2 resultados para Rape Proclivity


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O presente artigo visa analisar e confrontar duas passagens que, em nossa opinião, não só patenteiam algumas semelhanças estruturais ou formais como poderão eventualmente cumprir nas obras respectivas uma função homóloga, enquanto denúncia de males (ou advertência contra perigos) sociais e morais engendrados(áveis) pelo crescimento e/ou florescimento económico(s) como o materialismo, a mundanidade e a ociosidade. A primeira passagem, extraída de The Rape of the Lock, de Alexander Pope (1688-1744), reconstitui-nos o toucador de uma recém-acordada Belinda, enquanto a segunda, colhida de Uma Família Inglesa, de Júlio Dinis (1839-71), nos franqueia as portas do quarto de um ainda adormecido Carlos Whitestone. Embora não seja evidentemente possível nem sequer desejável desenraizar por completo estas passagens dos solos textuais de onde brotaram (o poema herói-cómico de Pope e aquele que é, afinal, o único romance citadino de Júlio Dinis) nem talvez da demais produção literária dos respectivos autores, procuraremos situar-nos neste estudo ao nível restrito dos trechos, deles extravazando apenas na medida do que tivermos por útil, conveniente ou necessário.