77 resultados para Coeficiente de gini
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Dissertao para obtenco do Grau de Mestre em Engenharia Civil - Perfil Estruturas
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Dissertao para obteno do Grau de Mestre em Engenharia Civil - Perfil de Construo
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Dissertao para obteno do Grau de Mestre em Engenharia Mecnica
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Dissertao para obteno do Grau de Mestre em Engenharia Qumica e Bioqumica
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Dissertao para obteno do Grau de Mestre em Engenharia Fsica
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INTRODUO Os profissionais dos cuidados de sade so essenciais ao desempenho de excelncia dos sistemas de sade pelo que devem ser capazes de funcionar em plenitude. A sade um activo para esse pleno funcionamento. Os enfermeiros representam o grupo profissional mais numeroso dos profissionais dos cuidados de sade. Como tal, tm um importante papel a desempenhar no sistema de sade e na determinao da sade da populao. O desempenho dos enfermeiros, mas tambm as condies em que trabalham e o impacto destas na sua sade, devem, assim, ser estudados. Tem sido sugerido que os enfermeiros tm um perfil de sade diferente do da restante populao, com problemas de sade especficos. So vrios os factores que influenciam a sade: caractersticas e comportamentos dos indivduos, ambiente econmico e social e ambiente fsico. A sade entedida como um activo para a vida social e laboral plena e eficiente. Compreende-se que mais do que o somatrio das diferentes dimenses, a sade a interaco e simbiose entre sade fsica e mental, auto-percepo do estado de sade e qualidade de vida e bem estar. A sade dos enfermeiros determinada pelo sistema de sade onde trabalham e, em ltima anlise, pelos problemas e desafios que este enfrenta. O impacto destes desafios pode resultar no aumento do trabalho em tempo parcial, para alm do tempo integral, do duplo emprego e insegurana laboral. Concomitantemente, os enfermeiros esto expostos a uma variedade de riscos ocupacionais que podem resultar numa srie de problemas de sade agudos e crnicos. Trabalhar em ambientes particularmente stressantes, em equipas com manifestas insuficincias, com pouco controlo e muita responsabilidade, muitas horas seguidas, com conflitos entre os diferentes papis sociais, parece contribuir para o aumento da morbilidade dos enfermeiros. A relao com o outro, e o servir-se dessa relao para ajudar, coloca uma forte presso emocional nos enfermeiros. A presente investigao tem como objectivo contribuir para a compreenso do perfil de sade dos enfermeiros e do papel que o trabalho de enfermagem, e no sector de sade, tm no perfil de sade. A inteligibilidade desse contributo faz-se por analogia com os outros profissionais dos cuidados de sade e com os outros profissionais e/ou populao em geral.Inclui uma reviso sistemtica da literatura onde se revem as evidncias existentes sobre a sade dos enfermeiros, o estudo dos Inquritos Nacionais de Sade de 1998/1999 e 2005/2006 e um estudo de mortalidade proporcional. Nestes dois ltimos estudos faz-se a comparao entre enfermeiros, outros profissionais dos cuidados de sade e outros profissionais, utilizando a Classificao Nacional das Profisses na sua verso de 1994. HIPTESES E OBJECTIVOS GERAIS Foram enunciadas 7 hipteses de estudo que versaram sobre o conhecimento cientfico sobre o perfil de sade dos enfermeiros, o estudo do perfil de sade (percepo do estado de sade, morbilidade, consumo de medicamentos, utilizao dos servios de sade e despesas com a sade e comportamentos ligados sade) e as causas de morte dos enfermeiros portugueses: H1: As evidncias cientficas, baseadas em estudos experimentais e observacionais, demonstram que os enfermeiros possuem um perfil de sade diferente do da restante populao e dos restantes profissionais cuidados de sade. H2: Os enfermeiros, os outros profissionais dos cuidados de sade e os outros profissionais percepcionam o seu estado de sade de forma diferente; H3: Os enfermeiros, os outros profissionais dos cuidados de sade e os outros profissionais tm perfis de morbilidade diferentes; H4: Os enfermeiros, os outros profissionais dos cuidados de sade e os outros profissionais utilizam os servios de sade de formas diferentes e tm diferentes despesas com a sade; H5: Os comportamentos relacionados com a sade dos enfermeiros, outros profissionais dos cuidados de sade e outros profissionais so diferentes. H6: A exposio ao trabalho no sector da sade causa determinadas doenas que levam a que, proporcionalmente, existam mais mortes por essas doenas nos outros PCS do que nos outros profissionais; H7: A exposio ao trabalho de enfermagem causa determinadas doenas que levam a que, proporcionalmente, existam mais mortes por essas doenas nos enfermeiros do que nos outros PCS e do que nos outros profissionais. Definiram-se os seguintes objectivos gerais: 1. Rever a evidncia existente, publicada e no publicada, sobre a sade dos enfermeiros (nas vertentes de sade fsica, mental, auto-percepo do estado de sade, estilos de vida e comportamentos ligados sade) e sua comparao com a dos outros profissionais dos cuidados de sade e a da restante populao. 2. Compreender se existem diferenas entre enfermeiros, outros profissionais dos cuidados de sade e outros profissionais relativamente auto-percepo do estado de sade, morbilidade, utilizao dos servios de sade e despesas com a sade e comportamentos relacionados com a sade; 3. Compreender se existe excesso de mortes por causas especficas nos enfermeiros falecidos entre Junho e Setembro de 2003, em Portugal, quando comparados com os outros PCS e os outros profissionais. MATERIAL, POPULAO E MTODOS Reviso sistemtica da literatura Estudo observacional, retrospectivo e descritivo. Identificaram-se as bases de dados a pesquisar tendo em conta o assunto em estudo, o tipo de documentos pretendidos e o intervalo de tempo da RSL. Convencionou-se que, em todas, deveria ser possvel fazer a pesquisa on-line. Ao todo, foram pesquisadas 43 bases de dados, utilizando palavraschave em portugus e ingls (incluindo termos DeCS). A pesquisa limitou-se a documentos em ingls, francs, portugus, espanhol e italiano. No foi estabelecido limite temporal e no foi feita pesquisa manual de bibliografia ou de referncias. Identificaram-se 2 692 documentos a cujos resumos se aplicaram trs critrios de elegibilidade (teste de relevncia). Dos 2 692 documentos, 204 (7,6%) foram excludos por no terem resumo e 1 428 (57,4%) por no cumprirem pelo menos um dos critrios de elegibilidade para esta fase. Passaram fase de avaliao do texto integral um total de 1 060 documentos. Destes 76 eram duplicados pelo que foram excludos. A fiabilidade da aplicao do teste de relevncia foi avaliada por um segundo revisor que aplicou os 3 critrios de elegibilidade a uma amostra aleatria simples dos documentos seleccionados a partir das bases de dados (coeficiente de Kappa=0,9; erro padro=0,05; p<0,01). Aplicou-se um formulrio de colheita de dados aos documentos seleccionados para avaliao do texto integral que continha uma srie de critrios de elegibilidade baseados no STROBE e CONSORT statement e numa extensa reviso de literatura. Dos 984 documentos vrios foram sendo excludos por no se cumprirem critrios de elegibilidade do teste de relevncia e metodolgicos, acabando-se com 187 estudos sobre os quais foram colhidos dados sobre o local, contexto, participantes, resultados,interveno, exposio, efeito e condio de interesse. Os estudos foram avaliados quanto validade interna e externa. Na anlise dos dados utilizou-se a sntese narrativa. No foi feita meta-anlise dada a heterogeneidade encontrada. Como sistema de classificao das evidncias utilizou-se o Scotish Intercollegiate Guidelines Network. Estudo dos Inquritos Nacionais de Sade de 1998/1999 e 2005/2006: Auto-percepo do estado de sade, morbilidade, utilizao dos servios de sade e despesas com a sade e comportamentos relacionados com a sade dos enfermeiros. Estudo observacional, transversal e analtico Utilizaram-se como fontes de dados o 3 e o 4 Inqurito Nacional de Sade. Definiram-se variveis dependentes, independentes e de potencial confundimento. Os dados do 4 INS foram analisados pelo Instituto Nacional de Estatstica, aps redaco das sintaxes pela autora. Neste caso realizou-se, apenas, anlise estatstica descritiva dado no ter sido possvel aceder s variveis de clustering e de estratificao. Recorreu-se s frequncias relativas ponderadas (estimativas) para descrever as variveis de escala nominal e ordinal e mdia, mediana, amplitude do intervalo de variao e amplitude interquartlica para descrever as variveis numricas. Os dados do 3 INS foram analisados tendo em conta o efeito de clustering e a estratificao, para controlar o efeito do desenho do estudo e para evitar erros tipo II, respectivamente. Utilizaram-se contagens no ponderadas, estimativas das propores e mdias populacionais. Apresentaram-se, conjuntamente, os intervalos de confiana a 95%. Na anlise inferencial considerou-se o nvel de significncia a 95%. Consideraram-se, no processo de deciso estatstica, os intervalos de confiana a 95% para a diferena entre as estimativas de cada uma das sub-amostras. O teste Qui-quadrado de Pearson com correco de segunda ordem de Rao-Scott foi utilizado para testar diferenas entre variveis de escala nominal ou ordinal em cada uma das sub-amostras. Utilizou-se o odds ratio e respectivo intervalo de confiana para a tomada de deciso sobre eventuais relaes de dependncia e para avaliar a fora e direco da associao. O teste F corrigido para o efeito do desenho pela estatstica de Wald foi utilizado na anlise da diferena da distribuio de uma varivel de escala numrica e uma de escala nominal ou ordinal. Utilizou-se a anlise de regresso linear e logstica binria, multinominal e ordinal para avaliar a existncia de associao entre as variveis dependentes e independentes controlando para o efeito das variveis de potencial confundimento. Na anlise, os dados com omisso foram considerados eventos aleatrios. Mortalidade nos enfermeiros e outros PCS entre Junho e Setembro de 2003 Estudo observacional, transversal e analtico. A populao em estudo correspondeu populao residente em Portugal Continental e Ilhas dos Aores e da Madeira que faleceu entre 1 de Junho e 30 de Setembro de 2003 no tendo sido feita qualquer amostra. Utilizou-se a base de dados dos certificados de bitos ocorridos em territrio nacional entre 30 de Maio e 30 de Setembro de 2003, fornecida pela Direco Geral da Sade. O estudo dos dados omissos revelou que estes eram eventos aleatrios pelo que era possvel realizar a anlise recorrendo a tcnicas de dados completos. Na anlise das variveis qualitativas nominais foram usadas frequncias absolutas e relativas e moda. A varivel quantitativa numrica idade foi analisada recorrendo mdia e mediana, primeiro e terceiro quartil, amplitude interquartlica e total e desvio padro, coeficiente de assimetria e curtose. Realizou-se anlise de correspondncia mltipla de modo a definir perfis de mortalidade para os indivduos falecidos no perodo em estudo que no tinham dados com omisso para a profisso. Calcularam-se as propores de mortalidade e a razo de mortalidade proporcional de modo a comparar as propores de mortalidade observadas e esperadas por causa e grupo profissional. RESULTADOS Reviso sistemtica da literatura Existe evidncia de nvel 2+ de que as enfermeiras esto em maior risco de desenvolver cancro da mama quando comparadas com outras profissionais dos cuidados de sade; no tm maior risco de desenvolver doena de Hodgkin; no tm um excesso de risco de cancro (independentemente da localizao), cancro do estmago, clon, recto, pncreas, ovrio, rim, bexiga, crebro, tiride ou linfossarcoma. Existe evidncia de nvel 2- de que os enfermeiros: Os enfermeiros esto entre os grupos profissionais mais afectados por problemas msculoesquelticos; Os enfermeiros esto mais expostos a agentes patognicos sanguneos do que a restante populao; Os enfermeiros esto em maior risco de adquirir Tuberculose (TB) quando comparados com a populao em geral; Os enfermeiros, quando trabalham em enfermarias com doentes infectados com TB, tm maior risco de desenvolver TB comparativamente com os que no trabalham nestas enfermarias; As enfermeiras tm um excesso de mortalidade por cancro no geral, leucemia e cancro do pncreas quando comparadas com as outras mulheres trabalhadoras; Existe um excesso de mortalidade por suicdio nas enfermeiras e os enfermeiros sofrem mais acidentes de origem ocupacional que no com corto-perfurantes do que os restantes PCS (excepto internos) e outros grupos profissionais. Existe evidncia de nvel 3 de que os enfermeiros; Esto mais expostos ao vrus da hepatite B do que os mdicos, estudantes de enfermagem e administrativos; No tm nveis de burnout diferentes dos restantes PCS. No se encontraram evidncias sobre: Ocorrncia de infeco por CMV, hepatite A ou C; Risco de cancro da mama nas enfermeiras comparativamente com as outras mulheres no enfermeiras; Risco de melanoma cutneo, risco de cancro do fgado, pulmo, colo do tero, tero ou leucemia, ocorrncia de HTA nos enfermeiros; Excesso de mortalidade por hepatite viral, cancro do clon, crebro, sistema nervoso, quedas acidentais ou morte relacionada com drogas nas enfermeiras em comparao com as mulheres trabalhadoras; Diferenas nas taxas de mortalidade por diabetes mellitus das enfermeiras e das mulheres trabalhadoras de colarinho branco; Ocorrncia de alergias de origem ocupacional, obesidade, asma de origem ocupacional, problemas de sono e hbitos de sono, problemas cardiovasculares, sade mental dos enfermeiros; Ocorrncia de ansiedade, stress ou depresso nos enfermeiros; Ocorrncia de acidentes com corto-perfurantes nos enfermeiros, absentismo nos enfermeiros, abuso de substncias e ingesto de bebidas alcolicas pelos enfermeiros; Prtica de vacinao ou de exerccio fsico, auto-exame da mama, rastreio do cancro do colo do tero, hbitos tabgicos, consumo de medicamentos, hbitos alimentares, autopercepo do estado de sade ou qualidade de vida e bem-estar dos enfermeiros. Estudo dos Inquritos Nacionais de Sade de 1998/1999 e 2005/2006: auto-percepo do estado de sade, morbilidade, utilizao dos servios de sade e despesas com a sade e comportamentos relacionados com a sade dos enfermeiros. Os resultados obtidos em 1998/1999 e em 2005/2006 so bastante semelhantes. Em 1998/1999, no existia diferena na prevalncia de doena aguda, doena crnica, incapacidade de longa durao ou IMC entre os enfermeiros, os outros PCS e os outros profissionais, nada levando a supor que em 2005/2006 os resultados seriam diferentes. H, nos enfermeiros e nos outros PCS, um claro predomnio dos indivduos que percepcionam a sade como muito boa ou boa. Os dados de 1998/1999, demonstram que os outros profissionais, quando comparados com os PCS, tm 52% maior possibilidade de percepcionar o seu estado de sade como razovel relativamente a percepcion-lo como muito bom ou bom. Embora a pontuao mdia e a mediana da pontuao do Mental Health Index no sugira sofrimento psicolgico provvel, os enfermeiros so o grupo profissional com menor pontuao e, como tal, com sade mental mais pobre. Tal , de alguma forma, confirmado por uma maior prevalncia de doena mental nos enfermeiros, comparativamente com os restantes grupos profissionais. A realizao de consulta de sade oral nos 12 meses que antecederam o inqurito diferente entre enfermeiros e outros profissionais. Os enfermeiros tm menor possibilidade de ter feito uma consulta de sade oral nos 12 meses anteriores ao inqurito comparativamente com os no profissionais dos cuidados de sade. Esta diferena encontrada em 1998/1999 provavelmente j no se verifica em 2005/2006 j que, neste perodo, a prevalncia de consulta de sade oral aumentou consideravelmente nos enfermeiros, passando a ser superior verificada nos outros PCS. Os enfermeiros tm menor possibilidade de terem consultado um mdico nos 3 meses anteriores ao inqurito quando comparados com os outros profissionais. Os outros PCS tm, tambm, menor possibilidade de terem consultado um mdico nos 3 meses que antecederam o inqurito quando comparados com os outros profissionais. Os enfermeiros, outros PCS e outros profissionais no so diferentes no que concerne aos gastos com consultas de urgncia ou outras, gastos com medicamentos ou outros gastos com a sade nas duas semanas anteriores ao inqurito. Conclui-se, tambm, que os enfermeiros, os outros PCS e os outros profissionais no diferem no consumo de medicamentos para dormir, no nmero de dias de toma destes medicamentos ou nos anos de toma. Ser enfermeiro comparativamente com ter outra profisso que no dos cuidados de sade diminui as chances de ser ex-fumador relativamente a nunca ter fumado em 42%. Ser outro PCS que no enfermeiro, e comparativamente com os outros profissionais, aumenta as chances de ter consumido bebidas alcolicas na semana anterior ao inqurito. Quer os enfermeiros quer os outros PCS tendem a no beber sozinhos, sendo mais frequente beberem em estabelecimentos comerciais. A percentagem de enfermeiros e outros PCS que ingeria bebidas alcolicas antes de conduzir era menos de metade da dos outros profissionais. Os enfermeiros, outros PCS e outros profissionais no diferiam relativamente realizao de actividade fsica pelo menos uma vez por semana. A grande maioria dos enfermeiros estava a fazer algum mtodo contraceptivo. A menor percentagem de indivduos a fazer contracepo verificava-se nos outros PCS. A vacinao contra a gripe era mais frequente nos enfermeiros. Por seu lado, a realizao de pelo menos uma citologia era mais frequente nos outros PCS e bastante superior nos enfermeiros e outros PCS do que nos outros profissionais. O mesmo acontecia relativamente avaliao da tenso arterial. Mortalidade nos enfermeiros e outros PCS entre Junho e Setembro de 2003 Entre Junho e Setembro de 2003 tinham ocorrido mais bitos em mulheres enfermeiras do que nos homens com a mesma profisso. J nos PCS como um todo, ou naqueles que no eram enfermeiros, existia maior proporo de mortes de indivduos do sexo masculino. Os PCS, considerados como um todo ou separadamente em enfermeiros e outros PCS, faleciam mais tarde do que os restantes profissionais. No entanto, para todos os grupos profissionais estudados a maior proporo de bitos ocorria depois dos 74 anos de idade. O mais frequente, em todos os grupos profissionais, era os bitos de causa natural, no domiclio. As duas principais causas de morte no diferiam entre PCS (todos, enfermeiros ou outros PCS) e outros profissionais, embora se verificassem alteraes na posio (primeira ou segunda) de acordo com o grupo profissional. J a terceira principal causa de morte variava entre os grupos estudados: nos PCS (e nos outros PCS) era as doenas do aparelho respiratrio, nos enfermeiros as doenas do sistema nervoso e nos outros profissionais as doenas do aparelho circulatrio, tumores, sintomas, sinais e resultados anormais de exames clnicos e de laboratrio, no classificados em outra parte. A anlise de correspondncias mltiplas veio, em parte, confirmar esta similitude. Permitiu identificar quatro perfis de mortalidade: dois determinados pelo tipo de bito, o grupo etrio e a causa de morte e dois definidos tambm pelo grupo etrio, causa de morte, estado civil e profisso (sem que, contudo, existisse um poder discriminatrio das profisses dos cuidados de sade). Os PCS, comparativamente com os outros profissionais, apresentavam um excesso de mortalidade por doenas do sistema nervoso e um dfice de mortalidade por doenas do aparelho geniturinrio. Os enfermeiros, por seu lado, quando comparados com os outros profissionais, tinham um excesso de mortalidade por doenas do sistema nervoso e um dfice de mortalidade por doenas do aparelho respiratrio e por sintomas, sinais e resultados anormais de exames clnicos e de laboratrio, no especificados em outra parte. Ao comparar a proporo de mortalidade por causa especfica dos enfermeiros com a dos outros PCS verificou-se existir um excesso de mortalidade por algumas doenas infecciosas e parasitrias, doenas endcrinas, nutricionais e metablicas, doenas do sistema nervoso e causas externas de morbilidade e de mortalidade. Verificou-se, tambm, um dfice de mortalidade por doenas do aparelho respiratrio. Os outros PCS, quando comparados com os outros profissionais, apresentavam um excesso de mortalidade por doenas do sistema nervoso e por doenas do aparelho respiratrio e um dfice de mortalidade por causas externas de morbilidade e de mortalidade. DISCUSSO E RECOMENDAES Das opes metodolgicas A reviso sistemtica da literatura revelou-se um importante instrumento metodolgico, til e adequado no desiderato de responder questo de investigao. Tornou-se bvio que a avaliao da qualidade do estudo essencial para que, no final, se possa discernir sobre as evidncias encontradas. A inexistncia de gold standards para os estudos observacionais levou a que se tivessem de estabelecer padres especficos para esta reviso que se revelaram adequados ao problema em estudo e que permitiram, no final, estabelecer o nvel das evidncias encontradas. A opo pelo sistema SIGN de classificao das evidncias mostrou-se adequada aos objectivos da reviso. A anlise dos 3 e 4 INS colocou vrios desafios que resultaram do facto de ambos utilizarem um desenho amostral multietpico com probabilidades diferenciais das unidades amostrais que englobou estratificao, clustering e ponderao. Este tipo de amostragem implicou uma anlise complexa que contemplou o efeito do desenho da amostra que s foi possvel no caso dos dados do 3 INS. Apesar das limitaes que um estudo de mortalidade proporcional pode apresentar considera-se que, no presente caso, as vantagens superaram as desvantagens. Para alm disso, foi possvel, atravs dos resultados obtidos, discernir acerca das hipteses estipuladas e, assim, contribuir para futuras linhas de investigao. Da sade dos enfermeiros Determinantes Em 1998/1999 ser enfermeiro, comparativamente com outra profisso que no dos cuidados de sade diminua a possibilidade de ser ex-fumador relativamente a nunca ter fumado o que pode reflectir a contribuio do conhecimento sobre os efeitos nocivos do tabaco para a tendncia para no fumar. Os outros PCS, comparativamente com os no PCS, tm maior possibilidade de terem consumido bebidas alcolicas na semana anterior ao inqurito mas o padro de consumo no diferia. Os enfermeiros e os outros PCS consumiam menos bebidas ao almoo e ao jantar do que os outros profissionais. Por outro lado, tambm tendiam a beber menos sozinhos optando por beber em estabelecimentos comerciais (mas em menor percentagem do que os outros profissionais) ou em eventos desportivos. A percentagem de enfermeiros e de outros PCS que tinham ingerido bebidas alcolicas antes de conduzir era cerca de metade da verificada nos outros profissionais. De acordo com a RSL realizada, no existiam evidncias sobre o consumo de medicamentos pelos enfermeiros. A anlise dos INS revelou, igualmente, no existirem diferenas entre enfermeiros, outros PCS e outros profissionais no consumo de medicamentos para dormir, mesmo relativamente ao nmero de dias, nas 2 semanas anteriores ao inqurito ou o nmero de anos de toma. De acordo com os dados do 4INS, os enfermeiros e os outros PCS tinham tomado mais medicamentos receitados nas duas semanas anteriores ao inqurito, sendo que nos enfermeiros a percentagem era cerca de 10% superior dos outros PCS. Os resultados parecem indiciar um provvel acesso privilegiado dos PCS a medicamentos para os quais necessrio receita mdica. Por outro lado, a baixa diferena na toma de medicamentos no receitados sugere que no existe uma padro muito marcado de auto-medicao o que seria de esperar num grupo profissional com um conhecimento teraputico privilegiado. A RSL demonstrou no existirem evidncias sobre a prtica de vacinao nos enfermeiros. A anlise descritiva do 4 INS permitiu verificar que a percentagem de enfermeiros que j tinha, alguma vez, vacinado contra a gripe era superior dos outros PCS ainda que fosse inferior dos outros profissionais. Estes dados podem indicar um padro diferente de vacinao contra a gripe nos enfermeiros. A diferena encontrada na realizao de pelo menos uma mamografia durante a vida entre as PCS e as outras profissionais pode, eventualmente, ser explicada pela diferena na idade das primeiras (mais novas) e das segundas. Na RSL no existiam evidncias sobre a prtica de mamografia. A percentagem de mulheres PCS que j tinha feito pelo menos um rastreio do cancro do colo do tero era superior verificada nas outras profissionais. Vrios estudos demonstraram que os PCS parecem vigiar mais amide a sua sade reprodutiva, nomeadamente, realizando rastreios do cancro do colo do tero e da mama mais frequentemente. Os enfermeiros eram os que apresentavam maior percentagem de indivduos a fazerem um mtodo contraceptivo, seguiam-se os outros PCS e os outros profissionais. Poder-se- colocar a hiptese que as diferenas observadas derivam da diferena de idade entre os grupos profissionais. A contracepo no foi estudada na RSL. A percentagem de outros PCS e de outros profissionais que tinham avaliado a TA nos 3 meses anteriores ao 4 INS era inferior dos enfermeiros. Achado idnticos aos descritos por outros autores. Esta diferena poder ser explicada pelo facto de a avaliao da TA ser uma actividade habitualmente realizada pelos enfermeiros (e por outros PCS) o que lhes facilitaria o acesso mesma e lhes permitiria a auto-avaliao. Em 1998/1999 os enfermeiros tinham menor possibilidade de ter feito uma consulta de sade oral do que os outros PCS. No entanto, e mesmo tendo em conta as limitaes de anlise dos dados de 2005/2006, esta tendncia parecia ter-se alterado. Os enfermeiros tinham menor possibilidade de terem consultado um mdico nos 3 meses anteriores ao INS comparativamente com os outros profissionais. Tal pode indicar uma utilizao de corredor dos servios de sade decorrente da proximidade com o mdico e que se efectivaria em consultas informais. Morbilidade Com a anlise dos INS, verificou-se que o perfil de morbilidade dos enfermeiros, outros PCS e outros profissionais, nas dimenses consideradas, no era diferente. A inexistncia de diferenas entre os grupos profissionais, encontrada a partir dos dados do INS, pode ser explicada por se ter agregado todas as doenas crnicas (diabetes, asma ou bronquite crnica, alergia, hipertenso arterial e lombalgias) numa s varivel (doena crnica). Esta categorizao pode ter mascarado prevalncias superiores de doenas que se sabem estar associadas ao trabalho de enfermagem, como o caso das lombalgias. No se verificaram diferenas entre os grupos profissionais relativamente ao valor mdio de IMC aps controlar para o efeito de potenciais confundimentos. Resultados semelhantes foram descritos por vrios autores. Os enfermeiros aparentavam ter estados mais pobres de sade mental que os outros PCS mas melhores que os outros profissionais. Pode-se postular que a eventual diferena entre enfermeiros e outros PCS deriva da singularidade do cuidar em enfermagem, da ateno especial que o caracteriza. Pode ser reflexo da complexidade emocional do trabalho em enfermagem. Auto-percepo do estado de sade Verificou-se que os PCS, considerados como um todo, ou separadamente em enfermeiros e outros PCS, tendiam a percepcionar a sade de forma mais positiva que os outros profissionais. Vrios autores referem como determinantes da auto-percepo do estado de sade, o estado fsico, a doena crnica, o estatuto scio-econmico e os estilos de vida. No estudo da auto-percepo do estado de sade controlaram-se os efeitos destes determinantes. Contudo, as diferenas entre os grupos profissionais mantinham-se. A disponibilidade de servios de sade um importante determinante da percepo do estado de sade. Este factor no foi tido em conta o que poder, eventualmente, explicar a variao obtida. Outro factor no medido foi a sade mental e outros factores psico-sociais como o apoio emocional, o stress e a auto-estima que influenciam, igualmente, a auto-percepo do estado de sade. Mortalidade Trs aspectos caracterizavam a mortalidade dos PCS: morriam mais tarde do que os no profissionais de sade, tinham um dfice de mortalidade na maioria das causas consideradas at aos 54 anos de idade, apresentavam um excesso de mortalidade por doenas do sistema nervoso e um dfice de mortalidade por doenas do aparelho geniturinrio. Na base do dfice de mortalidade podem estar diversos factores. Os PCS podem beneficiar dos seus prprios conhecimentos e, assim, terem estilos de vida mais saudveis e comportamentos relacionados com a sade que lhes permita viver mais tempo. O trabalho no sector da sade, e mais precisamente o trabalho dos PCS (enfermeiros e outros) era relativamente estvel, seguro e no existia desemprego, nos restantes grupos profissionais existiriam profisses para as quais tal no se verificava. Assim, em algumas delas, os indivduos podero ter sido vtimas de desemprego ou de condies precrias de trabalho (subemprego) que, cumulativamente com outras desvantagens adquiridas ao longo da vida, podem ter influenciado fortemente a sade do indivduo e consequentemente, a sua morte. O excesso de mortalidade por doenas do sistema nervoso nos PCS foi j descrito noutros estudos. Uma das possveis explicaes pode advir dos PCS terem falecido mais tarde do que os indivduos com outras profisses e, como tal, terem desenvolvido estas patologias devido a um processo natural de envelhecimento. Outra das explicaes, e, neste caso especificamente para os enfermeiros, pode ter a ver com a elevada prevalncia do sexo feminino. Na presente investigao, detectou-se, tambm, um excesso de mortalidade por tumores nas mulheres PCS quando comparadas com as mulheres dos outros grupos profissionais. Este padro mantinha-se quando se comparavam as enfermeiras ou as outras PCS com as restantes mulheres. O excesso de mortalidade por tumores mantinha-se nas enfermeiras quando se utilizava, como grupo de comparao, as outras PCS. O conhecimento actual que existe sobre a etiologia dos tumores malignos est condicionado pela noo desta complexa teia de causalidade e pelos mtodos epidemiolgicos que so utilizados para a estudar. Os profissionais dos cuidados de sade, durante o seu exerccio profissional so expostos a uma srie de substncias qumicas entre as quais se encontram frmacos, gases anestsicos, agentes de limpeza e de esterilizao, solventes, sabes e reagentes com potenciais efeitos mutagnicos, carcinognicos e teratognicos. Os resultados obtidos com a presente investigao no justificam recomendaes sobre intervenes. O conhecimento sobre a sade dos enfermeiros e a influncia que o trabalho de enfermagem tem sobre esta , ainda, lacunar. Assim, recomenda-se: O desenvolvimento de programas de vigilncia de sade dos enfermeiros e dos outros profissionais dos cuidados de sade; A melhoria da declarao e codificao da profisso nos certificados de bito; A anlise sistemtica das causas de bito por grupo profissional; A criao de mecanismos de acesso aos dados dos Inquritos Nacionais de Sade que, sem colocar em causa o anonimato dos respondentes, permita a anlise de dados exaustiva e inferencial.
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Dissertao para obteno do Grau de Mestre em Engenharia Civil, Perfil de Estruturas
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RESUMO - Introduo: A despesa em sade aumentou consideravelmente nas ltimas dcadas na maioria dos pases industrializados. Por outro lado, os indicadores de sade melhoraram. A evidncia emprica sobre a relao entre as despesas em sade e a sade das populaes tem sido inconclusiva. Este estudo aborda a relao entre as despesas em sade e a sade das populaes atravs de dados agregados para 34 pases para o perodo 1980-2010. Metodologia: Utilizou-se o coeficiente de correlao de Pearson para avaliar a correlao entre as variveis explicativas e os indicadores de sade. Procedeuse ainda realizao de uma regresso multivariada com dados em painel para cada indicador de sade utilizado como varivel dependente: esperana de vida nascena e aos 65 anos para mulheres e homens, anos de vida potencialmente perdidos para mulheres e homens e mortalidade infantil. A principal varivel explicativa utilizada foi a despesa em sade, mas consideraram-se tambm vrios fatores de confundimento, nomeadamente a riqueza, fatores estilo de vida, e oferta de cuidados. Resultados: A despesa per capita tem impacto nos indicadores de sade mas ao adicionarmos a varivel PIB per capita deixa de ser estatisticamente significativa. Outros fatores tm um impacto significativo para quase todos os indicadores de sade utilizados: consumo de lcool e tabaco, gordura, o nmero de mdicos e a imunizao, confirmando vrios resultados da literatura. Concluso: Os resultados vo ao encontro de alguns estudos que afirmam o impacto marginal das despesas em sade e do progresso da medicina nos resultados em sade desde os anos 80 nos pases industrializados.
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Dissertao para obteno do Grau de Mestre em Engenharia Biomdica
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Dissertao para a obteno do grau de Mestre em Engenharia Civil - Perfil de Construo
Resumo:
RESUMO: A dor lombar crnica (DLC) uma das condies clnicas mais comuns e com elevados custos socioeconmicos no mundo ocidental. Estudos recentes indicam que os utentes com DLC apresentam diferentes padres de atividade que influenciam os nveis de incapacidade funcional. Contudo, a evidncia acerca destas associaes , ainda, limitada e inconclusiva. Em Portugal, no existe, do nosso conhecimento, nenhuma escala validada para a populao portuguesa que mea estes padres de atividade em utentes com DLC. Objetivos: Adaptar culturalmente a escala Patterns of Activity Measure Pain (POAM-P) para a populao portuguesa com dor lombar crnica inespecfica (DLCI) e contribuir para a sua validao. Metodologia: A verso original (inglesa) do POAM-P foi traduzida e adaptada para a lngua portuguesa (POAM-P-VP) atravs de uma equipa multidisciplinar que incluiu tradutores, retrotradutores (cegos e independentes), peritos de diferentes reas e utentes com DLCI, de acordo com as recomendaes de linhas orientadoras atuais para este processo. A anlise factorial e das propriedades psicomtricas da POAM-P-VP contou com uma amostra de 132 utentes. A consistncia interna foi analisada atravs do coeficiente alpha de Cronbach () e para a anlise da fiabilidade teste-reteste recorreu-se ao coeficiente de correlao intraclasse (ICC:2,1). A anlise da validade de construto convergente e discriminativa das componentes da POAM-P-VP foi conseguida atravs da aplicao da verso portuguesa da escala Tampa Scale of Kinesiophobia (TSK-13-VP), e recorrendo ao clculo do coeficiente de Spearman. Todos os clculos estatsticos foram realizados no software IBM SPSS Statistics (verso 20). Resultados: A anlise factorial permitiu identificar trs componentes da POAM-P-VP (evitamento, persistncia excessiva e persistncia consistente com a dor), sendo estruturalmente diferentes das subescalas do POAM-P original. Estas componentes apresentaram uma consistncia interna boa a elevada. As componentes 1 e 2 apresentaram uma fiabilidade teste-reteste moderada a excelente, e a componente 3 uma fiabilidade teste-reteste pobre, limitando o seu poder de uso na prtica clnica e em investigao. Relativamente validade de construto, nenhuma das hipteses estabelecidas no estudo apriori foram verificadas, no podendo aferir acerca da relao dos padres de atividade com a cinesiofobia, medida pelo TSK-13-VP. Porm, a componente de evitamento da POAM-P-VP parece medir contedos partilhados com a TSK-13-VP (rs = 0.15, p<0.048). Concluso: A adaptao e contributo para a validao da verso portuguesa da escala POAM-P constituiu um ponto de partida para a existncia de um instrumento de medio de padres de atividade de utentes portugueses com DLC, requerendo mais estudos para a sua validao. Apesar de algumas limitaes, considera-se que este estudo de grande importncia para os fisioterapeutas e investigadores que buscam um maior conhecimento e efetividade das abordagens de interveno em utentes com dor lombar crnica.-------------- ABSTRACT: Chronic low back pain (CLBP) is one of the most common clinical conditions as well as one with high economical costs within western countries. Recent studies have shown that patients with LBP present different patterns of activity which influence their levels of functional capacity. However, evidence on these associations is still limited and inconclusive. To our knowledge, there is in Portugal no valid scale for measuring these patterns of activity in CLBP patients. Purpose: Culturally adapt the Patterns of Activity Measure Pain (POAM-P) scale to the Portuguese population with non-specific chronic low back pain (NSLBP) and contribute to its validation. Method: The original English version of POAM-P was blindly and independently translated, back translated and adapted to the Portuguese language (POAM-P-VP) by a multidisciplinary team of translators, experts from different fields, and patients with NSLBP, according to established guidelines for this process. Factorial and psychometric properties analysis of POAM-P-VP comprised a sample of 132 patients. The internal consistency was analyzed based on Cronbach's alpha-coefficient () and for test-retest reliability analysis the Intraclass Correlation Coefficient (ICC) was used. The analysis of convergent and discriminant construct validity of POAM-P-VP components was achieved through the use of the Portuguese version of the Tampa Scale of Kinesiophobia (TSK-13-VP), using the Spearman coefficient calculation. All statistical calculations were performed using IBM SPSS Statistics software (v.20). Results: The factor analysis allowed for the identification of three components of POAM-P-VP (avoidance, excessive persistence and pain-contingent persistence), structurally different from the original POAM-P subscales. These components demonstrated a good to high level of internal consistency. Components 1 and 2 demonstrated moderate to excellent test-retest reliability, whereas component 3 presented low test-retest reliability thus limiting its clinical and investigative use. With regard to construct validity, none of the previously established hypothesis was verified, therefore not making it possible to assess the relation between activity patterns and kinesiophobia, measured by TSK-13-VP. However, the avoidance component of POAM-P-VP seems to share measurable contents with TSK-13-VP (rs = 0.15, p<0.048). Conclusion: The adaptation and contribution to the validation of the Portuguese version of POAM-P scale, sets a starting point to the existence of a useful instrument for measuring activity patterns in Portuguese CLBP patients, requiring further studies towards its validation. Despite some limitations, this study is considered of high importance to physiotherapists as well as investigators in search of deeper knowledge and effective practical approaches on chronic low back pain patients.
Resumo:
Factores de prognstico do resultado do tratamento de doentes com Sndrome de Dependncia do lcool: estudo coorte prospectivo de 6 meses Introduo: Uma das questes fundamentais para as polticas de sade relacionadas com o tratamento e reabilitao de doentes com dependncia de lcool, identificar factores de prognstico num curto prazo de tratamento ambulatrio, de modo a se poderem optimizar as decises de tratamento dos doentes. Assim, este estudo teve como objectivo identificar factores de prognstico na admisso ao tratamento e factores de prognstico durante o perodo de tratamento ambulatrio. Materiais e mtodos: Estudo observacional coorte de doentes com dependncia de lcool observados num perodo de 6 meses de tratamento ambulatrio. O estudo consistiu numa amostra de 209 doentes includos no estudo de acordo com os critrios do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders verso IV, tendo sido recolhida no Centro de Alcoologia do Sul (n=194) e no Hospital Nossa Senhora do Rosrio (n=15). 8 mdicos psiquiatras destes dois centros de tratamento foram responsveis pelo tratamento dos doentes. O doente ter um co-responsvel que acompanhasse a sua reabilitao e fizesse a superviso da medicao para controlo do consumo de lcool era condio absolutamente necessria para incluso do doente no estudo. Como factores de prognstico foram medidos na admisso ao tratamento factores scio demogrficos, a histria de uso de outras substncias e indicadores de gravidade associados histria de consumo excessivo de lcool. Durante os 6 meses de tratamento foram medidos factores de prognstico que respeitam os frmacos para controlo do consumo incluindo Dissulfiram e Acamprosato, os factores associados aos aspectos no farmacolgicos do tratamento incluindo o nmero de consultas, os factores associados s caractersticas do mdico e finalmente os frmacos para tratamento de depresso e ansiedade. As variveis de resultado medidas no estudo envolveram o tempo at primeira recada pesada (varivel de interesse primrio para o estudo), a abstinncia de consumo pesado, a abstinncia de qualquer quantidade de lcool, o tempo cumulativo de abstinncia acima da mdia dos doentes, o tempo mximo de recada superior a 1 dia e o doente ter pelo menos um problema relacionado com o lcool aos 6 meses. Todas as variveis resultado foram medidas atravs do calendrio auto-reportado pelos doentes e seus co-responsveis no que respeita os consumos dirios Timeline Followback, excepo da varivel ter pelo menos 1 problema relacionado com o lcool aos 6 meses em que foi aplicado o instrumento Alcohol Related Problems Questionnaire. Foi estabelecido uma unidade padro de consumo de lcool como uma garrafa de cerveja, um copo de vinho ou um clice de bebida fortificada ou destilada que teriam aproximadamente 10 gramas de lcool, sendo considerado um consumo excessivo pesado de pelo menos 5 destas unidades padro num dia tpico de consumo, ou seja, pelo menos 50 gramas de lcool. Os dados recolhidos e validados foram analisados em Statistical Package for Social Sciences, tendo-se utilizado usuais mtodos de estatstica descritiva envolvendo tabulao de frequncias e tabulao de medidas de tendncia central e disperso. Foram utilizados na anlise bivarivel entre os factores de prognstico e as variveis resultado o teste do Qui quadrado ou exacto de Fisher, o teste de Mann Whitney, o teste Kruskal Wallis, o coeficiente de correlao de Spearman e o coeficiente de concordncia Kappa de Cohen. Foi ainda utilizado na anlise bivarivel a anlise de sobrevivncia de Kaplan Meier com teste log rank e a anlise da rea sob a curva ROC. Na anlise multivarivel foi utilizado a anlise de regresso de Cox mltipla com razo de riscos medida pelo Hazard Ratio (HR) e a anlise de regresso logstica mltipla com razo de riscos medida pelo odds ratio (OR). O nvel de significncia foi estabelecido em 5%. Resultados: Dos doentes admitidos a tratamento, 84% eram homens, a idade mediana era 41 anos, o consumo mediano de lcool era 192 gramas/dia e a durao mediana de consumo excessivo pesado era 13 anos. Os anos completos de escolaridade em tendncia situaram-se abaixo do 9 ano de escolaridade com uma mediana de 6 anos. 61% dos doentes pertenciam a classes sociais mdia/baixa e baixa. A taxa de Kaplan Meier de recada em consumo pesado foi de 23% sendo a taxa de recada em qualquer quantidade de lcool de 54%. O tempo mdio cumulativo de abstinncia foi 131 dias. Relativamente aos factores de prognstico que se revelaram estatisticamente significativos aps anlise de regresso mltipla foram; na admisso ao tratamento, o sexo feminino associado a pior prognstico de tempo mximo de recada superior a 1 dia (OR=4,55; p<0,05), o nvel scio econmico de graffar mdio baixo e baixo associado a piores prognsticos relativamente abstinncia de consumo pesado (OR=0,32; p<0,05), abstinncia de qualquer quantidade (OR=0,41; p<0,05) e tempo cumulativo de abstinncia acima da mdia (OR=0,05; p<0,01), a situao profissional de emprego a tempo inteiro e vnculo associado a melhor prognstico relativamente a menos problemas ligados ao lcool aos 6 meses (OR=0,37; p<0,05), a histria de uso de cocana associado a pior prognstico relativamente abstinncia de consumo pesado (OR=0,11; 6 p<0,01) e abstinncia de qualquer quantidade (OR=0,05; p<0,001), ter mais de 20 anos de consumo excessivo pesado associado a pior prognstico relativamente abstinncia de qualquer quantidade (OR=0,20; p<0,05), tempo cumulativo de abstinncia acima da mdia (OR=0,05; p<0,05), tempo mximo de recada superior a 1 dia (OR=8,36; p<0,01) e ter pelo menos 1 problema ligado ao lcool aos 6 meses (OR=7,32; p<0,01), entrar em tratamento com menos tempo de abstinncia, digamos at 7 dias sem beber, revelou-se associado a melhor prognstico nomeadamente no tempo at primeira recada em consumo pesado (HR=0,32; p<0,05), mais gravidade da histria de consumo indicada pelo doente consumir lcool de manh e/ou antes do almoo revelou-se associado a melhor prognstico, nomeadamente na abstinncia de qualquer quantidade de lcool (OR=3,01; p<0,05), os doentes com valor de avaliao heptica GGT aumentada face ao limite normal revelaram pior prognstico ao nvel do tempo at primeira recada em consumo pesado (HR=2,48; p<0,05), os doentes com pelo menos 5 dos 11 problemas ligados ao lcool questionados no Alcohol Related Problems Questionnaire na admisso, revelaram pior prognstico nomeadamente no tempo cumulativo de abstinncia acima da mdia dos doentes (OR=0,04; p<0,01). Durante os 6 meses de tratamento, os factores de prognstico que se revelaram estatisticamente significativos aps anlise de regresso mltipla foram; a toma de Dissulfiram por um perodo de pelo menos 120 dias, que se revelou associado a melhor prognstico relativamente ao tempo cumulativo de abstinncia acima da mdia dos doentes (OR=18,88; p<0,01) e o doente ter pelo menos 1 problema ligado ao lcool aos 6 meses (OR=0,16; p<0,001), o doente ter tomado Dissulfiram por um perodo inferior a 120 dias, que se revelou associado a pior prognstico em todas as variveis de resultado, ou sejam, o tempo at primeira recada em consumo pesado (HR=15,00; p<0,001), a abstinncia de consumo pesado (OR=0,062; p<0,001), a abstinncia de qualquer quantidade (OR=0,05; p<0,001), o tempo cumulativo de abstinncia acima da mdia dos doentes (OR=0,08; p<0,05), o tempo mximo de recada superior a 1 dia (OR=15,60; p<0,01) e ter pelo menos 1 problema ligado ao lcool aos 6 meses (OR=5,25; p<0,05), os doentes com indicao para Acamprosato tiveram pior prognstico ao nvel do tempo at primeira recada em consumo pesado (HR=2,60; p<0,05), os doentes que realizaram pelo menos 4 das 7 consultas previstas para os 6 meses tiveram melhor prognstico relativamente abstinncia em consumo pesado (OR=9,10; p<0,001), abstinncia de qualquer quantidade (OR=5,56; p<0,001), tempo cumulativo de abstinncia acima da mdia (OR=177,50; p<0,001) e o doente ter pelo menos 1 problema ligado ao lcool aos 6 meses (OR=0,07; p<0,001), o doente ter pelo menos 2,5 de mdia nas fases da sua consulta (podendo variar as fases entre 1 e 4) tm melhor prognstico ao nvel do tempo at primeira recada em consumo pesado (HR=0,28; p<0,01), abstinncia de consumo pesado (OR= 2,80; p<0,05), abstinncia de qualquer quantidade (OR=3,24; p<0,05) e tempo mximo de recada superior a 1 dia (OR=0,21; p<0,01), os doentes com indicao para ansiolticos sejam eles Benzodiazepinas ou Buspirona tiveram pior prognstico no tempo at primeira recada em consumo pesado (HR=2,12; p<0,05). Concluses: em termos de polticas de sade, este estudo permite concluir que durante o tratamento ambulatrio devem ser valorizados o recurso farmacolgico Dissulfiram com tempo de toma nunca inferior a 120 dias, a realizao de um maior nmero de consultas previsto para o doente e a utilizao de mais de duas fases nas consultas. Este estudo tambm revela que os prestadores de tratamento devem ter ateno aos doentes com indicao para a toma de ansiolticos. Relativamente aos factores relevantes na admisso ao tratamento ambulatrio, este estudo permite-nos concluir que deve haver maior preocupao dos prestadores de tratamento relativamente s mulheres alcolicas, aos doentes com nvel socioeconmico mais baixo e doentes sem emprego a tempo inteiro nem vnculo, pois so factores que se revelaram associados a pior prognstico. Tambm, os prestadores de tratamento devem ter em especial ateno a histria de consumo de outras substncias, nomeadamente o consumo de cocana, pois revelou-se associado a pior prognstico. Em relao s variveis da gravidade do consumo de lcool, os prestadores de tratamento devem tomar especial ateno que o prognstico piora para os doentes que consomem lcool de modo excessivo pesado mais de 20 anos, que tenham a avaliao laboratorial do GGT aumentada em relao ao normal e que revelem mais problemas ligados ao lcool no questionrio Alcohol Related Problems Questionnaire. Este estudo tambm prova que se deve motivar o doente a iniciar o tratamento temporalmente o mais perto possvel do incio da abstinncia. Mais concretamente, os doentes que iniciaram o tratamento at uma semana desde o incio da abstinncia tiveram melhor prognstico. Curiosamente ainda uma informao til para os prestadores de tratamento que os doentes que consomem lcool pela manh e/ou antes do almoo parecem estar mais motivados para recuperarem, tendo-se revelado um factor de bom prognstico.
Resumo:
Argamassas 2014 - I Simpsio de Argamassas e Solues Trmicas de Revestimento, 5-6 Junho, ITeCons, Universidade de Coimbra
Resumo:
Relatrio de Actividade Profissional apresentado para cumprimento dos requisitos necessrios obteno do grau de Mestre em Cincias da Comunicao vertente de Novos Mdia e Prticas Web
Resumo:
Dissertao para obteno do Grau de Mestre em Engenharia e Gesto Industrial