3 resultados para directly observed therapy

em Instituto Politécnico do Porto, Portugal


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O osso é um tecido metabolicamente ativo e a sua remodelação é importante para regular e manter a massa óssea. Esse processo envolve a reabsorção do material ósseo por ação dos osteoclastos e a síntese de novo material ósseo mediado pelos osteoblastos. Vários estudos têm sugerido que a pressão arterial elevada está associada a alterações no metabolismo do cálcio, o que leva ao aumento da perda de cálcio e da remoção de cálcio do osso. Embora as alterações no metabolismo ósseo sejam um efeito adverso associado a alguns fármacos antihipertensores, o conhecimento em relação a este efeito terapêutico ligado com os bloqueadores de canais de cálcio é ainda muito escasso. Uma vez que os possíveis efeitos no osso podem ser atribuídos à ação antihipertensiva dessas moléculas, ou através de um efeito direto nas atividades metabólicas ósseas, torna-se necessário esclarecer este assunto. Devido ao facto de que as alterações no metabolismo ósseo são um efeito adverso associado a alguns fármacos antihipertensores, o objetivo deste trabalho é avaliar o efeito que os bloqueadores dos canais de cálcio exercem sobre as células ósseas humanas, nomeadamente osteoclastos, osteoblastos e co-culturas de ambos os tipos celulares. Verificou-se que os efeitos dos fármacos antihipertensores variaram consoante o fármaco testado e o sistema de cultura usado. Alguns fármacos revelaram a capacidade de estimular a osteoclastogénese e a osteoblastogénese em concentrações baixas. Independentemente da identidade do fármaco, concentrações elevadas revelaram ser prejudiciais para a resposta das células ósseas. Os mecanismos intracelulares através dos quais os efeitos foram exercidos foram igualmente afetados de forma diferencial pelos diferentes fármacos. Em resumo, este trabalho demonstrou que os bloqueadores dos canais de cálcio utilizados possuem a capacidade de afetar direta- e indiretamente a resposta de células ósseas humanas, cultivadas isoladamente ou co-cultivadas. Este tipo de informação é crucial para compreender e prevenir os potenciais efeitos destes fármacos no tecido ósseo, e também para adequar e eventualmente melhorar a terapêutica antihipertensora de cada paciente.

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O Acidente Vascular Encefálico é uma das principais causas de morte, tornando-se cada vez mais iminente processos de reabilitação que minimizem as sequelas, nomeadamente as limitações do membro superior que dificultam o envolvimento em atividades da vida diária. O Constraint-Induced Movement Therapy, surge como uma abordagem que incrementa o uso do membro superior mais afetado. A presente investigação trata-se de um estudo de casos múltiplos. Pretende-se verificar se existem melhorias na funcionalidade do membro superior mais afetado, analisar em que atividades da vida diária são visíveis melhorias funcionais e compreender se o maior envolvimento nas atividades diárias está diretamente relacionado com a melhoria na capacidade funcional. Pretende-se ainda que os valores obtidos no Wolf Motor Function Test sejam um contributo para a sua validação para a população portuguesa. Utilizou-se um questionário para recolha de dados pessoais e clínicos (amplitudes de movimento, dor e espasticidade); o Wolf Motor Function Test e o Action Research Arm Test para verificar a funcionalidade do membro superior mais afetado; e a Motor Activity Log que avalia o envolvimento em atividades da vida diária. O grupo é constituído por 3 utentes que sofreram um primeiro Acidente Vascular Encefálico até 9 meses de evolução, internados na Santa Casa da Misericórdia de Monção e que cumpriam os critérios de inclusão. O programa foi implementado três horas/dia, durante 10 dias, mantendo a restrição no membro superior menos afetado durante 90% do dia acordado. Como se trata de um estudo de casos múltiplos, analisou-se cada participante individualmente e verificou-se a diferença entre os resultados finais e iniciais para cada uma das variáveis. Os resultados obtidos revelam ganhos na amplitude de movimento, velocidade de execução e capacidade funcional do membro superior mais afetado, nomeadamente nas funções de preensão e pinça da mão, bem como se testemunhou minimização do fenómeno learned nonuse. Verificaram-se ganhos funcionais em todos os participantes nas atividades da vida diária apesar de serem diferentes de participante para participante. Dois participantes afirmaram que voltariam a participar no programa.Conclui-se, assim que a técnica resulta em ganhos funcionais nestes utentes, indicando um caminho alternativo a outras abordagens de reabilitação.

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OBJECTIVE: Bacillus Calmette-Guérin (BCG) immunotherapy is the gold standard treatment for superficial bladder tumors with intermediate/high risk of recurrence or progression. However, approximately 30% of patients fail to respond to the treatment. Effective BCG therapy needs precise activation of the type 1 helper cells immune pathway. Tumor-associated macrophages (TAMs) often assume an immunoregulatory M2 phenotype and may directly interfere with the BCG-induced antitumor immune response. Thus, we aim to clarify the influence of TAMs, in particular of the M2 phenotype in stroma and tumor areas, in BCG treatment outcome. PATIENTS AND METHODS: The study included 99 patients with bladder cancer treated with BCG. Tumors resected before treatment were evaluated using immunohistochemistry for CD68 and CD163 antigens, which identify a lineage macrophage marker and a M2-polarized specific cell surface receptor, respectively. CD68+ and CD163+ macrophages were evaluated within the stroma and tumor areas, and high density of infiltrating cells spots were selected for counting. Hypoxia, an event known to modulate macrophage phenotype, was also assessed through hypoxia induced factor (HIF)-1α expression. RESULTS: Patients in whom BCG failed had high stroma-predominant CD163+ macrophage counts (high stroma but low tumor CD163+ macrophages counts) when compared with the ones with a successful treatment (71% vs. 47%, P = 0.017). Furthermore, patients presenting this phenotype showed decreased recurrence-free survival (log rank, P = 0.008) and a clear 2-fold increased risk of BCG treatment failure was observed in univariate analysis (hazard ratio = 2.343; 95% CI: 1.197-4.587; P = 0.013). Even when adjusted for potential confounders, such as age and therapeutic scheme, multivariate analysis revealed 2.6-fold increased risk of recurrence (hazard ratio = 2.627; 95% CI: 1.340-5.150; P = 0.005). High stroma-predominant CD163+ macrophage counts were also associated with low expression of HIF-1α in tumor areas, whereas high counts of CD163+ in the tumor presented high expression of HIF-1α in tumor nests. CONCLUSIONS: TAMs evaluation using CD163 is a good indicator of BCG treatment failure. Moreover, elevated infiltration of CD163+ macrophages, predominantly in stroma areas but not in the tumor, may be a useful indicator of BCG treatment outcome, possibly owing to its immunosuppressive phenotype.