3 resultados para exotismo
Resumo:
Quando Henri Matisse (1869-1954) concebia a sua última versão àQ A Dança, em 1910, já experimentara, mais ou menos intensamente, todas as manifestações importantes da pintura francesa anterior^. Relacionando- se com as várias heranças da escola francesa (sobretudo parisiense), o exotismo oriental e o primitivismo, Matisse propunha-se a uma síntese que servisse de harmonia aos vários aspectos culturais, sendo A Dança obra culminante desse processo. As várias tradições culturais estão expostas nesta obra, não como soluções particulares, mas antes articuladas num todo sintético e depurador, que lhes resolve contradições. Pintor do presente pelas próprias heranças que recebera e assumira, e das quais era corolário e síntese, a sua modemidade não podia renegar toda uma tradição em que ele próprio participara. Para Matisse, o passado cultural transportava uma herança de inegável riqueza a que apenas bastava depurar, superando contradições, estabelecendo- o como situação modema; numa espécie de renovado classicismo. A tradição apresentava-se como um campo fértil e sugestivo para a criação cultural presente.
Resumo:
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em História Moderna e dos Descobrimentos
Resumo:
O estado Otomano representou um dos mais complexos sistemas políticos da história do Islão. O seu sistema burocrático e militar recorria ao recrutamento (devşirme) de não-Muçulmanos composto por crianças provenientes da Romélia para evitar que qualquer membro da sociedade Otomana interviesse na política. Sem raízes estabelecidas na sociedade Otomana a sua lealdade concentrava-se numa instituição: o Sultão. No século dezoito e dezanove o exotismo Otomano cativou muitos dos Europeus, o Sultão foi descrito como o centro da sociedade Otomana com um poder absoluto sobre todos os que a compunham. O poder do Sultão era absolutista, porém, o estado Otomano estava desenhado de uma forma em que a sua estrutura não podia ser alterada, pela sua matiz Islâmica e também para não enfraquecer as bases que mantinham a cúpula de poder. Através da metodologia de process-tracing o nosso estudo analisa a forma como o Sultão obteve e legitimou o seu poder assim como os actores que serviram de contrapeso ao seu poder. No século dezanove, particularmente, nenhum Sultão possuía um poder absoluto, a dificuldade que enfrentavam por parte da sociedade Otomana para realizar reformas mostra que não podiam agir só pela sua vontade. O nosso estudo tem como objectivo criticar Karl Marx e Max Weber, consideramos que simplificam o sistema de governação Otomano. Esperamos expor como se organizava este império como estrutura política e qual o poder do Sultão, considerando o “Círculo de Equidade” como o principal modelo para o seu poder.