52 resultados para Obesidade Aspectos psicológicos
Resumo:
A expresso da capacidade resistente de fundaes superficiais, proposta por Terzaghi (1943) para o caso de uma fundao corrida, sob carregamento vertical, centrado, e onde no se tem em conta a resistncia do solo acima da base de fundao, tem sido alvo de diversos estudos ao longo do tempo, visando a melhoria dos factores associados mesma, assim como a proposta de novos factores. Uma das metodologias disponveis para tal tarefa a Anlise Limite, onde, atravs dos teoremas esttico e cinemtico possvel obter um intervalo que aproxima a carga de colapso. Com o recurso implementao numrica do teorema cinemtico (regio superior) da anlise limite numa plataforma de processamento paralelo, so realizados clculos tridimensionais focados para os factores de forma, s, sq e sc; e para o factor de profundidade tridimensional, dq*, atravs da construo de modelos de elementos finitos com refinamento elevado. Os resultados obtidos permitem o encurtamento do intervalo de regio inferior e superior e a observao do comportamento dos referidos factores com a evoluo da forma e profundidade da fundao.
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A lepra resulta da infeco por M. leprae. Manifesta-se fundamentalmente por leses cutneas e dos nervos perifricos podendo, no entanto, atingir outros rgos e sistemas. A neuropatia perifrica a nvel dos membros, com consequente disfuno sensitiva e motora, pode culminar em leses deformantes e gravemente incapacitantes. A teraputica mdica e cirrgica, bem como a reabilitao tm um lugar importante na preveno e no tratamento destas leses. Este foi um estudo de carcter observacional, transversal e analtico, com o objectivo de caracterizar uma populao de doentes com lepra no que se refere s sequelas do foro neuro-msculo-esqueltico. Pretendeu-se avaliar o seu impacto em termos de incapacidade, de forma a determinar as necessidades no que respeita a intervenes preventivas e teraputicas. A populao estudada inclua dois grupos de doentes com diagnstico de lepra novos doentes (ND) e antigos doentes (AD) internados ou seguidos em ambulatrio no Hospital de Cumura, onde confluem todos os casos de lepra reportados na Guin-Bissau. Para a colheita de dados foi realizada a consulta de registos clnicos do hospital, bem como a avaliao de doentes segundo um protocolo elaborado para o efeito. Para a classificao da incapacidade foi usado o Maximum Impairment Grade da OMS e o Eye Foot and Hand Score. A amostra consistiu em 82 doentes (54 ND e 28 AD). No grupo ND obteve-se 9,3% de indivduos com idade inferior a 15 anos, 63,0% de indivduos com doena do tipo multibacilar (MB) e 29,6% de indivduos com incapacidade grau 2. Neste grupo os indivduos paucibacilares (PB) apresentavam 10,0% de incapacidade grau 2 e os MB 41,2%. No grupo dos AD a incapacidade grau 2 ocorreu em 80,0% dos casos. Os troncos nervosos mais frequentemente envolvidos foram, por ordem decrescente de frequncia: 1) nos ND, o tibial posterior, o mediano, o cubital, o citico popliteu externo e o radial; 2) nos AD, o tibial posterior, o cubital, o mediano, o citico popliteu externo e o radial. Os troncos nervosos que mais se associaram a leses/deformidades foram nos ND e AD: o tibial posterior, cubital e mediano. As leses dos membros mais frequentes foram: 1) nos ND, feridas e lceras das mos e dos ps, mutilao de dedos das mos; 2) nos AD, mutilao das mos e ps e mo em garra. O p pendente/equino ocorreu apenas nos AD. Aps o diagnstico a maioria dos AD foram abandonados pela famlia ou amigos e encontravam-se dependentes nas actividades domsticas. Globalmente, 78% no retomou a sua actividade profissional (na maior parte das vezes ligada ao trabalho rural) ou mudou de ocupao. Os resultados obtidos sugerem que uma proporo importante de indivduos est a ser diagnosticada tardiamente, o que pode corresponder a um maior nmero de casos detectados activamente em zonas antes no abrangidas pelas actividades de controlo da lepra. A maioria dos novos casos detectados eram MB, que correspondiam aos que apresentavam maior incapacidade. Os troncos nervosos mais atingidos foram os descritos na literatura, resultando nas leses habituais. Estas so abordadas correctamente se passveis de tratamento conservador, contudo parece escassear o recurso a solues cirrgicas. Estas leses estiveram associadas a impacto negativo na qualidade de vida e integrao social destes doentes. O estudo sugere que a deteco precoce da lepra e das leses incapacitantes a ela associadas podem ser optimizadas no hospital de Cumura. Existe lugar para o tratamento cirrgico que pode alterar a histria natural da doena e suas consequncias fsicas, familiares e sociais.
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RESUMO - A situao em que o pas se encontra exige uma forte ateno relativamente eficincia dos servios e cuidados prestados, produtividade dos servios e profissionais de sade, qualidade dos cuidados prestados aos doentes e produo dos servios das unidades hospitalares. Pretende-se analisar a possibilidade da concentrao de recursos, nomeadamente o encerramento de alguns servios e o alargamento do mbito de outros, deste modo, com um investimento praticamente nulo e pequenas alteraes na organizao e na estrutura normativa das unidades hospitalares no que respeita cirurgia da catarata e cirurgia da obesidade mrbida. As unidades hospitalares podem tornar-se mais eficientes, ter melhor qualidade nos cuidados prestados, produzir mais, e reduzir as listas de espera para cirurgia. Os resultados obtidos demonstram que na regio em estudo (a regio centro) a produo dispersa dando uma resposta deficiente procura, o que torna o sistema ineficiente. Foi elaborado tambm um questionrio tendo por base um perfil de Centro de Elevado Desempenho (CED). Este questionrio foi submetido a peritos que validaram o propsito deste estudo. Discute-se a concentrao dos recursos, a produo mnima adequada a um CED, a produo tima, os recursos necessrios, vantagens e desvantagens para profissionais, doentes e listas de espera, e finalmente cenrios alternativos face situao atual quanto ao nmero de servios, respetiva localizao e produo. consensual entre todos os peritos e recomendado pelos estudos e prtica internacionais ser desejvel e vantajosa a concentrao de recursos. Muitas unidades hospitalares a produzirem o mesmo no um bom indicador de otimizao e qualidade.
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RESUMO - A prevalncia da obesidade tem vindo a aumentar em alguns pases, registando-se um aumento mais acentuado na ltima dcada. Os fatores socioeconmicos podem influenciar a obesidade, e alguns estudos apontam para uma maior prevalncia de obesidade entre os indivduos com um nvel socioeconmico mais baixo. Com o aumento de peso, aumenta tambm o risco das doenas associadas obesidade, como a hipertenso arterial, a diabetes, e diversos tipos de cancro, aumentando tambm o risco de morte prematura. A obesidade tornou-se assim num problema de sade pblica implicando grandes consequncias econmicas, para a sociedade em geral e para os indivduos. A implementao de estratgias de preveno e reduo da incidncia e prevalncia de obesidade poderiam trazer ganhos de sade populao e reduzir os custos econmicos com tratamentos e medicamentos, que representam uma grande fatia dos custos com estes doentes. Objetivo: Estimar os custos diretos e indiretos da obesidade, na perspetiva da sociedade, numa amostra de doentes inscritos no Programa de Tratamento Cirrgico de Obesidade, no ano 2012. Metodologia: Foi aplicado um instrumento de colheita de dados, desenvolvido especificamente para este trabalho, a uma amostra de 100 doentes obesos, seguidos na consulta hospitalar de obesidade, para caraterizar os doentes e identificar os recursos utilizados. Foram estimados os custos de obesidade na perspetiva da sociedade, tendo sido utilizados os dados da contabilidade analtica, do ano 2009, a informao reportada pelo doente e os dados dos episdios registados na base de dados hospitalar. Resultados: Os custos totais na perspetiva da sociedade, no ano 2012, estimaram-se em 296.230,10 euros, correspondendo 219.528,92 euros a custos diretos e 76.701,18 a custos indiretos. Concluses: Os custos refletidos neste trabalho representam uma amostra do impacto que a obesidade tem nos custos econmicos, que pode ser replicvel a nvel nacional. No obstante dos custos associados s diferentes formas de tratamento, no existe evidncia emprica que confirme a resoluo definitiva do problema de obesidade.
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RESUMO: Tivemos como objectivo do presente trabalho avaliar a capacidade funcional, e factores eventualmente a ela associados, numa amostra de 152 idosos ambulatrios, sem doenas agudas ou graves, utentes de um centro de sade urbano. Cada avaliao consistiu numa entrevista, mediante um inqurito sobre capacidade funcional, morbilidade, estado mental e aspectos sociais, e no estudo da composio corporal. As perguntas referentes s variveis estudadas foram por ns desenvolvidas e estruturadas com base em escalas internacionais validadas e de utilizao comum na avaliao de idosos, excepto para as variveis em que no encontrmos escalas com essas caractersticas. Os seus quesitos foram includos como perguntas e respostas estruturadas e pr-codificadas, permitindo a atribuio de uma pontuao a cada varivel e a sua posterior diviso dicotmica. Aplicmos as escalas de Katz e de Lawton para a avaliao das actividades de autonomia fsica e instrumental da vida diria, a escala de Grimby para a avaliao da actividade fsica, a escala de Hamilton e o teste de Folstein para a avaliao do estado mental nas vertentes afectiva e cognitiva e a escala de Graffar para caracterizar a classe social, e perguntas sobre locomoo, autoavaliao da sade, queixas de sade presentes e rede social. Fizemos o registo da morbilidade segundo a International Classification of Primary Care - ICPC. A avaliao antropomtrica constou da medio do peso, da altura, dos permetros do brao, da cintura, da anca e proximal da coxa, e das pregas bicipital, tricipital, sub-escapular e supra-ilaca. Foi tambm feita a estimativa da composio corporal por clculos derivados de ndices antropomtricos e de bioimpedncia elctrica corporal total, o doseamento de algumas protenas plasmticas e a quantificao da fora de preenso. Analismos os resultados obtidos por grupos quanto ao sexo e idade, dividida nos escales etrios 65 a 74 anos e mais do que 74 anos. Por regresso linear mltipla, foi testado o efeito do sexo e da idade sobre os valores medidos, para cada uma das variveis e cada uma das suas pontuaes parciais, sendo considerado como evidncia de um efeito estaticamente significativo um valor p inferior a 0,05.Resumimos do seguinte modo os dados obtidos e a sua comparao com os dos estudos que seleccionmos como referncia: A mdia de idades da amostra foi de 74 anos, sendo um tero destes do sexo masculino. Na sua maioria eram independentes em locomoo e funcionalidade, praticavam alguma actividade fsica, classificavam a sua sade como razovel ou boa, apresentavam sintomatologia activa, no tinham depresso ou demncia, tinham quem os acompanhasse embora cerca de metade apresentasse algum grau de isolamento, eram de baixa classe social, tinham excesso de peso, valores elevados de massa gorda, parmetros plasmticos proteicos compatveis com ausncia de doenas agudas ou graves e considervel fora muscular de preenso. Na anlise descritiva por grupos quanto ao sexo e/ou idade, verificou-se que as mulheres e os mais idosos apresentavam maior isolamento social e os valores mais baixos de massa magra, hemoglobina e fora de preenso. As mulheres tinham maior prevalncia de dependncia em autonomia fsica, depresso e valores mais baixos de transferrina. Os mais idosos apresentavam maior dependncia em funcionalidade, menor actividade fsica, maior prevalncia de demncia, ndice de massa corporal menos elevado, e valores mais baixos de albumina. No se verificou prevalncia de piores resultados dicotmicos nos homens nem no escalo etrio menos idoso. No teve relao com o sexo ou a idade o compromisso em autonomia instrumental, a presena de morbilidade ou a baixa classe social, assim como a no perturbao da locomoo e dos nveis de somatomedina-C. A anlise comparativa com estudos multidimensionais em idosos portugueses e europeus ambulatrios revelou que a nossa amostra apresentava muitas caractersticas semelhantes s desses idosos. Assim, tinham elevada independncia em locomoo, considervel independncia em autonomia fsica e menor independncia em autonomia instrumental; prtica de actividade fsica ligeira, as mulheres dentro e os homens fora de casa; maior prevalncia de morbilidade a nvel dos aparelhos locomotor e cardiocirculatrio, nos nossos idosos com pouca flutuao na autoavaliao de sade; pequena prevalncia de depresso e de demncia; maior isolamento social nas mulheres e nas mais idosas; factores de classe social de baixo nvel, diferindo apenas em relao aos idosos do norte da Europa que apresentavam elevada escolaridade e profisses mais diferenciadas; caractersticas biomtricas sobreponveis s dos idosos portugueses e s dos do sul da Europa, com tendncia para o excesso de peso e proporo elevada de massa gorda; e doseamentos plasmticos proteicos e fora muscular de preenso compatveis com ausncia de doenas agudas ou crnicas graves. A comparao com os referidos estudos em relao ao risco de dependncia, revelou semelhanas na associao entre dependncia funcional e idade avanada, morbilidade, alterao do estado mental e isolamento social. Na amostra que estudmos no obtivemos associao entre dependncia e o sexo feminino, facto que se verificou no estudo nacional de Almeida et al. e nos estudos multicntricos europeus, ou o grau de escolaridade, como no estudo francs. Podemos concluir que, com o instrumento de avaliao que utilizmos, foi possvel detectar e caracterizar perturbaes numa amostra de idosos ambulatrios, a maioria funcionalmente independentes, sem alteraes do estado mental, mas apresentando morbilidade activa, tendncia para a obesidade, e actividade fsica ligeira. Nos que apresentaram alteraes, estas foram mais frequentes no sexo feminino e nos indivduos com mais de 74 anos. A escala de funcionalidade desenvolvida foi sensvel aos efeitos da idade e permitiu o clculo do risco de dependncia em relao s outras variveis estudadas, sendo mais marcante a associao com baixa actividade fsica, presena de queixas de sade, demncia e ndice de massa corporal elevado. Consideramos que a metodologia que empregmos poder contribuir para a avaliao de capacidades, cujo conhecimento sistemtico nos idosos se impe. ------------- ABSTRACT: The main objective of the present work was to evaluate functional capacity and related factors, in a sample of 152 ambulatory elderly, free from acute or serious disease, attending an urban health centre. Each evaluation included an interview, with a questionnaire about functional capacity, morbidity, mental health and social aspects, and the study of body composition. The questions were developed and structured in accordance with international validated scales usually applied in the evaluation of the elderly, whenever there were scales for that purpose. Their items were included as structured pre-coded questions and answers, so that each variable could have its own quotation and be dichotomised. We employed Katz and Lawton scales for basic and instrumental activities of daily living, Grimby scale for physical activity, Hamilton scale for depression, Folsteins Mini Mental State Examination for cognitive ability and Graffar scale for social class, and questions about walking, health perception, active complaints and social network. The symptoms register was done according to the International Classification of Primary Care - ICPC. The anthropometric exam involved the determination of height and weight, arm, waist, hip and proximal thigh circumferences, and biceps, triceps, subscapular and suprailiac skinfolds. For the body composition calculation we employed equations derived from anthropometric indices, and from measurement of total body bioelectric impedance. We also measured some plasma proteins and handgrip strength. The analysis of results was done by sex and age groups, separating those with 65 to 74 years from those older than 74 years. The effects of sex and age were tested by linear multiple regression, for each variable and its components. Presented "p" values being considered statistically significative if less than 0,05. The results we obtained and their comparison with the studies we choose as reference can be summarised as follows: Mean age of the sample was 74 years and about one third were men. Most of them were independent in gait and functionality, practised some physical activity, rate their health as fair or good, had physical complaints, had not depression or dementia, had some companionship although almost half of them with stigmas of isolation, belonged to low social class, were in the range of overweight, had raised values of fat mass, plasma proteins in accordance with no acute or serious disease, and considerable handgrip strength. The analysis of groups by sex and age revealed that women and the eldest had the greater social isolation and the lowest values of free fat mass, haemoglobin and handgrip strength. Women had the higher dependence in basic activities of daily living, more depression and lower levels of transferrin. The eldest were more dependent in functionality, had greater prevalence of dementia, less physical activity, less raised body mass index and lower levels of albumin. Men alone and the age range of 65 to 74 did not show any prevalence of the worse dichotomised results. There was no relationship between sex or age and instrumental activities of daily living, morbidity or low social class, and unaffected gait or somatomedin-C levels. The comparison of results with multidimensional studies in portuguese and european ambulatory elderly showed that our sample had many similarities with theirs. They were independent in gait and activities of daily living; practiced light physical activity, women indoors and men outdoors; had greater morbidity at locomotor and cardiovascular systems, with small latitude in health evaluation; low prevalence of depression and dementia; social isolation predominantly in older women; and low social class factors, witch is only different from those of north Europe who had higher education levels and professional carriers; biometric characteristics similar to other portuguese and south Europe elders, with tendency for overweight and high proportion of fat mass; and plasma protein levels and handgrip strength in accordance with no acute or chronic serious disease. The comparison to the referred studies in relation to dependency risk, showed similarities in the association of dependency and age, morbidity,altered mental state and social isolation. We did not find association between dependency and sex, as it was found in the portuguese study of Almeida et al. and the european multicentric studies, or the education level, as in the french study. We conclude that, with the evaluation battery we employed, it was possible to detect and characterise alterations in a sample of ambulatory elderly, most of whom were functionally independent and had no alterations in mental state, but had active morbidity, tendency to obesity, and only light physical activity. Those that had some alteration, were more frequently women and the eldest. The functionality scale we developed showed to be sensitive to age effects and suitable for the calculation of risk of dependency, being more important the association with low physical activity, active complaints, dementia and high body mass index. We consider that the methodology we applied can contribute to the evaluation of capabilities that should be systematically sought for in the elderly.