3 resultados para Colonização fúngica

em Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa - Portugal


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Esta comunicação tem por objecto um conjunto de narrativas de pendor etno-histórico, re-elaboradas por intelectuais ligados ao MPLA a partir da historiografia referente ao espaço angolano e suas populações, sustentando-se que aquelas desempenharam um papel na construção dos mitos que sustentam simbolicamente a nação angolana. O objectivo da comunicação é explorar os sentidos projectados por tais narrativas. A colonização dos territórios africanos foi justificada em Portugal pelo mito do "direito histórico", adquirido graças a quinhentos anos de presença portuguesa. Nesse sentido, vários recursos foram usados para elevar certas figuras ligadas aos Descobrimentos a heróis nacionais, como a literatura, o cinema, os monumentos, a estatuária, as exposições e sobretudo o sistema de ensino. Contra os mitos do colonizador, intelectuais ligados ao MPLA vão contrapor uma narrativa alternativa de eventos e construções simbólicas desenvolvidas no espaço angolano de modo a criar uma nova história de Angola. O que propõem é um mito de criação endógeno. Um dos recursos fundadores desta etnohistória é um manual escolar intitulado, precisamente, História de Angola.

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Em arquivos e bibliotecas a presença de fungos é considerada nefasta pelas suas implicações na conservação e leitura de documentos históricos e pela sua associação a problemas de saúde sentidos pelos funcionários e utentes que frequentam estes locais. De acordo com alguns autores, os problemas de saúde mais reportados por funcionários em Bibliotecas e Arquivos são dermatite, rinite, alergias e asma. Embora revestida de inegável importância, existem poucos estudos internacionais sobre a temática e, em Portugal, a contaminação fúngica em ambiente arquivístico e em bibliotecas é ainda muito pouco conhecida. O estudo realizado em quatro Arquivos Portugueses teve como objectivo conhecer a contaminação fúngica, contribuindo para a análise da qualidade do ar interior desses espaços e sua comparação com estudos internacionais. Para isso foram recolhidas amostras de ar e de superfícies e estas foram analisadas por métodos clássicos de cultura e, quando necessário, por métodos de biologia molecular. A avaliação foi feita quantitativa e qualitativamente, considerando os requisitos legais em vigor. No que respeita à análise do ar, o número de unidades formadoras de colónias (UFC)/m3 nunca excedeu as 500 (limite legislado), tendo sido verificada contaminação interior em todos os locais estudados. Comparativamente aos estudos realizados anteriormente em contextos semelhantes foram encontrados níveis elevados de contaminação por leveduras nas amostras de ar analisadas em Arquivos Portugueses. Não foi identificado nenhum fungo patogénico neste estudo, mas em quase todas as amostras estavam presentes fungos potencialmente toxinogénicos. Dentro do grupo dos Aspergillus, o A.versicolor mostrou predominância, tendo este fungo reconhecidas capacidades de emissão de micotoxinas em ambiente de interior. A inclusão de amostras de superfície revelou-se vital para conhecer todo o espectro fúngico existente em cada um dos locais estudados, incluindo a detecção de Stachybotrys chartarum e a do fungo potencialmente queratinofílico, Chrysosporium carmichaelli. Tanto para a saúde como para a conservação, o recente estudo realizado em quatro arquivos permitiu retirar importantes conclusões e reforçar a necessidade de vigilância, sendo também útil para a definição de padrões de qualidade no campo do património cultural.

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O presente estudo pretende avaliar a exposição ocupacional a contaminação fúngica e bacteriana em quartos de hotel, mais precisamente em dois quartos com características diferentes, nomeadamente, com pavimento em alcatifa e outro sem alcatifa. Doze amostras de ar de 250L foram colhidas pelo método de impacto, em meio agar de extracto de malte (MEA) suplementado com cloranfenicol (0,05%) para fungos e em meio de TSA (agar de soja tríptica) com nistatina (0,2%) para bactérias. Foram também realizadas amostras de superfície nos mesmos locais. Em ambos os quartos apenas uma amostra de ar, no quarto sem alcatifa, apresentou contagens de fungos mais elevadas do que no exterior. No entanto, as concentrações de bactérias no ar interior foram superiores às do ar exterior. Em relação às superfícies, o quarto sem alcatifa apresentou diferenças estatisticamente significativas em relação ao quarto com alcatifa, sendo que o primeiro apresentou concentrações mais elevadas de fungos. Todas as superfícies analisadas apresentaram contaminação bacteriana, mas não houve diferenças estatisticamente significativas entre os quartos. Os géneros de fungos mais prevalentes no ar foram idênticos em ambos os quartos (Penicillium sp. 40,7% - 12,3% e Cladosporium sp. 43,5% - 55,4%). Nas superfícies analisadas, os isolados pertencentes ao complexo Aspergillus fumigatus foram os únicos encontrados no quarto com alcatifa, enquanto no outro quarto os géneros mais prevalentes foram Penicillium sp. (63,6%) e Aspergillus sp. (13,6%).