144 resultados para Crianças Doenças - Teses
em Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa - Portugal
Resumo:
Na ltima dcada, a investigao na rea da sade deixou de se centrar apenas na compreenso das doenças e condies lesivas da sade para passar a interessarse pelos fatores determinantes destas condies de modo a passar a uma ao preventiva (antes de deixar que os problemas se instalem). Passou depois a interessarse no s pelos problemas e seus determinantes, mas tambm pelos fatores e processos associados promoo da prpria sade, enquanto estado dinmico de bemestar global. Uma boa sade fsica e emocional permite s pessoas lidar melhor com os desafios do quotidiano. A questo que o inverso tambm verdadeiro e em geral as pessoas que lidam bem com os desafios do seu quotidiano tm maior sade fsica e mental. Temos este problema de modo recorrente em vrias reas da sade: qual o sentido da marcha. Os adolescentes com pais mais favorveis consomem menos frequentemente drogas? Ou os que no consomem drogas conseguem uma maior proximidade com os seus pais? As crianças e os adolescentes que praticam atividade fsica tm melhor sade fsica ou as crianças e os adolescentes que tm melhor sade fsica tm mais condies para ser ativos fisicamente? Na verdade, na ausncia de estudos longitudinais que acompanhem o crescimento das crianças e dos adolescentes e que controlem os diversos fatores em jogo, na ausncia de um quadro conceptual claro no possvel responder com preciso a estas questes, a no ser num ambiente de cavaqueira de uma conversa de caf. O mesmo se passa quando falamos de jovens, de adultos ou de idosos.
Resumo:
As unidades de apoio a alunos com multideficincia so actualmente uma realidade nas nossas escolas e tm como finalidade proporcionar aos alunos a possibilidade de estarem, participarem e envolverem-se em diferentes tipos de actividades com os seus pares. A organizao destas unidades no s implica a aquisio de materiais especficos e a organizao dos espaos, como tambm exige um reforo a nvel dos recursos humanos. A falta de experincia e conhecimento das auxiliares de aco educativa repercute-se no trabalho prtico com os alunos com multideficincia na medida em que estes apresentam caractersticas e necessidades especficas que requerem conhecimento da parte de todos aqueles que trabalham directamente com eles de forma a poderem dar respostas conscientes e adequadas s suas necessidades e interesses. O objectivo do nosso estudo foi melhorar a qualidade de interveno das quatro auxiliares que trabalham na unidade de apoio a alunos com multideficincia. Para tal, estruturmos um projecto de interveno assente numa metodologia de investigao aco. O trabalho desenvolvido ao longo do projecto proporcionou s auxiliares a aquisio de alguns conhecimentos referentes s caractersticas e necessidades dos alunos e permitiu, atravs de algumas estratgias utilizadas, uma auto-reflexo sobre a prtica educativa e consequente mudana de algumas atitudes, o que se reflectiu no trabalho dirio desenvolvido com os alunos. Conclumos ento que a formao em servio fundamental e necessria para os auxiliares de aco educativa que no possuem experincia de trabalho com estes alunos, pois apenas assim podero adquirir as ferramentas necessrias para trabalhar com os mesmos, respondendo de forma adequada e consciente s suas solicitaes, o que, em ltima anlise, contribuir para melhorar a qualidade da educao dos alunos com multideficincia.
Resumo:
A presente investigao tem como objectivo central conhecer o grau e o tipo de influncia das lnguas maternas nas produes lingusticas dos alunos, procurando conhecer a forma como alunos, de meios culturais diferentes, com diferentes lnguas maternas, e com a mesma lngua de escolarizao, constroem a narrativa e o modo como os seus saberes interferem no processo de aprendizagem da lngua portuguesa. Elegemos quatro grupos de alunos, uma aluna portuguesa, dois alunos Moldavos, trs oriundos de Cabo Verde e dois alunos Chineses. Para atingir os objectivos deste estudo foi necessrio elaborar uma ficha sociolingustica dos alunos estrangeiros, efectuando-se o levantamento das suas lnguas maternas, bem como a recolha dos seus dados pessoais. Para a anlise da estrutura do gnero narrativo escrito adaptmos o modelo utilizado pelo ILTEC no estudo sobre diversidade lingustica na escola portuguesa (Mateus, Pereira, & Fischer, 2008) e que teve como objectivo conhecer as lnguas que existem nas escolas portuguesas e compreender as suas implicaes na aprendizagem, nomeadamente da lngua portuguesa, bem como a grelha de descrio dos parmetros de anlise das narrativas da dissertao de mestrado A Estrutura Narrativa Na Escrita dos Alunos Surdos (Rosa, 2009). Para a Avaliao da Linguagem Oral foi utilizado o Subteste para a Compreenso de Estruturas Complexas, retirado do estudo Avaliao da Linguagem Oral (Sim-Sim, 2006). Dado o nmero reduzido de alunos da amostra, os resultados obtidos no so generalizveis, os mesmos referem que alguns dos alunos de lngua materna no portuguesa, em especial os dos alunos Moldavos, foram muito semelhantes ao do aluno Portugus. Os alunos chineses e cabo-verdianos foram os que revelaram mais dificuldades na elaborao do texto narrativo, no que diz respeito articulao entre os eventos e a introduo adequada das personagens, aspectos que remetem para dificuldades ao nvel da coeso e da sintaxe. Destacam-se as dificuldades dos alunos chineses em adoptar um tempo verbal adequado ao gnero narrativo, devido interferncia da lngua materna, pois em Mandarim os verbos no so flexionados e em introduzir adequadamente as personagens (emprego do artigo indefinido).
Resumo:
O presente trabalho tem por base o estudo das concepes e prticas de sete professores do 2 e 3 ciclo do ensino Bsico face incluso de alunos com necessidades educativas especiais na escola de ensino regular. A sua finalidade a de compreender e descrever essas mesmas concepes, os aspectos facilitadores e os obstculos que encontram incluso de alunos com necessidades educativas especiais nas escolas do ensino regular. Destas finalidades surgiram as seguintes questes de partida: 1) Qual a opinio dos professores em estudo sobre a incluso de crianças com necessidades educativas especiais na sala de aula regular? ; 2) Quais as prticas dos professores do estudo para responder s necessidades dos alunos com necessidades educativas especiais? ; 3) Que medidas de diferenciao so utilizadas por estes professores?; 4) Quais os aspectos facilitadores identificados por estes professores para o desenvolvimento do seu trabalho com os alunos com necessidades educativas especiais?;5) Quais os obstculos identificados por estes professores no desenvolvimento do seu trabalho com alunos com necessidades educativas especiais?; 6) Qual , na opinio dos professores em estudo, o impacto da presena de alunos com necessidades educativas especiais na escola de ensino regular?; 7) Quais so, na opinio dos professores em estudo, as vantagens da incluso para os alunos com necessidades educativas especiais?; 8) Qual a importncia da formao de professores para o sucesso da escola inclusiva? A metodologia seguida para a realizao deste estudo centra-se no paradigma qualitativo interpretativo. O trabalho de campo foi realizado durante os meses de Abril e Maio de 2009, na escola onde os participantes se encontravam colocados. No que respeita s tcnicas de recolha de dados, optmos pela entrevista semi-estruturada e anlise documental e para a interpretao dos dados recolhidos seguimos a tcnica de anlise de contedo tendo as categorias e as sub-categorias de anlise emergindo dos discursos dos professores entrevistados. A anlise dos resultados obtidos permite-nos dizer que os professores se encontram sensibilizados para as vantagens da escola inclusiva e consideram-na vantajosa tanto para os alunos com necessidades educativas especiais, como para os alunos sem necessidades educativas especiais. Contudo, consideram que, para a escola inclusiva ter sucesso, imprescindvel investir na formao de professores na rea das necessidades educativas especiais tanto a nvel da formao inicial como a nvel da formao contnua. Os participantes neste estudo referem ainda que aplicam pedagogias diferenciadas das quais destacamos a elaborao de adaptaes curriculares e fichas de trabalho adaptadas, trabalho cooperativo discente, abordagem diferenciada das matrias a leccionar e flexibilizao do tempo no sentido de facilitar os processos de incluso e o sucesso educativo de todos os alunos.
Resumo:
Introduo - Estudos de investigao recentes apontam para o facto de que cerca de 1/3 dos olhos amblopes no chegam acuidade visual de 5/10 apesar da terapia oclusiva. Uma das razes apontadas a no adeso ao tratamento. O objectivo do presente estudo contribuir para a determinao do grau de influncia dos factores psicossociais na adeso terapia oclusiva por parte dos pais de crianças amblopes e avaliar se existem diferenas significativas entre as recomendaes do Ortoptista, a percepo parental dessas mesmas recomendaes e o comportamento descrito. Metodologia - Foi efectuado um estudo quantitativo transversal, no qual participaram pais de crianças amblopes (n=100), a realizar tratamento oclusivo num hospital pblico e numa clnica privada em Lisboa. Os pais responderam a um questionrio baseado na Teoria da Motivao e Proteco (TMP) de Rogers, no qual foram analisadas variveis parentais como a gravidade, vulnerabilidade, auto-eficcia, intenes de comportamento, eficcia da resposta e barreiras ao tratamento. Adicionalmente, foram analisadas as variveis percepo parental do nmero de horas de ocluso e comportamento parental descrito. Resultados - Os resultados apontam para uma percentagem de 72% de adeso parental ao tratamento oclusivo e uma percentagem de 28% de no adeso. As variveis intenes de comportamento (p=O,Ol 5) e eficcia da resposta (p=O,Ol 1) demonstraram ser significativas na predio da adeso parental ao tratamento oclusivo em crianças amblopes (a=0,05). Foi detectada uma correlao positiva moderada (kappa=0, 536) entre o nmero de horas de ocluso recomendado pelo Ortoptista e a percepo parental dessas mesmas recomendaes e uma correlao positiva forte (kappa=0,700) entre o nmero de horas de ocluso percepcionadas e o comportamento descrito. Concluses - A prvia noo por parte dos pais de que o tratamento uma mais-valia com consequncias benficas, provoca o desenvolvimento de uma resposta adaptativa de coping, neste caso de adeso ao tratamento oclusivo. A inteno positiva dos pais para realizar o tratamento e a prvia noo da sua eficcia na melhoria da acuidade visual da criana so preditivas da adeso por parte destes. Nesse sentido a probabilidade da adeso ao tratamento ser maior se os pais associarem a adopo do comportamento recomendado melhoria do estado de sade das crianças, o que de facto foi demonstrado por esta investigao.
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Diversos factores contribuem para o desenvolvimento de alteraes posturais, principalmente em crianças e adolescentes, podendo estar associados a futuros problemas de sade do sistema neuro-msculo-esqueltico se estas no forem detectadas precocemente. Assim sendo, o objectivo deste estudo foi o de verificar a prevalncia de alteraes posturais em crianças e adolescentes em escolas do ensino bsico no Algarve, atravs da avaliao postural e do teste de Adams. Os resultados revelaram que 80,5% dos indivduos apresentam um ombro mais elevado, 59,5% apresentam assimetria do tringulo de Tales, 47,6% manifestam hiperlordose lombar e 62,9% revelam desvios laterais. A presena de gibosidade foi verificada em 67,8% dos alunos e um reduzido nmero de alunos apresentou alteraes ao nvel dos membros inferiores. A partir dos dados obtidos, cremos tornar-se necessrio a implantao de programas de rastreio dos desvios posturais em crianças e adolescentes que frequentem as escolas, de forma a prevenir estas alteraes e/ou trat-las precocemente. Alm disso, faz-se necessria a modificao do ambiente escolar, envolvendo alunos, professores, encarregados de educao e toda a comunidade escolar.
Resumo:
Dissertao apresentada Universidade de Cabo Verde e Escola Superior de Educao de Lisboa para a obteno do Grau de Mestre em Cincias da Educao - especializao em Educao Especial
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O profissional de sade confrontado com um desafio constante: a melhoria da adeso aos regimes teraputicos. Na ambliopia, a adeso ao tratamento oclusivo um problema comum e constitui um factor essencial na melhoria da acuidade visual. A acuidade visual do olho amblope no melhora sem tratamento oclusivo efectivo. Objectivo do estudo: identificar factores de risco para a no adeso ao tratamento oclusivo implementado pela famlia, em crianças amblopes.
Resumo:
Este estudo de interveno tem como objectivo estudar se a conscincia morfolgica em crianças de cinco anos susceptvel de ser estimulada atravs de uma interveno especfica, antes da iniciao formal leitura e escrita. Avaliaram-se os efeitos do treino em conscincia morfolgica na capacidade das crianças para: a) captarem o tipo de transformao morfolgica existente entre um par de palavras e aplicarem-no, por analogia, a estmulos novos; b) usarem processos de flexo e derivao na formao de famlias de palavras; c) acederem constituio morfmica dos estmulos (morfema-base e afixos), reconhecer o seu significado particular e interpretar os morfemas em conjunto, em pseudo-palavras. Neste estudo participaram 45 crianças de cinco anos de idade, a frequentar um jardim-de-infncia, divididas em trs condies experimentais: a) grupo de interveno em conscincia morfolgica; b) grupo de controlo 1, com acesso aos mesmos materiais mas sem interveno em conscincia morfolgica; c) grupo de controlo 2, sem interveno. Os resultados obtidos revelaram uma significativa superioridade das crianças do grupo de interveno, em relao aos dois grupos de controlo, quanto a duas capacidades estudadas: o uso de processos de flexo e derivao na formao de famlias de palavras e o acesso constituio morfmica dos estmulos (morfema-base e afixos), reconhecimento do seu significado particular e interpretao dos morfemas em conjunto. No entanto, no foram encontradas diferenas quanto habilidade para usar analogias entre palavras. Este ltimo resultado pode dever-se grande complexidade da morfologia verbal envolvida. Comprovou-se ainda que o efeito da interveno no era explicvel por diferenas em inteligncia verbal. Salientam-se duas concluses mais relevantes: 1 possvel estimular o desenvolvimento da conscincia morfolgica em crianças de cinco anos, antes da iniciao formal leitura e escrita, atravs de procedimentos intencionais por parte do educador. 2 O desenvolvimento dessa competncia pelo educador de infncia potencia a qualidade da superviso dirigida aos futuros profissionais.
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O presente estudo tem como objectivo investigar o desenvolvimento da conscincia fonolgica e a sua relao com as conceptualizaes de escrita em crianças portuguesas dos quatro aos seis anos de idade. A amostra do estudo constituda por 60 crianças de idade pr-escolar divididas por quatro grupos etrios (4 anos 4 anos e 6 meses.; 4 anos e 7 meses 5 anos e 1 ms; 5 anos e 2 meses- 5 anos e 8 meses; 5 anos e 9 meses 6 anos e 3 meses). As crianças foram testadas com uma bateria de seis provas de conscincia fonolgica e sujeitas a uma entrevista para apreciar as suas conceptualizaes de escrita. O teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven foi aplicado de forma a ser usado como controle na anlise de regresso. Os resultados demonstram que existe um crescente desenvolvimento fonolgico de acordo com a idade das crianças, mas que a maior parte das crianças ainda no vai alm do nvel pr-silbico, no que respeita s conceptualizaes de escrita. No foram encontradas correlaes significativas entre a conscincia fonolgica e os nveis de conceptualizao sobre a escrita. A hiptese de que a criana desenvolve conceitos de escrita como consequncia da sua conscincia fonolgica no suportada por este estudo. A falta de correlaes significativas sugere que a conscincia fonolgica no deve ser vista como resultado do desenvolvimento de conceitos de escrita. possvel que a conscincia fonolgica seja uma condio necessria, mas no suficiente para o desenvolvimento das conceptualizaes de escrita silbicas, e consequentemente alfabticas nas crianças.
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A identificao de experincias correctas e controladas para testar uma dada hiptese cientfica exige processos mentais complexos, sendo uma tarefa exigente para crianças. Foram formuladas as seguintes hipteses: (1) as crianças compreendem o que uma boa experincia para testar uma dada hiptese, e conseguem justificar correctamente as suas escolhas de forma clara e rigorosa; (2) as crianças tm um melhor desempenho quando as experincias correctas e incorrectas so apresentadas em dois grupos distintos (condio passiva), do que quando esto misturadas (condio activa); (3) o desempenho das crianças influenciado pelo seu conhecimento e/ou crenas acerca do fenmeno a ser experimentado; (4) o desempenho melhora com a idade; e (5) que o mecanismo do controle de variveis facilmente aprendido. Crianças do 3 e 6 anos de escolaridade (N = 36 de cada grupo etrio) avaliaram experincias em seis tarefas diferentes, sendo-lhes pedido para escolherem a experincia mais correcta e rigorosa para testar uma dada hiptese e para justificarem essa escolha. Os resultados mostraram que a maior parte dos participantes conseguiam distinguir uma experincia correcta em algumas das seis tarefas. O desempenho foi superior na condio passiva do que na activa. Em algumas tarefas, a natureza do fenmeno usado levou as crianças a manterem as suas ideias e crenas e responder incorrectamente. Tambm a relevncia que as variveis apresentavam para os participantes influenciou as suas escolhas de experincias correctas. Foram apenas encontradas pequenas diferenas entre os dois grupos etrios. Quando o mecanismo de controle de variveis lhes foi ensinado de forma directa e explicita, as crianças aprenderam e conseguiram transferir a sua aprendizagem para outras situaes cientficas.
Resumo:
Este projecto de investigao apresenta um estudo experimental relacionado com a competncia das crianças na contagem de conjuntos, em diferentes condies de contagem, e procura analisar se estas crianças tm j uma compreenso do significado das suas contagens, quando fazem julgamentos em que a numerosidade de dois conjuntos est em correspondncia perfeita e igual; ou diferente, quando os conjuntos esto em no correspondncia, fazendo inferncias. Neste estudo foram apresentadas duas tarefas principais como forma de examinar as duas principais propostas: Tarefas de contagem e Tarefas de inferncia. As crianças foram testadas e tiveram que responder a vinte e quatro questes relacionadas com as diferentes condies de contagem, bem como com as questes de inferncia. Os resultados deste estudo parecem indicar que a maioria das crianças, que conseguiam contar correctamente, eram capazes de fazer inferncias, quando os conjuntos estavam em correspondncia perfeita, principalmente as de 4 e 5 anos. No entanto, contar parece no ter muito significado para as crianças mais pequenas, principalmente as de 3 anos que muito embora j demonstrem formas correctas de contagem, eram pouco capazes de inferir. Muitas das crianças de 4 e 5 anos que sabiam j contar perfeitamente, no conseguiam inferir em situaes de relao de no correspondncia.
Resumo:
O presente estudo procurou verificar as vivncias de contacto com a natureza de 123 crianças do 1 ciclo a frequentar 4 escolas da regio de Lisboa e pertencentes a um meio socioeconmico mdio/ elevado. Para tal, foi realizada uma entrevista estruturada e realizada individualmente de forma a conhecer os locais em que as crianças j tinham visto animais, assim como a preferncia manifestada por esses locais. Os resultados, concordantes com os de outros estudos internacionais, revelam um contacto maioritrio das crianças com locais onde a natureza gerida em detrimento do contacto com espaos naturais. Decorrente destes resultados, so apresentadas algumas sugestes para os contextos formal e no formal de aprendizagem e que visam atribuir escola um papel activo na maior diversificao de experincias das crianças.
Resumo:
Este trabalho teve como principal objectivo caracterizar a exposio de crianças a partculas atmosfricas e aos elementos qumicos que as constituem. Pretendeu-se tambm determinar as fontes e processos que afectam os nveis e composio das partculas em suspenso no ar ambiente e no interior de salas de aula de escolas do 1 ciclo localizadas no centro de Lisboa. Os efeitos das partculas atmosfricas na sade humana manifestam-se sobretudo ao nvel do aparelho respiratrio, dependendo da sua composio qumica, e principalmente da sua dimenso. As partculas inalveis (PM10) podem depositar-se nas unidades funcionais do sistema respiratrio. O PM2,5 podem atingir os alvolos pulmonares e penetrar no sistema circulatrio. As crianças so um dos principais grupos de risco, visto que os seus rgos e tecidos ainda esto em desenvolvimento, ficando mais susceptveis exposio de partculas. A recolha de material particulado foi realizada no ar ambiente recorrendo a um colector PARTISOL e no interior e exterior das escolas usando amostradores GENT. A concentrao total de partculas em suspenso foi determinada por gravimetria. A caracterizao qumica da matria particulada foi efectuada por Anlise por Activao com Neutres (INAA) para a determinao da concentrao dos elementos e por Cromatografia Inica para a quantificao de ies solveis em gua. Em 2007, a concentrao mdia anual de PM2,5 no Centro de Lisboa foi de 18g/m3. Atravs da Anlise de Componentes Principais e Regresso Multilinear verificou-se que a massa das partculas da fraco fina resulta essencialmente da produo de aerossis secundrios (35%) de uma fonte de clcio (28%) e da emisso de poluentes por veculos motorizados (23%). No interior das escolas verificou-se que as concentraes de partculas so mais elevadas comparativamente com o ambiente exterior, principalmente no PM2,5-10 (74g/m3). A ressuspenso de partculas causada pelas actividades desempenhadas no interior das salas e a suspenso de poeiras do solo transportada pelas crianças, so as principais causas apontadas. O Ca o elemento maioritrio no interior das escolas. Os resultados obtidos neste trabalho no excederam os limites estabelecidos pela Legislao Portuguesa.