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em Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa - Portugal
Resumo:
A ideia deste livro, Radioterapia – fundamentos e aplicações Clínicas, surge há alguns anos, quando um grupo de escolas e faculdades europeias se juntam num projecto de desenvolvimento de um mestrado em aplicação das radiações em oncologia. Este projeto envolveu 5 países europeus, entre eles Portugal e, mais concretamente, a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, à qual os autores estão ligados profissionalmente. Surge ainda, por não existir nenhum livro em português sobre radioterapia, obrigando a que todos os que desejam aprofundar esta temática o façam recorrendo a bibliografia maioritariamente escrita em inglês e, em alguns casos pontuais, em português do Brasil. Conscientes de que a radioterapia é uma das modalidades terapêuticas que contribui para o sucesso do tratamento do cancro, e que a complexidade inerente a esta prática obriga a uma abordagem multidisciplinar, foi nosso propósito, precisamente, trazer essa perpectiva para esta obra.
Resumo:
A situação atual em Portugal e no mundo aponta para um aumento do número de novos casos de cancro, sobretudo associado à alteração da estrutura da pirâmide populacional e à alteração dos estilos de vida. De acordo com o Programa Nacional para as Doenças Oncológicas - Doenças Oncológicas em Números-2014, estima-se que, em Portugal, em 2030 a incidência de cancro se situe à volta dos 55.000 casos, o que representa um aumento de incidência de mais de 10.000 casos entre 2010 e 2030. Simultaneamente, o número de sobreviventes ao cancro tem aumentado, o que coloca novos desafios ao sistema de saúde. A prevenção, a deteção precoce e o tratamento têm contribuído para uma pequena diminuição da taxa de mortalidade, no entanto, o número de pessoas afetadas com doença oncológica tem aumentado significativamente nos últimos anos e torna-se essencial o seu acompanhamento permanente, de modo a proporcionar uma melhoria na sua qualidade de vida. Uma percentagem considerável de doentes oncológicos é sujeita a tratamentos de radioterapia cujos efeitos colaterais exigem, com frequência, a intervenção da fisioterapia, sobretudo nalguns tipos de cancro, como é o caso do cancro da mama.
Resumo:
Quando os doentes entram no sistema de saúde esperam receber tratamento e cuidados que conduzirão à melhoria da sua condição. Se, por um lado, se encontram inseguros quanto à probabilidade de sucesso dos atos médicos a que são sujeitos, têm expectativas elevadas em relação à qualidade dos cuidados que vão receber. Não esperam que a sua condição se deteriore em resultado de eventos adversos no processo de tratamento. Faz parte das responsabilidade s de todos os profissionais de saúde reconhecer que os incidentes são de esperar, que ocorrerão em sistemas complexos como é o caso da radioterapia e que alguns desses incidentes poderão, direta ou indiretamente, causar danos aos doentes. O reconhecimento de que os erros levam a incidentes e de que os incidentes conduzem a eventos adversos é o primeiro passo para a construção de um sistema de saúde robusto que admite a tolerância à falha. Este sistema terá que identificar e responder eficazmente aos incidentes de tal forma que a aprendizagem organizacional seja uma realidade.
Resumo:
O diagnóstico de cancro e os tratamentos subsequentes podem ter um impacto devastados na qualidade de vida da pessoa, assim como na vida dos familiares e amigos. Os doentes são confrontados com novos medos e incertezas que podem estar relacionados com os tratamentos desconfortáveis e muitas vezes debilitantes. A prestação de cuidados de apoio pode ser vista num continuum de cuidados, prestados do diagnóstico à cura, ou do diagnóstico à morte, passando pelo processo de tratamento, tantas vezes prolongado, como é o caso da radioterapia. As necessidades de apoio vividas pelos doentes podem não ser percebidas ou devidamente identificadas pelos profissionais de saúde. Uma ineficiente comunicação interprofissional e uma coordenação ineficaz poderão estar também na base do fracasso do apoio prestado ao doente. A maior parte dos doentes quer ter acesso a informação o mais detalhada possível acerca da sua doença e das possíveis opções de tratamento e esperam que os serviços sejam prestados com os mais elevados padrões de qualidade