10 resultados para Moçambique História - Independência e guerra civil, 1975-1994
em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal
Resumo:
RESUMO: Angola tem sido ao longo dos tempos objecto de cobia por parte de pases estrangeiros por motivaes diversas, que foram desde interesses coloniais como aconteceu com Portugal, que durante sculos a colonizou, e da Holanda, que dominou Luanda entre 1641 e 1648 ou por interesses hegemnicos, ideolgicos e polticos como sucedeu com os EUA e a URSS, mas tambm com a Republica Popular da China e Cuba e at por interesses regionais como foram os casos da frica do Sul e dos contguos Congo Belga, hoje Republica Democrtica do Congo, e Zmbia. No entanto, a todos estes interesses diversos no se pode excluir um que lhes transversal: o interesse econmico. De facto, os 1246700 km de que Angola dispe, aliados sua excelente localizao geogrfica com uma extensa costa atlntica e a sua extraordinria riqueza em recursos naturais podem explicar este envolvimento estrangeiro na História de Angola. No que diz respeito ao objecto da Dissertao, o envolvimento da ONU nas questes relacionadas com Angola remonta dcada de 50, ou seja, ao perodo colonial e muito antes da independência do pas em 1975, devido poltica descolonizadora sada da II Guerra Mundial. Alm disso, a dinmica que emergiu da II Guerra Mundial, rapidamente, reconfigurou o panorama poltico internacional em dois blocos: o ocidental liderado pelos EUA e o de Leste liderado pela URSS, que se envolveram numa Guerra Fria, polarizao cujos efeitos se ligam de forma trgica guerra em Angola, primeiro para a autodeterminao, e, depois, j num contexto de independência, num conflito armado que ultrapassou o plano interno. Os interesses dos EUA e da URSS, que comearam por ser antagnicos, deram lugar em 1989 com o fim da bipolaridade a uma cooperao mais aberta e uma abertura poltica em Angola rumo paz e ao incio da construo da democracia. Neste trabalho estuda-se o papel da ONU em Angola, quer no perodo de luta pela independência, quer depois, na busca da paz no sangrento conflito nem sempre civil que mesmo antes da data da independência, a 11 de Novembro de 1975, e at Fevereiro de 2002, dilacerou o pas. Procura-se, igualmente, analisar o contributo da ONU na consolidao das instituies e na construo de um regime democrtico em Angola. ABSTRACT: Angola has been along time subject to the greed of several foreign countries for many reasons and motivations which go from colonial interests - that is the cases of, Portugal which for centuries colonized it, and Netherlands under whose administration had been Luanda between 1641 and 1648 - or for hegemonic, ideological and political interests - as it happened in regard to USA and USSR, but also Peoples Republic of China, Cuba, - and even for regional interests - regarding South Africa Republic, and the neighbouring countries, Democratic Republic of Congo (ancient Republic of the Congo Leopoldville), and the Republic of Zambia. On the other hand to these interests we may join another which is transversal to all of them: economic interest. Effectively, Angolas 481,351 square miles (1,246,700 Km2) estimated area, combined with its excellent geographical location with a lengthy Atlantic coast, its extraordinary richness in natural resources may well explain this foreign participation in its Political History. Concerning the objective of this work, the UN has been involved in matters regarding Angola since the decade of 50 of the last century, during the colonial period, long before the independence of the country in 1975, due to the decolonization policy emerged from the Second World War. Furthermore, after the Second World War, international environment has changed, transforming quickly the world into two main blocs, the West with the leadership of the USA and the East with the leadership of USSR which went into a Cold War. The effects of this polarization reached tragically Angola, early in the fight for self-determination, and went on later after independence in an armed conflict, which has overcome the internal dimension. The USA and USSR interests, at the beginning being antagonistic had become by 1989, with the end of bipolarity, more cooperative, leading Angola to a political reform towards peace and beginning the construction of democracy. In this academic work its studied the UNO role in Angola since the fight for self-determination early in the sixties of last century, and later in the search for peace during the bloody - and not always civil war conflict which very before independence date in 11th November 1975, and as long as 2002, divided the country. Additionally, this work aims to understand the UNO contribution to consolidate institutions and to promote democracy in Angola.
Resumo:
Angola viveu largos sculos sob o peso do colonialismo a que se sucedeu uma longa guerra civil. Em 1989, cai o Muro de Berlim e comeam as primeiras negociaes em ordem ao cessar-fogo. A crueldade da guerra acentua-se e este pas lusfono s conhece o fim dos combates em 2002, com a assinatura do Memorando de Luena, aps a morte do Dr. Jonas Savimbi. Este trabalho estuda as numerosas Mensagens publicadas pelos Bispos Catlicos. H uma ideia de fundo que passa por todas elas: a da urgncia da paz. Sempre se prope um calar de armas, um sentar-se para negociar, um olhar para o povo mrtir, um ler melhor a declarao universal dos direitos humanos. Como caminhos para a paz, a Conferncia dos Bispos sempre apontou a democratizao do pas, o multipartidarismo e as eleies livres. Estas foram,durante anos a fio, ideias proibidas em Angola. Estes textos, alm de ricos em contedo, so revolucionrios nas dinmicas que geraram e nos caminhos que abriram. Alm do mais, no se situavam no simples mbito de teorias, uma vez que a Igreja escrevia e agia. As intervenes humanitrias no terreno, sobretudo atravs da Caritas e das Misses, foram decisivas para salvar milhares de pessoas da fome e da morte por doenas.
Resumo:
At Maio de 1990 o que hoje a Repblica do Yemen dividia-se entre dois estados separados: a Repblica rabe do Yemen tambm conhecida como Yemen do Norte e a Repblica Popular Democrtica do Yemen, ou Yemen do Sul. A Reunificao implicou uma complexa e delicada distribuio de poderes em que o presidente do Yemen do Norte ficava o presidente do novo pas e o presidente do Yemen do Sul o seu vice-presidente. Isto era um acordo difcil de se aguentar e em pouco tempo o vice presidente chefiou uma tentativa de secesso que levou a uma curta Guerra civil ganha pelo presidente estabelecido.A partir da a inteno bvia de criar um carcter nacional homogneo manifestou-se em aces como a transfuso da populao do sul para norte e vice-versa. Do ponto de vista especfico de uma gramtica arquitectnica, um dos aspectos mais evidentes para um visitante agora a difuso de esteretipos caractersticos das cidades do norte e que parece estarem a ser muito bem aceites, por muito estranhos que apaream no tecido consolidado pelas maneiras prprias de construir no sul. Percebe-se que se apresentam como uma verso deste tempo de um Estilo Yemenita que suposto sobrepor-se enorme variedade de tradies regionais de construo, tal como foram documentadas por este autor em publicaes anteriores.Contudo isto no uma regra geral; e um caso exemplar o do Hadramaute onde uma slida tradio de construo em terra ao servio de uma linguagem arquitectnica com uma forte identidade no perdeu nenhum do seu vigor. Isto pode-se explicar por vrias razes mas h uma que abertamente expressa: o sentido de identidade dos Hadramitas e a resistncia que parecem opor a quaisquer influncias que ameacem a relativa independência que mantiveram ao longo da sua história.Este artigo tenta ilustrar o confronto entre os esteretipos do que deseja ser uma representao de arquitectura nacional e os sinais identitrios de formas e tcnicas, umas consolidadas outras em evoluo, tal como se observaram numa rea significativa do Hadramaute durante o trabalho de campo levado a cabo em 2006.
Resumo:
Traduo para portugus de Handbook of Standards. Documenting African Collections International Council of African Museums AFRICOM & International Committee for Documentation (CIDOC) - ICOM / Culturlia / TERCUD-ULHT. A traduo para portugus do Manual de Normas Documentando Acervos Africanos o qual foi em boa hora realizado pelo AFRICOM Conselho Internacional dos Museus Africanos, vem facilitar a imensa tarefa dos Museus dos pases de lngua portuguesa em favor da defesa e da valorizao dos patrimnios culturais em particular no domnio da Documentao Museolgica. Trata-se de disponibilizar um importante recurso de trabalho destinado a apoiar, tanto os museus existentes data da Independência, como aqueles que desde ento foram criados, no s nas grandes cidades mas tambm nos municpios mais afastados e com menos recursos. No momento em que se edita este manual, importa prestar a devida homenagem a todos aqueles, profissionais de museologia e amigos dos museus, que durante os muitos anos de guerra civil souberam manter esses museus abertos e salvaguardar suas coleces em condies de extrema dificuldade, contra a violncia daqueles que tentaram impedir por todos os meios que Angola, Moçambique e mais tarde a Guin-Bissau, seguissem o caminho da paz e do progresso aps a Independência. Este manual ajudar, certamente, organizao, o controlo e gesto das colees que sempre ocuparo um lugar central nos Museus, quer se trate de Museus mais tradicionais ou de Museus mais envolvidos com o desenvolvimento local e nos quais as coleces so, sobretudo, um referencial de identidade e uma razo para criar parcerias e redes para a paz e o progresso da incluso social.
Resumo:
Os indianos comeam a chegar a Portugal desde a chegada de Vasco da Gama ndia. O celebrado ourives Raulu Chatim na corte de D. Manuel era um deles. Houve outros para quem Joo de Barros escreveu uma cartilha para lhes ensinar a lngua portuguesa. Os goeses comeam a chegar a Portugal com regularidade com bolsas de estudos e como deputados na camara real dos deputados no periodo liberal. As bolsas eram pagas pelas camaras agrrias de Goa. Chegaram a Portugal os padres acusados de conjurao em 1787. Aps a ocupao indiana de Goa o governos portugus facultou a viagem a todos os goeses que quisessem abandonar Goa. O maior nmero de sempre veio via Moçambique depois da independência daquele pas em 1975. Alguns goeses tm chegado em tempos mais recentes aps 25 de Abril e integrao de Portugal na Unio Europeia.
Resumo:
Aps a guerra civil espanhola (1936-1939), durante os anos de 1939 a 1951, assistimos em Espanha a um perodo de dura represso contra todas as manifestaes educativas republicanas, socialistas e de esquerda. Ao mesmo tempo, por razes de isolamento face ao exterior, de sobrevivncia econmica, e de construo ideolgica e poltica do novo Estado fascista, a Espanha ruraliza-se. A escola rural vai ocupar, durante estes anos, um lugar central e de relevo no novo modelo educativo do regime de Franco. Ser o corao da nova educao fascista.
Resumo:
A Espanha contempornea foi violentamente marcada pela Guerra Civil dos anos 30 do sculo passado e pelas violncias que a acompanharam. Marcas que ainda hoje continuam presentes na memria colectiva e na forma como essa memria contribui para a demarcao de campos polticos e ideolgicos.
Resumo:
Os conflitos armados que, ao longo de dcadas, constituem fenmenos integrantes do quotidiano de vrios pases africanos em desenvolvimento, so potenciados e perpetuados pelas situaes de pobreza e de declnio econmico que os caracteriza. O nexo de causalidade circular entre as guerras civis e o subdesenvolvimento traduz um ciclo vicioso que mantm os pases mais pobres refns da armadilha do conflito que os condiciona e dificulta a implementao de medidasde promoo do desenvolvimento. Este ciclo vicioso constitui uma inverso do desenvolvimento e evidencia como legado de uma guerra civil a grande probabilidade de ocorrncia de uma outra guerra civil. No obstante a relao de causa-efeito frequentemente estabelecida entre o fraccionamento tnico-lingustico e a ocorrncia de conflitos violentos, so os factores de ordem econmica (nomeadamente a sobre-dependncia relativamente exportao de recursos naturais de grande valor) os principais elementos indutores da conflitualidade armada em frica. Ademais, a propagao transfronteiria destes conflitos intra-estatais, atravs dos fenmenos de spill over e spill into, maximizada por um conjunto de redes (militares, econmicas, polticas e sociais) que se tendem a estabelecer entre estados contguos. Deste modo, independentemente dos factores, agentes e aces potencialmente na origem dos conflitos, as suas consequncias sero internacionalizadas colocando em causa a estabilidade regional.
Resumo:
Angola vivia em guerra civil de 1989 a 2002, arco temporal que esta tese abrange. A minha investigao props-se estudar o impacto poltico das intervenes da Igreja Catlica na pacificao do pas. O papel que a Igreja desempenha na Paz deriva dos seus compromissos na luta a favor da Justia. Para a fundamentao terica aprofundei conceitos de Justia, Paz, Poltica e Conflito, Cultura Banto, Teologias Africanas e Igreja Colonial, elementos que esto encadeados. O trabalho de campo incidiu sobre as Mensagens dos Bispos de Angola, Depoimentos e Eventos, Movimentos e Instituies, confirmando que as intervenes da Igreja Catlica tiveram impacto poltico e foram decisivas para o fim da guerra civil, abrindo caminhos reconciliao dos angolanos e reconstruo das estruturas num pas marcado por 27 anos de guerra civil. A Igreja Catlica interveio a favor da Justia e da Paz, sendo este trabalho legitimado pela coerncia das suas posies e pelo reconhecimento, confiana e apoio por parte das populaes. Este dado confirmado por figuras independentes como o caso do Presidente Eduardo dos Santos, do Dr. Jonas Savimbi e jornalistas e acadmicos citados. Num contexto de desequilbrio total, as prticas da Igreja so reequilibradoras da Paz custa da Justia.
Resumo:
Que Espaa ha arrastrado un atraso secular respecto a los pases de su entorno es un lugar comn a la hora de caracterizar un desarrollo histrico singular. Que ese atraso se remonta, probablemente, al momento en que comienza el declive del imperio colonial espaol es una suposicin a la que cabra hacer mltiples matizaciones. Que las consecuencias de ese atraso se vieron agravadas en el siglo XX, hasta el punto de suscitar la frase de Unamuno en la que juegan a partes iguales el sarcasmo y la reivindicacin de lo singular, teido todo ello de un pesimismo muy del gusto tenebrista-, es algo que cualquier observador imparcial o cualquiera que haya vivido un buen trecho de ese siglo XX- jams pondra en duda. Mxime, quien conozca el impacto de la sublevacin militar de 1936 que condujo, tras una cruenta guerra civil (1936-39), al triunfo del General Franco y a la instauracin de una dictadura que habra de sobrevivir durante varias dcadas.