3 resultados para Antropologia Cultural e Social

em RUN (Repositório da Universidade Nova de Lisboa) - FCT (Faculdade de Cienecias e Technologia), Universidade Nova de Lisboa (UNL), Portugal


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Em Portugal, a Antropologia, enquanto prática científica nas suas diversas assunções, leva já um século de existência, estando todavia por fazer uma História da Antropologia Portuguesa. Existem, é certo, visões parcelares, mas mesmo essas surgidas apenas nas últimas duas décadas e referindo-se, quase que exclusivamente, ao contexto «metropolitano»10. A dimensão colonial, ou tem sido sistematicamente ignorada, ou tem-se prestado a leituras algo marcadas por uma visão demasiado ideológica 11. Esse quase desconhecimento do seu próprio passado poderá ter origem naquela «cegueira histórica» referida por Thomas Kuhn e que conduz, como consequência mais evidente, a «uma distorção drástica da percepção que o cientista possui do passado da sua disciplina»12, ou, então, resultar do relativo atraso da Antropologia Portuguesa. Mas estas são leituras demasiado extemporâneas, isto é, sem que se proceda à retrospecção factual e analítica das práticas antropológicas portuguesas não se poderá emitir qualquer parecer nessa área. Torna-se imperioso, por isso mesmo, reconstituir a História da Antropologia Portuguesa, conhecer as suas motivações, dar conta das suas limitações, o que conduzirá, necessariamente, a uma mais completa compreensão das suas realizações, tanto as do passado, como as do presente.

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Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Antropologia - Área de especialização de Culturas em Cena e Turismo

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Os estudos sobre o turismo tendem a centrar-se na mercadorização da cultura e nos encontros turísticos como práticas sociais que interagem com as economias e culturas dos destinos. Pesquisas realizadas na vila de Óbidos mostraram a necessidade de igualmente pensar o turismo na construção de um sentido de lugar. As perceções sociais sobre o património e o turismo fundem-se com as representações do passado em Óbidos. Esta construção é indissociável da constituição da cultura e história locais como enredo da produção do destino Óbidos, desde meados do século passado. Mas resulta também de um sentimento de exclusão social, hoje amplificado pela intensificação e profissionalização do turismo na vila. Perante novos atores e narrativas turísticas, uma parte significativa das populações de Óbidos convoca a autoridade de um património histórico e social e apropria-se dos discursos e práticas das elites como capital simbólico na construção do turismo como tradição local e prova da distinção cultural e social do lugar.