4 resultados para Representación fílmica
em Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa - Portugal
Resumo:
La edición literaria ha constituido un objeto privilegiado en el ámbito de la producción sociológica e historiográfica de las prácticas editoriales. Pensar el libro editado tiende, a menudo, a la reducción de pensarlo en el presupuesto del género literario, forma históricamente naturalizada de su asimilación al soporte impreso. En este sentido, no pocas veces la investigación parece funcionar como un espejo de la correlación de fuerzas existente en el marco valorativo del campo editorial, que corona la sobrelegitimidad del libro literario frente a los restantes géneros. Este atributo de la representación editorial dificulta sobremanera la ambición de pensar el universo de la edición de libros a partir de generalizaciones acuñadas científicamente. El volumen colectivo dirigido por Olivier Bessard-Banquy (2006) es un excelente ejemplo de cómo el discurso académico puede no solamente reproducir las percepciones vigentes en amplios sectores del mundo editorial, que propugnan una ligazón automática y garante de respetabilidad entre edición y literatura, sino también reforzar su legitimidad. La obra citada basa toda su construcción analítica en la importancia simbólica de la edición literaria en relación a la mayor parte de los otros dominios de género editorial. La posición cimera de la literatura en el espacio simbólico del mercado del libro, que tiene su correlato en el primer lugar que ocupa en el número de títulos publicados, no corresponde sin embargo a su relevancia económica en el sector editorial, inferior a otros géneros, como el libro escolar o técnico, cuyas cifras de ventas superan significativamente las del segmento literario.
Resumo:
Partindo da explicação daquilo que neste ensaio se entende por “metacinema” e a sua relevância como discurso autoral sobre a sétima arte, aborda-se o fenómeno do visionamento múltiplo de uma mesma obra (aspeto conhecido em inglês como “repeat viewing”). Este fenómeno permite um contato privilegiado entre o meta espetador, propenso a aderir em maior grau aos metafilmes, e o meta realizador, inclinado a construir uma carreira em torno da execução dos mesmos. Em causa está o visionamento e o fabrico de obras, direta ou indiretamente, especializadas no universo cinematográfico. A mediação do dispositivo cinematográfico na projeção em sala ou a apropriação de novas e cada vez mais versáteis tecnologias de captação e reprodução audiovisual permite transformar o vidente cinéfilo num utilizador compulsivo, conferindo ao cinema atualmente uma dimensão háptica que ele não detinha da mesma forma anteriormente. O espetador apropria-se de obras criadas por outrem, atribuindo-lhes uma nova forma e um novo sentido, mas dentro de um contexto cinéfilo. Inversamente, o criador é voluntariamente apropriado pela indústria, permitindo o consumo de si mesmo nas edições em videograma e trabalhando internamente as obras e os seus mecanismos formais e narrativos para geraram maior e mais multiplicadas formas de consumo junto dos espetadores. Assim se fomenta uma jornada que não é do herói, mas sim do vidente. Para concluir, defende-se que a maior acessibilidade fílmica permitida pela disseminação de novas janelas de consumo cinematográfico incrementa o repeat viewing e uma apropriação cada vez maior das obras, mas em contrapartida, pode desencadear a nulidade do discurso metacinematográfico e o esboroar do metacinema como tal.
Resumo:
Com INLAND EMPIRE (2006) David Lynch realiza uma obra inteiramente metacinematográfica, provando que este género transversal à História do cinema é passível de coexistir com uma poética arrojada, de pendor moderno, segundo a divisão que Gilles Deleuze faz da Sétima Arte. A produção teórica sobre esta vertente fílmica de Lynch é em termos internacionais muito escassa e em Portugal virtualmente inexistente, justificando que se proceda um trabalho de investigação nestes moldes. Ademais, INLAND EMPIRE não é um exemplo isolado na obra do cineasta, mas sim o ponto culminante de uma carreira que tem vindo a prestar cada vez mais atenção à temática meta-espectatorial. A abordagem de Lynch tem a particularidade de congregar num único trabalho o desejo de manifestar o vidente espelhando igualmente o filme, o que permite abordar INLAND EMPIRE como reflexividade na óptica do espectador. Trata-se de encenar uma alegoria do vidente, mas equacionando produção com recepção. Deste modo, o presente livro adopta o mecanismo da enunciação como base da reflexividade institucional e narrativa em duas secções teóricas distintas versando, respectivamente, a (re)duplicação especular e a mise en abyme. A cada um destes capítulos corresponde uma análise prática directamente relacionada com os factores teóricos apontados. A obra culmina com um areflexão sobre as implicações do cinema digital para a execução de alegorias cinematográficas e a sua influência em INLAND EMPIRE, que já foi inteiramente produzido com esta tecnologia.
Resumo:
Dissertação apresentada à Escola Superior de Comunicação Social como parte dos requisitos para obtenção de grau de mestre em Audiovisual e Multimédia.