32 resultados para processos de enfermagem

em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal


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No terreno da educação (e das políticas sociais em geral) algumas mudanças das últimas décadas traduzem-se quer por uma redefinição dos serviços educativos (e de bem-estar) e do papel do Estado na sua governação, quer pela emergência de novas configurações da participação da educação na regulação social. Um estudo de caso, incidente sobre o subsistema de Escolas Profi ssionais criado em 1989 em Portugal, permite sinalizar algumas daquelas alterações recentes e propor interpretações acerca do seu significado. A análise do lançamento daquela modalidade de escolarização de nível secundário, de algumas das suas evoluções e de orientações e práticas desenvolvidas em duas Escolas Profissionais sugere que aquela inovação testemunha o ensaio de novas instituições e processos educativos envolvidos com a gestação de um outro modo de regulação – distinto daquele que foi definido como fordista e em que teve lugar o desenvolvimento do(s) modelo(s) de Estado de Bem-estar.

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Este artigo tem como objectivo identifi car e caracterizar que mudanças a integração do ensino de enfermagem no ensino superior politécnico desencadeou nas práticas pedagógicas dos docentes de enfermagem. As fi nalidades do ensino superior de estimular o desenvolvimento do espírito científi co, do pensamento refl exivo e da criação cultural, consequentemente relacionado com uma aprendizagem emancipatória, emergiu como um dos objectivo a alcançar na reforma curricular de enfermagem. Nesse âmbito, preconizou-se o estudante como um dos actores na formação e que esta atendesse às suas necessidades de aprendizagem. E o professor, como elemento coadjuvante da formação, tendo sempre em conta a globalidade da pessoa do estudante e a sua relação com o mundo. Para poder compreender o efeito que a integração do ensino de enfermagem no sistema educativo nacional, ao nível do ensino superior politécnico, provocou nas práticas pedagógicas dos professores de enfermagem, analisou-se a forma como estes vivenciaram a reforma educativa e a interligação entre as suas concepções do perfi l do enfermeiro bacharel e as estratégias desenvolvidas na formação dos mesmos. Os resultados do estudo evidenciaram um discurso dicotómico polarizado à volta de duas ideias essenciais: o papel do estudante e a concepção de enfermagem subjacente à formação. Uma das posições defendia a inovação, com o estudante como actor da sua formação e com uma concepção de enfermagem centrada na pessoa; enquanto outra, defendia a continuidade no papel passivo do estudante e na concepção de enfermagem centrada na doença. Esta bipolaridade de pareceres sugere algumas situações dilemáticas que emergem na prática pedagógica dos docentes como uma escolha difícil entre o que querem e o que fazem.

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Esta tese de doutoramento procurou desenhar um quadro conceptual para implementar um novo modelo formativo, que permita melhorar a qualidade dos cuidados de enfermagem. Partindo da pergunta “qual o contributo da formação inicial para a qualidade percebida pelos utentes?”, procuramos perceber a relação entre a formação escolar, a emergência de competências profissionais, em sede de exercício, e a qualidade percebida pelos utentes. Este estudo é estruturado em dois momentos: o estudo nuclear assente numa metodologia qualitativa, com aproximação à Grounded Theory que permitiu perceber a importância da formação para a qualidade dos cuidados e a formulação do modelo inicial de investigação; e um estudo complementar de carácter descritivo-transversal, enquadrado numa metodologia quantitativa e em análise documental que nos permitiu avaliar a satisfação dos clientes sobre a qualidade dos cuidados e a construção de um novo modelo sobre os factores mais relevantes para a satisfação do cliente. Os resultados obtidos possibilitam a identificação de um conjunto de variáveis que influenciam, directa e indirectamente, a qualidade dos cuidados e a satisfação dos clientes e permitem a elaboração do modelo final de análise do problema formulado, realçando sobretudo o estatuto da emergência das competências como variável mediadora.

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As reflexões recentes no campo da aprendizagem da leitura e escrita têm apontado para a necessidade de se marcar as diferenças entre literacia e alfabetização. De uma forma geral alfabetizar significaria levar as pessoas a construírem o domínio da tecnologia da escrita, a entrada nos códigos que compõem o sistema de registro de cada sociedade, enquanto que letramento é levar a pessoa mais além, é possibilitar o pleno exercício das práticas sociais de leitura e escrita. Foi a partir dessa distinção teórica que adaptei os processos de leitura e escrita para a linguagem cartográfica. O mapa, assim como um texto visa á comunicação e é formado por um conjunto de signos. Associei o mecanismo da Alfabetização Cartográfica ao público de jovens e apresentei uma proposta de leitura cartográfica ao ensino de adultos. A Literacia Cartográfica é uma proposta de leitura de mapas geopolíticos modernos que nasce da análise dos discursos dos professores. Esta discussão envolve um dos mapas que é o mais trabalhado em sala de aula. Ele apresenta a Europa posicionada no centro gráfico, demonstrando uma construção histórica de primazia do poder, como única representação “certa” da visão do mundo.

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Com vista à análise dos enviesamentos no processamento de informação e da relação entre estes processos com os esquemas maladaptativos e os pensamentos automáticos negativos em adultos com Depressão Major, foi estudada uma amostra de 60 adultos que constituíram dois grupos: um grupo clínico, de 30 indivíduos com diagnóstico de Depressão Major, 27 mulheres e 3 homens, com uma média de idades de 40,3 anos (DP = 12,13), e um grupo não clínico, de 30 indivíduos da população geral, sem qualquer diagnóstico clínico, 27 mulheres e 3 homens, com uma média de idades de 26,17 anos (DP = 4,60). Através da administração de um protocolo de auto-avaliação e do desempenho dos participantes num conjunto de tarefas, os resultados obtidos confirmaram as hipóteses colocadas, tendo demonstrado que os indivíduos com Depressão Major apresentaram enviesamentos da atenção, memória e interpretação relacionados com informação emocional relevante. As associações entre as variáveis em estudo foram, também, no sentido esperado e demonstraram, especificamente, o papel mediador dos pensamentos automáticos negativos na relação entre os esquemas maladaptativos e a sintomatologia depressiva. Estes resultados foram discutidos de acordo com a literatura e as suas implicações para a avaliação e modificação da depressão e factores relacionados.

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É uma análise das lógicas coloniais-imperiais portuguesas a partir de nove memórias publicadas em Goa e em Portugal. São cinco os autores goeses e quatro portugueses. Quaquer delas já vem tarde para intervir e alterar o rumo. São pós-visões do passado, e o pós-visionismo põe em risco a capacidade de captar a contemporaneidade dos processos que acompanharam as lógicas imperiais. Mas acho que podem ter algum valor positivo de apanhar as implicações destes processos a longo prazo. As transições e a continuidade merecem ser levadas em conta para avaliar melhor os processos que nos interessam e que não podem ser estudados validamente somente na sua contemporaneidade e isolados do seu passado e do seu futuro. É com esta perspectiva deprocessos contemporâneos” que eu pensei em chamar a atenção para a utilidade das memórias “recém-publicadas” de alguns actores que participaram nesses processos. Quero deixar um caveat: São também armadilhas “montadas” e que nos podem distrair do verdadeiro caminho para a compreensão dos mesmos processos.

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O presente estudo pretende compreender como é que o Animador Sociocultural adapta as expressões artísticas integradas nos projectos de intervenção, quais os modelos de mediação que utiliza e quais as mudanças que fomenta na sua intervenção socioeducativa. A metodologia desta investigação, de carácter qualitativo, recorre a um modelo de investigação exploratória, sendo um estudo de caso múltiplo, constituído por seis projectos de intervenção de alunos finalistas em Animação Sociocultural, desenvolvidos em seis concelhos, englobando 120 indivíduos, desde a população infantil à população sénior. Partindo de um quadro teórico que procura sustentar alguns dos conceitos apresentados no âmbito desta investigação, utilizámos vários instrumentos, desde entrevistas semi-estruturadas, diários de campo, posters científicos e relatórios de campo. Para a interpretação destes dados, recorreu-se a uma análise de conteúdo seguida de uma triangulação múltipla, contribuindo para que este novo modelo de intervenção se revelasse inovador, permitindo compreender as várias implicações teórico-práticas deste estudo. Da análise efectuada, concluímos que a utilização das expressões artísticas integradas, desenvolvidas em conjunto, é uma ferramenta indispensável nos processos de mediação em ASC. Também podemos afirmar, que nos projectos de intervenção, os sujeitos de investigação desenvolveram uma Investigação-acção Prática, através de um modelo de Mediação Transformativa, onde as expressões artísticas integradas foram desenvolvidas de uma forma agrupada. A mudança, a que este novo modelo de intervenção conduziu, no final desta investigação, foi uma melhoria ao nível da Inter-relação, da Relação afectiva, da Auto-estima e da Participação entre os vários indivíduos envolvidos.

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Este estudo tem como tema central a „vivência de aprender a cuidar sendo cuidado‟ na formação inicial em enfermagem. A conjugação, sistemática e contínua, de estratégias baseadas no princípio da realidade e da relação dialógica enquadram a pertinência de compreender o fenómeno da vivência de aprender a cuidar. Um dispositivo pedagógico inovador, fundamentado no Teoria Humanista de Enfermagem de Paterson & Zderad, foi desenvolvido nos anos lectivos 2005/2006 e 2006/2007 desde a teoria à prática clínica, na Unidade Curricular Enfermagem Pediátrica, em que participaram 86 estudantes do 3º ano. O estudo de investigação, com uma abordagem qualitativa, foi elaborado a partir da participação de 12 sujeitos paradigmáticos oriundos das três comunidades de aprender, que realizaram reflexões individuais, diários de aprendizagem e portefólios, instrumentos nos quais registaram as descrições significativas. Estas foram submetidas a análise qualitativa, com os critérios propostos pelo Método Fenomenológico conjugados com os de Van Manen, que nos permitiu identificar e relacionar semelhanças e idiossincrasias nas comunidades de aprender. Emergiram treze temas: tempo; lugar; consciência do outro; autoconhecimento; auto-realização; reciprocidade; abertura; responsabilidade; respeito; confiança interpessoal; ligação; competência no cuidar e compreensão do aprender. Concluímos que um dispositivo pedagógico fundamentado nesta teoria promove o desenvolvimento pessoal e profissional do estudante quando conjugada com as estratégias seleccionadas e potencia o acto de cuidar sensível. A congruência, sistematização e continuidade de uma matriz pedagógica construtivista e humanista (re)coloca a centralidade no ser humano, levando-nos a recomendar a sua implementação no ensino de enfermagem.

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21 ENFERMAGEM, VALORES E APRENDIZAGEM ISILDA MARIA OLIVEIRA CARVALHO RIBEIRO Centro de Estudos em Educação e Formação (CEEF), Universidade Lusófona do Porto/ Centro de Estudos e Intervenção em Educação e Formação (CeiEF), ULHT Resumo Este trabalho enquadra-se na área da Aprendizagem dos Valores no Curso de Licenciatura em Enfermagem (CLE). Através desta reflexão, e em consonância com os objetivos traçados, privilegiamos o paradigma misto, ou seja, na investigação que pretendemos realizar, utilizaremos uma abordagem multimétodo, para que o estudo possa sair enriquecido. O estudo decorrerá numa Escola Superior de Enfermagem da Região Este trabalho enquadra-se na área da Aprendizagem dos Valores no Curso de Licenciatura em Enfermagem (CLE). A pertinência em estudar esta temática encontra-se na constatação da nossa prática profissional e na atividade como docente em ensino teórico-prático, espaço em que os valores e o sentido humano, no cuidar da pessoa como ser traduzem, muitas vezes, um certo esquecimento da sua dignidade. É aqui que o nosso interesse e motivação encontram a razão da preocupação e da responsabilidade pela formação do profissional competente, como autêntico cidadão de valores. A educação em enfermagem deverá ter uma conduta moral onde se pretende refletir, à luz dos princípios éticos e morais, o fundamento dos valores das nossas ações, de forma a tornarmos a prática mais consciente e refletida. Além de incidir necessariamente nos conhecimentos científicos e instrumentais, a formação deve privilegiar o desenvolvimento de capacidades como: capacidade de negociação, espírito crítico e equipa, criatividade, pensamento ético consolidado numa conduta de valores. Pretende-se, com esta comunicação, reproduzir o percurso realizado e refletir sobre a importância da aprendizagem dos valores no Curso de Norte e nas respetivas instituições hospitalares onde decorre o estágio de integração à vida profissional (IVP). Os participantes do estudo são os estudantes inscritos no 1º e 4º ano (sendo estes os que frequentam estágio IVP) e por docentes da referida escola que orientam ou tenham orientado estágios de IVP e responsáveis por órgãos como: o Conselho Técnico-Científico, o Conselho Pedagógico e Associação de Estudantes. Desenvolveremos o trabalho de campo recorrendo às seguintes fontes de colheita de dados: análise documental, observação participante, entrevistas, questionário e utilização da escala de valores: Rokeach Value Survy – RVS (Rokeach, 1973); Focus Group, constituído por peritos na área, cuja finalidade consiste numa discussão objetiva, conduzida ou moderada que introduz um assunto a um grupo de peritos e direciona a discussão sobre o tema, de uma maneira não estruturada e natural. Uma das vertentes fundamentais do estudo consistirá na concretização de triangulações múltiplas. Pretendemos que este projeto na sua concretização permita identificar novos valores a incluir ou excluir do Código Deontológico que orienta o exercício da profissão. Deseja-se enviar os resultados como proposta para o Conselho Jurisdicional, que apreciará e decidirá sobre a proposta de alteração.

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O Estágio Supervisionado nos cursos de formação de professores apresenta-se como condição básica para a formação do profissional que trabalhará com crianças, jovens e adultos em processos de escolarização. No caso do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), este estágio visa proporcionar experiências formativas para os graduandos junto à Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental. O objetivo deste texto é de apresentar um pouco dessa experiência como professora de Estágio e apontar a importância, bem como a necessidade de encontrar no Estágio Supervisionado um espaço de movimentos Identitários junto à profissão de professor. Aparentemente é lugar comum esperar que o estágio de fato se apresente como essa ponte entre a realidade dos alunos da graduação com a realidade profissional que os espera após sua formação, porém a partir de nossos trabalhos realizados como orientadora, supervisora e coordenadora junto a essa disciplina, percebemos que por muitas vezes é no Estágio, e somente no Estágio que tal aluno consegue se perceber como pertencente a um grupo que tem saberes específicos, como sendo responsável por outros sujeitos e se reconhece como partícipe de um processo que envolve outras histórias, outros atores. É nesse ambiente que pretendemos ampliar nosso debate. Por muitos anos no Estágio, os alunos afirmavam que não seguiriam a profissão de professor em sala de aula por acharem que depois da experiência vivenciada por eles não “levavam jeito para a coisa”, “não sabiam planejar aulas eficientes”, ou que de “fato não sabiam cuidar de crianças”, nem tão pouco gostavam da situação precária social que os professores se encontravam/e ainda se encontram nas escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental – Series Iniciais no Brasil. A partir do ano de 2002, a disciplina de estágio Supervisionado passou a gerar espaços de maiores diálogos entre as escolas da comunidade, os alunos/estagiários e professores/orientadores quando percebemos o grau de responsabilidade que tínhamos como professoras, que para além de ensinar conteúdos destinados aos saberes docentes, éramos também responsáveis por apresentar a importância de uma “felicidade” junto à sua profissão. Os percursos trilhados por esta disciplina tentou fortalecer questões inerentes ao ser professor, ao que é a escola, à carreira e o aprendizado contínuo, afagou as questões inerentes ao papel do professor para a sociedade, para a história das profissões e tentou situá-los na condição de continuidade nos processos identitários junto à profissão. Para tanto recorremos a um trabalho coletivo junto à comunidade de professores, coordenadores pedagógicos, diretores, orientadores de estágio e estagiários na perspetiva de renovar o sentido do estagiário na escola, do professor regente e dos próprios orientadores nesse processo formativo. Os diários de bordo, as reuniões semanais com todos os sujeitos envolvidos no processo, bem como espaços para estudos sobre a escola básica/professor/campo de trabalho foram elementos imprescindíveis nesse reconhecimento de si. O texto oferece assim uma referência para trabalhos na área, possibilitando a ampliação dessa discussão que vive de movimentos da prática para se renovar e renovar os estudos do tema em questão.

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RESUMO: A individualização dos cuidados de enfermagem tem sido associada a uma evolução clínica mais favorável, representando um importante parâmetro de avaliação e de desenvolvimento dos serviços de saúde. A tónica atribuída a esta problemática não só é evidenciada por diversos autores, como se enquadra nas metas de modernização do Sistema Nacional de Saúde e é destaque em vários códigos normativos da profissão nacionais e internacionais, como uma obrigação moral e deontológica. Assim, pretende-se mediante os ganhos em saúde sensíveis às intervenções de enfermagem, identificar quais indicadores do cuidado individualizado, para se efectivar a sua incorporação na formação inicial em enfermagem. Para tal efeito, construiu-se uma bateria de indicadores mediante análise de duas revisões sistemáticas da literatura, que teve por base o Modelo da Eficácia do Papel de Enfermagem, desenvolvido por Irvine et al. (1998). Para à adaptação à realidade portuguesa recorreu-se à técnica de Delphi, com duas rondas, que incluiu respectivamente, 12 e 10 peritos de enfermagem. Na análise de dados utilizou-se o nível de concordância superior ou igual a 90%, na última ronda. Na segunda fase do estudo, aplicou-se um inquérito por questionário (α de Cronbach = 0,919) para testar a sua aplicabilidade dos indicadores, a 156 enfermeiros, do mesmo hospital da área da grande Lisboa, no Serviço de Medicina e Cirurgia. Recorreu-se ao SPSS, versão 19 e realizou-se análise univariada e estatística analítica. Na bateria final de indicadores foram incorporados aqueles com ponderação positiva (≥51%). Os dados qualitativos obtidos foram submetidos a análise de conteúdo. Dos 58 indicadores iniciais, consolidaram-se 8 categorias: cuidado à pessoa em fim de vida e família, toque terapêutico, educação para a auto-gestão da saúde, cuidados de proximidade, gestão de casos, empoderamento/ literacia para a saúde, linha telefónica de apoio permanente/ tele-assistência e apoio psico-emocional, com valorização de 28 indicadores. O tempo de experiência profissional, tipo de serviço e tempo de permanência no mesmo serviço influenciou a percepção dos enfermeiros, confirmando os pressupostos de Irvine et al. (1998) e Benner (2001). A correlação total dos indicadores, no questionário, variou entre 0,248 e 0,650, para p<0,01. O facto de todas as correlações serem positivas significa que provavelmente estão associados à problemática da individualização, pelo que se sugere a sua transposição para o ensino de enfermagem. ABSTRACT: The individualization of nursing care has been associated with a more favorable clinical evolution, an important parameter for the evaluation and development of health services. The emphasis given to this problem is not only evidenced by several authors, as fits the goals of modernizing the National Health System and is featured in several normative codes of the profession nationally and internationally, as a moral and ethical obligation. Thus, it is intended by the gains in health sensitive to nursing interventions, identify indicators of individualized care and give effect to its incorporation into the initial training in nursing. For this purpose, we constructed a series of indicators by analyzing two systematic reviews of literature, which was based on the The Nursing Role Effectiveness Model developed by Irvine et al. (1998). For the adaptation to the Portuguese appealed to the Delphi technique with two rounds, which included, respectively, 10 and 12 nursing experts. In data analysis we used the level of agreement greater than or equal to 90% in the last round. In the second phase of the study, we applied a questionnaire (Cronbach's α = 0.919) to test the applicability of the indicators, the 156 nurses in the same hospital in the Greater Lisbon area, the Department of Medicine and Surgery. Done using the SPSS, version 19 and conducted a univariate analysis and analytical statistics. In the final heat of indicators were incorporated into those with positive weight (≥ 51%). Qualitative data were subjected to content analysis. Of the initial 58 indicators, eight were consolidated categories: care to the person and family life, therapeutic touch education for self-management of health care outreach, case management, empowerment / literacy to health, a telephone line permanent support / tele-assistance and psycho-emotional, with an appreciation of 28 indicators. The length of professional experience, type of service and length of stay in the same service influenced the perception of nurses, confirming the assumptions of Irvine et al. (1998) and Benner (2001). The total correlation of the indicators in the questionnaire ranged between 0.248 and 0.650, p <0.01. The fact that all correlations are positive means that are probably associated with the problem of individuation, which is suggested by its implementation in nursing education.

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Objetivou-se analisar o estilo de vida de estudantes de enfermagem por meio de um estudo exploratório, descritivo e com abordagem quantitativa. Verificou-se que os estudantes ingeriam apenas dois grupos de alimentos (“verduras e frutas” ou “verduras e grãos”); 54,2% não praticava atividade física; 57,8% deles dormiam menos de sete horas/ dia; havia grande proporção de estudantes-trabalhadores; 9,9% de fumantes e a frequência do uso de tabaco foi de 52,6% fumando de 2 a 5 cigarros/ dia, e 26,3% fumando de 1 a 3 maços de cigarros/ semana; 27,1% de estudantes etilistas e destes, 42,3% desses fazem o uso de álcool de 1 a 5 vezes/ semana, considerados bebedores moderados a graves. Conclui-se que, os estudantes não apresentam um estilo de vida saudável, colocando-os em risco de agravos a saúde.

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Os estudantes-trabalhadores da enfermagem estão expostos a inúmeros acidentes de trabalho devido à dupla jornada, trabalho e estudo, que afeta o estilo de vida e o estado biopsicoemocional. Objetivou-se neste estudo realizar uma discussão de caráter introdutório sobre a análise de algumas características demográficas e ocupacionais de estudantes-trabalhadores de enfermagem e suas relações com o riscode acidentes de trabalho. Realizou-se um estudo exploratório, descritivo e com abordagem quantitativa de dados. Fizeram parte da amostra 88 estudantes-trabalhadores do curso de enfermagem regularmente matriculados do1º ao 4º ano. Observou-se que a maioria dos entrevistados eram mulheres (65,9%), com idades acima de 25 anos (55,6%), casados (34,0%), a maior parte residia junto de familiares (85,2%); 27,3% viviam em outras cidades e precisavam se deslocar para estudar; a maioria (52,2%) trabalhava mais de 40 horas/semana e a maior parte na área de enfermagem (51,1%). Quanto aos hábitos alimentares, boa parte dos estudantes-trabalhadores (27,3%) apresentou um padrão inadequado (apenas a ingesta de “verduras e frutas”, e destes, 68,1% dormiam de 4 a 7 horas por dia, tempo de descanso insuficiente. Conclui-se que os professores devem ficar atentos aos sinais que o estudante demonstra durante os períodos que deve cumprir (plantões noturnos, estágios supervisionados, aulas teóricas). Há necessidade de investimento por parte dos órgãos formadores e da educação continuada das instituições de saúde no sentido de ter um olhar atentivo para os riscos ocupacionais em que o estudante-trabalhador de enfermagem está exposto durante a formação de enfermeiro.

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O presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida dos estudantes no curso de Enfermagem de uma faculdade privada. Realizou-se um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, utilizando a Escala de Qualidade de Vida de Flanagan e um instrumento de coleta de dados complementares, contendo questões estruturadas. Resultou numa amostra de 192 (cento e noventa e dois) estudantes. O diagnóstico evidenciou que a maioria dos estudantes está „Satisfeitos‟ e „Pouco satisfeitos‟ com a sua qualidade de vida, entretanto identificou a presença de vários problemas que necessitam de atenção dos educadores. Concluiu-se que se faz necessária a formação de um núcleo de estudos interdisciplinar, de pesquisa e extensão sobre Qualidade de Vida (QV), proporcionando apoio aos estudantes no que diz respeito aos aspectos imprescindíveis apresentados no estudo, para melhoria de suas QV. Isto pode preparar e adaptar o futuro profissional à nova etapa de vida que está apenas se iniciando.