3 resultados para Plinio Segundo, Cayo. Historia Natural-Comentarios
em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal
Resumo:
Merc das cerca de 45 edies em sete lnguas publicadas entre 1585 e o termo do sculo XVI, a Historia de las cosas mas notables, ritos y costumbres del gran Reyno de la Chinado agostinho espanhol Juan Gonzlez de Mendoza logrou ser o primeiro best-seller internacional sobre o mundo chins e um dos mais influentes livros da proto-sinologia europeia de Quinhentos e Seiscentos. As reivindicaes dos poderes seculares da colnia espanhola de Manila e dos mendicantes do Padroado por um lugar na China no s contriburam decisivamente para a gnese da obra, como ajudam a justificar o impacto que esta conseguiu na Europa culta da transio do sculo XVI para o sculo XVII. Seja como for, para a cabal compreenso deste caso editorial necessrio proceder a inquritos complementares, como o que investigue o modo como frei Gonzlez de Mendoza articulou as informaes de origem espanhola e portuguesa de que disps para compor a sua sntese sobre a China. Neste particular, ganha especial importncia observar o tratamento concedido aos contedos de ndole geogrfica e avaliar, a partir da, as razes subjacentes a opes que certa vez denotam um recuo objectivo em relao s informaes disponveis, outras uma aparente ruptura face a textos de referncia, outras ainda a recuperao de ideias h muito abandonadas nos meios de vanguarda que se iam encarregando da actualizao do moderno conhecimento europeu sobre a China. A articulao entre algumas destas opes e o servio da propaganda do acto missionrio dos mendicantes espanhis constitui uma das principais pistas a explorar.
Resumo:
O Evangelho segundo Jesus Cristo, de Jos Saramago, de 1991. Nesse mesmo ano, Juan Luis Segundo publica La historia perdida y recuperada de Jesus de Nazaret. Mais do que a coincidncia de datas, o que chama ateno nesses dois livros o dilogo secreto que eles travam entre si. O telogo escreve para o ateu potencial, aquele que capaz de colocar certos valores humanos acima dos valores religiosos. Por que essa preferncia? Porque s um ateu potencial diz Segundo pode reconhecer a importncia e o significado de Jesus. Em que pese o paradoxo, no precisamente esse o caso de Saramago? No ele, apesar dele, esse ateu potencial?
Pedagogia da salvao segundo a Arte de Criar bem os Filhos na Idade da Puercia, de Alexandre de Gusmo
Resumo:
Consciente das particulares obrigaes da Companhia de Jesus em matria de ensino, o Padre Alexandre de Gusmo (1629-1724), com a Arte de criar bem os filhos na idade da puercia (1685), pretendia um perfeito menino, educado, desde tenra idade, segundo os princpios da doutrina crist e em santos e honestos costumes. Logo que a criana tomasse conhecimento da realidade e comeasse a discernir o bom do mau, deveria conhecer o Criador e os principais mistrios da f. Os pais deveriam afastar os filhos do pecado e do vcio, e incutir-lhes a piedade e o temor a Deus. Neste projecto pedaggico, reconhecia-se ser a educao dos filhos dever inalienvel dos pais, cujo exemplo constitua o melhor documento. Para que soubessem agir correctamente era-lhes especialmente dedicada a segunda parte da obra em apreo, com o sugestivo ttulo de Como se ho-de haver os pais na criao dos meninos. Com este envolvimento, Gusmo tinha, igualmente, conscincia da necessidade de reformar a famlia e, por natural extenso, a prpria sociedade. Contudo, da boa criao dos meninos beneficiava tambm a repblica. Largamente apoiado nas Sagradas Escrituras, na Histria, nos filsofos da Antiguidade Clssica, bem como em muitos autores cristos, Alexandre de Gusmo, para corroborar o seu pensamento pedaggico, utilizou situaes exemplares e referncias das autoridades, de modo que as suas ideias prevalecessem, sem possibilidade de quaisquer contestaes gratuitas. Por diversas vezes, repetiu a mesma ideia, como a sublinhar propositadamente a mensagem que desejava transmitir.Gusmo entendia que a educao deveria conduzir salvao. A boa criao dos meninos implicava obedincia, devoo e piedade. Os pais e os mestres, que se demitissem deste propsito, haveriam de prestar contas a Deus e receber severos castigos divinos. Com esta comunicao, pretendemos dar a conhecer os princpios pedaggicos defendidos por Alexandre de Gusmo na obra em anlise, salientando como a Escola deveria servir as letras, os bons costumes e a religio catlica.