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em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal
Resumo:
O trabalho presente uma investigao sobre a Universidade sua gnese e diversidade, caminhada e desenvolvimento, prosperidade em crescimento, papel cultural e fonte de conhecimento seus momentos de glria, seu de impasse e de crise e tentativas para devolver a glria e prestigio de outrora. Nasceu na Europa Meridional com o ttulo de Studium Generale. No nasceu nem ex abrupto nem ex nihilo, a sua gnese remonta s escolas religiosas dos conventos e catedrais onde se conservavam os documentos da cultura greco latina que mais tarde imperar na Europa sob o antropocentrismo, em oposio ao Teocentrismo. O Studium General nasce sobre o patrocnio da Igreja que mantinha como disciplinas principais nestes centros a Teologia e Filosofia, cuja leccionao circunscrita a poucas Escolas e professores escolhidos. Acorriam Universidade alunos de todos os cantos da Europa, evidentemente com meios e frades alunos pobres e para os frades criaram-se colgios que os acolhiam e protegiam. A reunio de estudantes devido a disturbios gerou ambiente controverso e obrigou as autoridades governamentais a medidas quer de conteno quer de proteco a residentes e forasteiros. O estudante era um estrangeiro que se deslocava no espao europeu consoante a fama dos professores. A lngua latina foi o veiculo de ligao e comunicao. Pouco a pouco os estados foram-se dando conta do valor da universidade e dos seus ensinamentos e disputavam com a Igreja o seu patrocnio. A Universidade contribui para o desenvolvimento dos Estados a nvel administrativo, do direito, da criao de leis dando aos Estados uma maior e melhor organizao no seu desenvolvimento. As Universidades concediam graus acadmicos, sendo o maior o de doutor. Todos esperavam o apoio do saber acadmico e cientfico para vencer a luta pela existncia. O sistema escoltico criticado pelo humanismo deu origem a novos modelos de universidade que surgiram com a superviso dos Estados. Os modelos a partir do sculo XIX, so: ings, alemo, americano, francs e russo. A universidade passa a ser o lugar do ensino superior, com o repdio ao tradicinal e a investigao passa a fazer parte do papel da universidade. Em Portugal criou-se estruturas de apoio formao de professores especialmente o sector de cincia e educao. Tardiamente a Unio Europeia d ateno educao criando programas como o Scrates cujas aces so Comenios, Erasmus, Grundvig, Lngua e Minerva. A mobilidade estudantil torna-se realidade na Europa e a flexibilidade na educao. A funo da universidade actual ocupa-se do sector industrial e ps industrial da sociedade de informao, economia e empresa. Universidade como servio pblico e mercado. Foi pena que a Unio Europeia, no reconhecesse ao Homem a centralidade de que tem direito, e esquecesse que sem o homem no h desenvolvimento nem criatividade. Estruturou-se a economia e a poltica obliterou a educao, a cultura, a formao, isto um castelo construdo sobre areia. Relembrando Antero cabe dizer: Abrem-se as portas de ouro com fragor Mas dentro encontro s cheiro de dor Silncio e escurido nada mais. Hoje a nossa Universidade um problema. O seu caminho ter de ser o da cultura e a da educao. Tem de ser vista como poder em poca de crise e o permanente primeiro que o transitrio. Donde a necessidade de uma gesto de qualidade e de uma educao permanente.