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em Instituto Politécnico do Porto, Portugal
Resumo:
O relatório final do Mestrado em Fisioterapia Cárdio-Respiratória aqui apresentado tem como principal objectivo a revisão e discussão da mais recente evidência em Fisioterapia Cárdio-Respiratória aplicada aos cuidados intensivos pediátricos, relacionada com alguns casos clínicos observados no decorrer do estágio. Os casos clínicos foram seleccionados de acordo com o seu enquadramento no tema do projecto de estágio. Será apresentada uma breve revisão bibliográfica relacionada com a ventilação mecânica em geral, sendo depois diferenciada em modalidade invasiva e não invasiva, com as implicações inerentes a cada uma. Foram descritos os protocolos de desmame mais comuns na realidade destas unidades e, finalmente, o papel da ventilação não invasiva neste processo, de três formas distintas: na extubação precoce, na extubação electiva, e no resgate após falha na extubação. Será ainda apresentado um caso que reflecte uma estratégia específica de intervenção em fisioterapia como alternativa eficaz na alta hospitalar precoce. Finalmente será discutido o papel e a importância do Fisioterapeuta nas unidades de cuidados intensivos como parte integrante da equipa, tendo em conta a realidade vivida durante o estágio e recomendações científicas actuais.
Resumo:
Para uma melhor avaliação e definição do plano de intervenção do indivíduo, é cada vez mais importante a existência instrumentos de avaliação válidos e fiáveis para a população portuguesa. Objetivo: Traduzir e adaptar para a população Portuguesa a escala Trunk Impairment Scale (TIS) em pacientes pós-AVE, e avaliar as propriedades psicométricas da mesma. Metodologia: A TIS foi traduzida para o Português e adaptada culturalmente para a população portuguesa. As propriedades psicométricas da mesma, incluindo validade, fiabilidade, concordância inter-observadores, consistência interna, sensibilidade, especificidade, poder de resposta, foram avaliadas numa população diagnosticada com AVE e num grupo de controlo de participantes saudáveis. Participaram neste estudo 80 indivíduos, divididos em dois grupos, nomeadamente indivíduos pós-AVE (40) e um grupo sem patologia (40). Os participantes foram submetidos à aplicação das escalas de Berg, Medida de Independência Funcional e Escala de Desempenho Físico Fugl Meyer e a TIS de modo a avaliar as propriedades psicométricas desta. As avaliações foram realizadas por duas fisioterapeutas experientes e o re-teste foi realizado após 48 horas. Os dados foram registados e trabalhados com o programa informático SPSS 21.0. Resultados: Relativamente aos valores obtidos, verificou-se que, quanto à consistência interna da TIS estes apresentam-se de forma moderada a elevada (alfa Cronbach = 0,909). Quanto à fiabilidade inter-observadores, os itens com menor valor são os itens 1 e 4 (0,759 e 0,527, respetivamente) e os itens com valor de Kappa mais alto são os itens 5 e 6 (0,830 e 0,893, respetivamente). Relativamente à validade de critério, verificou-se que não houve correlação entre a escala de Desempenho Físico Fugl-Meyer, a escala de Equilibrio de Berg e a Medida de Independência Funcional, ou seja, os valores obtidos r=0,166; r=0,017; r= -0,002, respetivamente. Quanto à validade de construção, constatou-se que o valor da mediana é mais elevado nos itens 1 a 5, logo sugere que haja diferenças entre o grupo de indivíduos pós-AVE e o grupo de indivíduos saudáveis (p<0,001). Entre os outros dois itens (6 e 7) não foram encontradas diferenças nas respostas nos dois grupos, sendo o valor de p > 0,001. Conclusão: Os resultados obtidos neste estudo sugerem que a versão portuguesa da TIS apresenta bons níveis de fiabilidade, consistência interna e também apresenta bons resultados no que refere à concordância inter-observadores.