32 resultados para Visões


Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Como noutros países europeus, também em Portugal a arquitectura popular foi ao longo do século XX objecto privilegiado do interesse de intelectuais de extracção variada, especialmente de arquitectos e antropólogos. Esse interesse começou por se desenvolver entre os arquitectos ligados ao movimento da “Casa Portuguesa”, liderado por Raul Lino. Tendo-se iniciado na viragem do século XIX para o século XX, o movimento da “Casa Portuguesa” estava ainda activo nos anos 1940 e 1950 e foi central tanto nas tentativas do Estado Novo de impor um estilo arquitectónico oficial, como nos modos de representação do cultura popular promovidos pelo regime. As principais ideias defendidas pelo movimento da “Casa Portuguesa” viriam entretanto a ser postas em causa por outras aproximações ao tema, como aquelas que foram propostas: (a) pelo “Inquérito à Habitação Rural”, que teve lugar no início dos anos 1940 e foi conduzido por um grupo de engenheiros agrónomos preocupadas com as condições habitacionais existentes nas áreas rurais portuguesas; (b) pelo “Inquérito à Arquitectura Popular em Portugal” organizado no final dos anos 1950 por um grupo diversificado de arquitectos modernos hostis ao movimento da “Casa Portuguesa”; (c) e, finalmente, pelas pesquisas conduzidas pelo antropólogo Ernesto Veiga de Oliveira e seus colaboradores no Museu de Etnologia entre 1950 e 1960. O objectivo deste livro é analisar as diferentes aproximações à arquitectura popular em cada um dos estudos mencionados como momentos de uma espécie de “guerra cultural” opondo diferentes visões da arquitectura e da cultura populares e distintos modos de tratamento do laço entre cultura popular e identidade nacional durante os anos do Estado Novo. As visões da ruralidade prevalecentes em cada uma destes estudos sobre arquitectura popular, as tensões entre nacionalismo e modernismo na percepção das virtualidades da arquitectura popular, as discussões sobre unidade e diversidade do país no tocante à arquitectura popular, são alguns dos tópicos que serão tratados com mais detalhe.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Para melhor compreender as dinâmicas que os jovens, muito em particular os portugueses, evidenciam em relação à participação e ao jornalismo – tentando escapar às visões reducionistas que meramente apontam para um afastamento –, lançámo-nos no desafio de melhor perceber os contextos de ação, os seus moldes e os seus propósitos. Estas matérias foram alvo de reflexão através de um estudo de caso longitudinal (2010-2012), realizado com 35 jovens com formas de participação diferenciadas, na intensidade e na diversidade, e com distintas proveniências sociais, culturais e económicas. O corpus permitiu melhor apreender e compreender contextos específicos e chegar a perfis quanto ao consumo de notícias (inclusive de política) e quanto à participação. As tipologias apontam para uma realidade complexa, em que são marcantes os fatores familiares, os contextos sociais mais vastos e a vontade individual. O Prefácio é assinado por Peter Dahlgren, professor emérito da Universidade de Lund, na Suécia, e um dos mais conceituados estudiosos das dinâmicas do jornalismo e das culturas cívicas, muito em especial entre os jovens. - See more at: http://www.livroslabcom.ubi.pt/book/128#sthash.fkPsR3Vv.dpuf