115 resultados para Professores Entrevistas
Resumo:
Este estudo de caso teve como principal finalidade conhecer as concepes e prticas de superviso das Educadoras Cooperantes no estgio de formao inicial em Educao de Infncia, procurando apreender as perspectivas dos diversos actores sobre as funes supervisivas e o modo como so desempenhadas. Neste sentido, procurmos: i) caracterizar os objectivos e funes atribudos pela instituio de formao s educadoras cooperantes; ii) apreender as concepes das educadoras cooperantes sobre o processo de superviso pedaggica e a forma como desenvolviam a superviso durante o estgio; iii) captar a percepo dos estudantes estagirios sobre a superviso das educadoras cooperantes e o seu contributo para a prtica pedaggica. O quadro terico desenvolveu-se em torno de trs grandes dimenses: formao de professores, prtica pedaggica e sua superviso. O estudo foi desenvolvido num jardim-de-infncia da rede pblica, tendo como participantes trs educadoras cooperantes e respectivas estagirias que se encontravam a realizar o estgio pedaggico do 4 ano do curso de educao de infncia. Como processos de recolha e tratamento de dados, recorreu-se anlise dos documentos elaborados pela instituio de formao, a entrevistas semi-estruturadas no incio e no fim do estgio, aplicadas individualmente a trs educadoras cooperantes e s respectivas estagirias e analismos ainda os registos gravados das reunies pr e ps observao. Os resultados obtidos permitem-nos concluir que as funes atribudas pela instituio de formao s educadoras cooperantes no so discutidas e negociadas com as prprias; que as educadoras consideram que o desempenho de funes supervisivas contribui para o seu desenvolvimento profissional e percepcionam a superviso essencialmente como ajuda e apoio s estagirias durante todas as fases do processo, constituindo-se como mediadoras entre os conhecimentos tericos e a prtica pedaggica durante as reunies pr e ps observao; e que as estagirias do especial importncia ao contributo das educadoras cooperantes para a sua formao profissional.
Resumo:
O presente estudo realizou-se num Agrupamento de Escolas, com o objectivo de contribuir para a clarificao e operacionalizao das prticas avaliativas de um grupo de educadores de infncia, inseridas no novo modelo de gesto das escolas. Considerando a relevncia da superviso como catalisadora do trabalho reflexivo e colaborativo no contexto escolar, o sentido da nossa investigao foi procurar compreender de que forma os rgos de gesto, no seu papel supervisivo, poderiam assumir um papel determinante na efectivao de prticas avaliativas de qualidade. Devido natureza do estudo e das questes da investigao, para conhecimento das opinies e prticas dos sujeitos, optmos por um estudo de caso mltiplo, de cariz interpretativo, atravs de uma abordagem qualitativa, baseada em entrevistas, anlise documental e observaes naturalistas do trabalho das educadoras, e numa entrevista directora do Agrupamento. Os resultados obtidos mediante anlise de contedo, indicam que a modalidade utilizada por todas as educadoras a avaliao formativa com a sua vertente de diagnstico, evidenciando o seu contributo na adequao e reformulao da aco pedaggica. Integram como factor positivo a participao das crianas no processo avaliativo e reforam a importncia da avaliao ser comunicada aos pais, no sendo evidente o trabalho colaborativo emergente neste processo. As educadoras so unnimes em considerar fundamental a comunicao com os professores do primeiro ciclo, salientando como aspectos negativos, a falta de trabalho conjunto na avaliao, o que vem reforar as fragilidades sentidas na passagem da informao aos professores. O uso de instrumentos estandardizados de avaliao das crianas promovido pelo Agrupamento sentido de forma insatisfatria, revelando a necessidade de aprofundar a construo de uma avaliao alternativa capaz de responder melhor s necessidades das crianas, das educadoras e dos pais. Constatou-se que todos as participantes neste estudo consideram que no existe superviso dos processos avaliativos, por parte dos rgos de gesto. No entanto, a directora considera relevante esta dimenso da superviso. importante referirmos que as educadoras percebem os benefcios de fazerem parte do Agrupamento em termos da visibilidade e dos contactos com os outros graus de ensino, embora manifestem desnimo pela gesto burocratizada que se desenvolve, apesar da confiana e da inteno expressa pela directora.
Resumo:
O presente trabalho tem por base o estudo das concepes e prticas de sete professores do 2 e 3 ciclo do ensino Bsico face incluso de alunos com necessidades educativas especiais na escola de ensino regular. A sua finalidade a de compreender e descrever essas mesmas concepes, os aspectos facilitadores e os obstculos que encontram incluso de alunos com necessidades educativas especiais nas escolas do ensino regular. Destas finalidades surgiram as seguintes questes de partida: 1) Qual a opinio dos professores em estudo sobre a incluso de crianas com necessidades educativas especiais na sala de aula regular? ; 2) Quais as prticas dos professores do estudo para responder s necessidades dos alunos com necessidades educativas especiais? ; 3) Que medidas de diferenciao so utilizadas por estes professores?; 4) Quais os aspectos facilitadores identificados por estes professores para o desenvolvimento do seu trabalho com os alunos com necessidades educativas especiais?;5) Quais os obstculos identificados por estes professores no desenvolvimento do seu trabalho com alunos com necessidades educativas especiais?; 6) Qual , na opinio dos professores em estudo, o impacto da presena de alunos com necessidades educativas especiais na escola de ensino regular?; 7) Quais so, na opinio dos professores em estudo, as vantagens da incluso para os alunos com necessidades educativas especiais?; 8) Qual a importncia da formao de professores para o sucesso da escola inclusiva? A metodologia seguida para a realizao deste estudo centra-se no paradigma qualitativo interpretativo. O trabalho de campo foi realizado durante os meses de Abril e Maio de 2009, na escola onde os participantes se encontravam colocados. No que respeita s tcnicas de recolha de dados, optmos pela entrevista semi-estruturada e anlise documental e para a interpretao dos dados recolhidos seguimos a tcnica de anlise de contedo tendo as categorias e as sub-categorias de anlise emergindo dos discursos dos professores entrevistados. A anlise dos resultados obtidos permite-nos dizer que os professores se encontram sensibilizados para as vantagens da escola inclusiva e consideram-na vantajosa tanto para os alunos com necessidades educativas especiais, como para os alunos sem necessidades educativas especiais. Contudo, consideram que, para a escola inclusiva ter sucesso, imprescindvel investir na formao de professores na rea das necessidades educativas especiais tanto a nvel da formao inicial como a nvel da formao contnua. Os participantes neste estudo referem ainda que aplicam pedagogias diferenciadas das quais destacamos a elaborao de adaptaes curriculares e fichas de trabalho adaptadas, trabalho cooperativo discente, abordagem diferenciada das matrias a leccionar e flexibilizao do tempo no sentido de facilitar os processos de incluso e o sucesso educativo de todos os alunos.
Resumo:
Esta dissertao consiste num estudo de caso sobre os processos interactivos desenvolvidos num jardim-de-infncia no mbito da Superviso Pedaggica. O estudo baseado num conjunto de entrevistas a educadoras cooperantes de um agrupamento que recebeu estagirias de uma instituio de formao de professores. Tendo por base um referencial terico sustentado por uma abordagem comunicacional das relaes interpessoais, procurou-se observar, analisar e interpretar o modo como os processos interactivos se concretizam nas dades e trades de superviso, assim como verificar o modo como estes processos contribuem para a construo de uma identidade profissional docente. A investigao demonstra que a prtica profissional supervisionada um dos elementos fundamentais na formao dos professores. O papel e funo do supervisor cooperante so fundamentais, dado que a sua aco se reflecte no processo de desenvolvimento do formando. A anlise de contedo das entrevistas demonstra que a dade de superviso (relao supervisora cooperante/estagiria) potenciadora do desenvolvimento dos formandos e do respectivo educador cooperante. Das entrevistas s cooperantes emergem ainda algumas contradies quanto ao papel desenvolvido pelo supervisor institucional (escola de formao) na dinmica do estgio. A Superviso Pedaggica emerge dentro do jardim-de-infncia como uma aco dinamizadora de diversas prticas colaborativas de trabalho, adquirindo um papel pr-activo na organizao social do jardim-de-infncia, defendendo sobretudo, um papel de mediao entre profissionais e aceitando, num sentido mais restrito, uma plataforma comum de reflexo, aprendizagem e integrao de saberes e competncias, quer numa dimenso pedaggico-didctica quer numa dimenso prtico-moral. A interaco partilhada o trilho privilegiado da co-construo de conhecimento e da identidade profissional entre os educadores cooperantes e estagirios estudados. Deste estudo emerge a constatao da possibilidade de criao de uma comunidade de prtica entre educadores e estagirios.
Resumo:
O presente estudo insere-se numa investigao mais ampla que pretendeu verificar a incidncia de concepes ambientalistas de teor antropocntrico, biocntrico e ecocntrico em docentes dos diferentes ciclos de escolaridade no superior e que se envolvem em projectos de Educao Ambiental (EA). Para tal, foram entrevistados 60 docentes sobre vrios assuntos relacionados com a temtica ambiental, entre os quais o dos jardins zoolgicos e parques afins. No tratamento dos dados, os docentes entrevistados foram divididos em dois grupos em funo da provenincia de ciclos com e sem monodocncia (o 1 grupo foi constitudo por 15 educadores de infncia e 15 professores do 1 Ciclo; o 2 grupo, por 15 professores do 2 Ciclo e 15 do 3 Ciclo e Secundrio). Essa diviso foi considerada especialmente pertinente para o tema em anlise uma vez que os jardins zoolgicos e parques afins tradicionalmente pretendem captar um pblico mais jovem. Assim, nos professores do 1 grupo, poderia eventualmente acentuar-se mais uma conflitualidade entre o seu interesse didctico e eventuais valores trabalhados em EA. No entanto, no se verificaram diferenas estatisticamente significativas entre os grupos em termos da incidncia das diferentes perspectivas ambientalistas, tendo-se a maioria dos docentes posicionado de um ponto de vista biocntrico, embora com uma maior frequncia para o 1 grupo. Perante a surpresa manifestada pelo teor da entrevista, tivemos a percepo de que os professores raramente abordam temas polmicos com os seus alunos no mbito dos projectos de EA.
Resumo:
O presente texto reporta-se a um trabalho de investigao que pretendeu explorar as implicaes da participao do professor cooperante nos portflios reflexivos elaborados pelos alunos em contexto de prtica pedaggica. Os instrumentos a que nos referimos tm vindo a ser adoptados em algumas instituies de formao inicial de professores, especificamente em contexto de prtica pedaggica, enquanto estratgia de formao, superviso e avaliao. Foi nosso objectivo compreender em que medida a participao do professor cooperante pode contribuir para o desenvolvimento de competncias reflexivas dos estagirios, fomentando o seu desenvolvimento profissional e pessoal e, ainda, as implicaes para o prprio. Para tal propusemo-nos acompanhar uma equipa de estgio, designada por trade, que incluiu duas estagirias, a professora tutora e a professora cooperante, no seu processo de implementao da construo partilhada de portflios reflexivos. Atravs da anlise de entrevistas realizadas a todos os elementos da equipa de estgio, bem como dos portflios reflexivos das duas estagirias, pretendemos capturar o sentido atribudo por cada um deles a esta experincia. Os resultados obtidos evidenciam o valor dos portflios enquanto estratgia potenciadora de processos de formao partilhada, perspectivada como um processo contnuo de problematizao das prticas profissionais e de desenvolvimento de competncias.
Resumo:
O estudo visa perceber que implicaes, ao nvel dos processos de autoformao dos professores cooperantes, pode ter a presena de professores estagirios na sala de aula; verificar, por outro lado, no decurso da prtica supervisiva, quais os aspectos do sistema de superviso que tm mais implicaes na atitude reflexiva dos professores cooperantes e que aspectos da organizao dos estgios contribuem para a reflexo e mudana das suas prticas. Recorreuse a um vasto referencial terico de autores que tratam do pensamento, da teoria e da prtica reflexiva, da reflexo na aco e sobre a aco, da superviso pedaggica e utilizou-se como suporte para a seco da anlise e interpretao dos resultados a teoria de Dewey, Nvoa, Perrenoud, entre outros. Na metodologia recorreu-se ao paradigma qualitativo, utilizando-se como estratgia a entrevista semi-estruturada aplicada numa primeira fase individualmente a cinco professores cooperantes e uma professora tutora e posteriormente uma entrevista colectiva de aprofundamento (focus group) a todos os professores cooperantes. Os dados apontam para o facto de a formao contnua de professores, a partir do exerccio de superviso, constituir um excelente momento para o treino da prtica reflexiva. Esta prtica reflexiva baseada na reviso e no aprofundamento de conhecimentos resultante da introduo de novos elementos na sala de aula, reunies, seminrios, debate de ideias e prticas, atitudes e questionamento, viso crtica e mutabilidade dos processos e procedimentos de aprendizagem.
Resumo:
A definio do perfil geral de desempenho do professor do ensino bsico bem como os padres de qualidade da formao inicial so quadros de referncia para a estruturao das actividades de iniciao prtica profissional. Assim, diferentes modalidades de formao inicial de professores de Cincias da Natureza tm sido implementadas, visando uma maior articulao entre a teoria e a prtica, proporcionando aos futuros professores um contacto to estreito e directo quanto possvel com a realidade educativa vigente nas escolas. O presente trabalho pretende essencialmente, analisar comparativamente duas modalidades diferentes de formao, que vigoram em duas instituies de ensino superior responsveis por essa formao, uma pblica e outra privada. O estudo realizado revelou diferenas, sobretudo, ao nvel do currculo proporcionado e da implementao da prtica pedaggica.
Resumo:
Este artigo parte de uma investigao(Serrasina, 1998) mais ampla referente ao processo de desenvolvimento profissional em matemtica de trs professores do 1 ciclo.
Resumo:
Este artigo pretende contribuir para o conhecimento dos problemas que se colocam aos novos professores quando iniciam a sua profisso. Nele se apresentam os resultados parciais de um projecto de investigao desenvolvido com quatro professoras do 1 ciclo do ensino bsico, em incio de carreira, numa escola dos arredores de Lisboa. Faz-se uma anlise da forma como perspectivam o ser professor, como se relacionam com a matemtica e tambm com os pais/famlia. As concluses do estudo apontam para a necessidade de equacionar a abordagem formao para o ensino da Matemtica na formao inicial, tanto ao nvel dos contedos, como da sua didctica e da utilizao de materiais. tambm referido o facto de, dada a grande diversidade social das nossas escolas, ser urgente introduzir na formao inicial a anlise e discusso de diferentes casos, bem como aspectos referentes s relaes escola/famlia. Aponta-se ainda para a importncia de apoiar os novos professores quando entram no sistema
Resumo:
Este artigo analisa resultados dos estudos realizados em Portugal sobre as prticas profissionais dos professores de Matemtica em diversos campos: (i) tarefas propostas, (ii) materiais utilizados, (iii) comunicao na sala de aula, (iv) gesto curricular, (v) avaliao, (vi) colaborao e (vii) formao. So passados em revista o relatrioMatemtica 2001, o estudo Resultados diferentes, escolas de qualidade diferente?, o relatrio nacional do TIMSS sobre contextos de aprendizagem, bem como outros estudos quantitativos e qualitativos na sua maior parte realizados no mbito de trabalhos acadmicos. Os estudos considerados mostram que as prticas actuais dos professores so ainda predominantemente marcadas por um estilo de ensino expositivo, baseado na resoluo de exerccios e que pouco recorre a materiais para alm do quadro, giz e manual, prevalecendo uma comunicao unidireccional, uma preocupao sumativa na avaliao, o estilo de trabalho individualista e a formao desligada das prticas lectivas. No entanto, evidenciam-se sinais de novas prticas, envolvendo uma diversificao de tarefas, uma comunicao mais partilhada, uma maior ateno aos aspectos formativos da avaliao e um reconhecimento do interesse da colaborao profissional, aspectos que so, de resto, bem visveis em alguns dos estudos naturalsticos realizados. O artigo conclui pela necessidade de se realizarem novos estudos, que permitam traar um quadro mais ntido da situao e compreender quais os factores que para ela contribuem e que podem ou no facilitar a respectiva mudana.
Resumo:
Este artigo faz um balano do desenvolvimento do Programa de Formao Contnua em Matemtica para professores do 1. e 2. ciclo (PFCM), desde a sua criao em 2005 at totalidade. O artigo comea por caracterizar o PFCM, especificando os seus objectivos e princpios orientadores, a sua organizao e a caracterizao e inteno dos diferentes tipos de sesses. feito um balano quantitativo e qualitativo do desenvolvimento do PFCM nos ltimos quatro anos, bem como enunciados os aspectos considerados mais positivos e aqueles que se consideram menos conseguidos. O artigo termina com um balano global do PFCM bem como dos desafios que enfrenta.
Resumo:
Vrios estudos centram-se no desenvolvimento profissional dos professores, nos seus percursos de formao e envolvimento em projectos de inovao, nomeadamente os que fazem recurso s TIC, aproveitando a sua versatilidade e potencial pedaggico. No mbito do programa Nnio-Sculo XXI, vrios professores tm desenvolvido um conjunto de experincias educativas em espaos diversificados como a sala de aula, os Clubes ou os Centros de Recursos. O registo destas experincias profissionais constitui um enorme potencial de material pedaggico e didctico que, para alm de valorizar o papel dos actores nesse processo, pode permitir uma reflexo sobre as prticas. No contexto do Projecto bolina (http://www.ese.ips.pt/abolina/index.html) temos vindo a disponibilizar um espao com contedos em portugus, memria viva de algumas experincias significativas do quotidiano dos principais actores deste desafio colectivo que possam constituir fonte de ideias e recursos educativos para os professores, incentivando os processos de discusso e partilha de experincias. Assim, partindo de um relato de colegas da EB 2,3 de Aranguez Setbal que incide na formao de alunos monitores no Centro de Recursos, abrimos um Frum subordinado a este tema, considerando que as dimenses da comunicao e da partilha/reflexo constituem etapas fundamentais no desenvolvimento profissional dos professores. Da polmica surgida daremos conta na comunicao, discutindo as concepes pedaggicas a este projecto de formao de alunos monitores, na sua relao com o desenvolvimento de competncias gerais/transversais nos alunos, nomeadamente com a partilha de responsabilidades e o desenvolvimento da autonomia.
Resumo:
Numa escola para todos, o grande desafio, passa pela qualidade educativa, sendo necessria uma adaptao do ensino s caractersticas pessoais dos alunos, num ambiente o menos restritivo possvel. Uma abordagem inclusiva do aluno com NEE assenta em solues exequveis, emergindo, entre outras a utilizao de estratgias diversificadas e a rentabilizao de recursos disponveis, como prticas de diferenciao pedaggica positiva. Neste sentido, o problema central deste estudo prende-se com o tipo de uso que fazem das TIC os professores e alunos de salas de aula do 1 CEB, quando nessas salas de aula existem alunos com NEE que necessitam das tecnologias para aprender e para comunicar. Assim, o estudo visa conhecer as concepes e prticas dos professores do 1 CEB sobre o uso das TIC em salas de aula inclusivas, procurando saber: i) as percepes dos professores sobre as necessidades educativas especiais dos alunos em turmas inclusivas e as suas expectativas relativamente s aprendizagens destes alunos; ii) o papel atribudo pelos professores s TIC no processo de aprendizagem dos alunos em geral e dos alunos NEE em particular; assim como identificar: iii) o uso das TIC que os professores planeiam e desenvolvem efectivamente em sala de aula com a turma e, em particular com os alunos com NEE. O trabalho desenvolveu-se atravs de um estudo de caso de uma escola do 1 CEB, centrando-se em oito professores, responsveis por turmas inclusivas. Como processo de recolha de dados utilizmos as tcnicas da entrevista e da observao directa naturalista em sala de aula. Conclumos que os professores aceitam a incluso, por razes diversas, mas sobretudo por a considerarem benfica para o aluno com NEE. Consideram que os alunos com NEE tm necessidade de um bom clima scio-emocional na sala de aula e assumem a necessidade de adequar actividades diferenciadas ao perfil de funcionalidade desses alunos, evidenciando a preocupao de fazer aprender estes alunos no sentido de os tornarem competentes. Quanto abordagem curricular para os alunos com NEE, os professores revelam ateno evoluo dos alunos e diferenciam o currculo de forma a corresponder s suas necessidades. As inquietaes dos professores vo, em parte, para factores de ordem estrutural e/ou ambiental, exteriores ao aluno, manifestando preocupaes ligadas falta de recursos humanos e materiais. A articulao com o professor de Educao Especial pressupe uma dade cooperativa, que ao regular o percurso do aluno com NEE, promove tambm uma educao inclusiva. Quanto ao papel atribudo s TIC os professores, recorrem ao seu uso quando sentem necessidade de motivar os alunos, pois as mesmas permitem a obteno de resultados mais positivos na aprendizagem, adaptando-se s exigncias dos alunos em geral, assim como especificidade dos alunos com NEE. Quanto prtica no uso das TIC, em dinmicas de ensino e de aprendizagem, foi possvel observar, que o recurso a equipamentos e programas adequados s necessidades dos alunos com NEE, no apenas promove a motivao e a aprendizagem destes alunos, como ajuda o professor a assegurar um clima de estabilidade e trabalho na sala de aula inclusiva.
Resumo:
O presente estudo, de natureza qualitativa, visou explorar a forma como a orientao vocacional dos alunos surdos no 3 CEB estava a ser levada a cabo nas escolas de referncia para o ensino bilingue, da rea de Lisboa. Utilizmos entrevistas semi-directivas, de forma a conhecer a percepo dos profissionais sobre o processo de orientao referido anteriormente. Posteriormente entrevistmos os alunos do ensino secundrio que j passaram ou esto a passar pelo processo de escolha vocacional. Foram entrevistados 8 profissionais (4 professores e 4 psiclogos) e 6 alunos. No presente estudo, a partir do cruzamento dos resultados das entrevistas foi possvel obter a percepo dos dois grupos sobre o tema em estudo e compar-las. Assim, pudemos concluir que os profissionais identificam as suas necessidades de formao na rea da LGP e sobre o trabalho com esta populao. Consideram a orientao importante, mas necessitando de mais investimento por parte de uma equipa pluridisciplinar, devendo ser iniciada o mais precocemente possvel. Identificam a barreira da comunicao como o principal entrave dos alunos no acesso informao, da a necessidade de diferenciar a orientao vocacional da dos ouvintes, para fazer frente a uma oferta formativa das escolas de referncia escassa e com apoios limitados. Em suma, defendem a implementao de um programa de orientao vocacional sistemtico e mais prolongado no tempo que v ao encontro das necessidades deste grupo especfico de alunos. Os alunos entrevistados, por sua vez, corroboram, na maioria das vezes, as afirmaes dos profissionais sendo mais directos nas suas afirmaes. Assim, consideram que a orientao vocacional ineficiente, com lacunas formativas na rea das profisses, sendo o apoio escasso e iniciado tardiamente, sem individualizao e/ou diferenciao em relao aos alunos ouvintes. Acresce a insatisfao com a escolha, devido, em grande parte, s barreiras relativas ao sucesso em alguns cursos do secundrio, e no acesso a algumas profisses que pem em causa a realizao do sonho profissional, referido pela maioria dos alunos entrevistados.