7 resultados para Artistic metaphor
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This article proposes an investigation of the history and memory of the Carnation Revolution through the lens of contemporary art. Drawing upon the argument according to which history and memory are investigated by visual artists by means other, but no less relevant, than those of professional historians, this article will argue for the importance of attending to the visual, auditory, textual, object- and research-based ways in which artists from several generations and geographies have been unearthing the repressed histories and memories of the Carnation Revolution in Portugal and of anticolonial struggles, decolonization and post-independence nation-building in Mozambique, Guinea-Bissau and Angola. The discussion focuses on several works by Ângela Ferreira, but attention will also be paid to precursors in imaging the Revolution, such as Ana Hatherly, and to a younger generation of artists such as Filipa César, Kiluanji Kia Henda and Daniel Barroca.
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Pretende-se, neste estudo, levar a cabo uma investigação aos primeiros escritos de Friedrich Nietzsche, com o intuito de compreender de que forma o manifesto jovial interesse do filósofo pelas questões da linguagem pode revelar-nos uma perspectiva muito particular e peculiar sobre a vida e sobre o homem em relação com a vida. Para tal, tentar-se-á demonstrar que subjacente ao problema da linguagem está a questão - herdada de Kant e de Schopenhauer - da inacessibilidade, por parte dos homens, à «coisa em si», e que a esta questão, por sua vez, corresponde um esboço da constituição do homem enquanto insuficiente e incompleta perante a tarefa de conhecer a essência das coisas, de conhecer-se a si mesmo e ao seu papel no cosmos. Por outra parte, dependendo o conhecimento humano da linguagem conceptual, será de particular relevância, numa primeira instância, analisar a noção Nietzschiana de metáfora e, por consequência, o papel que o autor concede ao esquecimento. Será posto em evidência e sob análise o ponto de vista do filósofo segundo o qual a linguagem conceptual resulta de um processo duplamente metafórico que transforma um X para nós inacessível numa imagem e essa imagem, posteriormente, num som, ou seja, numa palavra. Concluir-se-á que, para que o homem possa crer na representatividade das palavras, de acordo com os escritos aurorais de Nietzsche, tornar-se-ia imperiosa a capacidade de esquecer a génese metafórica dos conceitos. Por outras palavras, apenas mediante o esquecimento poderia o homem viver com alguma tranquilidade e serenidade, confiando na verdade resultante do imenso edifício de conceitos por si mesmo criado. Ora, uma vez que tal verdade seria meramente humana, não correspondendo, como tal, a uma veritas aeterna, Nietzsche desenvolve, por um lado, uma crítica à razão pós-Socrática e à metafísica teísta, ambas vigentes na modernidade e sustentadas por uma racionalidade incapaz, por definição, de aceder à verdade, e, por outro lado, uma metafísica de artista pensada a partir dos gregos pré-Socráticos. Para que possamos entender esta metafísica, teremos de reflectir acerca da dicotomia, evidenciada, em especial, no Nascimento da Tragédia, entre Apolo e Dioniso, representando o primeiro um mundo de belas formas plásticas e de sonhos, e o segundo o Uno primordial que romperia com o principium individuationis apolíneo. Acima de tudo mais, será do intuito desta reflexão perceber como, no espírito da tragédia grega, no centro do conflito entre os impulsos dionisíacos e apolíneos, Nietzsche descobre um jogo de transitoriedade, i.e. do devir, e entender qual o papel que o filósofo concede, nesse jogo, ao indivíduo, ou seja, ao homem.
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A presente tese de doutoramento visa analisar o conceito de vanguarda artística, bem como investigar se é possível existir uma vanguarda artística no século XXI. Apresentada ao longo da história segundo diferentes perspectivas, a genética vanguardista deve ser sempre reestudada e redesenhada definindo-se a sua ligação ao modernismo e ao cosmopolitismo, assim como identificando os seus objectivos e as suas dinâmicas geo-sociais. Se no início do século XIX o saint-simoniano e matemático francês Olinde Rodrigues considerava urgente, mas também impossível, que uma vanguarda artística vingasse politicamente, então interessa saber o que mudou para que a frente artística possa avançar no campo da batalha. É essencialmente sobre a reinterpretação desse primeiro “manifesto” que esta investigação estabelece as suas fundações. É também de assinalar a utilidade que certos conceitos como a “cólera” e a “globalização” detêm, à qual os estudos do filósofo alemão Peter Sloterdijk servem como ponto de partida. A terminologia militar da vanguarda também não pode ser ignorada. O exército artístico deve ter um treino específico para atacar com toda a sua força, bem como saber identificar os seus diferentes alvos ao longo da história. Sublinhe-se que o campo de investigação é o europeu. A vanguarda europeia tem um perfil singular que se liga tanto à memória, quanto ao sentido utópico de unidade e à singularidade da sua crítica. A actualidade do conceito de vanguarda deve ser posta em causa no século XXI. Esta é uma Europa definida pela queda do muro de Berlim e amedrontada por ataques terroristas, definida pelo regresso de grupos extremistas no seio europeu e por uma Rússia que perde os seus pudores ofensivos. É um tempo em que as guerras se fazem com drones e a internet permite reorganizar o activismo, mas também vincar uma realidade de controlo. Neste panorama é difícil não ser cínico.
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This work project investigates career paths in the music field, by testing the application of general career and social theories for musicians. Using a sample from the European Union Youth Orchestra’ Alumni, the Boundaryless Career Theory, Intelligent Career Framework and Social Identity Theory were analysed through the impact on individual outcomes - musicians’ Overall work satisfaction and Affective commitment to the orchestra. Results suggest support for the three theories, and show their applicability for classical musicians’ careers.
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This paper investigates the time valuation and the age valuation profile of art-works created by the Portuguese female painter Maria Helena Vieira da Silva. It uses data from records from her paintings auction sales between 1986 and 2014, taken from Artprice.com. The study explores three aspects regarding her artistic career: (1) estimation of Age-valuation profile, defining her creativity pattern and the age at which she produced her most valuable paintings; (2) estimation of time valuation profile, through a creation of an individual hedonic price index for Vieira da Silva; (3) internationalization phenomenon of the artist, investigating whether selling prices are primarily set in euros or in US dollar. The results suggest that Vieira da Silva peaked quite early in her career; her paintings prices are not very sensible to economic cycles and tends to slightly increase afterlife; the empirical results are not suggestive on which currency is the best predictor of her paintings’ price.
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Objects matter when professionals collaborate to create new products. Chapter 1 explains the intention of this work, to apply theories on objects in the empirical context of fashion design. Chapter 2 addresses the question of how creative professionals learn about and use strategy tools to turn their artistic fame into a commercial success. For Chapter 3 I collected ethnographic data on the development of a seasonal collection from the idea to the presentation at Fashion Week. The result is a deep insight into the collaborative processes and material objects used when a stable team of designers works with several outside experts. Chapter 4 applies the knowledge of the role of objects in fashion design gained during the ethnography in the context of online co-creation and crowd sourced fashion items. The synthesis of the empirical studies allows me to present the conceptual leap in Chapter 5. In the theoretical essay I review the findings on the role of objects in collaborations in relation to practice theory, present the new concept of the comprehensive object and conclude by stating the possibilities for future research.
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This article addresses the work of Mizrahi women artists, i.e., Israeli-Jewish women of Asian or African ethnic origin, using the artist Vered Nissim as a case study. Nissim seeks to affirm the politics of identity and recognition, as well as feminism in order to create a paradigm shift with regards to the local regime of cultural representations in the Israeli art scene. Endeavouring to find ways of undermining the rigid imbalances between different social groups, she calls for a comprehensive reform of the status quo through artistic activism. Nissim employs a style, content, and medium that disrupts the accepted social order, using humour and irony as unique weapons with which she takes liberties with conventional moral, social, and economic values. Placing issues of race, class and gender at the centre of her work, she seeks to undermine and problematize essentialist attitudes, highlighting the political intersections of different identity categories as the critical analysis of intersectionality unfolds.