19 resultados para Museu de ciências Aspectos educacionais
em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal
Resumo:
com imensa satisfao que participo do I Simpsio sobre Museologia, na UFMG. Com a realizao deste evento, pude constatar o entusiasmo e a garra dos profissionais que tiveram a iniciativa de instalar, nesta Universidade, O Museu de Ciências Morfolgicas, que tem como objetivo, democratizar o ensino, abrir as fronteiras da Universidade, incentivar a realizao de aes de ensino, pesquisa e extenso, de forma integrada, em diferentes nveis de ensino. Parabenizo, pois, a iniciativa, principalmente, por ter sido gestada por profissionais da rea das ciências mdicas, que muitas vezes nos fazem sentir como pobres mortais, diante da sapincia daqueles que dominam o nosso corpo e o analisam como um objeto parte, sem a devida contextualizao, sobretudo, dos aspectos culturais. Com certeza, o Museu de Ciências Morfolgicas da UFMG ir colaborar, efetivamente, com a necessria humanizao da rea mdica, e para a indispensvel integrao entre a Universidade e a Comunidade.
Resumo:
Esta investigao faz um registro de um estudo de caso realizado com o objetivo de avaliar quais as contribuies trazidas pelo Fundo de Manuteno e Valorizao da Educao Bsica (FUNDEB) ao ensino fundamental, no Municpio de Nazarezinho Paraba/Brasil, no perodo de 2007 a 2009. O estudo est fundamentado nos principais acontecimentos histricos da educao brasileira: o financiamento educacional, as polticas de investimento e monitoramento internacional, as polticas neoliberais, o governo de Fernando Henrique Cardoso, a organizao e vigncia das principais legislaes educacionais do pas. Os principais programas educacionais da gesto do Presidente Luiz Incio Lula da Silva, origem e desenvolvimento do FUNDEB a nvel nacional e local, tambm fundamentaram a pesquisa conceitos de qualidade, financiamento educacional e polticas educacionais. Como aporte terico, buscou-se as principais referncias brasileiras: Davies (2008), Pinto (2004), Arelaro (2005), Azevedo (2005) e (Saviani) (2008). Como metodologia foram utilizadas tcnicas de anlise documental e entrevistas semiestruturadas com professores da rede municipal de ensino. A amostra documental foi feita atravs de estudo dos relatrios, balanos, demonstrativos de receitas e despesas do FUNDEB, Atas do Conselho de Acompanhamento do FUNDEB. Os resultados da pesquisa apontam que o novo fundo, no citado municpio, trouxe significativas melhorias em vrios aspectos educacionais: formao docente, aquisio de equipamentos e infraestrutura das escolas. Porm, na questo da aplicao condigna dos recursos, ainda so necessrios ajustes. Tambm percebemos que o ndice de evaso e repetncia continua muito alto. A pesquisa trouxe contribuies efetivas no que diz respeito s informaes sobre os recursos do FUNDEB, inclusive abrindo debate para que o municpio pudesse discutir as formas de aplicao dos recursos conforme a lei na sociedade e no Conselho de Acompanhamento do FUNDEB.
Resumo:
O Museu e a Universidade de Manchester, realizaram em Abril p.p., a Conferncia Internacional sobre o Valor e a Avaliao das Coleces de Ciências Naturais, na qual participaram 135 delegados provenientes de 31 pases Ao longo dos trs dias de trabalho, foram apresentadas e discutidas vrias comunicaes explorando os diversos aspectos relativos ao valor cientfico, cultural e econmico deste tipo de coleces. As intervenes feitas procuraram responder a algumas das questes formuladas pela Organizao, quanto possvel sub-avaliao das coleces de ciências naturais relativamente s coleces na rea das humanidades e, em particular, das belas-artes, e s medidas a implementar no sentido de valorizar as potencialidades destas coleces bem como melhorar o nvel de investimentos em termos de preservao e formao profissional do pessoal envolvido na sua manipulao. Outro importante aspecto das coleces de ciências naturais tambm abordado, foi o do seu valor econmico, por vezes mais enfatizado do que o valor cientfico e cultural. Dada a importncia do acordo firmado e garantindo deste modo a sua divulgao no nosso pas, transcrevemos seguidamente a sua adaptao para lngua portuguesa.
Resumo:
A anlise dos relatrios do Programa Internacional de Avaliao dos Estudantes (PISA, 2006) da Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico (OCDE) e do Third International Mathematics and Science Study (TIMSS, 1995) revelam que os jovens portugueses apresentam baixos nveis de literacia cientfica. Estes estudos avaliam se os estudantes desenvolveram algumas capacidades e competncias que so consideradas essenciais para que participem plenamente na sociedade. As reas de estudo avaliadas nestes estudos so a leitura, matemtica e ciências, sendo a literacia cientfica aquela em que nos centramos, neste trabalho. Como os museus tm por objectivo facilitarem o acesso a conhecimentos cientficos aos visitantes e tm, ainda, preocupaes com as questes de literacia cientfica, nomeadamente por parte das crianas e jovens, tm vindo a desenvolver esplios, actividades e programas de frias que contemplem estas vertentes (Gil, 2003; Wertsch, 2002). Nesta investigao pretendem-se estudar as actividades ldico-cientficas desenvolvidas nos perodos de frias escolares no Museu de Cincia e no Museu Nacional de Histria Natural. Estes programas de frias decorrem em ambiente informal e consistem em actividades nas diversas reas cientficas contempladas nestes dois museus: matemtica, fsica, qumica, astronomia, geologia, biologia, botnica e zoologia. Destinam-se a crianas dos 4 aos 13 anos de idade. Nesta investigao assumimos uma abordagem interpretativa (Denzin, 2002; Denzin & Lincoln, 1998) e desenvolveu-se um estudo de caso intrnseco (Stake, 1995). Como participantes seleccionmos crianas dos trs grupos etrios considerados, bem como os respectivos monitores, encarregados de educao e investigadora. Os instrumentos de recolha de dados foram a observao, as entrevistas, conversas informais, tarefas de inspirao projectiva e os protocolos das crianas e jovens. O tratamento de dados baseado numa anlise narrativa de contedo (Clandinin & Connelly, 1998), da qual emergem categorias indutivas (Hamido & Csar, 2009).
Resumo:
Actualmente, a aprendizagem da leitura e da escrita considerada fundamental para a integrao do indivduo na sociedade. No entanto, esta tarefa caracterstica nos primeiros anos de escolaridade, reveste-se de alguma complexidade, havendo mesmo um nmero significativo de crianas que no conseguem compreender a natureza da tarefa e, consequentemente, dar resposta s exigncias que a Escola faz em termos de aprendizagem. frequente quer no Ensino Regular quer na Educao Especial conhecermos alunos que revelam dificuldades de aprendizagem nesta rea, condicionando todo o seu percurso acadmico e profissional. Verificamos, assim, que no decurso da prtica pedaggica de docentes, a aprendizagem da leitura e da escrita uma temtica que desperta um enorme interesse e que suscita a necessidade de investigao contnua, num processo de permanente actualizao cientfica e pedaggica. Esta Dissertao de Mestrado tem como objectivo geral: a investigao sobre as condies pedaggicas e os factores cognitivos optimizadores da aprendizagem da leitura e da escrita, atribuindo um especial enfoque ao contexto do Jardim-de-Infncia. Decorre do seguinte problema: Ser que o sucesso da aprendizagem da leitura e da escrita est relacionado com factores pedaggicos e cognitivos? Como objectivos especficos definimos a caracterizao de ambientes favorveis para a aprendizagem da leitura e da escrita, bem como a anlise do papel da conscincia fonolgica e da decifrao para o sucesso dessa aprendizagem. Em seguimento, estabelecemos as seguintes hipteses: Geral 1: O sucesso da aprendizagem da leitura e da escrita das crianas depende de factores pedaggicos e cognitivos; Especfica 1.1: Um ambiente estimulante na sala de aula promove a apropriao da leitura e da escrita; Especfica 1.2: A estimulao da conscincia fonolgica e da decifrao favorece o processo de aprendizagem da leitura e da escrita; Geral 2: O sucesso da aprendizagem da leitura e escrita no depende de factores pedaggicos nem cognitivos. Numa primeira fase, fazemos uma reviso da literatura relativa s condies pedaggicas e aos factores cognitivos optimizadores da aprendizagem da leitura e da escrita. Abordamos a temtica do funcionamento do crebro, relacionando-o com o conceito de aprendizagem. Procedemos a uma resenha histrica das perspectivas educacionais sobre a aprendizagem da leitura e da escrita, na qual so contemplados aspectos como: a precocidade dos conhecimentos infantis sobre a linguagem escrita, a descrio de ambientes favorveis ao ensino da leitura e da escrita e a anlise dos conceitos de decifrao, conscincia fonolgica e compreenso no contexto de aprendizagem da leitura e da escrita. Posteriormente, apresentamos a metodologia que tem como suporte o questionrio e que visa aferir se o sucesso da aprendizagem da leitura e da escrita depende de factores pedaggicos e cognitivos. A amostra do nosso estudo constituda por educadores e professores do concelho de Castelo de Paiva. Segue-se a recolha, o tratamento dos dados e a discusso dos resultados. Decorrente desta investigao, assente nas componentes de reviso bibliogrfica e metodolgica, obtiveram-se algumas concluses. A aprendizagem consiste num processo de mudana de comportamento resultante da experincia construda por factores emocionais, neurolgicos, relacionais e ambientais. O acto de aprender decorre da interaco entre estruturas mentais e o meio ambiente. Neste contexto, o professor encarado como mediador da aprendizagem e no como mero transmissor de conhecimentos. Por seu lado, o aluno um sujeito activo que busca o saber. A relao que se estabelece entre professor e aluno baseia-se numa interaco de responsabilidade, confiana e dilogo, fazendo, de forma responsvel, a auto-avaliao das suas funes. No processo de ensino-aprendizagem, assume especial relevncia termos conhecimento de que o crebro se modifica perante novas aprendizagens e que estas devero ser integradas nos conhecimentos prvios para lhes ser atribuda significncia. A criana, desde cedo, adquire conhecimentos sobre a linguagem escrita. funo do educador estar atento a essa situao, incentiv-la e apoi-la. A motivao assume, neste campo, um papel fundamental. Pressupe-se que os intervenientes no processo educativo pensem no desenvolvimento de tarefas de leitura e de escrita para que o sujeito-aprendente entre em actividade cognitiva efectiva e no se exercite apenas mecanicamente; pressupe que os alunos no desempenhem o papel de meros figurantes, mas participem em situaes de verdadeira interaco e sejam levados a implicar-se no trabalho com a linguagem, compreendendo a sua funcionalidade. A atitude do educador e do professor passa por escapar ao isomorfismo de prticas, optando pela diversificao metodolgica, fazendo com que o trabalho cognitivo do sujeito-aluno no se esgote na descoberta de respostas fixas a pedidos escolarizados, mas seja investido na vivncia de verdadeiras emoes. O desenvolvimento da linguagem oral, a conscincia fonolgica e os comportamentos emergentes da leitura e da escrita so trs factores determinantes do sucesso da aprendizagem da leitura, pelo que devem ser trabalhados de forma clara, intencional e continuada. Quanto maior for o conhecimento oral da lngua, em termos de vocabulrio e complexidade frsica maior ser a capacidade de compreenso da mensagem escrita. Sendo a organizao e funcionamento cerebrais condies capitais na aquisio da linguagem, a lngua ouvida no meio em que a criana cresce determinante no sucesso ou insucesso da leitura: quanto mais rico e estimulante for o meio, mais rico ser o uso e o conhecimento que a criana tem da sua lngua. A educao pr-escolar e os primeiros anos de escolaridade so um perodo crucial para aquisies lingusticas de grande preponderncia (nomeadamente a conscincia fonolgica), devendo estes modelos de educao formal incidir na promoo lingustica, promovendo um contacto frutuoso com modelos lingusticos ricos, diversificados e estimulantes.
Resumo:
A presente dissertao apresenta uma anlise das prticas inclusivas desenvolvidas num estabelecimento de ensino pblico, no concelho de Sintra. Inspira-se numa concepo que privilegia a mudana, a cooperao e a motivao face a actividades musicais activas e experimentais. Analisam-se, tambm, os aspectos cientfico-pedaggicos fundamentais para a viabilidade das prticas educacionais inclusivas realando os aspectos afectivos, sociais e motivacionais como sendo factores fundamentais, tendentes ao sucesso escolar dos alunos em particular os que apresentam Necessidades Educativas Especiais. Neste trabalho de investigao-aco pretendo realar ainda, a contribuio importante que a msica pode prestar aos projectos interdisciplinares, num trabalho conjunto entre escola/meio e formao social e pessoal dos alunos. Nesta perspectiva, a disciplina de Educao Musical assume assim, um papel preponderante no desempenho escolar dos alunos enquanto meio difusor e impulsionador de uma troca de valores culturais e ambientais em torno da nossa sociedade. Este trabalho abriu perspectivas de estudo acerca de um assunto que tem sido pouco trabalhado, apesar de se saber que a msica em contexto de interajuda contribui para o desenvolvimento global dos alunos em geral, quer ao nvel de relaes interpessoais quer a nvel de motivao face s aprendizagens escolares.
Resumo:
Este artigo trata do processo de construo de indicadores de qualidade no campo da avaliao educacional e, mais especificamente, da avaliao de polticas e programas educacionais. O objetivo promover uma discusso sobre duas questes articuladas: num primeiro momento, tratar os aspectos epistemolgicos e terico-metodolgicos envolvidos no processo de construo de indicadores nas ciências sociais; e, num segundo, refletir sobre os limites e possibilidades da construo de indicadores de qualidade no campo da avaliao educacional com base nas abordagens tericas mais recentes sobre qualidade em educao e sobre avaliao. Para proceder discusso adotamos uma perspectiva epistemolgica que busca focalizar a questo a partir da relao entre a definio de modelos de avaliao educacional e os problemas de validez que permeia o processo de construo do conhecimento, os obstculos envolvidos na relao que estabelece entre o pesquisador social (no caso especfico, o avaliador) e o conhecimento a ser produzido, bem como a questo do seu uso social e poltico que remete ao sentido atribudo para o termo qualidade em educao. Na concluso o artigo apresenta uma proposio provisria de um conjunto de estratgias que podem ser considerados como norteadores para a construo de modelos de avaliao de polticas e programas educacionais e de indicadores de qualidade.
Resumo:
A utilizao das Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC), quer na sala de aula quer em casa, tem crescido de uma forma quase exponencial. possvel dividir a histria da utilizao dos computadores na educao em dois perodos: antes e depois do aparecimento dos computadores pessoais. Estes aparecem no final da dcada de 70 do sculo XX, sendo responsveis pelas alteraes no processo de ensino e aprendizagem, na organizao do trabalho na universidade e no prprio sistema educacional. A introduo destas tecnologias acompanhada de expectativas demasiado optimistas, tais como um maior sucesso escolar, tornar o ensino mais apelativo e o trabalho do docente menos repetitivo. Contudo, mesmo havendo o reconhecimento da necessidade do uso do computador e de programas computacionais como ferramentas educacionais, estes instrumentos so pouco familiares para estudantes e docentes. Pretende-se, com recurso a questionrios, conhecer qual a utilizao que os estudantes de uma Escola de Ciências da Sade e do Ensino Superior Privado fazem das TIC,em especial do computador. Observou-se que o computador bastante familiar a todos os estudantes, pois recorrem a este instrumento para realizar mltiplas tarefas, tanto em casa como na instituio. Os trabalhos acadmicos e a pesquisa na Internet revelaram-se como sendo as actividades que mais ocupam os estudantes no computador.
Resumo:
O desenvolvimento deste estudo tem como foco principal a avaliao da prtica discente nas escolas pblicas de ensino fundamental com abordagem qualitativa e quantitativa dos aspectos relacionados ao processo ensino-aprendizagem, que retratam a realidade das atividades desenvolvidas pelos alunos e que os conduzem ao processo avaliativo. Este estudo de cunho cientfico busca contemplar questes e definies de Avaliao da prtica discente e se desenvolve de forma sistematizada com vista realizao dos objetivos propostos e alcance dos resultados esperados. Assim, busca-se na primeira etapa de desenvolvimento deste trabalho, identificar as possveis causas de insucesso escolar dos alunos em suas prticas e atividades escolares, fato demonstrado atravs dos resultados negativos dos processos avaliativos e, espera-se ao final deste estudo, contribuir com novas propostas que resultem na melhoria dos procedimentos relacionados avaliao com aspecto qualitativo, com sugestes, referncias e apresentaes luz do professor e observaes relacionadas s experincias profissionais e s relaes com os alunos. Quanto ao delineamento da investigao e sua natureza metodolgica, a opo foi pela pesquisa exploratrio-descritiva, com abordagem qualitativa, que utilizou como meios para a coleta de dados, o trabalho de campo, com questionrios e entrevistas estruturadas. O universo de abrangncia incidiu sobre dois estabelecimentos pblicos de ensino fundamental, da regio urbana do municpio de Teresina Piau. Para amostragem, por acessibilidade, da populao desse universo designou-se 20% dos seus professores, que integraram a pesquisa, respondendo os instrumentos propostos. Os dados obtidos sero analisados e discutidos com vista demonstrao dos resultados.
Resumo:
Este estudo tem por objetivo desvelar as significaes construdas pelos alfabetizandos presidirios sobre suas experincias educacionais, na situao do crcere. Considerando os objetivos que perseguimos e os aportes tericos metodolgicos que fundamentam o trabalho, passamos a situar as trilhas da nossa pesquisa no contexto de um presdio, dando voz aos detentos, cujos discursos tradicionalmente so reduzidos a patologias ou desvios. Nesta direo, recorremos abordagem qualitativa de pesquisa. Nossa escolha metodolgica para o trabalho investigativo utilizar a teoria que tambm mtodo das Representaes Sociais, que so marcados pela especificidade de dar lugar ao pensamento do Outro na pesquisa. As histrias de vida nos auxiliaro a municiar nosso olhar e, por meio delas e de outras formas narrativas - como as anlises de rituais e dos cenrios que compem o cotidiano carcerrio -, as representaes sociais sero ordenadas de modo fazerem falar o silncio das vozes amordaadas dos presos da Penitenciaria Modelo Desembargador Flscolo da Nbrega, em Joo Pessoa-(PB). Utilizamos trs meios para coletar os dados: registros no dirio de campo, observaes participantes, entrevistas semi-estruturadas com os selecionados individualmente e em grupos. Para o tratamento dos dados coletados, utilizamos a escolha de cenrios do cotidiano carcerrio - o que pde nos auxiliar a dar forma concreta s escolhas tericas e metodolgicas do processo de investigao. A luz de Moscovici, as representaes sociais uma maneira particular de conhecimento presente no senso comum, tendo como funo a orientao para a ao no cotidiano; ao mesmo tempo em que essa forma de conhecimento diretriz na interao entre os indivduos. No espao carcerrio, procuramos compreender as representaes dos presidirios, movendo-nos junto a silncios, gestos, olhares, gritos, palavras e agresses. Neste lugar concreto, escutando os encarcerados tecerem suas vozes sobre o vivido, procuramos entender as suas significaes. Essa escuta se fez a partir de tempos, lugares e cenas especficas, que davam circunstancialidade ao dito e se expressavam como rituais: plenos de material institudo e de material instituinte. Tambm, as significaes em teias nos puderam mostrar como, nas situaes vividas no crcere pelos detentos, o sujeito que cometeu um delito passa a viver um percurso que vai legitimar a construo do sujeito delinqente. A dimenso da transcendncia apareceu como lugar nico onde as significaes dadas ao percurso vivido no crcere, em sua nsia de sentido, tocam explicaes de totalidade que devolvem a inteireza humana, mas no empanam a percepo do que ali se vivencia como brutal e objeto. A reificao vivida no crcere, essa coisificao ou negao dos detentos como sujeitos histricos, humanos, transcendentes, apontou a necessidade de uma prxis outra que se aperceba dos lugares, tempos e as cenas do crcere como espaos educacionais, na inteno de ultrapassar-se a alienao das possibilidades do sujeito encarcerado; mostrar como essa urdidura acontece, do ponto de vista dos encarcerados, foi tecer a malha dos rituais do cotidiano, eivados de reproduo e resistncia, junto aos subterrneos de uma memria em disputa, de uma imagtica violada na sua esperana de dignidade.
Resumo:
Com o aumento acelerado da oferta de cursos na modalidade a distncia nas instituies privadas de ensino superior brasileiras e com a ampliao de servios e produtos para atender a demanda de produo dessa modalidade de ensino. Surgem, consequentemente, novos desafios e referenciais terico-metodolgicas para produo de materiais didticos em espaos virtuais de aprendizagem. Para tanto, esta pesquisa visa investigar elementos que potencializem o uso de aplicaes computacionais que so disponibilizados em ambientes virtuais de aprendizagem, na tentativa de fornecer contribuies para indicao de parmetros de qualidade para a construo de recursos de aprendizagem para o ensino e aprendizagem no ensino online. Com isso, as condies que podem propiciar a ressignificao dos processos de mediao pedaggica e construo de material didtico em AVAs passam a ser elementos importantes a se considerar. Alm de contemplar os recursos computacionais, surge a necessidade de identificar o perfil dos profissionais (professor conteudista e designer instrucional) envolvidos diretamente com o processo de elaborao de materiais, sem desconsiderar as ferramentas geis de produo (rapid learning) como possveis elementos facilitadores para aprimorar a qualidade de aula e ainda, constatar por meio de um mapeamento a experincia dos alunos diante do preparo das aulas. Com base nas contribuies e nos achados referenciados nessa investigao, sob o olhar de autores consagrados na escolha da temtica em questo, vislumbram-se os conceitos norteadores das teorias da aprendizagem, da motivao, do perfil formador na viso docente e discente, dos estilos de ensino e aprendizagem online, dos processos cognitivos, do planejamento e produo de um curso, dos recursos e interfaces educacionais e, por conseguinte, dos aspectos interacionais promovidos no ensino online. Os temas sobre educao e sociedade foram embasados em textos de Delors (1996), Santos (2002) e Castells (1999). Foi estudada, ainda, a relao docente com as novas tecnologias nas vises de Moran (2007), Lvy (1999) e Demo (1993) e por ltimo as contribuies de Filatro (2007, 2008) sobre as competncias necessrias para atuao e participao do trabalho do Designer Instrucional no processo de elaborao de material para facilitar aspectos inerentes cognio e facilitao do ensino e aprendizagem. A escolha metodolgica aplicada na pesquisa pode ser considerada qualiquantitativa, por preocupar-se no apenas em quantificar as opinies, mas tambm fornecer elementos que possam gerar contribuies para ampliar a qualidade de servios nesse cenrio. O percurso escolhido para anlise dos dados se deu a partir da criao de um curso gratuito de extenso acadmica a distncia, onde foi adicionado um questionrio para os alunos participantes que tinham perfil de idade de 18 a 35 anos (geraes de 70', 80' e 90') com intuito de investigar as contribuies dos aplicativos utilizados para contextualizar o material terico disponibilizado no AVA.
Resumo:
Este texto pretende ser uma incitao ao debate sobre algumas caractersticas da poltica educativo-cultural brasileira, no contexto social, poltico e econmico do pas, e sua influncia na ao educativa dos nossos museus, tomando como base algumas referncias de carter terico, bem como a nossa vivncia na rea educativa dos museus, durante 14 anos, desempenhando diversos programas com professores e alunos do 1 e 2 graus, principalmente da rede oficial de ensino. As reflexes que aqui sero apresentadas no enfocaro somente os aspectos pedaggicos e metodolgicos, por considerarmos que estes esto intimamente relacionados com os aspectos sociais, polticos e econmicos do pas, sendo que a prxis do museu e da Escola tem contribudo, directa ou indirectamente, no sentido de confirmar a ideologia dominante. Realizaremos, pois, algumas consideraes de carter histrico1, sem o objetivo de nos aprofundarmos, mas utilizando-as como referencial para nos situarmos nos diversos perodos, vez que sero determinantes fundamentais na atuao dessas instituies. Em seguida, tentaremos situar o desempenho dos nossos museus nesse contexto, o que, a nosso ver, tem confirmado a proposta do modelo educacional estabelecido, repetindo, na maioria das vezes, as prticas pedaggicas da Escola.
Proposta para a criao de um Museu da Pedra na regio de Montelavar-Pero Pinheiro (concelho de Sintra)
Resumo:
Em vrios pases do mundo, tem-se assistido nos ltimos anos ao desenvolvimento de projectos de valorizao do patrimnio arqueolgico-industrial constitudo pelas exploraes mineiras abandonadas ou ainda em lavras* . Tal como as minas, tambm algumas pedreiras tm vindo a ser objecto de ateno dos muselogos, pela riqueza que representam em termos do patrimnio cientfico, histrico, etnogrfico e arqueolgico industrial. Alguns destes projectos, tm sido levados a cabo como resultado de uma profcua colaborao entre os sectores pblico e o privado, diversificando deste modo as fontes de financiamento que garantem a prossecusso dos objectivos traados. No que respeita concretamente a intervenes sobre o patrimnio mineiro, embora existam no nosso pas algumas reas sobre as quais se justifica plenamente uma interveno a curto prazo como por exemplo de Aljustrel e as da Panasqueira, (actualmente quase desactivadas), ou as minas de carvo do Pejo, no foram ainda concretizadas quaisquer aces globais de natureza museolgica, quer focalizadas sobre as tcnicas e os instrumentos de trabalho prprios desta importante indstria, quer sobre as comunidades que se estabeleceram e viveram em torno da explorao e transformao dos recursos minerais. A proposta que se apresenta, visa precisamente contemplar estes dois aspectos: por um lado entendemos que necessrio documentar a evoluo tecnolgica da explorao e da lavra das pedras ornamentais nesta regio, por outro entendemos que tal estudo s tem significado se, paralelamente, se caracterizarem as profisses e a vida social dos operrios desta indstria.
Resumo:
A museologia contempornea tem sido repensada principalmente a partir da dcada de 70 devido a contribuio das ciências sociais e educativas que em muito fortaleceram a busca de um desenvolvimento tcnico e cientfico. Esse tem sido um processo da maior importncia para todas as ciências: de um lado a antropologia trabalhando com o conceito de cultura e bem cultural de forma mais abrangente, sem discriminar nenhum segmento social e de outro a pedagogia pondo em discusso a educao dialgica e participativa na qual o homem entendido como sujeito histrico. Com as transformaes da sociedade revelou-se mais evidente a necessidade de um fazer museolgico de maior interveno social. Oficialmente essa museologia participativa e comunitria legitima-se atravs de documentos como a Mesa Redonda de Santiago no Chile, Declarao de Quebec e a Declarao de Caracas, documentos fundamentais para a compreenso da museologia actual na medida que traduzem mudana do Pensamento Museolgico contemporneo. Mudanas que podem ser percebidas, de modo a melhor compreender a forma como o homem se relaciona com o bem cultural; o patrimnio cultural que passa a ser trabalhado no s por suas caractersticas fsicas mas tambm por toda uma gama de informao que est para alm destas e uma nova conceituao de museu e de museologia.
Resumo:
O presente trabalho teve como ponto de partida os resultados dos rendimentos escolares apresentados pelo SAEB (Sistema de Avaliao da Educao Bsica) e o SAEPE (Sistema de Avaliao Escolar de Pernambuco), frente s aes de intervenes promovidas pelas polticas pblicas implementadas pelo governo de Pernambuco, atravs dos programas de formao continuada, direcionados na perspectiva de reverter os baixos ndices do rendimento escolar, o que nos possibilitou a delinear objetivos que nos permitissem a identificar a relao entre os indicadores do SAEB, SAEPE e Programas de Formao Continuada no redimensionamento do saber fazer docente e implicaes na melhoria do desempenho docente, bem como identificar limites e possibilidades da formao na melhoria do desempenho docente, em razo dos indicadores apresentados. As transformaes do mundo tm interferido de forma contundente no campo da educao, bem como nos vrios aspectos da gesto educacional, escolar, curricular e particularmente na formao continuada, com vistas no desempenho docente, tendo como objeto crescente a ateno dos pesquisadores com atuao na educao. As polticas educacionais no Brasil vm demonstrado preocupao com a qualidade do ensino ofertada pela escola pblica, decorrente das presses dos organismos internacionais, que veem na educao a soluo dos problemas enfrentados por um mundo cada vez mais globalizado, de transformaes e descobertas tecnolgicas que caracterizam hoje, a chamada sociedade do conhecimento. Tal contexto, em que a escola pblica brasileira se encontrava, mobilizou os gestores a buscarem aes de interveno no sentido de reverter o quadro to comprometedor que o ensino pblico da Educao Bsica brasileira se apresentava. O repensar das prticas pedaggicas vivenciadas no contexto escolar, recai sobre o professor, a responsabilidade do resultado que a escola apresenta. Falar da prtica pedaggica recai necessariamente na formao inicial e continuada desse professor. Para sua realizao utilizou-se uma abordagem quantitativa e qualitativa. As tcnicas de coleta de dados foram aplicao de questionrios a 100 professores da educao bsica da rede pblica, entrevistas com cinco formadores e anlise dos documentos relacionados com a poltica de formao continuada. O estudo demonstrou que o modelo proposto, pouco tem contribudo para o desenvolvimento profissional docente, no envolvendo, portanto, o professor diretamente no processo formativo, com exceo dos que participam de alguns programas (SAEB / SAEPE) que visam diretamente melhoria dos ndices de aprendizagem em lngua portuguesa e matemtica, na perspectiva de que a formao os instrumentalize a aplicar tcnicas, que a formao continuada no atende nem suas necessidades, nem da escola. Os demais professores s se encontram uma vez por ano, em estilo de grande evento, enquanto as formaes ocorrem de forma desarticulada e fragmentada. Em consequncia, foram apresentadas algumas reflexes no intuito de provocar e contribuir na reviso da concepo de formao continuada vivenciada pelos professores da rede pblica do ensino de Pernambuco.