3 resultados para IDEALS
em Instituto Politécnico do Porto, Portugal
Resumo:
O presente artigo desenvolve-se em torno de três damas esclarecidas da sociedade portuguesa de setecentos: D. Leonor de Almeida (1750-1839), ou Alcipe; D. Catarina de Lencastre (1749-1824), ou Nathercia; e D. Teresa de Mello Breyner (1739-1798?), ou Tirse. Sabendo que o século XVIII foi um período marcado por mudança e controvérsia, pela emergência de novos paradigmas, pelo reequacionamento de estruturas mentais e tradições seculares – ainda que em Portugal se experimentasse uma certa resistência às teorias filosóficas emergentes – a questão que lançamos e procuramos analisar é: qual o reflexo destas transformações no universo feminino? Assim, partindo dos três exemplos referidos e a eles tornando, pretendemos problematizar três questões centrais no discurso iluminista – educação, leituras e viagens – observando como estas matérias, assaz discutidas e teorizadas ao longo do século XVIII, se repercutiram na formação feminina em solo português e, por outro lado, analisar o modesto mas expressivo papel que as referidas damas assumiram na propagação da cultura das luzes em Portugal.
Resumo:
Ao longo do projeto encarou-se a Educação e Formação de Adultos como um motor para a liberdade, definida como a autonomia para se procurar e viver um destino. Destino que não é apenas o porto onde atraca o barco à chegada, mas o processo de destinação na rota. Hodiernamente vivemos atracados ao paradigma da Aprendizagem ao Longo da Vida, ancorados a processos económicos e ideológicos que ditam as orientações de atuação do Instituto de Emprego e Formação Profissional na forma com se planeiam e organizam os Cursos de Educação e Formação de Adultos. Traçaram-se as rotas que Portugal percorreu até desenvolver as políticas de Educação e Formação de Adultos atuais. Essas políticas influenciam sobremaneira a organização e planeamento dos Cursos de Educação e Formação de Adultos desenvolvidos pelo Instituto de Emprego e Formação de Vila Real que se vê agrilhoado aos ideais neoliberais, à falta de recursos, de ideais e de esperança. Procurou-se construir um projeto que conceba o planeamento e a organização dos cursos de Educação e Formação de Adultos numa ótica emancipadora da educação enraizada em contextos locais, em que as diretrizes do Estado se constituem como uma moldura mas não se restringem à rigidez do caixilho, assente em lógicas de responsabilidade comunitária em processos relacionais abertos, dialogados e críticos assentes em conteúdos vividos, aprendidos e transformados. Espera-se e deseja-se que aqueles processos comprometam de forma decisiva todos os que se vêem envolvidos neste feixe de relações a partir do qual cada um se forma, e desenvolvendo-se, se envolve na possibilidade de destinar a rota.
Resumo:
This essay studies the origin and globalization of the Rastafarian movement. Poverty and disenchantment in the inner cities of Kingston gave way in the early 1930's to the black power movement through Marcus Garvey's "Back to Africa" crusade, which eventually led to the appearance of the Rastafarian movement, a "messianic religious and political movement". In this essay, I propose to analyze when, how and why the Rastafarian movement began, its doctrines and the vehicles which were used for its cultural globalization, in other words, the diffusion of the Rastafarian´s beliefs, meanings, ideals and culture outside the borders of Jamaica. My aim is to offer a better understanding of the Rastafarian movement (commonly only associated with the consumption of drugs), so it is important to analyze this study in a cultural point of view. Some authors1 define culture as the way of life that is influenced by behavior, knowledge, and beliefs.The lack of information about a certain culture may lead to the perception that a specific culture is wrong or inferior to ours and this normally causes conflict between individuals. Appreciating and accepting cultural diversity is an ability which helps to communicate effectively in an international way, therefore, leading to the globalization of a certain culture, in this case, of the Rastafarian cultural movement. There is a significant variation within the Rastafarian movement and no formal organization; for example, some Rastafarians see it more as a way of life than a religion, but uniting the diverse movements is the belief in the divinity and/or messiahship of the Ethiopian Emperor Haile Selassie I, the influence of Jamaican culture, the resistance to oppression, and the pride in African heritage.