5 resultados para Herzog, Harold
em Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa - Portugal
Resumo:
Recensão crítica do livro "Innis, H.(2011[1951]) O viés da comunicação. Petropólis, Vozes".
Resumo:
Resenha do livro "Innis, H.(2011[1951]) O viés da comunicação. Petropólis, Vozes".
Resumo:
Os contributos para pensar a comunicação, os media e a cultura de Harold A. Innis e Marshall McLuhan foram durante muitas décadas ou praticamente esquecidos ou ignorados, no caso de Innis, ou olhados com desconfiança ou fascínio, no caso de McLuhan, no seio do que se designa hoje por ciências da comunicação. Nos últimos anos, essa situação alterou-se significativamente e hoje Innis desperta um enorme interesse na teoria da comunicação e na economia política dos media. Estes dois autores canadianos, o primeiro escrevendo entre os anos 20 e 40 do século XX e o segundo a partir dos anos 50 e até ao final da década de 70, centraram a sua atenção nas formas/suportes técnicos através dos quais comunicamos e como esses dispositivos produzem efeitos a longo prazo na sociedade, na cultura, na política e na ordem do sensorium humano. Como se está já a ver, ao contrário das tradições mainstream norte-americanas do mesmo período, centradas na análises quantitativas de curto-médio prazo dos efeitos e usos dos contéudos das mensagens, Innis e McLuhan, optaram por formas ensaísticas, de história das civilizações, mobilizando recursos da cultura, da literatura, da economia e da tecnologia, que privilegiam a reflexão de longo prazo (mudanças na ordem social e no sensorium operadas à escala histórica, civilizacional). Embora esta perspectiva de largo alcance temporal tenha tido diversos cultores durante o século XIX e XX, como são exemplos Auguste Comte, Karl Marx, Arnold Toynbee, Oswald Spengler, entre outros, nos estudos de comunicação, ela tinha muito pouca tradição. O impacto destes teóricos radica na introdução na investigação em comunicação e media de uma problemática que durante muito tempo se encontrou ausente da quer na Europa, quer na América do Norte (particularmente nos EUA) que é a relação entre os modos (meios, técnicas) de comunicação e a sociedade. O seu maior contributo para os estudos sociológicos da comunicação foi chamar a atenção para os efeitos a longo prazo das formas técnicas de comunicação na sociedade e na cultura. Pela primeira vez, se questionou a dimensão técnica da comunicação. Ou seja, exploraram a ideia de que as técnicas de comunicação são responsáveis pela configuração das sociedades e da cultura; que os processos de comunicação e as instituições a eles associadas têm efeitos penetrantes na natureza das sociedades e no curso da sua história, erguendo novas constelações culturais; mudam os meios/os suportes técnicos através dos quais comunicamos, muda a cultura, muda a sociedade. Defendem que a história da comunicação é uma das grandes chave da historia universal, o que os faz ler a história universal à luz da história da comunicação. Há quem afirme que exploram uma certa determinação comunicacional da sociedade (perspectiva que já se encontrava presente nos economistas políticos alemães e nos primeiros sociólogos americanos, como Albion Small, William Sumner e Edward Ross, entre outros), segundo a qual a sociedade é um organismo, mas muito mais complexo do que propunha Herbert Spencer, um organismo com formas de consciência forjadas através da comunicação. Eu diria que isto é basicamente aquilo que une estes dois autores, tudo o resto tende a afastá-los como vou tentar mostrar de seguida.
Resumo:
This paper suggests that the thought of the North-American critical theorist James W. Carey provides a relevant perspective on communication and technology. Having as background American social pragmatism and progressive thinkers of the beginning of the 20th century (as Dewey, Mead, Cooley, and Park), Carey built a perspective that brought together the political economy of Harold A. Innis, the social criticism of David Riesman and Charles W. Mills and incorporated Marxist topics such as commodification and sociocultural domination. The main goal of this paper is to explore the connection established by Carey between modern technological communication and what he called the “transmissive model”, a model which not only reduces the symbolic process of communication to instrumentalization and to information delivery, but also politically converges with capitalism as well as power, control and expansionist goals. Conceiving communication as a process that creates symbolic and cultural systems, in which and through which social life takes place, Carey gives equal emphasis to the incorporation processes of communication.If symbolic forms and culture are ways of conditioning action, they are also influenced by technological and economic materializations of symbolic systems, and by other conditioning structures. In Carey’s view, communication is never a disembodied force; rather, it is a set of practices in which co-exist conceptions, techniques and social relations. These practices configure reality or, alternatively, can refute, transform and celebrate it. Exhibiting sensitiveness favourable to the historical understanding of communication, media and information technologies, one of the issues Carey explored most was the history of the telegraph as an harbinger of the Internet, of its problems and contradictions. For Carey, Internet was seen as the contemporary heir of the communications revolution triggered by the prototype of transmission technologies, namely the telegraph in the 19th century. In the telegraph Carey saw the prototype of many subsequent commercial empires based on science and technology, a pioneer model for complex business management; an example of conflict of interest for the control over patents; an inducer of changes both in language and in structures of knowledge; and a promoter of a futurist and utopian thought of information technologies. After a brief approach to Carey’s communication theory, this paper focuses on his seminal essay "Technology and ideology. The case of the telegraph", bearing in mind the prospect of the communication revolution introduced by Internet. We maintain that this essay has seminal relevance for critically studying the information society. Our reading of it highlights the reach, as well as the problems, of an approach which conceives the innovation of the telegraph as a metaphor for all innovations, announcing the modern stage of history and determining to this day the major lines of development in modern communication systems.
Resumo:
ABSTRACT - I will explore and present the portrayal of violence in some British plays that were staged between 1951 and 1965, in order to discuss the role, impact and aim of its representation. Thus, I will consider John Whiting’s Saint’s Day (1951), Ann Jelicoe’s The Sport of my Mad Mother (1956), Arnold Wesker (Chicken Soup with Barley (1958), Harold Pinter’s Birthday Party (1958), David Rudkin’s Afore Night Come (1962) and Edward Bond’s Saved (1965). My aim is to discuss the way how theatre in the post WWII changed the traditional ways of representing violence. On one hand, violence and reality became more and more familiar and domestic, permitting a representation of multiple and non-agonic violence; and, on the other hand, the violence that was depicted often changed the way one perceived reality itself, being part of a socially engaged artistic attitude.