1 resultado para Espasticidade
em Instituto Politécnico do Porto, Portugal
Resumo:
Objectivo: Este estudo pretende verificar as melhoras nas competências sensórioperceptivas, motoras e de praxis do membro superior afecto e um melhor desempenho das áreas de ocupação: AVD’s, AVDI’s, trabalho e participação social, em indivíduos com hemiparesia após AVE submetidos à reeducação funcional com recurso a actividades funcionais assistidas com EFF; e verificar se estes ganhos mantêm a curto tempo. Métodos: A amostra foi constituída por 4 indivíduos com hemiparesia decorrente de AVE com mais de 12 meses de evolução e idades compreendidas entre os 40 e 70 anos. Foi aplicado um protocolo de intervenção de 5 sessões por semana de 20 minutos de duração num período de 3 semanas, perfazendo um total de 15 sessões. A recolha de dados foi realizada em três fases: avaliação inicial, avaliação no final da intervenção e reavaliação após 6 semanas de finalizar a intervenção. Os instrumentos de recolha de dados utilizados foram: MIF, Escala de Avaliação Fulg-Meyer, Escala Ashworth, DASH, Test Box & Block. Resultados: Os sujeitos diminuíram o grau de espasticidade e melhoraram na funcionalidade do membro superior sendo mais evidente na sinergia flexora do ombro, cotovelo e antebraço e na extensão em massa da mão. Houve melhoras nas actividades da vida diária, actividades de lazer e nos autocuidados (com variações da média de -14, -2,75 e -3 pontos, respectivamente); verificando uma evolução positiva na higiene pessoal e melhoras relevantes no banho. As variações ocorridas 6 semanas após o término do tratamento foram mínimas em todas as áreas funcionais, mantendo os ganhos a nível de espasticidade e funcionalidade do membro superior. Embora houvesse uma diminuição generalizada dos indicadores, tanto parcelares como globais e uma diminuição dos outros sintomas pudemos observar um agravamento das limitações na higiene pessoal, no desempenho do trabalho e na rigidez. Conclusão: A intervenção realizada mediante actividades funcionais assistidas com EFF neste estudo mostrou-se eficiente para o ganho de capacidade funcional, diminuição do tónus muscular do membro superior parético e melhora no desempenho das AVD’s. A amostra reduzida coíbe colocar os achados aqui expostos como sendo fatos constantes desta população. Mais estudos são necessários para a melhor compreensão dos mecanismos e aspectos envolvidos no processo de reabilitação com recuso a EFF em indivíduos com hemiparesia após AVE.