118 resultados para Misticismo Igreja Católica História Idade Média, 600-1500
Resumo:
Comer uma necessidade natural e fisiolgica de todos os homens, em todos os tempos. Mas tambm uma prtica cultural complexa, que convoca no s a história e a cultura material, mas tambm a antropologia, a sociologia, a etnologia, a psicologia, a história de arte e a história das ideias. Numa sociedade to frgil como a dos nossos antepassados, o acto de comer era um lugar fundamental de diferenciao e de distino sociais e significado poltico. Na verdade, a mesa do rei constituiu um instrumento poltico para a monarquia, desde as formas relativamente simples da Idade Mdia at sua cada vez maior complexidade na poca Moderna. Neste quadro, e tomando sobretudo por base fontes histricas e documentais portuguesas dos sculos XV e XVI, este estudo analisar a mesa do rei de acordo com as seguintes perspectivas: a dimenso poltica e simblica da comida rgia, os alimentos que iam mesa do monarca, o conjunto dos discursos de advertncia religioso/moralista e mdico - acerca da comida rgia e dos excessos cortesos e a magnificncia e ostentao dos grandes banquetes em momentos cerimoniais importantes para a monarquia
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Dissertao de Mestrado em História Medieval
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A reflexo sobre a novidade que a inveno do jacente representa, em termos artsticos e mentais, constitui o ponto de partida para a anlise da evoluo dos espaos funerrios na arquitectura europeia ao longo da Idade Mdia e das funes e objectivos da representao escultrica tumular: de memria individual o monumento, e de memria social a imagem de si. Neste contexto, procede-se de seguida inventariao e entendimento dos temas, das representaes dos principais centros de produo artstica, para se concluir com alguns casos particulares: um contrato de encomenda de um tmulo e as arcas tumulares de D. Pedro I e de D. Ins de Castro.
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A fundao de uma misso jesuita no Norte da Etipia em 1603, na provncia do Tigr, pelo enrgico Pe. Pero Pais, S. J. telogo, construtor e historiador vindo de Goa, tomou um forte impulso com a aliana pretendida com os Portugueses pelo imperador Susnios (1619-20) para o apoio militar contra os muulmanos; e, sobretudo, aps a sua converso oficial Igreja Católica Romana, em 1626. Uma dzia de inovadores edifcios foram ento construdos pelos Jesutas na regio paradisaca em torno do Lago Tana: baslicas, igrejas, palcios e jardins, complexos palatinos e eclesisticos, colgios, etc. A tipologia em cruz latina e ornatos incisos deliberadamente diferente das igrejas ortodoxas etopes, circulares e em madeira. A tcnica de construo em pedra e cal, ignorada na Etipia, significou uma revoluo. No presente texto procura-se determinar a quem deve ser atribudo este indito surto construtivo, deixando de lado as teorias tradicionais de pedreiros vindos de Portugal ou de construtores locais. Com base na evidncia estilstica e em referncias de textos da poca, atribui-se a inovao a padres e irmos jesuitas com experincia de arquitectos na ndia portuguesa e a construtores de Goa e de Diu, definindo a arte portuguesa na Etipia como uma provncia da arquitectura indo-portuguesa na ndia, prosseguida aps a expulso dos Jesutas (1633) com os castelos portugueses, ou paos acastelados da nova capital, Gondar.
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O estudo das cidades europeias da Idade Mdia tem confirmado que, ao contrrio de vises simplistas ainda seguidas por muitos, elas se constituem como continuum em relao aos modelos da arquitectura e urbanismo da Antiguidade grega e romana, nomeadamente os veiculados pela tratadstica. No caso de Lisboa medieval houve trs momentos decisivos de alargamento estruturado: o primeiro, em tempos do rei D. Dinis e D. Fernando; o segundo com D. Joo I at regncia de D. Pedro; o terceiro, sob D. Joo II e D. Manuel.
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in Varia, Revista do IHA, N.3 (2007), pp.324-326
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Revista do IHA, N.5 (2008), pp.114-131
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La historiografa dedicada a la lepra, a los leprosos y a las leproseras en la poca medieval ha desarrollado en las ltimas dcadas interesantes y innovadoras perspectivas de anlisis. El trabajo enseguida presentado intenta explorar algunas de esas perspectivas aplicadas al caso portugus en los siglos XIV y XV. Entre varios aspectos, el principal objetivo es llamar la atencin para la nocin de leproso y para los diferentes factores que deben ser tenidos en consideracin cuando el historiador piensa lo individuo enfermo. En realidad, la diversidad y complejidad de las situaciones verificadas exige no un abordaje simplista y general (leproso igual a excluido) pero una mirada que no deje de lado los aspectos que definen y caracterizan el leproso mas all de la lepra.La historiografa dedicada a la lepra, a los leprosos y a las leproseras en la poca medieval ha desarrollado en las ltimas dcadas interesantes y innovadoras perspectivas de anlisis. El trabajo enseguida presentado intenta explorar algunas de esas perspectivas aplicadas al caso portugus en los siglos XIV y XV. Entre varios aspectos, el principal objetivo es llamar la atencin para la nocin de leproso y para los diferentes factores que deben ser tenidos en consideracin cuando el historiador piensa lo individuo enfermo. En realidad, la diversidad y complejidad de las situaciones verificadas exige no un abordaje simplista y general (leproso igual a excluido) pero una mirada que no deje de lado los aspectos que definen y caracterizan el leproso mas all de la lepra.
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Poucas vezes ter tido o homem a sua existncia to marcada pela espiritualidade quanto na Idade Média, e raras vezes foi to feliz ao tentar imprimir na arte os sinais do invisvel. poca de trevas? poca de contrastes? poca certamente, de luzes do esprito que deveriam iluminar os caminhos dos homens das pocas histricas posteriores, mostrando-lhes o verdadeiro sentido da vida. Todos somos personagens activas do presente e produtos do passado e como agentes actuais da história, reconstitumos e ajuizamos esse passado. O interesse pelo passado depende to estreitamente dos problemas do presente que. quando este se modifica, modificam-se tambm os seus interesses especficos e a sua forma de ver as obras de arte, dai que haja sempre necessidade de reescrever a História da Arte. A História da Arte afinal a história das sucessivas maneiras de ver o mundo, a compilao dos modos de representao artstica, dos testemunhos monumentais do passado, que constituem documentos e permanecem como entidades vivas. A arte da Idade Mdia transmite-nos um conceito alargado do homem e da sua relao com o mundo e constitui a prpria essncia desta poca. D-nos ajusta medida das misrias e grandezas do seu esprito. Mostra-o em todas as etapas e vicissitudes da sua vida. Deus est no centro do Universo mas, atravs do seu filho encarnado, Jesus Cristo, d ao homem e humanidade uma dimenso divina. A arte deste perodo foi, sem dvida, uma arte do esprito, nas regras com que distribuiu as figuras, na sua ordenao, nas simetrias, nos nmeros, nos smbolos. H nela uma organizao misteriosa, nos seus livros de pedra que, alm de testemunhas de um tempo, so uma história natural do homem.
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RESUMO: OBJECTIVO: Avaliar as necessidades, incapacidade, qualidade de vida, satisfao com os servios e as caractersticas sociodemogrficas numa amostra de pacientes com esquizofrenia num Servio de Psiquiatria, em Cabo Verde. MTODOS: Realizou-se estudo transversal com 122 doentes com recurso a instrumentos estruturados para as necessidades (CAN), incapacidade (WHODAS II), qualidade de vida (WHOQOL-BREF) e satisfao com os servios (VSSS) e uma ficha para recolha de dados sociodemogrficos. RESULTADOS: Os doentes eram maioritariamente do sexo masculino (73,8%) com uma idade mdia de 35,23 anos, uma escolaridade baixa (59,8%), solteiros (81.1%), residindo em meio urbano (72,1%) e desempregados (63,2%). A maioria estava a tomar medicao antipsictica (97,5%), tinha história de internamento (76.2%), uma mdia de incio da doena aos 23,43 anos e uma durao mdia de 11,80 anos. As necessidades referidas foram baixas e as facetas mais identificadas foram a informao, os subsdios e benefcios sociais, as actividades dirias, os contactos sociais e sofrimento psicolgico. Cerca 20% dos participantes manifestaram uma incapacidade, sobretudo no domnio da da participao na sociedade (47,2%). A mdia da qualidade de vida foi 65,08 (desvio-padro: 21,35), com o domnio psicolgico a apresentar o valor mais alto (74,21, desvio-padro: 14,87) e o ambiental o mais baixo (59,27, desvio-padro: 15,15). A satisfao com os servios foi avaliada de forma positiva nas dimenses satisfao global e competncia dos profissionais. As dimenses informao, envolvimento dos familiares, eficcia e acesso tiveram avaliao insatisfatria. Os tipos de intervenes, com vrios servios pouco disponibilizados, tiveram uma satisfao relativa. DISCUSSO: Num contexto de carncia, os resultados revelaram-se mais satisfatrios do que esperados, mas com grandes insuficincias no processo de cuidados. CONCLUSO: O estudo permitiu conhecer o processo de cuidados aos doentes com esquizofrenia e disponibilizou elementos para programas de cuidados.-----------ABSTRACT: OBJECTIVE: Assess needs, disability, quality of life, satisfaction with the services and the socio-demographic characteristics in a sample of patients with schizophrenia in a Psychiatric Service in Cape Verde. MATHODS: It was carried out a cross-sectional study with 122 patients using the structured instruments for the needs (CAN), disability (WHODAS II), quality of life (WHOQOLBREF),satisfaction with the services (VSSS) and socio-demographic data collection. RESULTS: The patients are mainly of the male sex (73.8%) with average age of 35.23 years old, low education level (59.8%), single (81.1%), living in urban area and unemployed (63.2%). Most of them were taking antipsychotic medication (97.5%), had a history of hospitalization (76.2%), an average of disease onset at 23.43 years old and an average duration of 11.80 years. The needs mentioned were low and the most identified facets were information, subsidies and social benefits, daily routines, social contacts and psychological distress. Around 20% of the participants expressed one disability, especially at the domain of the participation in the society (47.2%). The average quality of life was 65.08 (standard deviation: 21.35), with the domain of the psychological presenting the highest value (74.21, standard deviation: 14.87) and environmental the lowest (59.27, standard deviation: 15.15). The satisfaction with services was positively assessed in the dimensions of overall satisfaction and competency of the professionals. The dimensions information, family involvement, effectiveness and access had positive evaluation. The types of intervention with services poorly available had a relative satisfaction. DISCUSSION: In a context of shortage, the results were considered more satisfactory than expected, but with many inadequacies in the process of care. CONCLUSION: This study allowed to know the process of care to the patients with schizophrenia and provided elements for the programs of care.
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A recusa da estratificao do tempo, que surge na segunda metade do sculo XX, resulta da perda de f numa grande narrativa e modifica a percepo do tempo cronolgico: os acontecimentos j no se sucedem ordeiramente, manifestam-se em simultneo no presente ou so criteriosamente convocados a partir do presente. Esta reformulao do tempo implica a reformulao do conceito de contemporneo, permitindo questionarmo-nos, tal como Giorgio Agamben: De quem e do que somos contemporneos? E, antes de tudo, o que significa ser contemporneo? Com esta dissertao pretende-se analisar algumas formulaes do conceito de contemporneo, especialmente a partir de Giorgio Agamben, Walter Benjamin, Hannah Arendt e Georges Didi-Huberman, com a inteno de compreender as implicaes da temporalidade na experincia esttica e as possibilidades que as conceptualizaes elaboradas oferecem constituio de uma comunidade humana. Na segunda parte do trabalho, relaciona-se a problemtica da contemporaneidade com as reflexes sobre arte e esttica do escultor Rui Chafes atravs do seu texto A História da Minha Vida, um relato das principais influncias da formao artstica do narrador. Este relato ultrapassa os limites cronolgicos, onde o artista olha para trs definindo o seu prprio tempo presente e o seu passado. O presente surge como a inteireza que resume a ateno do artista e nos descreve a sua caminhada atravs do tempo artstico. O narrador revive na primeira pessoa o percurso dos artistas que desde a Idade Mdia ao Barroco trabalharam anonimamente a pedra e a madeira em nome dos mestres e ao faz-lo assume-se como o escultor-aprendiz que recusa a promoo a mestre, e revela em si, atravs dos valores supremos do trabalho, da sabedoria e da experincia, toda a arte que o precedeu.
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A presente dissertao tem como objectivo a elaborao de uma biografia do psiquiatra Lus Cebola, com nfase na sua concepo da prtica clnica e no seu posicionamento ideolgico. Alm disso, pretende-se ampliar a compreenso acerca da conceptualizao da doena mental, bem como dos tratamentos psiquitricos aplicados em Portugal, durante a primeira metade do sculo XX, tendo por base o seu desempenho enquanto director clnico desde 1911 at 1949 da Casa de Sade do Telhal (CST), pertencente Ordem Hospitaleira de So Joo de Deus (OHSJD). Esta dissertao representa um estudo pioneiro sobre esta personalidade negligenciada pela história da psiquiatra praticada at agora em Portugal e sobre as suas contribuies para o desenvolvimento da psiquiatria portuguesa, bem como para a disseminao-popularizao de temas mdicos e cientficos. Demonstra-se que os tratamentos aplicados na CST, sob a sua direco clnica, se mantiveram actualizados, tanto em relao aos outros hospitais psiquitricos portugueses como em relao s instituies estrangeiras. As viagens que Cebola realizou a hospitais psiquitricos de diversos pases europeus, muito contriburam para a modernizao do ambiente hospitalar e teraputico da CST, bem como para o seu privilegiar da terapia ocupacional a ergoterapia enquanto mtodo de tratamento. Conclui-se que o esquecimento do mdico por parte dos seus colegas de profisso, bem como pelos estudos histricos da disciplina, se dever principalmente a trs factores: em primeiro lugar, Cebola no desenvolveu projectos de investigao, e, por conseguinte manteve-se afastado das publicaes da especialidade, bem como dos debates cientficos da poca; em segundo lugar, no formou discpulos, no dando, desse modo, continuidade sua viso da prtica clnica; e por ltimo, as suas publicaes de crtica sociopoltica, censurando o regime do Estado Novo, a Igreja Católica, e a psicocirurgia, criaram plausivelmente uma relao de tenso com os Irmos da OHSJD e com a nova gerao de psiquiatras.
Resumo:
Este estudo teve como base um corpus de imagens provenientes de bblias historiadas do sc. XIII, existentes em Portugal. Centrados na concepo dos programas iconogrficos, telogos e iluminadores, provavelmente seculares, criaram mecanismos de construo de memria, de modo a veicularem, atravs das iniciais historiadas, mensagens que actualizavam o tempo primordial bblico e, ao mesmo tempo, revelam intenes moralizadoras do seu prprio tempo, nas quais as relaes entre cristos e judeus estiveram presentes. O estudo passa por uma abordagem iconogrfica mas, como historiadores de arte, essa aproximao leva-nos a formular questes e a estabelecer pressupostos epistemolgicos História da Arte Medieval que ultrapassam aquele mtodo. A historiografia de arte no se detm apenas no estudo das formas, da decifrao dos contedos e funes; consideramos que a história da arte, especialmente a arte crist medieval, se institui num momento de abertura onde se intuem e interpretam os sintomas e se penetram os mistrios. O tema escolhido levou-nos exactamente para uma reflexo sobre o modo como se exerceu o poder dos cristos sobre os judeus, num sculo em que o cristianismo se impe no Ocidente atravs de uma nova atitude teolgica, apoiada pelo poder real, papal e ordens mendicantes. Do ponto de vista do historiador a questo complexa e est longe de ser unnime. Foi nosso propsito indagar como transmitiram os iluminadores os cdigos, em dilogo com os telogos, atravs de uma expresso artstica que cumpre uma funo religiosa e propagandstica.
Resumo:
Na Idade Mdia portuguesa, a preocupao pela salvaguarda da memria individual e da imagem social, manifestada atravs dos jacentes, dispostos sobre as arcas tumulares, teve nos bispos os primeiros cultores. So ainda do sculo XIII as primeiras representaes de prelados que constituem, no conjunto, um grupo muito homogneo, denotando uma clarividncia exemplar nas propostas iconogrficas. Destacam-se, pelo nmero de exemplares conservados, dois ncleos, o de Coimbra e o de vora, significando de algum modo a importncia das respectivas dioceses nesta poca. Ao nvel artstico, propriamente dito, a obra fundamental a do monumento encomendado pelo arcebispo de Braga, Dom Gonalo Pereira: nica obra de que se conhece o contrato de encomenda e os escultores seleccionados Mestres Pro e Telo Garcia , reveladora tambm de originalidades iconogrficas e possuidora de uma qualidade de execuo que a colocam como um marco das virtualidades que a escultura do sculo XIV vinha conhecendo em Portugal. No sculo XV, a representao de jacentes episcopais desaparece quase por completo, marcando, de forma significativa e algo desconcertante, o fim de um ciclo iconogrfico fundamental no contexto da tumulria medieval portuguesa e do papel activo (e pioneiro) que aquela classe social havia desempenhado no referido campo artstico.
Resumo:
Recenso de: C. Cosmen Alonso; M. V. Herrez Ortega; M. P. Gmez-Calcerrada, (coord.). 2009. El intercambio artstico entre los reinos hispanos y las cortes europeas en la baja edad media. Len: Universidad de Len