2 resultados para Aparatos de tracción extraoral

em Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa - Portugal


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A literatura é um elemento de cultura que, ao longo dos tempos, se relacionou com a textualidade e os seus aparatos tecnológicos de forma lenta, mas profunda. Cada dispositivo que lhe deu abrigo (vozes, papiros, volumosas encadernações, livros de bolso, livros electrónicos ou tablets) alterou não só a forma de leitura mas, principalmente, a nossa própria relação com o conhecimento e com o mundo. No momento em que os hábitos de leitura se modificam de forma drástica, a utilização das novas tecnologias audiovisuais e multimédia no texto traduz inovações estéticas que tornam a leitura uma experiência complexa, não linear e cada vez mais sensível. Destacam-se dessa experiência sensível uma nova forma de comunicar com os meios tecnológicos e a necessidade de uma recontextualização do leitor nos novos percursos da literacia/transliteracia. Desde que o texto electrónico se tornou um espaço híbrido, onde se fabricam sentidos na exigência e volubilidade do mundo físico e virtual, o encontro com a literatura electrónica materializa na tessitura da escrita uma experiência interpretativa profundamente individualizada a cada instante de leitura online.

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A leitura digital tornou-se hoje a forma preferencial para obter informação e para comunicar. No momento em que os dados confirmam que os novos meios de comunicação são parte integrante das nossas vidas e os relatórios disponíveis reconhecem a importância do investimento nas literacias digitais para o sucesso económico dos países, os hábitos de leitura modificam-se de forma drástica e somos obrigados a questionar de que modo o uso das novas tecnologias na leitura traduzem inovações estéticas na experiência cada vez mais sensível que é ler, realçando as características de uma literacia da leitura cada vez mais complexa. A literatura, enquanto elemento de cultura, modificou-se ao longo dos tempos e adaptou-se aos aparatos tecnológicos de forma lenta, mas profunda. Cada meio que lhe deu abrigo (vozes, papiros, volumosas encadernações, livros de bolso ou livros electrónicos) alterou não só a forma de leitura mas, principalmente, a nossa própria relação com o conhecimento e com o mundo. Hoje e com este artigo propõe-se a discussão desta complexidade da leitura que resulta não só da necessidade de gerir a informação disponível, mas de um trabalho de imersão que procura a criação de sentido através de uma nova relação entre os meios tecnológicos e os textos. Deste modo, com este trabalho pretende-se realçar a necessidade de separar a leitura da sua associação original com o texto escrito considerando-se a transliteracia uma proposta inclusiva que permite agregar, na mesma discussão, os diferentes regimes semióticos do espaço áudio visual e multimédia. Ou seja, explora-se um novo conceito que é, simultaneamente, muito velho e totalmente novo, mas que pode ajudar a perceber o modo como cada um de nós comunica nos dias de hoje. A transliteracia, enquanto capacidade de ler, escrever e interagir em diversas plataformas, instrumentos e meios de comunicação, oferece uma perspectiva unificadora do que significa literacia nos dias de hoje, funcionando como ponto de partida, não para um novo comportamento, ou uma nova prática por si só, mas uma abordagem que obriga à coexistência de várias formas de valor objectivas e subjectivas.