4 resultados para Sacred-profane
em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal
Resumo:
Para podermos falar de Arquitectura e Espaço Sagrado, deveremos começar por estabelecer alguns contornos para o tema, já que, sendo de conteúdos aparentemente simples, ele apresenta diversas hipóteses de compreensão. A primeira questão a colocar, prende-se com o domínio do Sagrado em si mesmo: como primeira hipótese de trabalho, poderemos considerar que é para nós sagrado tudo o que constitui um aforismo. Esse aforismo é identificável dentro de um determinado sistema cultural: aquele a que pertencemos. Ora, ao referirmos um “dentro”, pressupõe-se a existência de um “fora”. É nesta rotura que o Sagrado se manifesta, por oposição ao Profano, ou seja, em oposição ao que lhe é exterior.
Resumo:
O trabalho foca e analisa o Ginásio Arquidiocesano Sagrado Coração de Jesus, colégio criado na Arquidiocese de Aracaju/Se, escola confessional exclusiva na educação de homens no período de 1961 a 1966, criada pelo Padre José Carvalho de Souza, como um instrumento a serviço da Educação Católica na cidade de Aracaju. Os padres Diocesanos do Sagrado Coração de Jesus tinham como objeto a instrução de rapazes de todo o estado sergipano, a partir dos princípios da fé cristã. Como objeto principal, o trabalho discute a trajetória desta instituição de ensino a partir da cultura escolar católica masculina em seus primeiros anos de existência, mediante as memórias de ex-alunos, professores, membros da instituição, documentos institucionais, e do arquivo público do Estado de Sergipe, através dos periódicos consultados.
Resumo:
Historicamente, o franciscanismo sempre utilizou os referenciais místicos da Ordem para renovar suas diretrizes em momentos de crise. Dentre os referenciais mais usados, dois se destacam: São Francisco e as Chagas de Cristo nele impressas. O franciscano colonial brasileiro em pleno século XVIII, precisamente a partir de 1750, é marcado por um retorno às fontes franciscanas. Procuramos trilhar esse momento de renovação espiritual no Brasil a partir da arte iconográfica nos conventos do Nordeste e da literatura desenvolvidas por franciscanos brasileiros. Em 1754, é pintado um magnífico Orbis Seraficus no Salão de Santana, no convento de Olinda. Em 1761, Fr. Antônio de Santa Maria Jaboatão retoma esse Orbis Seraficus e acrescenta a existência de um Novo Brasílico na sua crônica. A nossa pesquisa consiste em desvendar a importância da espiritualidade franciscana na formação de um novo perfil político para o Brasil em meados do século XVIII.
Resumo:
A amplitude do culto e da iconografia de Francisco Xavier foi praticamente única na época Moderna, como vemos no número de igrejas, confrarias e altares dedicados a ele, além da quantidade e variedade das suas representações artísticas. Na origem deste culto e da respectiva iconografia encontram-se o poder régio português e depois ibérico e ainda o interesse do nobre japonês Ôtomo Yoshihige. Por sua vez, o interesse da Companhia de Jesus na divulgação deste culto e da sua iconografia exprimiu-se a partir da década de 1570 através da literatura e da arte, e ainda através do fomento da devoção do seu corpo e das relíquias corpóreas e de contacto. Na estratégia de constituição do culto de Francisco Xavier, são de referir o papel que lhe foi atribuído enquanto missionário mais emblemático da Época Moderna (Francisco Xavier, “o Apóstolo do Oriente”), as suas supostas capacidades taumatúrgicas e que deram origem a epítetos, como Francisco Xavier, “o Milagre dos Milagres” ou Francisco Xavier, “o Príncipe do Mar”), e ainda o facto desta figura encarnar algumas das virtudes de santidade mais importantes para o Catolicismo pós tridentino, tais como a pureza e o espírito de mortificação.