3 resultados para NEURODEVELOPMENT
em Instituto Politécnico do Porto, Portugal
Resumo:
Background: Temporal lobe epilepsy (TLE) is a neurological disorder that directly affects cortical areas responsible for auditory processing. The resulting abnormalities can be assessed using event-related potentials (ERP), which have high temporal resolution. However, little is known about TLE in terms of dysfunction of early sensory memory encoding or possible correlations between EEGs, linguistic deficits, and seizures. Mismatch negativity (MMN) is an ERP component – elicited by introducing a deviant stimulus while the subject is attending to a repetitive behavioural task – which reflects pre-attentive sensory memory function and reflects neuronal auditory discrimination and perceptional accuracy. Hypothesis: We propose an MMN protocol for future clinical application and research based on the hypothesis that children with TLE may have abnormal MMN for speech and non-speech stimuli. The MMN can be elicited with a passive auditory oddball paradigm, and the abnormalities might be associated with the location and frequency of epileptic seizures. Significance: The suggested protocol might contribute to a better understanding of the neuropsychophysiological basis of MMN. We suggest that in TLE central sound representation may be decreased for speech and non-speech stimuli. Discussion: MMN arises from a difference to speech and non-speech stimuli across electrode sites. TLE in childhood might be a good model for studying topographic and functional auditory processing and its neurodevelopment, pointing to MMN as a possible clinical tool for prognosis, evaluation, follow-up, and rehabilitation for TLE.
Resumo:
Auditory event-related potentials (AERPs) are widely used in diverse fields of today’s neuroscience, concerning auditory processing, speech perception, language acquisition, neurodevelopment, attention and cognition in normal aging, gender, developmental, neurologic and psychiatric disorders. However, its transposition to clinical practice has remained minimal. Mainly due to scarce literature on normative data across age, wide spectrumof results, variety of auditory stimuli used and to different neuropsychological meanings of AERPs components between authors. One of the most prominent AERP components studied in last decades was N1, which reflects auditory detection and discrimination. Subsequently, N2 indicates attention allocation and phonological analysis. The simultaneous analysis of N1 and N2 elicited by feasible novelty experimental paradigms, such as auditory oddball, seems an objective method to assess central auditory processing. The aim of this systematic review was to bring forward normative values for auditory oddball N1 and N2 components across age. EBSCO, PubMed, Web of Knowledge and Google Scholarwere systematically searched for studies that elicited N1 and/or N2 by auditory oddball paradigm. A total of 2,764 papers were initially identified in the database, of which 19 resulted from hand search and additional references, between 1988 and 2013, last 25 years. A final total of 68 studiesmet the eligibility criteria with a total of 2,406 participants from control groups for N1 (age range 6.6–85 years; mean 34.42) and 1,507 for N2 (age range 9–85 years; mean 36.13). Polynomial regression analysis revealed thatN1latency decreases with aging at Fz and Cz,N1 amplitude at Cz decreases from childhood to adolescence and stabilizes after 30–40 years and at Fz the decrement finishes by 60 years and highly increases after this age. Regarding N2, latency did not covary with age but amplitude showed a significant decrement for both Cz and Fz. Results suggested reliable normative values for Cz and Fz electrode locations; however, changes in brain development and components topography over age should be considered in clinical practice.
Resumo:
Introdução: A prematuridade constitui um fator de risco para a ocorrência de lesões ao nível do sistema nervoso central, sendo que uma idade gestacional inferior a 36 semanas potencia esse mesmo risco, nomeadamente para a paralisia cerebral (PC) do tipo diplegia espástica. A sequência de movimento de sentado para de pé (SPP), sendo uma das aprendizagens motoras que exige um controlo postural (CP) ao nível da tibiotársica, parece ser uma tarefa funcional frequentemente comprometida em crianças prematuras com e sem PC. Objetivo(s): Descrever o comportamento dos músculos da tibiotársica, tibial anterior (TA) e solear (SOL), no que diz respeito ao timing de ativação, magnitude e co-ativação muscular durante a fase I e início da fase II na sequência de movimento de SPP realizada por cinco crianças prematuras com PC do tipo diplegia espástica e cinco crianças prematuras sem diagnóstico de alteração neuromotoras, sendo as primeiras sujeitas a um programa de intervenção baseado nos princípios do conceito de Bobath – Tratamento do Neurodesenvolvimento (TND). Métodos: Foram avaliadas 10 crianças prematuras, cinco com PC e cinco sem diagnóstico de alterações neuromotoras, tendo-se recorrido à eletromiografia de superfície para registar parâmetros musculares, nomeadamente timings, magnitudes e valores de co-ativação dos músculos TA e SOL, associados à fase I e inico da fase II da sequência de movimento de SPP. Procedeu-se ao registo de imagem de modo a facilitar a avaliação dos componentes de movimento associados a esta tarefa. Estes procedimentos foram realizados num único momento, no caso das crianças sem diagnóstico de alterações neuromotoras e em dois momentos, antes e após a aplicação de um programa de intervenção segundo o Conceito de Bobath – TND no caso das crianças com PC. A estas foi ainda aplicado o Teste da Medida das Funções Motoras (TMFM–88) e a Classificação Internacional da Funcionalidade Incapacidade e Saúde – crianças e jovens (CIF-CJ). Resultados: Através da eletromiografia constatou-se que ambos os grupos apresentaram timings de ativação afastados da janela temporal considerada como ajustes posturais antecipatórios (APAs), níveis elevados de co-ativação, em alguns casos com inversão na ordem de recrutamento muscular o que foi possível modificar nas crianças com PC após o período de intervenção. Nestas, verificou-se ainda que, a sequência de movimento de SPP foi realizada com menor número de compensações e com melhor relação entre estruturas proximais e distais compatível com o aumento do score final do TMFM-88 e modificação positiva nos itens de atividade e participação da CIF-CJ. Conclusão: As crianças prematuras com e sem PC apresentaram alterações no CP da tibiotársica e níveis elevados de co-ativação muscular. Após o período de intervenção as crianças com PC apresentaram modificações positivas no timing e co-ativação muscular, com impacto funcional evidenciado no aumento do score final da TMFM-88 e modificações positivas na CIF-CJ.