4 resultados para Deusa (Culto)
em Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa - Portugal
Resumo:
Quem, como nós, ainda se abisma diante da frontalidade na história do retrato pictural e fotográfico, diante da "facialidade" de certo teatro e da figuralidade não-narrativa de personagens num certo cinema "moderno", cedo ou tarde confrontar-se-á com a "nova" figuração da pessoa humana no vasto período que vai desde o paganismo da antiguidade tardia e da arte paleo-cristã à Bizâncio pós-iconoclasma: é nessa longa duração que tal frontalidade e figurabilidade se enraízam. O fenómeno centra-se no Mediterrâneo oriental e tem como turning points o édito constantiniano sobre a liberdade de culto (Milão, 313), a mudança da capital imperial para Constantinopla e a transformação desta em "nova Roma", a progressiva autarcia dos bispos romanos que passam a ser designados por "papas". Das catacumbas a Bizâncio, nasce a figuração de uma divino-humanidade que habita uma temporalidade e ecceidade novas, as da parousia cristã. É esse fenómeno que aqui nos interessa, por causa da figuralidade retratista de pintores contemporâneos como Francis Bacon, Lucian Freud ou Chuck Close, e da frontalidade em cineastas "modernos" como Bresson, Ozu, Dreyer, Godard — gente de "hoje", que fica momentaneamente fora da presente reflexão. O que a seguir se lerá é uma mera introdução, suscitada por uma urgência pedagógica, a um pequeno núcleo de questões que merecem ser projectadas na figuração moderna e contemporânea.
Resumo:
O texto que aqui se apresenta, nesta obra celebratória dos 600 anos do Culto da Senhora do Cabo, reflecte, em parte, o estudo feito para algumas intervenções públicas sobre o Culto a Maria e a Religiosidade popular em Portugal, e a investigação em curso. No caso concreto, é, sobretudo, o estudo de Hymnos ou Loas cantados no Círio em honra de Nossa Senhora do Cabo, como parte importante na análise comunicativa e performativa desta festa religiosa.
Resumo:
A invocação de Nossa Senhora dos Navegantes esteve na base da ordenação heráldica da Casa dos Pescadores de Cascais. Analisado o culto dos homens do mar daquela vila pode-se questionar a opção iconográfica instituída.
Resumo:
Nesta comunicação pretende-se, num primeiro momento, dar uma ideia das muitas invocações marianas existentes no Ribatejo, ou seja, dos muitos “nomes” por que é invocada a “Senhora dos Mil Nomes”, nesta região do país. O estudo centrou-se, contudo, no culto à Senhora de Alcamé, nas Lezírias, Vila Franca de Xira: da tradição à “retradição” (Jeremy Boissevain) do culto. A Lenda (variantes), performances e imprensa local.