais comuns nos cuidados de saúde primrios. Novos modelos de ligao e de trabalho em equipa multidisciplinar tm sido demonstrados como mais eficazes e custo-efectivos na reduo do peso da depresso, ao nvel da prestao dos cuidados de saúde primrios, quando so atinentes com os seguintes princpios estratgicos e organizacionais: deteco sistemtica e abordagem da depresso segundo o modelo mdico, gesto integrada de doena crnica incluindo a continuidade de cuidados mediante colaborao e partilha de responsabilidades intersectorial, e a aposta na melhoria contnua da qualidade. Em Portugal, no existem dados fiveis sobre a frequncia da depresso, seu reconhecimento e a adequao do tratamento ao nvel dos cuidados de saúde primrios nem se encontra validada uma metodologia de diagnstico simples e fivel passvel de implementao generalizada. Foi realizado um estudo descritivo transversal com os objectivos de estabelecer a prevalncia pontual de depresso entre os utentes dos cuidados de saúde primrios e as taxas de reconhecimento e tratamento pelos mdicos de famlia e testar metodologias de despiste, com base num questionrio de preenchimento rpido o WHO-5 associado a uma breve entrevista estruturada o IED. Foram seleccionados aleatoriamente 31 mdicos de famlia e avaliados 544 utentes consecutivos, dos 16 aos 90 anos, em quatro regies de saúde e oito centros de saúde dotados com 219 clnicos gerais. Os doentes foram entrevistados por psiquiatras, utilizando um mtodo padronizado, o SCAN, para diagnstico de perturbao depressiva segundo os critrios da 10 edio da Classificao Internacional de Doenas. Apurou-se que 24.8% dos utentes apresentava depresso. No melhor dos cenrios, menos de metade destes doentes, 43%, foi correctamente identificada como deprimida pelo seu mdico de famlia e menos de 13% dos doentes com depresso estavam bem medicados com antidepressivo em dose adequada. A aplicao seriada dos dois instrumentos no revelou dificuldades tendo permitido a identificao de pelo menos 8 em cada 10 doentes deprimidos e a excluso de 9 em cada 10 doentes no deprimidos. Confirma-se a elevada prevalncia da patologia depressiva ao nvel dos cuidados primrios em Portugal e a necessidade de melhorar a capacidade diagnstica e teraputica dos mdicos de famlia. A interveno de despiste, que foi validada, parece adequada para ser aplicada de modo sistemtico em Centros de Saúde que disponham de recursos tcnicos e organizacionais para o tratamento efectivo dos doentes com depresso. A obteno da linha de base de indicadores de prevalncia, reconhecimento e tratamento das perturbaes depressivas nos cuidados de saúde primrios, bem como a validao de instrumentos de uso clnico, viabiliza a capacitao do sistema para a produo de uma campanha nacional de educao de grande amplitude como a proposta no Plano Nacional de Saúde 2004-2010.------- ABSTRACT: Clinical depression is a dimensional and chronic affective disorder, evolving through remitting and recurring heterogeneous episodes with variable severity corresponding to clinically useful artificial diagnostic categories, highly prevalent and producing vast morbidity and growing social costs, being estimated that in 2020 unipolar major depression will be the second cause of healthy life years lost all over the world. In most countries, primary care are the entry point for access to health care. About 50% of all individuals suffering from depression within the community reach primary health care but a smaller proportion is correctly diagnosed and treated by primary care physicians though available treatments are effective and easily manageable. Barriers at various levels pertaining to the illness itself, to patients, doctors, health care organizations, culture and society contribute to the inefficiency of depression management and pervasiveness of depression burden, which has not been possible to reduce through classical service strategies. Community mental health teams and consultation-liaison psychiatry, two conceptual and organizational intervention strategies originating respectively within social psychiatry and psychosomatics, have succeeded in treating severe mental illness in community and managing non-psychotic disorders in the general hospital. However, these strategies effectiveness has not been replicated and transferable for the primary health care setting treatment of depressive disorders and other common mental pathology. New modified liaison and multidisciplinary team work models have been shown as more efficacious and cost-effective reducing depression burden at the primary care level namely when in agreement with principles such as: systematic detection of depression and approach accordingly to the medical model, chronic llness comprehensive management including continuity of care through collaboration and shared responsibilities between primary and specialized care, and continuous quality improvement. There are no well-founded data available in Portugal for depression prevalence, recognition and treatment adequacy in the primary care setting neither is validated a simple, teachable and implementable recognition and diagnostic methodology for primary care. With these objectives in mind, a cross-sectional descriptive study was performed involving 544 consecutive patients, aged 16-90 years, recruited from the ambulatory of 31 family doctors randomized within the 219 physicians working in eight health centres from four health regions. Screening strategies were tested based on the WHO-5 questionnaire in association with a short structured interview based on ICD-10 criteria. Depression ICD-10 diagnosis was reached according to the gold standard SCAN interview performed by trained psychiatrists. Any depressive disorder ICD-10 diagnosis was present in 24.8% of patients. Through the use of favourable recognition criteria, 43% of the patients were correctly identified as depressed by their family doctor and about 13% of the depressed patients were prescribed antidepressants at an adequate dosage. The serial administration of both instruments WHO-5 and short structured interview was feasible, allowing the detection of eight in ten positive cases and the exclusion of nine in ten non-cases. In Portugal, at the primary care level, high depressive disorder prevalence is confirmed as well as the need to improve depression diagnostic and treatment competencies of family doctors. A two-stage screening strategy has been validated and seems adequate for systematic use in health centres where technical and organizational resources for the effective management of depression are made available. These results can be viewed as primary care depressive disorders baseline indicators of prevalence, detection and treatment and, along with clinical useful instruments, the health system is more capacitated for the establishment of a national level large education campaign on depression such as proposed in the National Health Plan 2004-2010.
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RESUMO - O cancro da mama uma preocupao da saúde pblica a nvel mundial, pela sua incidncia, mortalidade e custos econmicos associados. As terapias utilizadas no seu tratamento, embora eficazes, conduzem a alteraes de todas as dimenses da Qualidade de Vida (QdV) da mulher com cancro da mama. A garantia de uma qualidade de servio prestado deve ser uma prioridade das organizações de saúde, sendo a QdV uma medida de resultado. Partindo do pressuposto que em Portugal existe uma diferena potencial na forma como as mulheres com cancro da mama recebem o apoio por parte da fisioterapia, importa saber se a fisioterapia tem ou no influncia na QdV da mulher com cancro da mama, o que, no caso de ser afirmativo, poder constituir uma mais-valia para a qualidade do servio prestado em oncologia. O Objectivo deste trabalho construir um modelo de anlise no sentido de responder questo inicial de investigao: Ser que a fisioterapia contribui para a melhoria da Qualidade de Vida das mulheres com cancro da mama submetidas a cirurgia e outras terapias oncolgicas?. Neste sentido o trabalho de projecto dividiu-se por etapas. Inicialmente foi realizado um enquadramento terico, atravs de uma reviso de literatura e da realizao de entrevistas exploratrias, permitindo desta forma ter um conhecimento actual das temticas que definem as variveis e o objecto de estudo. Na etapa seguinte, foi feita uma anlise crtica sobre o conhecimento actual do tema em estudo, que permitiu definir as variveis a estudar, escolher o instrumento de medida a utilizar, ter conhecimento dos procedimentos a seguir. Aps a definio do objectivo geral (avaliar se a fisioterapia tem influncia na QdV das mulheres submetidas a cirurgia e outras terapias oncolgicas) e dos objectivos especficos, iniciou-se o delineamento da metodologia tida como adequada para responder s questes de investigao levantadas (tipo de estudo, as variveis, a unidade de anlise, os mtodos e tcnicas de recolha de dados, os procedimentos e a metodologia de tratamento de dados). No mbito do trabalho de projecto est definida a colocao em campo de um caso de estudo efectivo que permita dar um contributo real no delineamento da metodologia. Neste trabalho optou-se pela realizao de um estudo piloto, que se enquadra nos procedimentos da metodologia e que teve por objectivo retirar algumas concluses sobre: a aplicabilidade do instrumento de medida; os tempos definidos para a recolha de dados; as caractersticas sociodemogrficas e clnicas da amostra; as questes de investigao levantadas. O estudo piloto consistiu num estudo pr-experimental, com uma amostra de 35 indivduos, submetidos a cirurgia a cancro da mama e a outras terapias oncolgicas. Foram avaliadas as dimenses do bem-estar fsico e actividades quotidianas, bem-estar psicolgico, relaes sociais, sintomas e caractersticas sociodemogrficas/clnicas, no incio do tratamento individual de fisioterapia e no momento de alta. Utilizou-se como instrumento de medida o questionrio EORTC QLQ30 e o seu questionrio complementar EORTC QLQ23. Tendo sido construda uma ficha para recolha de dados sociodemogrficos e clnicos. A significncia estatstica foi aceite para valores de p<0,05. Para comparao entre grupos e evoluo dentro de cada grupo aplicou-se o teste t-student e o teste de Mann-Whitney. A anlise dos resultados do estudo piloto permitiu verificar que: - O instrumento de medida proposto (questionrio EORTC QLQ30 e BR23) mostrou ser de fcil aplicao, no tendo existido dificuldade por parte das doentes no seu preenchimento. No houve problemas no clculo dos scores e na sua interpretao; - Parte considervel das mulheres com cancro da mama ser submetida a protocolos que se podero prolongar por vrios meses aps a cirurgia (ex: QT+RT+HT). Esta realidade leva-nos a propor que sejam realizados vrios momentos de avaliao, para que possam ser avaliadas as dimenses da QdV ao longo dos diferentes protocolos de tratamentos. Pensamos que o ideal seria a realizao de 4 momentos de avaliao (3 a 4 semanas aps a cirurgia, 3 meses, 6 meses e 9 meses aps cirurgia). Sugerimos tambm que o estudo proposto seja realizado com uma amostra de maior dimenso; - O estudo piloto como recorreu a uma metodologia pr-experimental (ausncia de grupo de controlo e apenas dois momentos de avaliao), no permite a consistncia dos resultados; no entanto os resultados obtidos podem constituir um indicador de que a fisioterapia tem influncia nas diferentes dimenses da QdV da mulher com cancro da mama submetida a cirurgia e a outras terapias oncolgicas, podendo constituir uma mais-valia para a qualidade do servio prestado em oncologia. Os resultados do estudo piloto permitiram redefinir a metodologia tida como adequada para responder questo de investigao inicial. Apresentamos de seguida a mesma: Estudo quase-experimental, sendo a amostra constituda por dois grupos de 60 mulheres cada, submetidas a cirurgia a cancro da mama e a outras terapias oncolgicas. O grupo experimental ser submetido a tratamentos individuais de fisioterapia. Sero avaliadas as dimenses do bem-estar fsico e actividades quotidianas, bem-estar psicolgico, relaes sociais e sintomas. A recolha de dados ser realizada 3 semanas, 3 meses, 6 meses e 9 meses aps a cirurgia. Como instrumento de medida ser utilizado o questionrio EORTC QLQ30 e o seu questionrio complementar EORTC QLQ23, sero tambm recolhidos dados sociodemogrficos e clnicos. A significncia estatstica ser aceite para valores de p<0,05. Para comparao entre grupos e evoluo dentro de cada grupo sero utilizados testes paramtricos e no paramtricos. A realizao de um estudo que seguisse a metodologia acima referida permitiria uma maior consistncia dos resultados, podendo eventualmente existir a confirmao de que a fisioterapia pode ter influncia na QdV da mulher submetida a cirurgia a cancro da mama e a outras terapias oncolgicas. A evidncia de que a fisioterapia tem influncia na QdV da mulher com cancro da mama, e o facto de a QdV ser um indicador da qualidade do servio prestado em oncologia, podero constituir um agente facilitador para a mudana na gesto de recursos humanos em organizações de saúde com a valncia de oncologia, levando a uma alterao dos padres de prtica na rea da fisioterapia em oncologia em Portugal, que poder conduzir a uma melhor qualidade de servio prestado ao doente oncolgico. ----- ABSTRACT - Breast Cancer is a worldwide public health concern due to the incidence, mortality and economic costs associated. Although effective, therapies used in its treatment lead to changes in all Quality of Life (QoL) dimensions of a woman suffering from Breast Cancer. QoL is an outcome measure, and the insurance of quality of care provided should be a priority to health organizations. Taking into consideration that in Portugal there is a potential difference in the way women with Breast Cancer are provided with physical therapy, it is important to know whether physical therapy does or does not influence the QoL of women with breast cancer. If it does, it will lead to a health care quality improvement to cancer patients. The goal of the following study is to build an analysis model in order to answer the initial investigation question: Does Physical Therapy contribute to enhance the Quality of Life of women with breast cancer who underwent surgery and other oncology treatments? The project was divided in different stages. Initially, a literature revision was elaborated and exploratory interviews were held, which allowed an actual knowledge of the themes that define the variables and the object of study. The next stage included a critical analysis of the theme, which allowed the definition of variables of study, the choice of instrument of measure and the acquisition of some knowledge on how to proceed. After the definition of the general goal (to evaluate the influence of physical therapy on the QoL of women with breast cancer who underwent surgery and other oncology treatments) and specific goals, the choice of a right methodology took place, in order to answer the investigation questions (type of study, variables, unit analysis, methods and techniques on data collection, procedures and data treatment). In the scope of the project, it is decided to put out on the field an effective case-study which assures a real contribution on the choice of te methodology. In this particular work, there was a pilot study, included in the methodology procedures, with the goal of obtaining conclusions on the applicability of the instrument of measure; the length of time to collect data, the socio-demographic and clinical characteristics of the sample; the investigation questions. The pilot study consisted on a one group pretest-postest design, with a sample of 35 individuals who underwent surgery and other oncology treatments. Dimensions such as physical well-being and everyday life activities, psychological well-being, social relationships, symptoms and socio-demographical/clinical characteristics were assessed at the beginning of physical therapy individual treatment and at the moment of release. The instrument of measure used was the EORTC QLQ30 questionnaire and its complementary questionnaire EORTC QLQ23. A chart was made in order to collect socio-demographic and clinical data. Statistic significance was accepted for values of p<0,05. To compare between groups and to detect the evolution within each group, the t-student test and the Mann-Whitney test were applied. The outcome analysis of the pilot study allowed to verify that: - The instrument of measure proposed (EORTC QLQ30 and BR23) was easy to apply, and the subjects did not show any difficulty in filling it up. There was also no problem on calculating the scores or interpreting them; - A considerable part of the women with breast cancer will be submitted to protocols that may occur throughout several months after surgery (e.g., QT+RT+HT). This reality leads us to suggest several moments of assessment of the QoL dimensions in various moments of the different protocol treatments. We consider that the ideal number of evaluations would be 4 (3/4 weeks, 3 months, 6 months and 9 months after surgery). We also suggest the use of a larger sample; - Since the pilot study resorted to a one group pretest-postest design (there is an absence of control group and only two moments of assessment), there is no consistency of outcome. However, the results obtained indicate that physical therapy influences the dimensions of QoL on women with breast cancer who underwent surgery and other oncology treatments, which may be an asset to the quality of care provided to cancer patients. The outcome of the pilot study allowed to redefine the methodology given as adequate to answer the initial investigation question. Our suggestion is as follows: quasi-experimental design, with a sample of 120 subjects (2 groups of 60 women) with breast cancer who underwent surgery and other oncology treatments. The experimental group will be submitted to individual treatments of physical therapy. Dimensions such as physical well-being and everyday life activities, psychological well-being, social relationships and symptoms will be assessed. The collection of data will occur at 3 weeks, 3 months, 6 months and 9 months after surgery. The instrument of measure is the EORTC QLQ30 questionnaire and its complementary questionnaire EORTC QLQ23, and social-demographic and clinical information will also be collected. The statistic significance will be accepted for values of p<0,05. Parametric and non-parametric tests will be used to compare between groups and to detect the evolution within each group. Carrying out a study that followed the methodology discussed above would allow a better consistency of results, possibly enabling the confirmation that physical therapy influences the QoL of women with breast cancer who underwent surgery and other oncology treatments. The evidence that physical therapy influences the QoL of women with breast cancer, and the fact that QoL is an indicator of quality of care provided to cancer patients, may work as a facilitating agent in the change of human resources management in health organizations associated to oncology, which will lead to a change in oncology physical therapy practice patterns in Portugal, guiding to a health care quality improvement to cancer patients.
Resumo:
ABSTRACT - Despite improvements in healthcare interventions, the incidence of adverse events and other patient safety problems constitutes a major contributor to the global burden of diseases and a concern for Public Health. In the last years there have been some successful individual and institutional efforts to approach patient safety issues in Portugal, unless such effort has been fragmented or focused on specific small areas. Long-term and global improvement has remained elusive, and most of all the improvement of patient safety in Portugal, must evaluate not only the efficacy of a change but also what was effective for implementing the change. Clearly, patient safety issues result from various combinations of individual, team, organization, system and patient factors. A systemic and integrated approach to promote patient safety must acknowledge and strive to understand the complexity of work systems and processes in health care, including the interactions between people, technology, and the environment. Safety errors cannot be productively attributed to a single human error. Our objective with this paper is to provide a brief overview of the status quo in patient safety in Portugal, highlighting key aspects that should be taken into account in the design of a strategy for improving patient safety. With these key aspects in mind, policy makers and implementers can move forward and make better decisions about which changes should be made and about the way the needed changes to improve patient safety should be implemented. The contribution of colleagues that are international leaders on healthcare quality and patient safety may also contribute to more innovative research methods needed to create the knowledge that promotes less costly successful changes.---- ---------------------- RESUMO As questes relacionadas com a Segurana do Doente, e em particular, com a ocorrncia de eventos adversos tem constitudo, de h uns tempos a esta parte, uma crescente preocupao para as organizações de saúde, para os decisores polticos, para os profissionais de saúde e para os doentes/utentes e suas famlias, sendo por isso considerado um problema de Saúde Pblica a que urge dar resposta. Em Portugal, nos ltimos anos, tm sido desenvolvidos esforos baseados, maioritariamente, em iniciativas isoladas, para abordar os aspectos da Segurana do Doente. O facto de essas iniciativas no serem integradas numa estratgia explcita e de dimenso regional ou nacional, faz com que os resultados sejam parcelares e tenham visibilidade reduzida. Paralelamente, a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde (a longo prazo) resultante dessas iniciativas tem sido esparsa e nem sempre a avaliao tem sido feita tendo em conta critrios de efectividade e de eficincia. A Segurana do Doente resulta da interaco de diversos factores relacionados, por um lado, com o doente e, por outro, com a prestao de cuidados que envolvem elementos de natureza individual (falhas activas) e organizacional/estrutural (falhas latentes). Devido multifactorialidade que est na base de problemas/falhas na Segurana do Doente, qualquer abordagem a considerar deve ser sistmica e integrada. Simultaneamente, tais abordagens devem contemplar a compreenso da complexidade dos sistemas e dos processos de prestao de cuidados de saúde e as suas interdependncias (envolvendo aspectos individuais, tecnolgicos e ambientais). O presente trabalho tem por objectivo reflectir sobre o estado da arte da Segurana do Doente em Portugal, destacando os elementos-chave que se consideram decisivos para uma estratgia de aco nesse domnio. Com esses elementos os responsveis pela governao da saúde podero valorizar os aspectos que consideram decisivos para uma poltica de Segurana do Doente mais eficaz. A contribuio de quatro colegas internacionalmente reconhecidos como lderes na rea da Qualidade em Saúde e da Segurana do Doente, constitui, por certo, uma oportunidade mpar para a identificao e discusso de alguns dos principais desafios, ameaas e oportunidades que s