6 resultados para Barbour, Robert William, 1854-1891.

em Instituto Politécnico do Porto, Portugal


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O tema sobre o qual me proponho escrever insere-se no âmbito da 'tradução intersemiótica', já que se trata de uma análise comparativa da obra Der Sturz des Ikarus, de Pieter Brueghel, e do poema Schimmernde Inselchen im Meer, de Robert Walser, em que estamos perante um exemplo flagrante de transposição de uma obra pictórica para a escrita. No artigo, darei, ainda, especial enfoque à questão de aquele quadro representar, também ele, um exemplo de 'tradução intersemiótica' (neste caso, uma passagem da palavra às artes plásticas), uma vez que Brueghel faz, nele, uma recontextualização do mito de Ícaro, ao transpor para a tela um poema de Ovídio (estamos, assim, mais uma vez, perante um exemplo de mudança de medium). Dado que a questão da 'tradução intersemiótica' se inscreve numa outra, mais vasta ainda, que éa da intertextualidade, tentarei enquadrar uma na outra, tecendo, na introdução do artigo e, sempre que oportuno, ao longo do mesmo, algumas considerações breves sobre a função significante do mitema, as metamorfoses do mito e o papel do mito no 'diálogo intermedial das artes' ao longo dos tempos. Nesta análise comparativa, parto do pressuposto de estarmos, em qualquer tradução, face a um acto de re-escrita, pelo que há que reflectir, particularmente no caso da 'tradução intersemiótica', sobre a (nova) dimensão interpretativa conferida pelo processo de transposição mediática

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De onde brota a inspiração para baladas de amor e canções de guerra, lendas e narrativas, tragédias e comédias? Ao longo de séculos, escritores e leitores interrogaram-se acerca do nascimento da beleza. Neste artigo, abordo essa questão intrigante, em quatro etapas: a) Examino algumas personificações criadas por Hesíodo, Homero, Luís de Camões e Federico García Lorca para descreverem a inspiração; b) Exploro as estratégias utilizadas por Samuel Coleridge, Salvador Dalí e William Burroughs, para penetrar no reino da fantasia, o inconsciente; c) Apresento as explicações científicas propostas por Sigmund Freud, Carl Jung e Robert Sperry para o impulso criativo; d) Para concluir, menciono as razões que levaram Fernando Pessoa, Eugénio de Andrade e Emily Dickinson a desconfiarem da musa inspiradora, preferindo o esforço que corrige a emoção e gera a obra de arte. Seguindo uma perspectiva comparada, o meu objectivo é mostrar diferentes formas de perceber a criatividade literária. Para tanto, recorro ao trabalho dos escritores e cientistas atrás mencionados e, naturalmente, à minha opinião.

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Uma vez que o meu percurso profissional no Teatro tem sido desenvolvido enquanto actriz, considerei que a apresentação de um trabalho de natureza profissional para o requerimento do título de especialista nesta área deveria incidir sobre a Interpretação em Teatro. O espectáculo escolhido como exemplificativo do meu percurso remonta a 2009 – Otelo de William Shakespeare. A primeira parte da presente comunicação pretende dar conta do processo de trabalho seguido pela encenação de Kuniaki Ida no Teatro do Bolhão, e cuja equipa integrei como intérprete no papel de Emília. Nela se dão conta das várias etapas – do trabalho de mesa ao levantamento das cenas – que conduziram ao espectáculo apresentado primeiramente no Porto (ACE) e depois no Teatro da Trindade, Teatro Municipal de Vila Real e Casa das Artes de Famalicão. A segunda parte é dedicada a uma reflexão sobre o trabalho do actor, processos e dúvidas evidenciadas por este espectáculo em particular. Apesar de o tempo para a reflexão e o debate sobre processos ser muito escasso durante a preparação de um espectáculo, não há trabalho que não despolete um questionamento no actor sobre o melhor modo de aproximação à criação da personagem. Salvaguardamos aqui o facto de estarmos a tratar da criação num contexto logocêntrico, criação de um espectáculo a partir de um texto dramático que inclui intriga, acção e personagens, e não outro tipo de abordagem teatral que suprime os princípios da dramaturgia clássica.

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A velhice é um tema que emerge com frequência nas obras de William Shakespeare e de Eugénio de Andrade, sempre num tom disfórico. Em ambos, a última das sete idades do ser humano, acarreta uma série de consequências negativas: a) A beleza é efémera e os amantes abandonam; b) O declínio físico e mental é inevitável; c) Na fase final da vida, sobrevém o temor da morte. Para expressarem o efeito da senectude, Shakespeare e Eugénio recorrem a comparações semelhantes entre o ser humano e o Outono (velhice) e o Inverno (morte). Neste artigo, numa perspectiva comparada e intertextual, exemplifico e analiso essas melancólicas e dolorosas imagens. Para tanto, recorro à obra dos dois escritores, à opinião de ensaístas reputados na área dos estudos literários e da psicologia da morte e, naturalmente, à minha opinião.