4 resultados para Sociedade anônima, discursos, ensaio, conferências, Brasil
em Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa - Portugal
Resumo:
Nesta tese, tive a necessidade de me colocar num momento prvio prpria tentativa de definio de encenao. Assim, num primeiro captulo, procurei explorar exactamente a questo da necessidade artstica, o papel da arte nos nossos dias e, mais especificamente, a necessidade de teatro na nossa sociedade e contemporaneidade. Para sustentar melhor a minha exposio, retornei ao incio do sculo XX e recordei alguns dos primeiros passos na matria da encenao para repensar processos e teorias de criadores da poca, relacionando-os com consideraes sobre a matria teatral agora no incio do sculo XXI. Nos dois captulos seguintes reflecti sobre o lado indefinvel e invisvel da criao, sobre aquilo que nos surpreende no fazer artstico, ao revelar-nos uma verdade desconhecida, e que nos faz equacionar a nossa posio perante aquilo que conhecemos. A partir daqui, salientei a importncia do momento da aco, do momento presente, que implica risco, medo e coragem, mas que vislumbra um prazer, precisamente pela indefinio do prprio limite de prazer. No caminho contnuo face impossibilidade de uma soluo absoluta, situo a criao e a permisso para a libertao da obra de arte, que se abre a uma multiplicidade de sentidos e propostas de novos olhares, convocando o seu acontecer autnomo assim como a sua expresso autnoma. O criador ser o iniciador, o que se prope a agir, a procurar para libertar, o que encena no necessariamente para mostrar qualquer coisa, mas para encontrar. A tese ainda composta por uma segunda parte onde descrevo etapas de um processo criativo desenvolvido com o Grupo de Teatro da Universidade Nova de Lisboa, durante o ano lectivo de 2008/2009, na tentativa de encontrar um acordo entre uma parte terica e outra assente num contexto prtico, onde posso concretizar as minhas intenes e questes reflectidas no primeiro momento da tese.
Resumo:
Podemos considerar o sculo XX como o sculo dos direitos da criana. Foi nesse sculo que se edificou um quadro jurdico-legal de proteco s crianas e surgiram as instituies e organizaes transnacionais em prol da infncia e dos seus direitos. A anlise da situao da infncia em Portugal caracteriza-se por um conjunto de avanos, impasses e retrocessos, desassossegos e desafios, na afirmao dos direitos da criana e na edificao de condies de bem-estar social para esta categoria social. A ttulo de exemplo, pode-se referir que Portugal foi um dos primeiros pases a aprovar uma Lei de Proteco Infncia, em 1911, a consagrar na Constituio da Repblica de 1976, como direitos fundamentais, a infncia e a ratificar a Conveno dos Direitos da Criana, em 1990. Contudo, muitos compromissos permanecem incumpridos, no porque os direitos das crianas sejam demasiado ambiciosos, inatingveis ou tecnicamente impossveis de promover, mas porque a agenda da infncia no ainda considerada como uma prioridade poltica, cultural, econmica e social. Este facto ilustrativo de uma sociedade em tenso, entre os seus discursos oficiais sobre os direitos da criana e a sua aco na rea das polticas para a infncia. A partir da anlise de indicadores sociais, econmicos, demogrficos, legislativos, culturais e simblicos sobre a infncia e as crianas em Portugal, nas ltimas dcadas, aps a ratificao por Portugal da Conveno dos Direitos da Criana, pretende-se identificar as tenses e as ambiguidades que trespassam na sociedade portuguesa.
Resumo:
Tempo frtil em alteraes que transformaram a face do universo editorial em Portugal e no Brasil, os anos que decorrem entre a ltima metade da dcada de 1930 e o fim da dcada de 1960 constituem o perodo em que se assiste a uma inverso nos processos de influncia tipogrfica entre os dois pases, com Portugal a passar de exportador para importador de livros no seu comrcio com o Brasil. Este artigo pretende analisar o ponto de vista da edio portuguesa nos modos variados como os seus agentes foram representando o Brasil enquanto centro produtor e disseminador do livro, e como as mudanas suscitadas foram ocorrendo num contexto de oscilao e tenso entre discursos amarrados a uma poca de ouro (ou imaginada como tal) que ficava relutantemente para trs e prticas de colaborao efectiva entre os universos tipogrficos portugus e brasileiro, essencialmente suportadas na actuao de editores individuais. ABSTRACT - There was a time of many alterations that changed the face of the publishing world in Portugal and Brazil during the years spanning from the second half of the 1930s to the end of the 1960s. This was a period in which one could observe an inversion of publishing influences between the two countries, with Portugal shifting its role and becoming a net book importer in its trade with Brazil. This article intends to analyze the Portuguese publishing worlds point of view as their agents in different ways changed their attitudes toward Brazil as a centre of book production and diffusion. The text also sets out to understand how these transformations occurred in a context of oscillation and tension among discourses tied to a golden age (or imagined as such) that was reluctantly left behind, and practices of effective collaboration between the Portuguese and Brazilian publishing worlds resulting fundamentally from the actions of individual publishers.
Resumo:
Dissertao apresentada Escola Superior de Comunicao Social como parte dos requisitos para obteno de grau de mestre em Jornalismo.