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Comportamentos das famlias portuguesas em pocas de calor e durante a onda de calor de Agosto de 2003
Resumo:
RESUMO - Este estudo teve como principal objectivo a caracterizao das atitudes e da adopo de medidas de proteco em perodos de calor e em particular conhecer aquelas que efectivamente foram adoptadas durante a onda de calor de Agosto de 2003 (29 de Julho a 15 de Agosto). Foi realizado um inqurito por via postal, aplicando um questionrio aos indivduos de 18 e mais anos das unidades de alojamento (UA), que constituem a amostra ECOS (Em Casa Observamos Sade) do Observatrio Nacional de Sade. Estudaram-se 769 indivduos, o que correspondeu a 25,6% da totalidade dos indivduos elegveis nas UA. Uma vez que a amostra ECOS no autoponderada, foram ponderados os resultados das unidades de alojamento pela varivel do Instituto Nacional de Estatstica (INE) nmero de famlias clssicas por regio e pela populao residente segundo o nvel de instruo obtidas pelos censos de 2001. Os comportamentos referidos como adoptados em pocas de calor que apresentaram maiores percentagens foram tomar duches ou banhos (84,6%), ingesto de lquidos (79,6%), uso de roupa leve, larga e clara (73,2%) e tomar refeies leves (53,7%). Durante a onda de calor de 2003, a maior parte da populao (92,5%) leu, ouviu ou viu informao sobre os cuidados a ter durante a onda de calor, tendo sido a televiso (95,2%), a rdio (56,3%) e os jornais (49,3%) os meios de comunicao social mais referidos. Cerca de metade da populao (51,4%) informou algum, fundamentalmente a famlia, sobre os cuidados a ter. Com efeito, durante esta onda de calor verificou-se um maior cuidado em relao a comportamentos mais prejudiciais em pocas de maior calor. Por um lado, a populao portuguesa andou menos ao sol (49,4%), fez menos viagens de carro/transportes hora do calor (39,8%), realizou menos actividades que exigiriam esforo fsico (32,5%) e tambm houve alguma preocupao em beber menos bebidas alcolicas (26,5%). Por outro lado, aumentaram os comportamentos que j so mais habituais durante o perodo de Vero, tais como abrir as janelas durante a noite (40,8%), tomar refeies leves (46,7%), tomar mais duches ou banhos (58,5%), o uso de roupas leves largas e claras (42,5%) e o uso de ventoinhas (37,8%). A alterao do comportamento andar ou estar ao sol sem restries aumenta com o nmero de meios de comunicao onde se obteve informao. Abrir as janelas de casa durante a noite e tomar duches ou banhos apresentou uma associao com o nmero de meios de comunicao onde se obteve informao e com o nmero de pessoas que prestaram informao. Ingerir lquidos e usar roupa leve, larga e clara mostrou tambm uma dependncia do nmero de meios de comunicao onde se obteve informao.
Resumo:
Esta tese de doutoramento tem como campo de estudo o grafismo e a ilustrao produzidos em Portugal durante os anos 40 do sculo XX. Ela foca a sua anlise em quatro reas de investigao: a) publicidade; b) grafismo e ilustrao de jornais, revistas e livros; c) grafismo editorial produzido pelo Secretariado da Propaganda Nacional; d) grafismo de algumas publicaes editadas por ocasio das exposies de Paris (1937), Nova Iorque e So Francisco (1939), e a Exposio do Mundo Portugus (1940). Atravs da pesquisa de fontes primrias jornais, revistas, livros, anncios, cartazes, material publicitrio vrio em conjuo com textos e artigos da poca procurmos fazer uma Histria do Design Grfico em Portugal que tivesse em considerao no s a esttica do material grfico criado mas tambm a conjuntura histrica, econmica, sociolgica e ideolgica em que esse material apareceu. Comparmos o grafismo realizado para as instituies pblicas e aquele feito para as empresas privadas para concluir que h pontos de contacto entre os dois no s por os artistas serem quase sempre os mesmos mas tambm porque o mesmo discurso ideolgico permeava tanto a propaganda do Estado Novo quanto a produo comercial ainda que houvesse a resistncia de outras propostas estticas e imaginrios, como o surrealismo e o neo-realismo. Antnio Ferro, director do Secretariado da Propaganda Nacional, soube aproveitar o talento de um ncleo de artistas para a criao de uma identidade visual para Portugal, uma identidade que sintetizasse elementos da arte popular com um enquadramento moderno. Atravs de mltiplas actividades essa identidade foi sendo desenvolvida e replicada mas nas oportunidades de trabalho e experimentao dadas aos artistas modernistas portugueses que reside o verdadeiro legado de Antnio Ferro para o Design Grfico portugus.
Resumo:
O objetivo deste trabalho era verificar como, nos jornais e revistas, o Primeiro Modernismo tinha sido acolhido. Depois do escndalo de Orpheu e da forma agressiva como os seus colaboradores tinham sido recebidos, cabia verificar se tinha havido, ou no, uma evoluo na anlise da sua obra ao longo dos anos, de 1916 a 1935, tanto mais que as vidas de cada um destes tinha evoludo de forma diferenciada. As mortes prematuras de uns, a subida a postos de influncia e poder, ou a longevidade de outros foram fatores que poderiam ter condicionado a evoluo da crtica jornalstica. Por um lado, os crticos poderiam ter alterado a sua viso face a estes criadores, podendo o tempo ter funcionado a favor destes. O que em 1915 era estranho e bizarro poderia em 1935 ser indito e original. Por outro lado, a conjuntura poltica poderia condicionar no s a criao artstica, mas tambm o seu enquadramento social. Em 1915, a guerra entre monrquicos e republicanos foi marcada pelas referncias a Orpheu. Mais tarde com a ditadura militar e a ascenso do Estado Novo podero os nossos artistas voltar a ser alvo de referncias polticas. A verdade que tal no acontece. O poder poltico menospreza-os, apesar de nalguns casos terem uma participao ativa nas suas fileiras. A verdade que os autores mais importantes e significativos foram, pouco a pouco, e com o passar dos anos, integrados na sociedade literria e comearam a ser vistos como criadores a ter em conta, seno mesmo de referncia. O seu aparecimento em jornais e revistas na qualidade de escritores, jornalistas, artistas plsticos ou mesmo crticos fez com que estivessem sob os holofotes da imprensa e como tal sujeitos a uma anlise permanente. E esta foi-se alterando com o passar do tempo e com o reconhecimento dos mesmos. Hoje ningum duvida do seu valor, mas entre 1915 (data da publicao de Orpheu e 1935 (ano da morte de Pessoa) todos eram vistos como loucos, jovens com alguma habilidade para a escrita, promessas do panorama literrio e finalmente, em alguns casos, motivos de orgulho para o nosso patrimnio artstico. S uma leitura dos peridicos mais relevantes permitiria estudar a receo do nosso Primeiro Modernismo. E foi esse o objetivo desta tese.
Resumo:
Tendo como ponto de partida os estudos da performance para a anlise do terrorismo, a presente dissertao teve como resultado a possibilidade de reflectir sobre tcticas de incorporao, reperformance e meta-teatro, trs conceitos que permitem compreender de que forma a arte assimila e se compreende em relao com o terrorismo. Apresenta, por um lado, documentos oficiais que demonstram a existncia de um conflito quanto definio de terrorismo, reflectindo sobre terrorismo de estado e contra-estado. Por outro lado, a partir da anlise dos Surveillence Camera Players e da performance Three Posters, ou de artistas como Hasan Elahy e Alyson Wyper, esta dissertao defende que a arte reperforma tticas de representao e realizao meditica do terrorismo, nomeadamente, o teatro panptico, a tortura como performance e os vdeo-testemunhos de mrtires como retratos e vdeo-performances.