109 resultados para Artistas Viagens
Resumo:
Ficheiros em falta: anexo 4,5,6 s legveis presencialmente
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A recusa da estratificao do tempo, que surge na segunda metade do sculo XX, resulta da perda de f numa grande narrativa e modifica a percepo do tempo cronolgico: os acontecimentos j no se sucedem ordeiramente, manifestam-se em simultneo no presente ou so criteriosamente convocados a partir do presente. Esta reformulao do tempo implica a reformulao do conceito de contemporneo, permitindo questionarmo-nos, tal como Giorgio Agamben: De quem e do que somos contemporneos? E, antes de tudo, o que significa ser contemporneo? Com esta dissertao pretende-se analisar algumas formulaes do conceito de contemporneo, especialmente a partir de Giorgio Agamben, Walter Benjamin, Hannah Arendt e Georges Didi-Huberman, com a inteno de compreender as implicaes da temporalidade na experincia esttica e as possibilidades que as conceptualizaes elaboradas oferecem constituio de uma comunidade humana. Na segunda parte do trabalho, relaciona-se a problemtica da contemporaneidade com as reflexes sobre arte e esttica do escultor Rui Chafes atravs do seu texto A Histria da Minha Vida, um relato das principais influncias da formao artstica do narrador. Este relato ultrapassa os limites cronolgicos, onde o artista olha para trs definindo o seu prprio tempo presente e o seu passado. O presente surge como a inteireza que resume a ateno do artista e nos descreve a sua caminhada atravs do tempo artstico. O narrador revive na primeira pessoa o percurso dos artistas que desde a Idade Mdia ao Barroco trabalharam anonimamente a pedra e a madeira em nome dos mestres e ao faz-lo assume-se como o escultor-aprendiz que recusa a promoo a mestre, e revela em si, atravs dos valores supremos do trabalho, da sabedoria e da experincia, toda a arte que o precedeu.
Apropriao do arquivo privado do perodo da Guerra Colonial na prtica artstica contempornea portuguesa
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A presente dissertao pretende debruar-se sobre determinadas prticas artsticas contemporneas, cujos artistas trabalham em torno de uma reflexo sobre o seu passado histrico, (re)documentando-o e oferecendo-lhe novas vozes e possibilidades de leitura. Em particular, pretende focar-se trs artistas Daniel Barroca, Manuel Botelho e Sandro Ferreira cujo trabalho incide sobre o perodo da Guerra Colonial Portuguesa, apropriando-se, na sua prtica criativa, de arquivos pessoais como cartas, fotografias ou dirios particulares. A partir destes artistas e dos seus trabalhos, esta dissertao prope-se a estabelecer uma relao com conceitos como memria popular, ps-memria ou objectificao cultural e entender o papel da arte e dos artistas na permanncia da memria
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O tema de anlise neste trabalho o fenmeno da transculturao em Angola no sculo XIX. uma pesquisa centrada na histria de vida do sertanejo Antnio Francisco Ferreira da Silva Porto, entre 1839 e 1890, no meio scio-cultural umbundu. Transculturao um termo polissmico que integra aspectos da aculturao sendo aqui utilizado no mbito da Histria de vida de Silva Porto. Descodifica-se a narrativa no Dirio de viagem que Silva Porto redigiu acerca da sua percepo sobre frica e do seu percurso de convivncia no processo da sua integrao em frica Central. A transculturao est nessa narrativa e reflecte mltiplas vivncias, sobretudo, a viso social do Outro em relao sua prpria identidade de origem. Silva Porto encarado neste trabalho como sujeito, autor, actor principal e protagonista do fenmeno da transculturao, na regio do Viye em Angola. Identificaram-se cinco variveis do fenmeno transcultural, presentes na trajectria de Silva Porto: o casamento, a lngua, as viagens, a alimentao e a religio, com particular destaque para o casamento enquanto varivel determinante na integrao de Silva Porto na sociedade umbundu. Estas variveis so apresentadas num iceberg de transculturao de Silva Porto que, por sua vez, permitem avaliar as diferenas culturais e o cruzamento entre as culturas sob um processo de alteridade, em confluncia com um olhar distanciado. um estudo onde perpassa o crivo das construes e representaes de Silva Porto tendo em conta o seu contexto cultural de origem, predominantemente portugus, a sua adaptao e insero nas culturas africanas, particularmente nas prticas scio-culturais umbundu. A questo de partida deste estudo foi: Quem Silva Porto depois de 50 anos de vivncias em Angola?
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Contm artigos de: Helena Barranha - Introduo: manifestos por um museu sem lugar (pp.3-8); Natalie Bookchin e Alexei Shulgin - Introduo net.art (1994-1999) [1999] (pp.11-18); Andreas Broegger - Net Art, web art, online art, net.art? [2000] (pp.19-24); Josephine Berry - Humano, demasiado Ps-Humano? A Net Art e os seus crticos [2000] (pp.25-33); Jon Ippolito - Dez mitos sobre a Internet Art [2002] (pp.34-44); Manuel Castells - Os museus na era da informao: conectores culturais de tempo e espao [2001] (pp.47-62); Yehuda Kalay e John Marx - Arquitectura e Internet: projectar lugares no ciberespao [2005] (pp.63-87); Erkki Huhtamo - Nas (ou para alm das) pontas dos dedos: arte contempornea, prticas expositivas e tactilidade [2008] (pp.88-102); Domenico Quaranta - Perdido na traduo. Ou trazer a Net Art para outro lugar desculpem, contexto [2008] (pp.103-120); Marisa Olson - Ps-Internet: A Arte depois da Internet [2011] (pp.123-136); Fred Forest - A arte cosa mentale. Do visvel ao invisvel e da realidade a uma realidade... diferente. [2012] (pp.137-141); Hito Steyerl - Demasiado mundo: a Internet morreu? [2012] (pp.142-158); Excertos das entrevistas realizadas, no mbito do projecto unplace, a artistas, curadores e investigadores (pp.159-196).
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O presente estudo realiza uma abordagem indita aos escritos de artista ao entend-los como elementos de formao do pensamento terico sobre as artes plsticas no contexto portugus do sculo XX. A perspectiva usada evidencia este tipo de texto como fontes disponveis mas at aqui negligenciadas pelas prticas historiogrficas e analisa, de entre a produo textual elaborada por artistas, aquela que configura (nas suas proposies e nos seus objectivos funcionais) um tipo de conceptualizao paralelo e concomitante com enunciados tericos oriundos de outros agentes do campo artstico (como crticos e historiadores). Diogo de Macedo, Antnio Dacosta, Jos de Almada Negreiros, Jlio Pomar e Nikias Skapinakis so os artistas cuja produo escrita observada; Aaro de Lacerda, Joo Barreira, Reynaldo dos Santos e, sobretudo, Jos-Augusto Frana, so os autores cujas construes historiogrficas so analisadas. Atravs destes protagonistas dos debates estticos e da formao de legibilidade do acontecido, verifica-se a possibilidade de renovao do conhecimento do passado a partir do recurso aos textos elaborados por artistas e, ao mesmo tempo, estudam-se as modalidades de formao discursiva, no campo da histria da arte, que tm conduzido excluso deste tipo de fontes. Modernismo, academismo, artes decorativas, surrealismo, abstraco, realismo, figurao, o estatuto do artista e a funo do Estado na promoo das artes so alguns dos assuntos atravs dos quais se identificam algumas das questes em discusso, num longo perodo que se estende da dcada de 1920 dcada de 1970 e que tem o seu ponto nodal nos anos do ps-guerra
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Este livro rene 15 artigos escritos em tempos diferentes, agora reunidos num nico volume publicado sob os auspcios do Centro de Histria de Alm-Mar. Econtram-se, contudo, unidos por um denominador comum, o Brasil colonial, e por uma poca predominante, o sculo XVIII. Partindo da noo de que o conhecimento uma forma de poder, a autora pretende entender como a utilizao do saber produzido ao longo de setecentos foi particularmente til na governao da Amrica Portuguesa, utilizado por governantes como meio de controlo do espao, da natureza e da humanidade. Este conhecimento permitiu tambm o descobrimento da colnia brasileira pelos europeus de setecentos, com repercusses evidentes na formao de uma conscincia europeia e na formulao de imagens sobre o Imprio Portugus e os portugueses, que acentuaram as diferenas culturais, polticas, econmicas e cientficas existentes, pondo em causa uma viso uniforme da Europa das Luzes.
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Esta dissertao pretende analisar as prticas de dois artistas contemporneos, Ryan Trecartin e Jacolby Satterwhite, nomeadamente a nvel do modo como trabalham a interseco do vdeo digital e da performance como forma de manifestao de corporalizaes queer atravs do corpo masculino. Mais concretamente, interessa-nos focar processos de queerificao e de produo de corpos que emergem intrinsecamente pelo mdium digital, e que exploram as possibilidades transformativas do mdium tanto a nvel de representao, criao e mutao de formas, como a nvel comunicacional e de possibilidades de subjectivao e corporalizaes mltiplas. Para tal, partimos dos dois campos tericos que se mostraram mais pertinentes relativamente aos processos artsticos em anlise, nomeadamente: a teoria queer pelo modo como definiu o carcter performativo das normas de gnero e as categorizaes identitrias sexuais como suporte da heteronormatividade, identificando estratgias para a sua re-significao; e o pensamento sobre a relao do corpo com o mdium digital, pelo modo como delineou processos de corporalizao atravs da tecnologia digital. A anlise dos processos artsticos de Ryan Trecartin e Jacolby Satterwhite demonstra como a arte contempornea um territrio frtil no apenas para a exposio de matrizes normativas de opresso, mas tambm para a criao de mundos radicalmente queer em que, fazendo uso do potencial transformativo do mdium digital, se manifestam realidades e corpos onde a normatividade totalmente implodida.
Mundos de Palavras. Viagem, Histria, Cincia, Literatura: Portugal no espao de lngua alem (1770-1810)
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A presente dissertao tem como objectivo a elaborao de uma biografia do psiquiatra Lus Cebola, com nfase na sua concepo da prtica clnica e no seu posicionamento ideolgico. Alm disso, pretende-se ampliar a compreenso acerca da conceptualizao da doena mental, bem como dos tratamentos psiquitricos aplicados em Portugal, durante a primeira metade do sculo XX, tendo por base o seu desempenho enquanto director clnico desde 1911 at 1949 da Casa de Sade do Telhal (CST), pertencente Ordem Hospitaleira de So Joo de Deus (OHSJD). Esta dissertao representa um estudo pioneiro sobre esta personalidade negligenciada pela histria da psiquiatra praticada at agora em Portugal e sobre as suas contribuies para o desenvolvimento da psiquiatria portuguesa, bem como para a disseminao-popularizao de temas mdicos e cientficos. Demonstra-se que os tratamentos aplicados na CST, sob a sua direco clnica, se mantiveram actualizados, tanto em relao aos outros hospitais psiquitricos portugueses como em relao s instituies estrangeiras. As viagens que Cebola realizou a hospitais psiquitricos de diversos pases europeus, muito contriburam para a modernizao do ambiente hospitalar e teraputico da CST, bem como para o seu privilegiar da terapia ocupacional a ergoterapia enquanto mtodo de tratamento. Conclui-se que o esquecimento do mdico por parte dos seus colegas de profisso, bem como pelos estudos histricos da disciplina, se dever principalmente a trs factores: em primeiro lugar, Cebola no desenvolveu projectos de investigao, e, por conseguinte manteve-se afastado das publicaes da especialidade, bem como dos debates cientficos da poca; em segundo lugar, no formou discpulos, no dando, desse modo, continuidade sua viso da prtica clnica; e por ltimo, as suas publicaes de crtica sociopoltica, censurando o regime do Estado Novo, a Igreja Catlica, e a psicocirurgia, criaram plausivelmente uma relao de tenso com os Irmos da OHSJD e com a nova gerao de psiquiatras.
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Em 2009, a Universidade do Porto e o Museu Nacional de Soares dos Reis comemoraram o 150 aniversrio de Henrique Pouso (1859-1884), estudante da Academia Portuense de Belas Artes, de que a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto herdeira, e um dos artistas mais representados na coleco e exposio permanente do MNSR. Dos programas de comemoraes fizeram parte as exposies, Esperando o Sucesso. Impasse acadmico e despertar do modernismo e Dirio de um Estudante de Belas Artes. Henrique Pouso (1859-1884) apresentadas no MNSR. Os projectos expositivos surgiram a partir de investigaes desenvolvidas pelos respectivos comissrios e utilizaram, em larga medida as coleces da FBAUP, FAUP e do MNSR. Neste texto, apresenta-se o contexto de produo de ambas as exposies e examina-se as opes curadoriais e estratgias expositivas adoptadas avanando, por fim, com uma primeira avaliao dos resultados. Esta reflexo e anlise de dois modelos distintos de exposio, em torno de um mesmo artista, pretende contribuir para uma emergente rea de estudo e crtica desse dispositivo de apresentao e disseminao de conhecimento que a exposio em contexto museolgico.
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A histria da arte no contexto portugus rejeitou durante muito tempo os desafios que as abordagens feministas colocaram disciplina, internacionalmente, desde a dcada de 1970. O feminismo vivido em Portugal durante esse perodo tentava ainda assegurar direitos bsicos de igualdade jurdica entre mulheres e homens, inexistente at dcada de 1970. E isto tambm pode ajudar a explicar a escassa inscrio terica do feminismo no interior da academia. Para l da globalizao e circulao do conhecimento, a histria da arte continua muito dependente das diferentes tradies historiogrficas nacionais. Em certos pases, como o Reino Unido ou os Estados Unidos da Amrica, a histria da arte fez uso dos instrumentos tericos do feminismo para se questionar a si prpria. Ou seja, perante a ausncia do feminino, questionou os prprios paradigmas da disciplina aqueles que invisibilizaram o feminino mas tambm aqueles que nunca questionaram porque que a feminino era invisvel. Como que as abordagens feministas podem passar a integrar a histria da arte portuguesa sem possuir uma genealogia, uma histria feita das transformaes e crticas tericas que os prprios feminismos experimentaram ao longo de vrias dcadas naqueles contextos em que foram mais debatidos? Ser que nos podemos apropriar das respostas sem antes termos feito as perguntas?
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A construo do presente texto assenta na anlise de um conjunto de documentos relativos sacristia da igreja do convento da Graa de Lisboa, em articulao com a investigao previamente realizada acerca do monumento fnebre de Mendo de Fios Pereira, localizado naquele espao. Os documentos fazem parte de dois manuscritos e reportam-se todos obra da sacristia mas o uso que deles faremos traduz-se em duas abordagens diferentes e complementares. Enquanto o primeiro documento nos revela nomes dos artistas envolvidos na obra do santurio da sacristia, de 1710 em diante, o segundo como que a conta corrente das despesas tidas com a sacristia, revelando-nos assim o quotidiano, o ritmo da vida daquele espao. Finalmente, importante notar que, quanto aos artistas referidos no primeiro documento, a nossa ateno incidir preferencialmente sobre aquele que nos tem ocupado em tempos mais recentes, Joo Frederico Ludovice, verdadeiro director artstico do reinado de D. Joo V. Ainda que no ignorando naturalmente os restantes, o escultor Claude Laprade e o pintor Estvo Amaro Pinheiro.
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Tomando a cidade de Lisboa como referncia e estabelecendo um arco temporal que parte do trabalho produzido desde o incio da dcada de 1970 por artistas como Fernando Conduto, Eduardo Nery, Artur Rosa ou Charters de Almeida, e que nos leva at s solues exploradas no contexto da Expo 98, o objectivo deste artigo analisar de que modo a problematizao do espao de implantao da obra teve expresso na Arte Pblica da capital durante a segunda metade do sculo XX.