8 resultados para Sistema embebido
em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal
Resumo:
O sistema de comparticipao de medicamentos por Preos de Referncia (SPR) foi implementado em Portugal tendo presente a necessidade de garantir o controlo da despesa farmacutica, de incentivar a racionalizao na utilizao dos medicamentos bem como incrementar a respectiva acessibilidade. Os medicamentos similares qumicos, com a mesma dosagem e forma farmacutica, com apresentaes destinadas a indicaes teraputicas sobreponveis foram agrupados em Grupos Homogneos. O Preo de Referncia (PR) foi definido de acordo com o Preo de Venda ao Pblico (PVP) do medicamento genrico de PVP mais elevado, para cada GH (Grupo Homogneo)[ ]. Este artigo pretende caracterizar o impacto do SPR sobre a despesa farmacutica nacional, por intermdio de uma anlise descritiva transversal, que incidiu sobre uma amostra constituda pelos quinze GH que lideraram a despesa farmacutica pblica no SPR, entre Janeiro e Setembro de 2003. Para o efeito, foram definidos indicadores especficos no mbito da despesa farmacutica, valor e volume de medicamentos consumidos. Em seguida foi investigado o impacto do SPR sobre a despesa farmacutica total, bem como sobre a despesa farmacutica no segmento do SPR, e ainda as repercusses sobre o equilbrio entre a despesa pblica e privada. Foi avaliada a informao recolhida relativa ao perodo anterior e posterior implementao do sistema. O estudo permitiu concluir que entre os perodos anterior e posterior implementao do SPR ocorreu um decrscimo na despesa farmacutica total, associada ao aumento da despesa total com medicamentos genricos e ao decrscimo da despesa total com medicamentos de marca. O PVP dos medicamentos de marca apresentou um perfil de alterao decrescente que se revelou muito sensvel implementao do SPR, ao contrrio do que ocorreu no segmento dos medicamentos genricos que se apresentou tendencialmente constante. O volume de medicamentos consumidos aumentou em termos de DDD (Doses Dirias Definidas), contudo diminuiu o nmero de apresentaes dispensadas.
Resumo:
Introduo: O Programa de Controlo da Diabetes Mellitus de 1998 tem como objectivo procurar a integrao dos vrios profissionais de sade num ambicioso projecto cujo objectivo final dar mais qualidade de vida aos doentes diabticos. Neste programa, ao lado do mdico de medicina geral e familiar, da enfermeira, do mdico hospitalar integrado o farmacutico. Mtodo: Estudo transversal (epidemiologia descritiva) realizado numa farmcia comunitria, durante dois meses realizado sobre todos os indivduos utentes de uma farmcia comunitria portadores de uma prescrio mdica para o prprio com pelo menos um antidiabtico oral, insulina ou material de autovigilncia. Os doentes foram questionados quanto utilizao do Guia do Diabtico (GD), nmero de consultas mdicas nos ltimos 3 meses, realizao de exames oftalmolgicos alguma vez na vida e nos ltimos 12 meses, vacinao da gripe no ltimo inverno e sobre qual o papel dos vrios profissionais de sade da educao teraputica do doente diabtico. Resultados: Na resposta pergunta se tm o GD, 82,9% (68/82) afirmou que o tinha. Dos 56 doentes que realizam dieta alimentar, em 87,5% (49/56) a dieta foi instituda pelo mdico, em 32,1% (18/56) pelo farmacutico, em 7,1% (4/56) pelo enfermeiro e em 19,6% (11/56) pelo dietista. Apenas 56% dos doentes tiveram consulta de oftalmologia no ltimo ano. Apenas 37% dos doentes receberam a vacina para a gripe no ltimo inverno. Discusso: Melhorias na articulao entre as diversas entendidas envolvidas na preveno e no tratamento da diabetes devem ser introduzidas, visando o alcance de resultados clnicos positivos nos doentes diabticos. Concluso: Apenas 56% dos doentes tiveram consulta de oftalmologia no ltimo ano. Apenas 37% dos doentes receberam a vacina para a gripe no ltimo Inverno. As farmcias so locais adequados para a realizao de estudos sobre a qualidade dos servios de sade prestados.
Resumo:
Revista Lusfona de Cincias Sociais
Resumo:
O alargamento da Unio Europeia de quinze a vinte e cinco Estados membros suscita numerosas interrogaes sobre a coerncia e a viabilidade de um tal projecto. Contudo, h quem considere que os media podero assumir um papel importante nesta matria, favorecendo a construo de uma sociedade civil e de uma identidade europeias vigorosas. A fragmentao da paisagem meditica europeia e a dimenso norte-americana dos media transnacionais provocam porm um certo cepticismo
Resumo:
A actividade de um Supervisor Pedaggico processa-se no interior dos sistemas educativos. Ele um profissional altamente especializado que tem de tomar decises no sentido da melhoria do sistema e dos agentes que nele intervm. Neste estudo, parte-se do princpio que as decises dentro de um sistema educativo tm de ser decises bem fundamentadas, pois iro ter repercusses em todo o sistema e nos seus elementos. Para estas decises serem consequentes, no podem ser tomadas sem uma orientao que esteja baseada em modelos ou prticas consideradas boas. S depois de se saber as melhores prticas que podemos conhecer se as nossas decises esto a ser tomadas num sentido correcto. Pretendeuse saber quais os sistemas educativos, do conjunto mundial de pases, que respondiam melhor a um grupo de critrios considerados crticos. Com base nos critrios do ndice de Educao do PNUD foi encontrado um conjunto de pases com um ndice de Educao considerado elevado e, a partir deste dado, foi feito a dois nveis um estudo em Educao Comparada. Na primeira parte, comparado o sistema educativo portugus com o conjunto destes pases. Esta comparao mais global foi realizada nos seguintes critrios: ndice de educao do PNUD; percentagem do PIB gasta na educao; nmero de anos na escolaridade obrigatria; e nmero de universidades por milho de habitantes. Na segunda parte; feita uma comparao mais focada entre o sistema educativo portugus e os sistemas educativos da OCDE e da Unio Europeia nos seguintes seis critrios: resultados no programa PISA e as cinco metas da Unio Europeia para a educao e formao para o ano de 2010. No conjunto dos 10 indicadores, os resultados mostram que em quatro [ndice de Educao, durao da escolaridade obrigatria, nmero de universidades por milho de habitantes e taxa de variao do total de licenciados em matemtica, cincias e tecnologias] Portugal apresenta resultados positivos que o colocam prximo dos sistemas educativos de referncia, quer a nvel mundial quer a nvel europeu. No PIB gasto em educao, a situao do sistema educativo portugus est prxima dos valores de referncia com um valor ligeiramente abaixo da mdia. Em cinco dos indicadores estudados [resultados do estudo PISA em literacia cientfica; abandono escolar precoce; nmero de alunos de 15 anos com baixos resultados em leitura; percentagem de jovens de 22 anos que concluem o ensino secundrio e participao da populao adulta na aprendizagem ao longo da vida], o estudo comparativo revela que o Portugal apresenta resultados baixos quando comparado com os pases da OCDE e da Unio Europeia. Verificase que em termos mundiais o sistema educativo portugus mostra uma tendncia de aproximao aos sistemas educativos de referncia. Na comparao com os sistemas educativos da Unio Europeia e com os sistemas educativos dos pases que fazem parte da OCDE, o sistema educativo portugus ainda est muito longe dos sistemas educativos de referncia destas duas organizaes internacionais. Portugal apresenta um comportamento misto no conjunto de indicadores estudados que poder resultar de razes sociais, culturais e histricas.
Resumo:
Este texto analisa o impacto das estruturas scio-econmicas e socio-institucionais na explicao da eficcia escolar, na transio do sistema de ensino obrigatrio, para o ensino secundrio, procurando descortinar os factores determinantes da taxa bruta de escolarizao no ensino secundrio. Em termos metodolgicos, utilizou-se a metodologia ecolgica, tomando como unidade de anlise os 278 Concelhos do Continente, referente ao perodo de 2004. A anlise dos resultados revela que so os recursos culturais os elementos de clivagem que produzem maior diferenciao na explicao da eficcia do sistema escolar. Esta anlise d um retrato da estrutura socio-econmica portuguesa e da estrutura socio-organizativa das escolas, permitindo concluir que os factores mais importantes na explicao da eficcia do sistema escolar se centram na necessidade de alargar a rede escolar de oferta formativa dos cursos profissionais em zonas urbanas; no aumento da procura formativa; num corpo docente estvel e no investimento das cmaras em cultura e desporto. Assim, a eficcia escolar tende a mostrar-se mais como um problema estrutural do pas, do que como um problema conjuntural de resoluo imediata.
Resumo:
Num contexto de revitalizao do credo neoliberal, as componentes de educao e formao, tradicionalmente separadas, tm sido alvo de aproximao crescente num processo de articulao e convergncia, que permitem a alguns autores reconhecer a tendncia para as polticas de Educao de Adultos se transformarem em polticas de Educao e Formao de Adultos. Num pas, como Portugal, que apresenta, tradicionalmente, baixos nveis de educao de base e de qualificao e de certificao escolar e profissional da populao adulta, em comparao com os demais pases europeus, a necessidade de recomposio dos sistemas educativos e de articulao dos sistemas de educao e formao tem conduzido a uma convergncia de preocupaes em torno da problemtica do reconhecimento e validao de competncias e da implementao deste dispositivo. Neste estudo, procurmos compreender o processo de construo scio-histrica de um campo to rico e polissmico como a Educao de Adultos, em Portugal, a partir da centralidade assumida pelo Sistema de Reconhecimento, Validao e Certificao de Competncias, enquanto novo modelo de educao e formao de Adultos, atravessado por continuidades, descontinuidades, ambiguidades e tenses. Atravs de uma metodologia de um estudo de caso, privilegiamos uma abordagem qualitativa e descritiva, numa relao de dilogo entre a construo terica e os dados empricos. O estudo conclui que o Sistema de Reconhecimento, Validao e Certificao de Competncias, instrumento legitimador da articulao crescente entre os sistemas de educao e formao, est construdo na tenso entre uma lgica de racionalidade e eficincia econmica e os apelos a uma lgica humanista-emancipatria.
Resumo:
Os debates em educao no Brasil atualmente elegem como um dos pontos de sua pauta a construo coletiva do projeto poltico -pedaggico da escola. A LDB, n 9394/96, prev que os estabelecimentos elaborem e executem a sua proposta pedaggica, denominada de Projeto Poltico-Pedaggico. Esta pesquisa teve como objetivo analisar os fatores que influenciaram a construo do Projeto Poltico-Pedaggico na Escola Municipal de Educao Infantil e Ensino Fundamental Paulo Freire, localizada na cidade de Cajazeiras, Paraba. As principais contribuies tericas foram de Celso Vasconcellos, Ilma P. A. Veiga, Danilo Gandin, especialistas no assunto. Os sujeitos envolvidos se constituram de membros da comunidade escolar, e a coleta d e informaes foi realizada por meio de 09 entrevistas no dirigidas diretora da escola, coordenadoras e professores. Alm das entrevistas, foi estudado o projeto da escola em seu aspecto documental. Nesse intento, optou -se pela abordagem qualitativa, conjugada com o ALCESTE. Os resultados confirmam a hiptese de que a autonomia e a participao coletiva so indispensveis construo do projeto pela escola. Na opinio das pessoas entrevistadas, os principais fatores que influenciaram a construo do projeto da escola foram internamente: o desejo e a necessidade da construo do projeto; a oportunidade de participar do processo educativo da escola; a ausncia de um planejamento para orientar essa construo; a precariedade das condies estruturais; a fal ta de uma gesto efetivamente democrtica, e de uma boa formao continuada. Externamente, influe nciaram a construo do projeto: a contribuio da literatura especfica, o incentivo das campanhas do MEC; a interveno da legislao, e da SEME, entendidas como autoritrias; o pouco conhecimento da comunidade externa sobre o assunto. Espera -se que esta pesquisa possa contribuir para o debate e, qui, possam os profissionais da escola revisar as concepes tericas e metodolgicas sobre a temtica.