11 resultados para Equipamentos médicos duráveis

em RUN (Repositório da Universidade Nova de Lisboa) - FCT (Faculdade de Cienecias e Technologia), Universidade Nova de Lisboa (UNL), Portugal


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A importncia e a magnitude da sade da populao trabalhadora advm, em primeiro lugar, da justa considerao de que se trata do elemento mais dinmico e numeroso da sociedade, do factor essencial da produo de bens e servios e do garante da produtividade econmica (Lefranc, 1988). O desenvolvimento sustentado das sociedades modernas conta com os trabalhadores como o meio de trabalho vivo mais valioso, pelo que a valorizao da sua sade est com ele directamente correlacionado (Duclos,1984; Dias, 1993). O conhecimento das relaes trabalho e sade foi e continuar a ser condio necessria, mas no suficiente, para a organizao de intervenes promotoras da sade e do bemestar no local de trabalho e de medidas profilcticas das doenas e leses relacionadas com o trabalho e com as condies em que este efectuado (OMS, 1981). preciso que a sociedade e as suas estruturas polticas e econmicas assumam a Sade Ocupacional (SO) como objectivo prioritrio e criem as condies legais, tcnico-profissionais e materiais para a levar prtica (Portugal, 1991a e 2001). O actual estdio da organizao e da prestao de cuidados de Sade Ocupacional em Portugal fruto de um processo complexo onde intervm factores de natureza poltica, social, econmica e tcnico-cientfica. Estes, interactuando entre si, criaram as condies objectivas e subjectivas para o lanamento, na dcada de sessenta, de um modelo legal de servios de Medicina do Trabalho o qual influenciou o desenvolvimento da sade dos trabalhadores e a prtica profissional dos médicos do trabalho (Faria et al., 1985 ). A Medicina do Trabalho como especialidade mdica apresenta a caracterstica mpar de, ao contrrio de outras especialidades, ter sido precedida pela lei, regulamento ou norma (Larche-Mochel, 1996). A sua prtica, tambm muitas vezes entendida como de Sade Ocupacional, integra-se desde o incio na lgica do sistema legal criado em Portugal na dcada de sessenta que privilegia os cuidados médicos (Faria et al., 1985). Na evoluo interactiva da sade no mundo do trabalho, as condies objectivas de natureza estrutural, prprias do crescimento econmico de cada pas ou regio, assumem um papel essencial. No entanto, como a outros nveis sociais, os factores subjectivos ligados aos conhecimentos, experincias e organizao dos parceiros sociais e do poder poltico influenciam a estrutura formal da organizao da Sade Ocupacional (Duclos, 1984; Dias, 1993). O que ressalta da realidade portuguesa que o inadequado e incongruente modelo poltico organizacional de prestao de cuidados de medicina do trabalho dos anos sessenta (Faria et al., 1985), foi substitudo pela nova legislao de 1994 e 1995, (Decreto Lei 26/94 e Lei 7/95) que d suporte a uma nova estrutura formal de servios de Segurana, Higiene e Sade no Trabalho (SHST) que est longe de corresponder realidade da evoluo das foras produtivas, da sua organizao e das necessidades de sade e bem-estar dos trabalhadores (Santos, 1998; Graa, 1999). A reformulao da poltica de Sade Ocupacional, com a correspondente reorganizao de servios de sade dirigidos populao trabalhadora, tem sido defendida por alguns autores e entidades desde o incio da dcada de oitenta (Faria et al., 1985; BIT, 1985; Santos; Faria, 1988; Graa, 1999). Recentemente tal necessidade tornou-se uma evidncia constatada por todos os parceiros sociais e pelo poder poltico, o que levou ao desencadear do processo de mudana em curso, que conta como primeiro facto, a aprovao do Acordo de Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, pelo Conselho Permanente de Consertao Social, em Julho de 1991, renovado pelo Acordo sobre Condies de Trabalho, Higiene e Segurana no Trabalho e Combate Sinistralidade do Conselho Econmico e Social de Fevereiro de 2001 (Portugal, 1991a e 2001). De tempos a tempos, a falta de médicos do trabalho em termos absolutos referenciada na comunicao social por responsveis polticos ou profissionais de sade ocupacional sem, no entanto, ser conhecida qualquer anlise suficientemente rigorosa da prtica profissional dos actuais médicos do trabalho diplomados ou legalmente habilitados. Os médicos do trabalho no so os nicos profissionais de sade ocupacional, e o seu contributo, apesar de importante, no determinante no desenvolvimento histrico da organizao dos cuidados de sade populao trabalhadora. Reconhece-se que os parceiros sociais e o poder poltico so os intervenientes principais da evoluo das polticas de sade ocupacional (Graa, 1993a; Dias, 1993). No entanto, os médicos do trabalho so necessrios e mesmo fundamentais para pr em prtica as polticas (implcitas e explcitas) de sade ocupacional. O papel dos médicos do trabalho to primordial que, no raras vezes, estes assumem um tal protagonismo que susceptvel de ser considerado como uma prtica profissional mais dirigida aos seus prprios interesses, do que virada para as necessidades de sade dos trabalhadores (Walters, 1984). O papel dos médicos e a prtica de medicina do trabalho so elementos relevantes no processo de desenvolvimento histrico da sade dos trabalhadores, de tal modo que a adopo de um determinado modelo de servios de SHST sendo, num dado momento, a resultante da interaco dos diversos factores em presena, torna-se por sua vez um elemento condicionante do pensamento e da prtica profissional dos diversos tcnicos de sade ocupacional, entre os quais figuram os médicos do trabalho (BIT, 1985; WHO, 1986 e 1995; Directiva CEE n. 391/1989; Rantanen, 1990). Um primeiro inqurito aos diplomados com o curso de medicina do trabalho (cerca de 500) realizado pela Cadeira de Sade Ocupacional da ENSP, em 1982, mostrou que cerca de um tero (34,6%) no exercia qualquer actividade profissional relacionada com a sade ocupacional e os que a praticavam faziam-no essencialmente como actividade secundria (74,4%), em regime de pluriemprego, de tempo parcial (horrio semanal igual ou inferior a 20 horas em 73,4% dos casos e inferior a 10 horas em 24,1%) e em empresas industriais de grande dimenso (66,9%), em unidades de 500 ou mais trabalhadores (Faria et al., 1985). Em 1993, altura em que se inicia o presente estudo, efectuado um novo inqurito aos antigos alunos que representam o ncleo mais numeroso de médicos com actividade profissional em Sade Ocupacional no incio da dcada de noventa. A estes junta-se um nmero, relativamente pequeno, de médicos de empresa habilitados ao abrigo de disposies transitrias e excepcionais contempladas na legislao de organizao de servios médicos do trabalho de 1962 e 1967 (Portugal, 1991b). A partir de 1991 tm incio os Cursos de Medicina do Trabalho das Universidades de Coimbra e do Porto, com a admisso anual e bianual de candidatos, respectivamente. Os diplomados destas escolas representam um nmero acrescido de profissionais que iniciam a sua actividade neste perodo de transio na organizao dos cuidados de Segurana, Higiene e Sade no Trabalho (Decreto Lei n 441/91; Decreto Lei n. 26/94; Lei n. 7/95). A Estratgia Global da Sade Ocupacional para Todos aprovada pela Assembleia Mundial da Sade em 1995 constitui a estrutura de enquadramento da nova poltica de sade ocupacional que inclui entre as suas dez prioridades o desenvolvimento de servios orientados para a populao trabalhadora (WHO, 1995). Estes servios devem funcionar bem, de forma competente e compreensiva, centrados na preveno multidisciplinar e incluir a vigilncia do ambiente de trabalho e da sade dos trabalhadores e a promoo da sade, conforme a Declarao de Sade Ocupacional Para Todos aprovada no segundo encontro de Centros Cooperativos para a SO da OMS, realizado em Pequim, em 1994. Este trabalho tem como finalidade conhecer as eventuais inter-relaes entre o novo modelo legal de organizao dos cuidados de Segurana, Higiene e Sade no Trabalho (SHST), institudo em Portugal nos anos de 1994/1995, e o pensamento e a prtica profissional dos médicos do trabalho diplomados pela Escola Nacional de Sade Pblica da Universidade Nova de Lisboa (ENSP/UNL). De um modo mais especfico pretende-se descrever em que medida o novo enquadramento jurdico da MT/SHST/SO, correspondente genericamente fase da Nova Sade Ocupacional, foi acompanhado de alteraes: (1) da percepo do grau de satisfao dos médicos do trabalho quanto ao seu papel e estatuto profissionais; (2) do nvel de satisfao relativo formao especializada formal (Curso de Medicina do Trabalho da ENSP/UNL) versus as necessidades da prtica profissional; (3) da efectividade do desempenho profissional e (4) da adequao do novo modelo de organizao de servios de MT/ SHST/SO ao contexto do desenvolvimento scio-econmico e cientfico nacional e ao sentir dos médicos do trabalho. Quatro grandes temticas vo ser abordadas: (1) politicas, organizao e desenvolvimento da sade ocupacional nacional e de empresa; (2) papel e funes dos médicos do trabalho; (3) ensino e necessidades formativas em sade ocupacional; (4) prtica profissional dos médicos do trabalho de empresa. Os resultados obtidos sero contextualizados atravs do enquadramento num modelo terico explicativo da evoluo histrica dos cuidados de sade populao trabalhadora em meio laboral e que alvo de reviso no presente trabalho. Este estudo enquadra-se nos objectivos e temas de investigao prioritrios da Sade Para Todos (SPT) da regio europeia da OMS, nomeadamente o estudo do funcionamento dos actuais sistemas de assistncia sanitria, tendo em vista a adequada cobertura das necessidades de sade de

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Dissertao para a obteno do Grau de Mestre em Engenharia Civil Perfil Construo

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Resumo - As doenas crnicas no transmissveis so uma ameaa crescente Sade Pblica em Portugal. As principais causas de mortalidade e morbilidade so doenas relacionadas com os estilos de vida, hbitos alimentares e de actividade fsica. Os Cuidados de Sade Primrios esto na linha da frente para dar resposta a estas patologias. Os profissionais de sade, nomeadamente médicos e enfermeiros, sentem dificuldades para as tratar, como a falta de tempo, de conhecimentos e de confiana para o fazer, bem como uma descrena na efectividade das suas intervenes no mbito da mudana comportamental destes pacientes. A dificuldade em referenciar estes pacientes a outros profissionais, especializados, como os nutricionistas e os fisiologistas do exerccio, implica dotar médicos e enfermeiros com as competncias bsicas de aconselhamento alimentar e de actividade fsica, bem como serem capazes de assumirem uma atitude centrada no paciente e motivadora da mudana comportamental. O objectivo deste estudo avaliar os conhecimentos, atitudes e prticas no tratamento da obesidade e sua associao com o nvel de actividade fsica reportado por médicos e enfermeiros. Este um estudo observacional, transversal, que recorre aplicao de um questionrio de resposta directa. --------Abstract - Non communicable chronic diseases are increasingly relevant public health threats. The main causes of mortality and morbidity in Portugal are lifestyle, food and exercise habits, related diseases. Primary health care services are in the front line to adress this pathologies. Health care professionals, namely physicians and nurses, face numerous barriers like reduced consultation time, knowledge and confidence to deal with this problems, as well as a disbelief in the efectiviness of their intervention in patients health behaviour change. The inhability to reference this patients to nutrition and exercise specialists, increases the need to give physicians and nurses the adequate nutrition and exercise basic counselling skills, as well as promoting a patient centred attitude that enables them to increase patients motivation to health behaviour change. The study sought to assess the nutrition knowledge, atittudes and practice and its associations with self - reported personal physical activity habits of primary health care professionals. This is a descriptive, cross- sectional stu

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Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessrios obteno do grau de Doutor em Histria da Arte

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RESUMO - A satisfao profissional um fenmeno amplamente estudado e esse interesse decorre da influncia que a mesma pode exercer sobre o trabalhador, afetando a sua sade, atitudes, comportamento profissional e social, com repercusses tanto para a sua vida privada como para as organizaes. Considerando a tendncia mundial de se aproximarem os perfis da profisso para um perfil nico e de que a investigao sobre a satisfao profissional dos médicos dentistas em vrios pases estar presentemente a ser divulgada, seria importante avaliar a situao em Portugal para fins comparativos. O presente estudo teve como objetivo investigar o grau de satisfao profissional dos médicos dentistas na utilizao do cheque-dentista no concelho de Lisboa, procurando estabelecer relaes entre as diferentes dimenses da satisfao profissional e variveis socioprofissionais. Um questionrio de autopreenchimento foi enviado por e-mail para as clnicas onde os médicos dentistas trabalham, num total de 99 obtendo-se uma taxa de resposta de 24,2%. Verificou-se que em relao satisfao profissional em geral nas vrias dimenses questionadas, a relao profissional/paciente que os médicos dentistas consideram como mais importante logo seguida da realizao pessoal e profissional. Como menos importante os médicos dentistas referiram o status/prestgio e a segurana profissional. J no campo da satisfao profissional no mbito do cheque-dentista concluiu-se que mais prximo do grau de satisfeito se encontra a relao estabelecida com o paciente assim como a relao de trabalho com a equipa. No grau de satisfao mais baixo, de total insatisfao encontra-se o nmero de tratamentos que so permitidos efetuar em cada cheque-dentista e um ltimo lugar encontrase o valor remuneratrio do cheque-dentista. Comparando a satisfao profissional com o cheque-dentista entre gneros, verificou-se que apenas na dimenso do valor remuneratrio do cheque-dentista existem diferenas estatisticamente significativas (p=0,026), sendo que o gnero feminino demonstra maior satisfao que o gnero masculino. O nmero de participantes no foi suficiente para que se possa generalizar os resultados para a populao. necessria a realizao de mais estudos neste mbito com um maior nmero de profissionais de forma a que os resultados sejam estatisticamente significativos.

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RESUMO - O tabagismo o principal factor de risco evitvel em sade nos pases europeus, contribuindo para o aumento da mortalidade prematura, estando associado a inmeras doenas. A epidemia tabgica uma preocupao em Sade Pblica, sendo essencial o investimento na sua preveno e controlo. A cessao tabgica uma das estratgias para o controlo desta epidemia, surgindo a interveno breve como uma comprovada medida custo-efetiva. Contudo, e apesar das guidelines, a interveno breve no est amplamente disseminada na prtica clnica dos profissionais de sade. Neste sentido, este estudo teve como objetivo avaliar as prticas clniicas autoreportadas dos médicos portugueses na interveno breve em tabagismo. um estudo observacional descritivo transversal e exploratrio. A amostra constituda por médicos que participaram em duas conferncias mdicas distintas e que aceitaram responder a um questionrio (n=549). O tratamento estatstico foi efetuado recorrendo ao Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), verso 21. Foram efetuadas uma anlise descritiva e inferencial, assim como uma regresso logstica. Analisando os dados, os resultados apontam para a formao ps-graduada e a prtica de cessao tabgica como dois fatores que influenciam positivamente a atuao dos médicos na interveno breve. A interveno breve fundamental para aumentar as taxas de cessao tabgica. Para que a implementao seja eficaz necessrio apostar na formao pr e ps-graduada dos médicos e outros profissionais de sade, associando essa formao ao treino prtico que possibilite o desenvolvimento de competncias especficas.

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RESUMO: INTRODUO: A OMS (2001) revela que cerca de 450 milhes de pessoas sofrem de perturbaes mentais ou comportamentais em todo o mundo, mas apenas uma pequena minoria tem tratamento, ainda que elementar. Transformam-se em vtimas por causa da sua doena e convertem-se em alvos de estigma e discriminao. O suicdio considerado como um grande problema de sade pblica em todo o mundo, uma das principais causas de morte de jovens adultos e situa-se entre as trs maiores causas de morte na populao entre 15-34 anos (OMS, 2001). As perturbaes mentais aumentam o risco de suicdio. A depresso, esquizofrenia, e a utilizao de substncias incrementam o risco de suicdio. Estudos (Sartorius, 2002; Magliano et al., 2012) mostram que os profissionais de sade, tal como o pblico em geral, podem ter atitudes negativas e estigma em relao s pessoas com perturbaes mentais, podendo agir em conformidade, uma vez feito e conhecido o diagnstico psiquitrico. Os clnicos gerais so os receptores das perturbaes mentais e tentativas de suicdio nas principais portas de entrada no acesso a cuidados de sade. As crenas, conhecimentos e contacto com a doena mental e o suicdio, podem influenciar a ateno clnica. OBJECTIVOS: Avaliar o estigma e as percepes dos médicos de clnica geral em relao s tentativas de suicdio, o suicdio e perturbaes mentais bem como os possveis factores associados a estes fenmenos. MATERIAIS E MTODOS: Estudo do tipo transversal, combinando mtodos quantitativos e qualitativos. A amostra constituda por 125 sujeitos, médicos de clnica geral. Utilizaram-se as verses adaptadas dos seguintes instrumentos: Questionrio sobre Percepes e Estigma em Relao Sade Mental e ao Suicdio (Liz Macmin e SOQ, Domino, 2005) e a Escala de Atitudes sobre a Doena Mental (Amanha Hahn, 2002). Para o tratamento estatstico dos dados usou-se a estatstica 1) descritiva e 2) Anlise estatstica das hipteses formuladas (Qui Quadrado - 2) a correlao entre variveis (Spearman: , rho). Os dados conectados foram limpos de inconsistncias com base no pacote informtico e estatstico SPSS verso 20. Para a aferio da consistncia interna foi usado o teste de Alfa de Cronbach. RESULTADOS: Uma boa parte da amostra (46.4%) refere que no teve formao formal ou informal em sade mental e (69.35%) rejeitam a ideia de que grupos profissionais como médicos, dentistas e psiclogos so mais susceptveis a cometer o suicdio. J (28.0%) tm uma perspectiva pessimista quanto a possibilidade de recuperao total dos sujeitos com perturbao mental. Sessenta e oito(54.4%) associa sujeitos com perturbao mental, a comportamentos estranhos e imprevisveis, 115 (92.0%) a um baixo QI e 35 (26.7%) a poderem ser violentas e e perigosas. Os dados mostram uma associao estatisticamente significativa (p0.001) entre as variveis: tempo de servio no SNS, recear estar perto de sujeitos com doena mental e achar que os sujeitos com doena mental so mais perigosos que outros. Em termos estatsticos, existe uma associao estatitisticamente significativa entre as duas variveis(X2=9,522; p0.05): percepo de que vergonhoso ter uma doena mental e os conhecimentos em relao doena mental. Existe uma correlao positiva, fraca e estatisticamente significativa entre os conhecimentos dos clnicos gerais(beneficiar-se de formao em sade mental) e a percepo sobre os factores de risco (0,187; P0,039). DISCUSSO E CONCLUSES: A falta de conhecimento sobre as causas e factores de risco para os comportamentos suicidrios, opes de interveno e tratamento, particularmente no mbito da doena mental, podem limitar a procura de ajuda individual ou dos prximos. Percepes negativas como o facto de no merecerem prioridade nos servios, mitos (frgeis e cobarde, sempre impulsivo, chamadas de ateno, problemas espirituais) podem constituir-se como um indicador de que os clnicos gerais podem sofrer do mesmo sistema de estigma e crenas, de que sofre o pblico em geral, podendo agir em conformidade (atitudes de afastamento ereceio). As atitudes so influenciadas por factores como a formao, cultura e sistema de crenas. Sujeitos com boa formao na rea da sade mental tm uma percepo positiva e optimista sobre os factores de risco e uma atitude positiva em relao aos sujeitos com doena mental e comportamentos suicidrios.-------------ABSTRACT: INTRODUCTION: The WHO (2001) reveals that about 450 million people suffer from mental or behavioral disorders worldwide, but only a small minority have access to treatment, though elementary. They become victims because of their disease and they become the targets of stigma and discrimination. Suicide is seen as a major public health problem worldwide, is a leading cause of death for young adults and is included among the three major causes of death in the population aged 15-34 years (WHO, 2001). Mental disorders increase the risk of suicide. Depression, schizophrenia, and the substances misuse increase the risk of suicide. Studies (Sartorius, 2002; Magliano et al, 2012) show that health professionals, such as the general public, may have negative attitudes and stigma towards people with mental disorders, and can act accordingly after psychiatric diagnosis is known. General practitioners are the main entry points of mental disorders and suicide attempts in the health sistem. Beliefs, knowledge and contact with mental illness and suicide, may influence clinical care. OBJECTIVES: To assess stigma and perceptions of general practitioners in relation to suicide attempts, suicide and mental disorders as well as possible factors associated with these phenomena. MATERIAL AND METHODS: This was a descriptive cross-sectional study, combining quantitative and qualitative methods. The sample consisted of 125 subjects, general practitioners. We used adapted versions of the following instruments: Questionnaire of Perceptions and Stigma in Relation to Mental Health and Suicide (Liz Macmin and SOQ, Domino, 2005) and the Scale of Attitudes on Mental Illness (Tomorrow Hahn, 2002). For the statistical treatment of the data we used: 1) descriptive (Data distribution by absolute and relative frequencies for each of the variables under study (including mean and standard deviation measures of central tendency and deviation), 2) statistical analysis of hypotheses using (Chi Square - 2, a hypothesis test that is intended to find a value of dispersion for two nominal variables, evaluating the association between qualitative variables) and the correlation between variables (Spearman , rho), a measure of non-parametric correlation, which evaluates an arbitrary monotonic function can be the description of the relationship between two variables, without making any assumptions about the frequency distribution of the variables). For statistical analysis of the correlations were eliminated subjects who did not respond to questions. The collected data were cleaned for inconsistencies based on computer and statistical package SPSS version 20. To measure the internal consistency was used the Cronbach's alpha test. RESULTS: A significant part of the sample 64 (46.4%) reported no formal or informal training in mental health and 86 (69.35%) reject the idea that "professional groups such as doctors, dentists and psychologists are more likely to commit suicide." On the other hand, 42 (28.0%) have a pessimistic view of the possibility of full recovery of individuals with mental disorder. Sixty-eight ( 54.4 % ) of them associates subjects with mental disorder to strange and unpredictable behavior, 115 ( 92.0 % ), to low IQ, 35 ( 26.7 % ) and even to violent and dangerous behavior, 78 ( 62.4 % ) The data show a statistically significant (p = 0.001) relationship between the following variables: length of service in the NHS, fear of being close to individuals with mental illness and considering individuals with mental illness more dangerous than others. In statistical terms, there is a dependency between the two variables (X2 = 9.522, p> 0.05): the perception that "it is shameful to have a mental illness" and knowledge regarding mental illness. There is a positive and statistically significant weak correlation between knowledge of general practitioners (benefit from mental health training) and the perception of the risk factors (0,187; P0,039). DISCUSSION AND CONCLUSIONS: The lack of knowledge about the causes and risk factors for suicidal behavior, intervention and treatment, particularly in the context of mental illness options, may decreaseseeking for help by individual and their relatives. Negative perceptions such as considering that they dont deserve priority in services, myths (weak and cowards, always impulsive, seeking for attentions, spirituals problems) may indicate that general practitioners, may suffer the same stigma and beliefs systems as the general public, and can act accordingly (withdrawal and fear attitudes). Attitudes are influenced by factors such as education, culture and belief system. Subjects with good training in mental health have a positive and optimistic perception of the risk factors and a positiveattitude towards individuals with mental illness and suicidal behaviour.

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Introduo Nos ltimos anos temos assistido a grandes modificaes e desafios no sector da sade, com reformas ao nvel da organizao cultural, reestruturao de servios, encerramento de algumas urgncias e maternidades, redues de vencimento e grandes cortes ao nvel do financiamento dos servios. necessrio perceber, qual o impacto, que esta reforma tem provocado nas expectativas profissionais dos futuros médicos de Portugal. Sendo as expectativas um dos determinantes da motivao, estas so um factor crucial para o desempenho de um servio de qualidade e com eficincia. Mtodos Foi realizado um estudo qualitativo e a abordagem metodolgica foi um estudo de caso, com uma amostra intencional por convenincia, selecionada por questes de proximidade e acessibilidade da investigadora. A informao foi recolhida atravs da tcnica de grupos focais a internos do ano comum e da especialidade, da Administrao Regional de Sade do Alentejo, mais precisamente na cidade de vora. Realizaram-se 4 grupos focais, onde participaram 10 internos do ano comum e 9 internos da especialidade. Os dados obtidos durante a realizao dos grupos focais foram os sujeitos a anlise de contedo e foi realizada uma breve caracterizao dos indivduos que participaram. Resultados e discusso Em todos os grupos verificou-se uma incapacidade de pensar e planear o futuro, apresentando como principal razo as constantes alteraes aplicadas com a reforma no sector da sade. Observou-se uma ausncia de expectativas relativamente ao seu futuro profissional, com grande preocupao em relao ao possvel desemprego mdico. Os internos do ano comum pretendem na sua maioria especialidades hospitalares. Mas mantm a preocupao relativamente possibilidade de no conseguirem vaga para a realizao da especialidade. Concluso Estes futuros médicos necessitam de esperana e de um elementos motivadores, activadores de comportamento, que possibilite um aumento das suas expectativas e consequentemente um melhor desempenho profissional futuro.

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Assegurar a qualidade de um produto farmacutico implica garantir a conformidade de todas as etapas, ao longo de todo o seu ciclo de vida, desde a aquisio das matrias-primas at libertao do produto acabado, assegurando a validao dos equipamentos, instalaes e processos. Quando uma indstria farmacutica assegura a conformidade de todos os passos envolventes (e que possam influenciar o processo de fabrico) capaz de demonstrar, perante entidades responsveis e clientes, que os seus produtos apresentam a qualidade pr-estabelecida na autorizao de introduo no mercado (AIM) e que, consequentemente, iro ter o desempenho pretendido. Esta dissertao insere-se na garantia da qualidade dos Laboratrios Atral, do grupo AtralCipan, mais propriamente na qualificao de equipamentos no setor Formas Slidas Orais Cefalospornicas (FSO3) por forma a assegurar a qualidade dos produtos acabados produzidos. O objetivo deste trabalho a qualificao dos principais equipamentos existentes no setor FSO3 por forma a assegurar a qualidade dos medicamentos l fabricados. Para a qualificao do desempenho dos equipamentos ( exceo do tamisador, compactador e detetor de metais) foram utilizados dados histricos presentes nos registos de lotes dos principais produtos do setor por forma a efetuar uma avaliao retrospetiva. Para isso efetuou-se uma anlise de risco FMEA (anlise do modo de falha e consequncia), aos equipamentos existentes no setor, com o objetivo de estabelecer os parmetros dos equipamentos que pudessem influenciar negativamente a qualidade do produto final. exceo da qualificao do desempenho da mquina de blisterar 308 PBL3, uma vez que faltavam alguns dados de lotes que ainda no tinham sido analisados pelo setor de Controlo da Qualidade, os principais equipamentos do FSO3 encontram-se atualmente qualificados. A concluso da qualificao dos equipamentos presentes no setor FSO3, bem como da anlise de risco efetuada ir contribuir para um melhoramento da qualidade e da credibilidade do setor perante clientes e entidades responsveis.

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RESUMO - Num contexto de escassez de recursos, agravado pelo aumento da procura de cuidados de sade e pelo custo do imperativo tecnolgico, muitas vezes erroneamente confundido com imperativo tico, a procura da eficincia cada vez mais relevante. Para que esta se atinja e mantenha preciso um conhecimento profundo dos efeitos das medidas eficazes, a verdadeira efectividade, numa perspectiva sistmica, o que implica uma partilha de saberes e aces concertadas entre médicos e gestores. A lgica econmica no substitui o juzo clnico, mas refora a necessidade de compatibilizar as intervenes teis com o custo pessoal e social exigido. Precisa-se de boa informao que gere conhecimento e do insubstituvel bom senso.

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RESUMO - Em 1994/1995 o modelo legal de organizao de servios de Medicina do Trabalho institudo na dcada de 1960 foi substitudo por uma nova superestrutura de servios de Segurana, Higiene e Sade dos Trabalhadores (SHST) nos locais de trabalho. O presente estudo pretende descrever e analisar em que medida o novo enquadramento jurdico de SHST, iniciado em 1994/1995 e correspondente genericamente fase da Nova Sade Ocupacional, foi acompanhado de alteraes: (1) na percepo do grau de satisfao dos médicos do trabalho quanto ao seu papel e estatuto profissionais e (2) nas repercusses na sua prtica profissional. O presente estudo (emprico, descritivo e comparativo) abrangeu um grupo de médicos do trabalho diplomados pela Escola Nacional de Sade Pblica (n = 153), de quem se recolheu, atravs de um questionrio aplicado em 1993 e 2000, a opinio sobre as mudanas organizacionais da SHST. O papel e funes dos médicos do trabalho e as garantias de exerccio profissional no se alteraram de forma importante, tendo a prtica profissional da medicina do trabalho na modalidade medicina do trabalho de empresa (servios internos e externos) diminudo, apesar de continuar a ser a forma de exerccio predominante dos médicos do trabalho. O tempo dedicado sua actividade situou-se num valor mdio prximo das 20 horas semanais, sem alteraes importantes entre 1993 e 2000. Concluiu-se que, no essencial, a publicao da nova legislao sobre organizao de cuidados de MT/SHST/SO em 1994 e 1995 no reforou significativamente as condies gerais de exerccio da medicina do trabalho.