8 resultados para Adherence to drug therapy
em Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa - Portugal
Resumo:
Nowadays, the phenomenon of population ageing represents an worldwide problem, which assumes particular significance in Portugal. As they get older, individuals present more comorbidities and consequently consume an increasing number of drugs, which contributes to a growing drug therapy complexity. The institutionalized elders are particularly affected by this occurrence. Drug therapy complexity is defined as the conciliator of several characteristics of the pharmacotherapy and can affect patient’s safety and medication adherence. It can be measured with Medication Regimen Complexity Index (MRCI). This study aims to determine the drug therapy complexity of institutionalized elders in order to assess the need of pharmacotherapeutic follow-up.
Resumo:
A Organização Mundial da Saúde define a literacia em saúde como o conjunto de competências cognitivas e sociais e a capacidade dos indivíduos para compreenderem e usarem informação para a promoção e manutenção da saúde. A transmissão de informação sobre saúde é mais eficaz quando os seus conteúdos são especificamente desenhados para uma pessoa ou para um grupo populacional e quando a mensagem é bem delimitada, realçando os benefícios (ganhos) e os custos (perdas) associados aos comportamentos e às tomadas de decisão. Analisa-se, neste estudo, o conceito de literacia em saúde e a associação da baixa literacia em saúde aos comportamentos em saúde e aos gastos em saúde. Apresenta-se uma análise da literatura científica publicada sobre a baixa literacia em saúde e a sua implicação nos custos na saúde usando, para este objectivo, uma base de dados das ciências da saúde (MEDLINE/PubMed) e quatro plataformas científicas (DOAJ, SCOPUS, SciELO e Web of Science). A literatura científica analisada evidencia que pessoas com baixa literacia em saúde apresentam uma menor capacidade de compreensão dos conteúdos de material informativo sobre alimentos, doenças crónicas ou sobre o uso de medicamentos, por exemplo, bem como maior dificuldade em pesquisar, seleccionar, ler e assimilar a informação em saúde disponível na Internet. A baixa literacia em saúde relaciona-se, então. com a dificuldade na prevenção e na gestão de problemas de saúde, bem como com comportamentos ineficazes de saúde, i.e., com o uso inadequado de medicamentos, com o recurso excessivo aos serviços de saúde (em especial, os de urgências) ou com a ineficácia em lidar com situações de emergência. A baixa literacia está também associada a taxas de hospitalização mais altas, mas também mais longas no tempo (o que implica mais custos associados a internamento prolongado, mais exames de diagnóstico e fraca adesão à terapêutica medicamentosa), a uma diminuição da utilização de medidas preventivas e a uma fraca adesão à prescrição terapêutica. A baixa literacia acaba por afectar igualmente a comunicação (e a relação) médico-doente. Apresentam-se, como complemento, sugestões de melhoria da literacia em saúde e da comunicação médico-doente para efeitos da promoção da saúde.
Resumo:
A farmacogenética tem por objetivo a identificação de diferenças genéticas entre indivíduos que possam influenciar a resposta à terapêutica farmacológica, melhorando a sua eficácia e segurança. Associado à farmacogenética surge a “medicina personalizada”, ou seja, em oposição à existência de um fármaco que consiga tratar todos os pacientes, o tratamento individualizado parece o caminho mais promissor, uma vez que reduz o risco de reações adversas por toxicidade (segurança), adequa a dose ao indivíduo, evitando excessos ou défices (dose) e evita a metodologia de tentativa erro na escolha do fármaco (eficácia). A farmacogenética é relevante para a resposta individual ao fármaco por duas vias distintas: a farmacocinética e a farmacodinâmica. A variabilidade genética pode afetar a forma como um fármaco pode ser absorvido, ativado, metabolizado ou excretado, podendo conduzir assim a uma variabilidade na resposta. De entre o número infindável de possíveis exemplos, nesta revisão apresentam-se exemplos relacionados com os genes do Citocromo P450, do gene NAT2 e do gene da Colinesterase. As diferenças genéticas entre os indivíduos podem ainda afetar a resposta ao fármaco pela sua farmacodinâmica, ou seja, a resposta específica do alvo ao fármaco. De entre a multiplicidade de alvos de fármacos existentes serão apresentados exemplos do gene da G6PD e do VKORC1. Apesar de alguns dados científicos indicarem benefício para o paciente, ainda está longe de a farmacogenética fazer parte da prática clínica de rotina, talvez porque os custos-benefícios ainda não foram avaliados de forma precisa.
Resumo:
The phenomenon of aging is nowadays society as acquired the status of a social problem, with growing attention and concern, leading to an increase number of studies dedicated to the elderly. The lack of domestic, familiar or social support often lead elderly to nursing homes. Institutionalization is in many cases the only opportunity to have access to health care and life quality. Aging is also associated with a higher prevalence of chronic diseases that require long term medication sometimes for life. Frequently the onset of multiple pathologies at the same time require different therapies and the phenomenon of polypharmacy (five ou more drugs daily) can occur. Even more, the slow down of physiological and cognitives mechanisms associated with these chronic diseases can interphere, in one hand, with the pharmacocinetic of many medications and, on the other hand, with the facility to accomplish the therapeutical regimen. All of these realities contribute to an increase of pharmacotherapeutical complexity, decreasing the adherence and effectiveness of treatment. The pharmacotherapeutical complexity of an individual is characterized by the conciliator element of different characteristics of their drug therapy, such as: the number of medications used; dosage forms; dosing frequency and additional indications. It can be measured by the Medication Regimen Complexity Index (MRCI), originally validated in English.
Resumo:
A insuficiência cardíaca afecta cerca de 261 mil pessoas em Portugal constituindo um problema de saúde pública. Pretendemos avaliar aspectos associados à recuperação do estado de saúde nesta síndrome, em particular a esperança, o afecto e a felicidade. Recorremos a um estudo longitudinal com 128 indivíduos sintomáticos com má fracção de ejecção do ventrículo esquerdo. Utilizámos um questionário para caracterizar os aspectos sóciodemográficos, clínicos e funcionais, o Kansas City Cardiomiopathy Questionnaire (KCCQ) para avaliar a qualidade de vida, a Subjective Hapiness Scale (SHS) para a felicidade, a HOPE Scale (HOPE) para a esperança e a Positive And Negative Afect Schedule (PANAS) para o afecto. Os questionários de caracterização sócio-demográfica, clínica e funcional, KCCQ e o SHS foram aplicados em três momentos: no internamento, prévio à instituição de terapêutica médica na sua totalidade e ao terceiro e sexto mês após a intervenção médica, na consulta externa. A maioria dos participantes eram homens em classe III da classificação da New York Heart Association com etiologia isquémica. No internamento e antes da terapêutica médica, observámos que a esperança, a felicidade e o afecto se relacionaram com a qualidade de vida, a felicidade e o afecto positivo com a esperança. No período avaliado foram submetidos a: terapia de ressincronização cardíaca (n=52), cardioversor-desfibrilhador implantável (n=44), cirurgia valvular com revascularização do miocárdio (n=14), optimização terapêutica farmacológica (n=10), transplante cardíaco (n=8). Foram significativos os resultados da qualidade de vida, da classificação da New York Heart Association, do exercício físico, da fracção de ejecção do ventrículo esquerdo e das arritmias cardíacas (estrasístoles e taquicardias ventriculares). A felicidade foi preditora da qualidade de vida e da funcionalidade. O afecto negativo foi preditor da satisfação com a insuficiência cardíaca. Concluímos da importância das variáveis positivas a par dos procedimentos médicos no tratamento das pessoas com insuficiência cardíaca. ABSTRACT - Heart failure affects about 261 000 people in Portugal constituting a public health problem. We intend to evaluate aspects of the health recovery in this syndrome, in particular hope, affection and happiness. We used a longitudinal study with 128 symptomatic patients with poor ejection fraction of left ventricle. We used a questionnaire to characterize the socio-demographic, clinical and functional aspects, the Kansas City Cardiomiopathy Questionnaire (KCCQ) to assess the quality of life, the Subjective Happiness Scale (SHS) for happiness, the HOPE Scale (HOPE) for hope and the Positive And Negative Affect Schedule (PANAS) for affection. The questionnaires of sociodemographic, clinical and functional KCCQ and SHS were applied on three occasions: on admission, prior to the execution of medical therapy in its totality and in the third and sixth months after medical intervention in the outpatient. Most of the participants were men in Class III New York Heart Association classification with ischemic etiology. At admission and before medical therapy, we observed that the hope, happiness and affection were related to the quality of life, happiness and positive affect with hope. Over the studied period were submitted to: cardiac resynchronization therapy (n=52), implantable cardioverter-defibrillator (n=44), valvular surgery with coronary artery bypass graft surgery (n=14), optimizing drug therapy (n=10), heart transplant (n=8). The significant results were the quality of life, the New York Heart Association classification, the exercise, the ejection fraction and left ventricular cardiac arrhythmias (ventricular tachycardia and estrasistoles). Happiness was a predictor of quality of life and functionality. The negative affect was a predictor of satisfaction with heart failure. We concluded that the positive variables and the medical procedures were important in treating people with heart failure.
Resumo:
Inflammatory bowel diseases (IBDs) are lifelong disorders predominantly present in developed countries. In their pathogenesis, an interaction between genetic and environmental factors is involved. This practice guide, prepared on behalf of the European Society of Pathology and the European Crohn's and Colitis Organisation, intends to provide a thorough basis for the histological evaluation of resection specimens and biopsy samples from patients with ulcerative colitis or Crohn's disease. Histopathologically, these diseases are characterised by the extent and the distribution of mucosal architectural abnormality, the cellularity of the lamina propria and the cell types present, but these features frequently overlap. If a definitive diagnosis is not possible, the term indeterminate colitis is used for resection specimens and the term inflammatory bowel disease unclassified for biopsies. Activity of disease is reflected by neutrophil granulocyte infiltration and epithelial damage. The evolution of the histological features that are useful for diagnosis is time- and disease-activity dependent: early disease and long-standing disease show different microscopic aspects. Likewise, the histopathology of childhood-onset IBD is distinctly different from adult-onset IBD. In the differential diagnosis of severe colitis refractory to immunosuppressive therapy, reactivation of latent cytomegalovirus (CMV) infection should be considered and CMV should be tested for in all patients. Finally, patients with longstanding IBD have an increased risk for the development of adenocarcinoma. Dysplasia is the universally used marker of an increased cancer risk, but inter-observer agreement is poor for the categories low-grade dysplasia and indefinite for dysplasia. A diagnosis of dysplasia should not be made by a single pathologist but needs to be confirmed by a pathologist with expertise in gastrointestinal pathology.
Resumo:
A epilepsia é uma das patologias neurológicas mais comuns em todo o mundo, com repercussões importantes na Qualidade de Vida (QDV) dos indivíduos. Deste modo, o objetivo do tratamento ultrapassa a remissão total das crises epiléticas, dado que também prioriza a QDV do indivíduo com epilepsia. A QDV tem vindo a ser associada a alguns fatores modificáveis, importantes para a sua promoção. Assim, pretende-se com o presente estudo identificar se a Adesão à Terapêutica, as Estratégias de Coping e a Espiritualidade são preditores da QDV de indivíduos com epilepsia. O SF-36 v1.0, a Medida de Adesão aos Tratamentos, o COPE-R e a Escala de Avaliação de Espiritualidade em Contextos de Saúde foram administrados a 94 indivíduos com diagnóstico de epilepsia entre quatro e 49 anos. A relação entre as variáveis foi analisada através do modelo de regressão linear múltipla. Os resultados revelam que a Adesão à Terapêutica, a Esperança/Otimismo predizem positivamente a QDV. Já as estratégias de Coping Desinvestimento Comportamental, Expressão de Sentimentos e Religião predizem-na negativamente. Estes resultados são importantes para os profissionais de saúde, na medida em que a identificação de preditores modificáveis da QDV sugere pistas para intervenções que promovam a QDV de indivíduos com epilepsia.
Resumo:
A 30-year-old black woman presented with heartburn and odynophagia. She had a 2-year history of Behçet’s disease and systemic lupus erythematosus and had been treated with colchicine, hydroxychloroquine, and sucralfate. Odynophagia was not related to the presence of oral ulcers as they were painless and when they were in remission the patient would still intermittently complain of substernal pain. The patient underwent upper digestive endoscopy that revealed only small mucosal irregularities in the upper third of the esophagus. Biopsies of these segments showed marked acanthosis and papillomatosis of the squamous epithelium as well as intense lymphoplasmacytic infiltrate with an increased number of intraepithelial lymphocytes (IEL). There were neither granulocytes nor signs of viral infection. The endoscopic findings were then attributed to regenerative changes of the epithelium and the patient was started on a proton pump inhibitor (PPI), assuming gastroesophageal reflux disease (GERD). During the following years there were flare-ups of rheumatologic disease activity due to the patient’s lack of adherence to therapy. However, there was no correlation of the patient’s maintained (although scarce) complaints of transitory dysphagia and substernal pain.