53 resultados para Enfermeiros - Educação
Resumo:
A Educação Musical deve constituir cada vez mais um campo privilegiado de manifestação e desenvolvimento da multiculturalidade e interculturalidade. Para tanto, é obviamente necessário não só que tais sejam os propósitos dos currículos e programas, mas que tal se torne efectivo na prática pedagógica, o que por sua vez exige a existência de material de apoio adequado, com especial ênfase para os manuais escolares. Este estudo pretende, através da análise de conteúdo dos três manuais escolares de Educação Musical mais utilizados no 5º Ano do Ensino Básico (2000/2004), verificar qual a relevância efectivamente conferida àqueles conceitos na prática pedagógica que esses manuais orientam. A metodologia adoptada assentou na construção de um conjunto de indicadores de caracterização de propostas de audição de exemplos musicais e de canções contidas nos manuais, que permitiram inferir sustentadamente a existência ou não de uma filosofia de educação multicultural e intercultural suficientemente consolidada. A discussão dos resultados da análise realizada permitiu concluir que os manuais estudados não cumprem cabalmente as exigências da actual diversidade cultural do universo escolar, uma vez que os materiais de suporte (audição e canção) de desenvolvimento da interculturalidade e multiculturalidade se apresentam claramente insuficientes e muito pouco contextualizados.
Resumo:
A ideia generalizada de que a criança é incapaz de assimilar um mecanismo fonatório destinado aos adultos tem constituído um alibi para mascarar a penúria educativa neste campo. O desconhecimento de que é possível ajudar a criança a construir, progressivamente, a sua voz cantada antes da puberdade, tem levado a descurar este aspecto importantíssimo da educação vocal infantil.No século xx todos os grandes pedagogos da música reconheceram o papel primordial do canto na educação musical. Contudo, nem todos deram a mesma importância ao trabalho específico no desenvolvimento da voz da criança. Os métodos Martenot e Ward e alguns investigadores contemporâneos, nomeadamente, Edwin Gordon, Marie France Castarède, Anne Bustarret, Graham Welch dão um realce muito particular à educação vocal da criança. O método Ward propõe, inclusivamente, um trabalho individualizado e sistemático com as crianças “monótonas”.O presente artigo aborda algumas questões essenciais da educação vocal da criança: a relação entre a voz e a idade, a mudança da voz, o problema dos “monótonos” e ainda como é desenvolvida a educação da voz na pedagogia musical Ward incluindo alguns processos de trabalho com estas crianças.
Resumo:
Nas últimas décadas assistimos a transformações económicas, tecnológicas, políticas e sociais, que influenciaram diretamente o modo de pensar e agir nas organizações. O conceito de competências, com uma valorização crescente, surge como uma alternativa à abordagem da gestão de recursos humanos por funções, respondendo aos desafios atuais do mercado: necessidade de flexibilidade, de adaptação a mudanças contínuas, exigências crescentes do mercado e competitividade das organizações nesse mercado. A área da saúde, e concretamente a profissão de Enfermagem também tem evoluído, surgindo em 2009, uma nova forma de operacionalizar a carreira destes profissionais. No que diz respeito aos enfermeiros com funções de gestão, o conteúdo funcional está descrito, contudo, não existe uma definição clara das competências requeridas para estes profissionais. Este trabalho de investigação, de cariz exploratório, utilizando uma metodologia qualitativa, pretendeu propor uma estratégia de definição de um modelo de competências para os enfermeiros com funções de gestão em Portugal. Para isso, definimos categorias de competências, através da análise da literatura e da legislação. Seguiu-se a realização de entrevistas a um painel de doze peritos, e uma análise de conteúdo dos dados (categorização do tipo misto). Procedemos a uma comparação da recolha empírica de competências com as da recolha teórica, e definimos uma lista de 10 competências para as funções de gestão dos enfermeiros: Competências Técnicas de Gestão; Competências Interpessoais; Comunicação; Gestão de Recursos Humanos; Pensamento Crítico; Conhecimento de Políticas de Saúde; Competências Técnicas de Enfermagem; Organização e Planeamento; Trabalho de Equipa; Preocupação pela Qualidade. De forma a complementar o estudo, pretendemos identificar a perceção das lacunas de competências nos enfermeiros com funções de gestão, e identificar os processos de desenvolvimento de competências considerados mais relevantes para estes profissionais. As lacunas identificadas nas competências dos atuais enfermeiros com funções de gestão, face às mais valorizadas, são reduzidas e dispersas, pelo que consideramos pouco significativas. A forma de desenvolvimento de competências mais valorizado pelo painel de peritos foi a formação (académica e em contexto profissional). Foi também realçada a importância do empenho individual neste processo, assim como a avaliação de competências antes dos enfermeiros assumirem funções de gestão.Consideramos que esta investigação traz contributos quer para a literatura da Gestão por Competências, quer para a literatura da definição de competências das funções dos enfermeiros com funções de gestão, quer para a profissão de enfermagem, (nomeadamente, para as funções de gestão dos enfermeiros), quer para o próprio SNS, já que faz algumas propostas e sugestões para a evolução das práticas de gestão de pessoas.
Resumo:
Este artigo visa estabelecer paralelos comparativos em torno da descentralização da educação no Brasil e em Portugal, a partir da década de 1990, com base na revisão da literatura pertinente e dos marcos jurídicos que vieram regulá-la, procurando problematizar as relações institucionais e sociopolíticas que medeiam este processo, no Brasil, sob a ótica do regime de colaboração e, em Portugal, segundo as relações estabelecidas entre os poderes central e local. Como conclusão mais geral, constata que, apesar de o poder central vir difundindo o discurso da descentralização nestes países, já há algum tempo, tudo leva a crer que o plano da retórica não logrou ser efetivamente superado, pois entre avanços e recuos deste processo as tentativas vêm se constituindo em movimentos de alguma desconcentração de poderes, ainda marcados pela mesma lógica centralizadora, herança históricosocial, em ambos os casos, dos seus respectivos períodos ditatoriais, agora também sob a modulação de políticas econômicas neoliberalizantes.
Resumo:
Este artigo visa discutir, sob enfoque comparativo, a descentralização da educação no Brasil e em Portugal a partir da década de 1990, isto com base na revisão da literatura pertinente e dos marcos jurídicos que vieram regulá-la, procurando problematizar as relações interinstitucionais que medeiam este processo, no Brasil, sob a ótica do regime de colaboração e, em Portugal, segundo as relações estabelecidas entre os poderes central e local. Como conclusão mais geral, constata que, apesar de o poder central vir difundindo o discurso da descentralização nestes países, já há algum tempo, tudo leva a crer que o plano da retórica não logrou ser efetivamente superado, pois entre avanços e recuos deste processo as tentativas vêm se constituindo em movimentos de alguma desconcentração de poderes, ainda marcados pela mesma lógica centralizadora, herança histórico-social, em ambos os casos, dos seus respectivos períodos ditatoriais, agora também sob a modulação de políticas econômicas neoliberalizantes.
Resumo:
Na sociedade contemporânea, a educação tornou-se um desafio porque a escola e a sociedade vivem numa constante dicotomia à qual os especialistas chamam de "daltonismo cultural" contrapondo ao "apelo" (in)consciente dos alunos que reflectem o "arco-íris" da diversidade da nossa heterogénea sociedade. Reconhecemos que a sociedade delega na escola o papel primordial da educação e que esta reflecte o desenvolvimento da sociedade que apela a uma educação intercultural e inclusiva, para que todos os alunos, independentemente das suas necessidades e especificidades, tenham direito a uma educação efectiva e valorativa. Assim sendo, esta irá procurar compreender os caminhos do "Movimento Escola Inclusiva" e da interculturalidade, passando pela compreensão destes fenómenos que se inter-relacionam e complementam. Para além de uma visão global desta temática, iremos incidir a nossa atenção no âmbito da Educação Pré-escolar. A escolha deste nível educativo teve em consideração a realização de um estudo de caso acerca do trabalho transdisciplinar entre docente (educador de infância) e terapeutas (ocupacional e da fala) para a inclusão de uma criança, de cinco anos de idade, com características do espectro do autismo numa sala do Pré-escolar no Grande Porto, Portugal.
Resumo:
O relatório de estágio de qualificação profissional desenvolveu-se no âmbito da Unidade Curricular (UC) de Prática Pedagógica Supervisionada, inserida no Mestrado em Educação Pré- Escolar, nos contextos de creche e pré-escolar. Esta integração implicou a mestranda numa atitude investigativa, traduzida no aprofundamento dos referenciais teóricos abordados na referida UC, que permitiu desenvolver uma atitude indagadora e reflexiva, de modo a aliar saberes teóricos à prática e mobilizá-los em contexto. Efetivando a sua prática pedagógica através da observação, recolha de dados, análise sistemática da ação e reflexão crítica permanente, apoiou-se na metodologia de investigaçãoação, que segundo Elliot (1991) constitui um processo reflexivo, que envolve a mudança de teorias e práticas, permitindo ligar a autoavaliação ao desenvolvimento profissional. A prática pedagógica revista neste documento parte da convicção da mestranda relativamente à importância da observação, na mesma perspetiva de Gonçalves (2006): “se soubermos observar, saberemos compreender, se soubermos compreender, saberemos intervir e se soubermos intervir, saberemos melhorar, estaremos a conferir ao exercício de observação e análise da relação educativa o seu verdadeiro estatuto de instrumento de desenvolvimento pessoal/profissional do formando” (p.72). Foi assim que a mestranda solidificou a construção da sua imagem de criança, encarando-a como ativa e competente, almejando que essa visão se refletisse nas suas planificações, que identificavam necessidades e interesses das crianças, e consequentemente na sua ação. A co construção de saberes e a cooperação assumiram particular relevância no processo de formação e desenvolvimento profissional, proporcionado pelos intervenientes no contexto educativo: par de formação, educadoras, supervisora, pais e comunidade.
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Mestrado em Educação Pré-Escolar
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Mestrado em Educação Pré-Escolar
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Mestrado em Educação Pré-Escolar
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Mestrado em Educação Pré-Escolar
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Mestrado em Educação Pré-Escolar
Resumo:
Não obstante a vasta legislação, a cobertura legal e as orientações ministeriais publicadas sobre Educação Sexual (E.S.), as escolas e os professores continuam a ter um envolvimento pouco activo na promoção da E.S.. Face a esta realidade, a finalidade desta investigação é construir um modelo do envolvimento dos professores em práticas de E.S., identificando os factores preditores, quer a nível contextual, quer pessoal do Envolvimento do Professor. Foram consideradas variáveis relativas ao macrossistema português da E.S., variáveis relativas aos microssistemas das escolas, bem como variáveis pessoais dos professores participantes. Ao nível dos professores para além de variáveis sócio-demográficas foram consideradas variáveis relativas à E.S., como a formação inicial e contínua neste domínio, a experiência prévia e a intenção de se envolver em práticas de E.S., a par com variáveis psicológicas como o conforto, a auto-eficácia, a importância e a eficácia de resultado atribuída à E.S.. Foram definidos como objectivos específicos deste estudo: 1) desenvolver um instrumento capaz de avaliar o envolvimento dos professores em E.S. – QUESME; 2) investigar as variáveis contextuais caracterizadoras das escolas participantes; 3) investigar as variáveis pessoais do professor associadas ao envolvimento em práticas de E.S.; 4) investigar a associação entre as variáveis contextuais e as variáveis pessoais do professor; 5) identificar os factores preditores do envolvimento dos professores em E.S.. Utilizou-se metodologia de cariz qualitativo e quantitativo. Participaram nesta investigação 13 escolas de ensino básico e secundário do Grande Porto e 343 professores. A análise das variáveis relativas aos microssistemas pôs em evidência a semelhança entre as escolas participantes, salientando-se, porém, as implicações das recentes medidas macrossistémicas na ampliação de práticas mais consistentes por parte destes microssistemas na promoção da E.S.. No que diz respeito à análise das variáveis relativas aos professores evidenciou-se que os professores sentem elevado conforto, têm crenças de auto-eficácia elevadas, valorizam a promoção da E.S., tendo expectativas positivas quanto ao seu impacto. Apesar disso, o envolvimento em actividades de E.S. é, na generalidade, ainda muito baixo. Adicionalmente, verificou-se que a formação inicial e contínua, a intenção, as realizações comportamentais/experiências vicariantes em acções de E.S., a auto-eficácia, o conforto e os conhecimentos sobre a legislação, se constituem como variáveis preditoras do envolvimento do professor em práticas de E.S.. Estes resultados são discutidos e são retiradas implicações em termos de estratégias macrossistémicas de concretização da E.S., nomeadamente ao nível da formação inicial contínua de professores; e de estratégias microssistémicas de incentivo e de apoio à concretização da E.S..