2 resultados para Hyla versicolor
em Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa - Portugal
Resumo:
The presence of microorganisms in ophthalmic instruments and surfaces can lead to the exposure of patients to several infections. However, there is no information regarding fungal and bacteria contamination in optical shops. This study aims to characterize fungi and bacteria contamination in air and surfaces from 10 optical shops covering also ophthalmic instruments. Air samples were collected through an impaction method onto malt extract agar (MEA) supplemented with chloramphenicol (0.05%) used for fungi and Tryptic Soy Agar (TSA) supplemented with nystatin (0.2%) used for bacteria. Outdoor samples were also performed to be used as reference. Surface and equipment’s swab samples were also collected side-by-side. All the collected samples were incubated at 27ºC for 5 to 7 days (fungi) or at 30º for 7 days (bacteria). Regarding fungal distribution, thirteen different species/genera were found in the air, being the most common Alternaria sp. (62.0%). Eight different species/genera were identified in the surfaces, ranging from 2 to 5x104 CFU/m2, being the most common A. versicolor complex and Penicillium sp. (40.0%). The trial frames were the most contaminated equipment, since 50.0% of the collected samples were with countless colonies. The airborne bacterial population indicated higher concentrations in the contactology office (average: 133 CFU/m3) than in the client’s waiting rooms (average: 126 CFU/m3). The surface samples indicated bacterial concentrations ranging from 2x104 to 1x106 CFU/m2, pointing out the automatic refractometer as the surface with higher bacterial load.
Resumo:
Em arquivos e bibliotecas a presença de fungos é considerada nefasta pelas suas implicações na conservação e leitura de documentos históricos e pela sua associação a problemas de saúde sentidos pelos funcionários e utentes que frequentam estes locais. De acordo com alguns autores, os problemas de saúde mais reportados por funcionários em Bibliotecas e Arquivos são dermatite, rinite, alergias e asma. Embora revestida de inegável importância, existem poucos estudos internacionais sobre a temática e, em Portugal, a contaminação fúngica em ambiente arquivístico e em bibliotecas é ainda muito pouco conhecida. O estudo realizado em quatro Arquivos Portugueses teve como objectivo conhecer a contaminação fúngica, contribuindo para a análise da qualidade do ar interior desses espaços e sua comparação com estudos internacionais. Para isso foram recolhidas amostras de ar e de superfícies e estas foram analisadas por métodos clássicos de cultura e, quando necessário, por métodos de biologia molecular. A avaliação foi feita quantitativa e qualitativamente, considerando os requisitos legais em vigor. No que respeita à análise do ar, o número de unidades formadoras de colónias (UFC)/m3 nunca excedeu as 500 (limite legislado), tendo sido verificada contaminação interior em todos os locais estudados. Comparativamente aos estudos realizados anteriormente em contextos semelhantes foram encontrados níveis elevados de contaminação por leveduras nas amostras de ar analisadas em Arquivos Portugueses. Não foi identificado nenhum fungo patogénico neste estudo, mas em quase todas as amostras estavam presentes fungos potencialmente toxinogénicos. Dentro do grupo dos Aspergillus, o A.versicolor mostrou predominância, tendo este fungo reconhecidas capacidades de emissão de micotoxinas em ambiente de interior. A inclusão de amostras de superfície revelou-se vital para conhecer todo o espectro fúngico existente em cada um dos locais estudados, incluindo a detecção de Stachybotrys chartarum e a do fungo potencialmente queratinofílico, Chrysosporium carmichaelli. Tanto para a saúde como para a conservação, o recente estudo realizado em quatro arquivos permitiu retirar importantes conclusões e reforçar a necessidade de vigilância, sendo também útil para a definição de padrões de qualidade no campo do património cultural.