10 resultados para Memória Aspectos sociais

em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal


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Introduo: O adiamento das altas clnicas nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) por motivos sociais actualmente considerado um dos principais motivos que impedem a integrao atempada de novos clientes na Rede Nacional de Cuidados Continuados, RNCC, daqui em diante designada como a REDE. Este atraso tem impacto ao nvel da recuperao e estabilizao dos utentes, bem como ao nvel de eficincia e eficcia da UCCI, no podendo deixar de se considerarem os aspectos sociais e econmicos. Objectivo Geral: Identificar os determinantes que influenciam as altas clnicas em UCCI. Mtodos e Populao do Estudo: Este um estudo de caso colectivo, em que os dados observacionais, transversais, so recolhidos por meio de questionrio de auto-relato (por cada rea de interveno directa) e por anlise dos processos de consulta de pacientes. O objecto desta pesquisa abrange dois grupos: o grupo de amostra composto por 70 profissionais de sade que lidam directamente com os utentes e o grupo amostra composto de utentes internados na UCCI L Nostrum, com alta clnica entre 1/1/2011 e 31/12/2012, e que foram integrados atravs da REDE. Foram recolhidos os dados de 293 utentes sendo objecto de estudo os casos de 83 utentes integrados atravs da REDE e com prolongamento de internamento por motivos sociais. Resultados: Na percepo dos profissionais de sade, as respostas institucionais apresentam-se como a condicionante mais indicada, tanto para os utentes em geral, com 22 indicaes (88%) como para os utentes da REDE, com 10 indicaes (40%). Relativamente aos motivos familiares h referncia de 76% para os utentes em geral e de 36% para os utentes da REDE. Os motivos econmicos tambm apresentam, para os profissionais inquiridos, um valor expressivo (68%) nos utentes em geral, estando nos da REDE este factor condicionante a par com os motivos familiares (36%). Os motivos estruturais tm menor expresso tanto nos utentes em geral (32%) como nos utentes da REDE (16%). Outros para os utentes em geral, refere-se a dependncia funcional (4%). Nos motivos familiares, para os utentes em geral, 23 (92%) foi mais vezes indicada a insuficincia de suporte familiar, para os utentes da REDE, 13 (52%). A ausncia de suporte familiar, para os utentes em geral, representa 48% das respostas, seguindo-se o suporte inadequado (28%) e a ausncia de cuidadores (24%). Para os utentes da REDE, o suporte inadequado apresenta-se como segundo motivo (7%), seguindo-se a ausncia de suporte familiar (16%). Na percepo dos profissionais, os utentes da REDE esto tambm condicionados pela distncia geogrfica (8%) da sua rea residencial. Em termos estruturais, os motivos mais assinalados pelos profissionais para a generalidade dos utentes foram as barreiras fsicas mobilidade (80%) e a habitao sem condies bsicas de habitabilidade (78%). Os mesmos motivos foram assinalados para os utentes da REDE, barreiras fsicas mobilidade (40%) e habitao sem condies de habitabilidade (28%). No entanto, relativamente aos utentes em geral, a ausncia de habitao (29%) e a distncia geogrfica (4%) tambm foram motivos assinalados. Dos motivos econmicos percebidos pelos profissionais, a insuficincia de rendimentos o factor mais assinalado pela generalidade dos utentes (84%) e pelos da REDE (68%), seguida da percepo da capacidade de reposta limitada das instituies, 64% para a generalidade dos utentes e 28% para os da REDE e por fim os tipos de respostas insuficientes para as necessidades individuais dos utentes (20% dos utentes em geral e 12% da REDE). No total dos dois anos, 2011 e 2012, verificaram-se na UCCI L Nostrum 293 prorrogaes (100%) das quais 210 (71,6%) foram consideradas dentro do prazo e justificadas com motivos clnicos, enquanto 83 (28,3%) foram efectivamente protelamentos por motivos sociais, tendo em conta que nestes casos os utentes j no tinham critrios clnicos que justificassem a sua permanncia na UCCI. Das 210 prorrogaes consideradas dentro do prazo e justificadas com motivos clnicos, 93 (44,3%) foram-no por tempo de espera para transferncia de UCCI. Em 2011, dos 146 utentes com alta protelada (100%), 50 utentes (34,2%) permaneceram na UCCI por motivos sociais, enquanto em 2012 houve registo de 33 casos de protelamento (22,4%) em 147 (100%) altas prorrogadas. Concluses: Dos factores identificados como motivo de protelamento nos 83 utentes, estritamente por motivos sociais, destaca-se o protelamento de alta por espera de integrao em equipamento/resposta adequada, nomeadamente lar ou servios de apoio domicilirio (79,5%), seguindo-se a insuficincia de rendimentos do utente/familiares para contratao de servios ou resposta institucional (74,7%), a inexistncia de condies habitacionais para regresso ao domiclio (63,9%) e a insuficincia de suporte familiar (54,2%). Regista-se tambm a inadequao do suporte familiar (31,3%), a inexistncia de suporte familiar (28,9%) e, em menor percentagem, a ausncia de condies estruturais (13,3%). A ausncia de domiclio (sem abrigo) (8,4%) e a ausncia de rendimentos (4,8%) tambm foram factores inibidores da alta clnica. Dos 293 utentes identificados que tiveram protelamento da alta por motivos sociais verificou-se que 144 (49,1%) dos utentes permaneceram unicamente pela existncia de condicionantes institucionais e familiares/estruturais. Aspectos ticos: ao longo deste estudo, foram assegurados e respeitados, todos os procedimentos de garantia da confidencialidade e rigor na recolha dos dados, e a no interferncia nas dinmicas da instituio, dos utentes e dos profissionais.

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Este texto pretende ser uma incitao ao debate sobre algumas caractersticas da poltica educativo-cultural brasileira, no contexto social, poltico e econmico do pas, e sua influncia na ao educativa dos nossos museus, tomando como base algumas referncias de carter terico, bem como a nossa vivncia na rea educativa dos museus, durante 14 anos, desempenhando diversos programas com professores e alunos do 1 e 2 graus, principalmente da rede oficial de ensino. As reflexes que aqui sero apresentadas no enfocaro somente os aspectos pedaggicos e metodolgicos, por considerarmos que estes esto intimamente relacionados com os aspectos sociais, polticos e econmicos do pas, sendo que a prxis do museu e da Escola tem contribudo, directa ou indirectamente, no sentido de confirmar a ideologia dominante. Realizaremos, pois, algumas consideraes de carter histrico1, sem o objetivo de nos aprofundarmos, mas utilizando-as como referencial para nos situarmos nos diversos perodos, vez que sero determinantes fundamentais na atuao dessas instituies. Em seguida, tentaremos situar o desempenho dos nossos museus nesse contexto, o que, a nosso ver, tem confirmado a proposta do modelo educacional estabelecido, repetindo, na maioria das vezes, as prticas pedaggicas da Escola.

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O presente estudo pretende propor a criao de um museu do territrio para o concelho de Alcanena baseado na necessidade de proceder identificao, estudo e salvaguarda do patrimnio local colocando-o ao servio das comunidades e do seu desenvolvimento sustentado. Tratando-se de um estudo de caso, ir nortear-se pelos princpios e pelas noes da nova museologia bem como na compreenso e entendimento da noo de ecomuseologia, trabalhando os seguintes aspectos: As noes de patrimnio, identidade e memória, sua contextualizao e a forma como as instituies museolgicas fazem a sua apropriao; . O estudo da museologia no Sculo XX, baseada nas teorias museolgicas contemporneas da nova museologia, focando a importncia que a defesa e salvaguarda do patrimnio detm na promoo de novos modelos de desenvolvimento a nvel local, tendo como suporte a legislao nacional e internacional especfica na rea; A importncia que a promoo e implementao de um museu do territrio descentralizado e polinucleado no concelho de Alcanena poder assumir no contexto da salvaguarda patrimonial e do desenvolvimento sustentado local; Uma proposta concreta para a criao do Museu do Territrio do Concelho de Alcanena com vista implementao do turismo sustentvel visando o desenvolvimento econmico e social das populaes. O estudo realar a importncia das autarquias locais em todo o processo de salvaguarda patrimonial e desenvolvimento sustentvel baseado no seu conjunto patrimonial.

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As organizaes so responsveis por uma significativa fatia das nossas experincias de vida e constituem um invlucro que raramente nos abandona, que atravessamos diariamente e nos deixa marcas, umas mais benvolas e gratificantes,outras aterradoras ou estigmatizantes. As organizaes so tudo isto e ainda veculos, talvez dos mais importantes, que crimos para cooperar e, paradoxalmente, nos magnificarmos individual ou colectivamente. Neste nosso estudo procurmos descrever e interpretar o funcionamento das organizaes, concentrando-nos em processos que consideramos hoje particularmente crticos: as institucionalizaes de sentido. A nossa hiptese de partida levou-nos a sustentar que os processos de institucionalizao e de auto-institucionalizao desempenham um papel central nas sociedades actuais, submetidas mais do que nunca a brutais oscilaes entre o orgnico e o inorgnico. A centralidade destes processos de auto-institucionalizao tentada e, em alguns casos, consumada decorre do facto de se assistir a uma crescente impregnao do social e do pessoal pelo institucional como condio para uma maior eficcia quer dos indivduos, quer das organizaes. Institucionalizar significa encurvar a linha do tempo para fazer existir algo, criar um tempo prprio para que um nome, uma imagem, um valor, uma rotina, um produto, enfim, um edifcio de sentido possa perdurar. Trata-se de um jogo que consiste em procurar as melhores oportunidades para os nossos projectos e ambies (alis, no caso da nossa prpria auto-institucionalizao como se dissssemos: suspenda-se o tempo linear para que esta representao ou verso mtica de mim possa existir e vingar). De forma mais dramtica ou mais ldica, tal tipo de jogo generalizou-se e tem como palco privilegiado, mas no exclusivo, os media. Em resumo: institucionalizar sempre ralentir son histoire (Michel Serres), introduzir uma temporalidade mtica no tempo histrico da comunicao e ocupar um lugar numa estrutura institucionalizada de memória, retirando da considerveis vantagens simblicas e materiais. No restringimos, pois, estas observaes esfera organizacional. A compulso generalizada a tudo tornar instituio arrasta-nos a ns prprios enquanto indivduos, traindo um intenso desejo de permanecer, de resistir volatilidade social, ao anonimato, de tal modo que podemos falar hoje em instituies-sujeito e em sujeitos-que-se-modelam-como-instituies. Pela sua prpria auto-institucionalizao os indivduos procuram criar um campo de influncia, estabelecer uma cotao ou uma reputao, fundar um valor pelo qual possam ser avaliados numa bolsa de opinio pblica ou privada. Qual o pano de fundo de tudo isto? O anonimato, causador de to terrveis e secretos sofrimentos. Alguns breves exemplos: a panteonizao ou, alis, a vontade de panteo de Andr Malraux; o processo de auto-santificao de Joo Paulo II, como que a pr-ordenar em vida o percurso da sua prpria beatificao; o gnio cannico dos poetas fortes, teorizado por Harold Bloom; o mpeto fundacional que se manifesta na intrigante multiplicao no nosso pas de fundaes particulares civis criadas por indivduos ainda vivos; ou, mais simplesmente, a criao de um museu dedicado vida e carreira musical da teen-diva Britney Spears, antes mesmo de completar vinte anos. Mas, afinal, o que fizeram desde sempre os homens quando institucionalizavam actividades, prticas ou smbolos? Repetiam um sentido e,repetindo-o, distinguiam-no de outros sentidos, conferindo-lhe um valor que devia ser protegido. A ritualizao, ou, se se quiser, um processo de institucionalizao, envolve, entre outros aspectos, a proteco desse valor estimvel para um indivduo, uma faco, um agrupamento ou uma comunidade. Processos de institucionalizao, e mesmo de auto-institucionalizao, sempre os houve. No encontraremos aqui grande novidade. Os gregos fizeram-no com os seus deuses, institucionalizando no Olimpo vcios e virtudes bem humanas. Quanto s vulnerabilidades e aos colapsos da nossa existncia fsica e moral, as tragdias e as comdias helnicas tornaram-nos a sua verdadeira matria prima. A novidade reside sobretudo nos meios que hoje concebemos para realizar a institucionalizao ou a auto-institucionalizao, bem como na escala em que o fazemos. A nossa actual condio digital, por mais que a incensemos, no muda grande coisa questo de base, isto , que as projeces de eternidade permanecero enquanto o inorgnico continuar a ser o desafio que ciclicamente reduz a nada o que somos e nos faz desejar, por isso mesmo, ostentar uma mscara de durao. Defendemos tambm neste estudo a ideia de que as narrativas, sendo explcita ou implicitamente o contedo do institudo, so simultaneamente o meio ou o operador da institucionalizao de sentido (no o nico, certamente, mas um dos mais importantes). O acto de instituir consubstancial do acto narrativo. Instituir algo relatar, com pretenso legitimidade, quem , o que e a que privilgios e deveres fica submetido esse institudo, trate-se de uma ideia, valor, smbolo, organizao ou pessoa. Mesmo quando a complexidade do discurso jurdico parece querer significar que se instituem apenas normas ou leis, bem como o respectivo regime sancionatrio, o que, na verdade, se institui ou edifica (o que ganha lugar, volume, extenso material e simblica) so sempre redes de relaes e redes de sentido, isto , narrativas, histrias exemplares. A institucionalizao o mecanismo pelo qual respondemos, narrativamente, disperso dos sentidos, a uma deficiente focagem da ateno social ou da memória, e procuramos estabilizar favoravelmente mundos de sentido, sejam eles reais ou imaginados. Apresentemos, muito sumariamente, algunspontos que nos propusemos ainda desenvolver: Num balanceamento permanente entre orgnico e inorgnico (pois os tempos so de disperso do simblico, de des-legitimao, de incerteza e de complexidade), as organizaes erguem edifcios de sentido, sejam eles a cultura empresarial, a comunicao global, as marcas, a imagem ou a excelncia. Neste contexto, a mera comunicao regulada, estratgica, j no cumpre eficazmente a sua misso. A institucionalizao um dos meios para realizar a durao, a estabilizao de projectos organizacionais e de trajectos individuais. Mas nem os prprios processos de institucionalizao se opem sempre eficazmente s bolsas de inorgnico, potencialmente desestruturantes,que existem dentro e em torno da organizao. Os processos de institucionalizao no constituem uma barragem contra o Pacfico. A eroso e o colapso espreitam-nos, ameaando a organizao, como ameaam igualmente as ambies dos indivduos na esfera pblica ou mesmo privada. Uma das respostas preventivas e, em alguns casos, tambm reparadoras de vulnerabilidades, eroses e colapsos (seja de estruturas,de projectos ou de representaes) a auditoria. As auditorias de comunicao, alis como as de outro tipo, so prticas de desconstruo que implicam fazer o percurso ao invs, isto , regressar do institudo anlise dos processos de institucionalizao. O trabalho de auditoria para avaliar desempenhos, aferindo o seu sucesso ou insucesso, comea a ser progressivamente requisitado pelas organizaes. Tivemos, alis, a oportunidade de apresentar uma abordagem narrativa-estratgica de auditoria de comunicao, recorrendo, para o efeito, a algumas intervenes que acompanhmos em diversas empresas e instituies, as quais, em vrios momentos, se comportaram como verdadeiras organizaes cerimoniais, retricas. Assim, comemos por destacar as dificuldades que uma jovem empresa pode sentir quando procura institucionalizar, num mercado emergente, novos conceitos como os de produto tecnolgico e fbrica de produtos tecnolgicos. Vimos, em seguida, como uma agncia de publicidade ensaiou a institucionalizao de um conceito de agncia portuguesa independente, ambicionando alcanar o patamar das dez maiores do mercado publicitrio nacional. Uma instituio financeira deu-nos a oportunidade de observar posicionamentos de mercado e prticas de comunicao paradoxais a que chammos bicfalos. Por fim, e reportando-nos a um grande operador portugus de comunicaes, apresentmos alguns episdios erosivos que afectaram a institucionalizao do uso de vesturio de empresa pelos seus empregados. Haver um conhecimento rigoroso das condies em que funcionam hoje as organizaes enquanto sistemas de edificao e de interpretao de sentido? No o podemos afirmar. Pela nossa parte, inventarimos filiaes tericas, passmos em revista figuraes, prticas e operatrias. Analismos as condies em que se institucionalizam, vulnerabilizam, colapsam e reparam estruturas de sentido, seja nas organizaes seja em muitas outras esferas sociais e mesmo pessoais. Um glossrio mnimo com conceptualizaes por ns prprios criadas ou afinadas podia contemplar as seguintes entra das, entre muitas outras possveis: quadro projectado, quadro literal, mapa de intrigas, capacidade de intriga, tela narrativa, narrao orgnica e fabuladora, narrativa cannica, edifcio de sentido, estrutura institucionalizada de memória, memória disputada, cotao social, processo de institucionalizao e de auto-institucionalizao,institucionalizao sob a forma tentada, actividade padronizada, trabalho de reparao de sentido. Diramos, a terminar, que a comunicao, tal como a entendemos neste estudo, o processo pelo qual os indivduos e as organizaes realizam a institucionalizao, isto , disputam, mantm viva e activa uma memória e, ao mesmo tempo, previnem, combatem ou adiam as eroses e os colapsos de sentido que sempre acabam por vir dos seus ambientes interiores ou exteriores. A comunicao est hoje, claramente, ao servio da vontade de instituir que se apoderou dos indivduos, dos grupos e das organizaes,e pela qual enfrentam e respondem aos inmeros rostos do inorgnico, a comear, como tantas vezes referimos, pelo anonimato. No estranharemos, ento, que seja por uma comunicao com vocao institucionalizadora que marcamos e ritualizamos (fazemos repetir, regressar ou reparar) o que, para ns, indivduos ou organizaes, encerra um valor a preservar e que julgamos encerrar um valor tambm para os outros.

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O tema Sexualidade abrange diversos aspectos que passam pelas caractersticas fsicas e pela subjetividade do ser humano, envolvendo percepes e significados. O objetivo deste trabalho o de analisar as representaes de alunas do Curso de Enfermagem acerca da sexualidade feminina, em tempos de internet. Para isso, recorremos Teoria das Representaes Sociais, por ser um fenmeno sempre ativo dentro da vida social, a partir das contribuies de Moscovici, de Jodelet e de outros. A anlise dessas representaes, na realidade fsica e virtual, permite identificar fatores que facilitem ou dificultem a vivncia da sexualidade, particularmente, os motivos que levam essas alunas a buscarem relacionamentos virtuais. Optamos pela pesquisa descritiva, com carter qualitativo, e pela anlise de contedo para as entrevistas no dirigidas a cinco estudantes da Escola de Enfermagem Materdei em Joo Pessoa, PB. Buscamos captar, atravs dos contedos de suas falas, gestos, expresses, silncios e as realidades dos seus discursos, de acordo com Bardin. Constatamos que as alunas do Curso de Enfermagem procuram a Internet para esclarecer dvidas sobre a sexualidade e, em relao a sexo, consideram importante a privacidade das relaes virtuais. Contudo, na relao homem e mulher, contemplam os valores tradicionais de masculinidade e feminilidade.

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Este artigo prope uma reflexo da museologia social como ferramenta na resoluo de processos de conflitualidade nas comunidades atravs da ativao da memória social. A dor dos entes que partem choradas no embondeiro so tambm modos de olhar o futuro. Fazem parte dos rituais do ciclo da vida e do renascimento no corpo social, onde as partes do todo so sucessivamente reconstrudas no devir. So modos de expresso das partes de um todo sem autonomia ontolgica. As memórias sociais enquanto representaes dos processos ontolgicos construdos nas comunidades transportam o conhecimento sobre as experincias sociais partilhadas e tornadas conscientes em cada presente como expresso duma vontade de futuros. A proposta da anlise da sociomnese na comunidade parte da ativao da conscincia da experiencia para construir aes socialmente partilhadas. Neste artigo vamos mostrar como a utilizao da sociomnese se constitui como ferramenta de investigao-ao que integra a expresso das heranas das comunidades e dos territrios na construo dos seus processos sociais. Depois de ilustrar alguns processos de reconstruo de memórias a partir das partilhas das heranas comuns, vamos procurar demonstrar a validade da utilizao da museologia social na resoluo dos conflitos e na reconstruo dos processos socioculturais das comunidades.

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A memória tem sido vinculada lembrana de um passado original, no entanto, ela pode ser compreendida a partir da reconstruo contnua de significados simblicos atribudos a objetos desvinculados de seu contexto de origem. Neste processo de reconstruo, indivduos, grupos sociais ou mesmo naes disputam significados e procuram generaliz-los. Este artigo investiga o processo de construo da memória nos primeiros museus criados no Brasil, ressaltando a relao entre eles e discursos cientficos e nacionalistas.

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A criao de redes institucionais na histria recente da Amrica Latina tem sido um resultado crucial nos processos de construo e consolidao das cincias sociais e educao. Estes processos so explicados no quadro da chamada sociedade do conhecimento e da reflexividade social. Ambos os fenmenos - a configurao de uma sociedade em rede e o acesso crescente informao - so o produto de um tempo em que produtores de redes sociais e conhecimento so tambm refletidas em experincias concretas na esfera educativa. Apresentam-se neste artigo - a ttulo exemplificativo e sem tentar esgotar o inventrio - alguns casos relevantes de redes institucionais dentro do campo das cincias sociais e da educao no contexto da Amrica Latina. Todos eles so expresso de uma forma de trabalho colaborativo e de um modo dialgico de construir e gerir o conhecimento. Em primeiro lugar, descrevem-se as contribuies de trs iniciativas que comeam e se desenvolvem a partir da segunda metade do sculo XX: o Conselho Latino-americano de Cincias sociais (CLACSO), criado em Buenos Aires, em 1964; a Faculdade Latino-americana de Cincias Sociais (FLACSO), criada em 1957, por iniciativa da UNESCO e alguns governos da regio; A Rede Latino-americana de Informao e Documentao em Educao (REDUC), fundada em 1977 com o objetivo de preservar a memória da produo educacional na regio. Por ltimo, apresentam-se, como uma experincia singular que comea na primeira dcada do sculo XXI, as iniciativas em curso da Rede Ibero-americana de investigao em polticas educativas (RIAIPE), criada em 2006, com a participao de instituies de educao superior na Amrica Latina e da Europa.

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O texto discute os aspectos terico-metodolgicos e polticos que orientam a avaliao de polticas sociais, comenta, de forma especfica, a avaliao da poltica brasileira de qualificao do trabalhador, adotada no pas na dcada de 1990, questiona as possibilidades de se empregarem modelos de avaliao que possibilitem leituras capazes de expressar as singularidades e a diferenciao das realidades mltiplas e conclui que as inovaes e as alternativas dos procedimentos avaliativos ainda no conseguem desbancar os modelos de avaliao tradicionais ancorados em testes estatsticos estandardizados e comparados.

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Estudo de caso sobre a construo de memórias e identidades sociais no Bairro da Mar, a partir do acervo fotogrfico do Arquivo Documental Orosina Vieira - ADOV, criado por um grupo de indivduos que militam na organizao no-governamental denominada Centro de Estudos e Aes Solidrias da Mar (CEASM). Constituem os objetivos desta pesquisa a anlise dos processos de criao do ADOV, uma reflexo sobre o acervo resultante destas polticas de aquisio e uma abordagem sobre a exposio fotogrfica Memórias da Mar, encaradas enquanto estratgias de construo da memória e identidades do Bairro Mar. Este estudo utilizou o mtodo antropolgico da observao participante e a pesquisa documental. (Dissertao de Mestrado em Museologia (Mestrado Memória Social - UNIRIO)