2 resultados para creative sounds
em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal
Resumo:
In this article, I examine the implications of rewriting definitions of sanity and insanity through the use of noise, silence, and language,positioningElizabeth Bishop’s short story “In the Village” as a form of resistance against traditional readings of madness, logocentrism, and identity. I suggest that by writing her characters as undivided from the world of sound, Elizabeth Bishop’s story shifts understandings of insanity, which is often conceptualized through denials of agency, allowing her characters to escape in noises and hesitations in language and communication. “In the Village” avoids silencing the “insane” mother through her placement in a caesura of sound and silence. This article avoids a biographical reading of “In the Village,” which is often connected with her own mother’s “mental breakdown,” because Bishop’s writing would have been as much affected by her conscious awareness of her past as it was by the unconscious impulses and histories of writing in the West. Rather, I take into account Bishop’s own personal history as well as the repetitions that reflect a placement in a tradition appearing in the story itself. Using this particular lens, I believe a rereading of “In the Village” is in order, where the “mad mother” is not silenced by the oppressive social structures that control the insane,” but she instead finds escape in the multitudes of sounds that associate with her, erasing the power of language and opening a new world where agency exists in a scream or in a striking hammer.
Resumo:
Neste ensaio, procuro explorar como Ghosh traça a trajetória do silêncio do subalterno, principalmente através do personagem Fokir, enquanto movimento que ocorre desde o ato de ser silenciado até ao primeiro ato de resistência a esse silêncio, em seguida, até ao ato de se apropriar desse silêncio e, finalmente, até uma derradeira jornada que consiste em tornar esse silêncio seu, transformando- o de tal modo que acaba por caracterizar o seu, o nosso, modo de saber e ser. O silêncio não se opõe, então, à linguagem, mas é algo complementar: acrescenta significado à linguagem. O silêncio funciona aqui enquanto retórica e, como se verá, não é tratado em termo dos binários ocidentais como algo que se opõe ao discurso e que é caracterizado pela ausência. O meu argumento neste ensaio é semelhante ao do escritor Phulboni em The Calcutta Chromosome - o silêncio é caracterizado pela presença e possui vida própria; o silêncio é, aqui, uma força criativa. Em ambos os casos, será uma questão de escolha o facto de se ter em consideração as personagens subalternas ou marginais. Os grupos de subalternos usam frequentemente o silêncio como retórica, uma vez que muitas vezes lhes é negado o privilégio de representação nas narrativas principais. O silêncio seria, muitas vezes, uma ferramenta melhor do que a linguagem, porque a linguagem é o discurso dos poderosos. O silêncio não resistiria à equação do poder, mas também corromperia as mesmas ferramentas responsáveis pela criação da discriminação. Neste ensaio, gostaria de salientar como em The Hungry Tide, de Ghosh, nos deparamos com uma viagem que parte de um silêncio forçado para um silêncio criativo e colaborativo.