14 resultados para Lógica escolástica colonial

em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal


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Revista Lusófona de Educação

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Existem referências aos manuais de bem confessar que os Jesuitas utilizaram na Índia desde os inícios da sua actividade missionária, mas até agora não se tinha publicado nenhum para os séculos XVI-XVII. Encontrei alguns na British Library em Londres em 1994, e estão aqui analisados, dando a conhecer como a nova religião ajudava a criar cidadãos responsáveis do império colonial e a cumprir as suas leis. Para além de ajudar-nos a compreender o vocabulário e o estilo da língua vernácula destes tempos, alguém que evitasse pagar impostos ao Estado ou manipulasse os livros de contas da aldeia encorria em pecados a confessar.

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A chegada de Vasco da Gama à Índia marcou o início de uma nova era na história da Índia e do mundo. Foi um encontro marcado por colaboração e resistências. Tanto os indianos como os portugueses faziam cedências por necessidade ou por conveniências. Não se pode ignorar neste processo o impacto dos renegados portugueses que se espalharam pela Asia toda. Era o resultado da "grande soltura" após a morte de Afonso de Albuquerque que acreditava numa economia comandada. O império da sombra, tão bem descrito por Fernão Mendes Pinto prevaleceu.

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Logo após a conquista de Goa em 1510 Afonso de Albuquerque estabeleceu a Camara / Senado de Goa, que serviu os interesses coloniais muito bem durante todo o período colonial. O Senado e outras instituições afiliadas, particularmente a Miserícórdia de Goa, eram dominados pelos casados brancos. Durante o século XVI o comércio rendia, mas com a chegada dos ingleses e dos holandeses começa o declínio comercial e do poder português nos mares. Como consequências os casados começam a investir nas terras das zonas rurais, nas provincias do interior de Goa, violando os direitos e privilégios das instituições autárquicas tradicionais dos goeses. Começam assim as fricções e as resistências que se vão tornando cada vez mais intensas no decorrer dos tempos.

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A.B. da Bragança Pereira publicou a primeira versão da sua Etnografia da India Portuguesa em 1923, ou seja, 3 anos antes da instalação em Goa de um Gabinete de Antropologia do Estado da Índia. Este gabinete foi obra do médico “descendente” Germano da Silva Correia, que tinha apostado na “antropologia seletiva” com o objetivo de provar a pureza do sangue português nos descendentes na Índia, e convencido de que era uma forma de assegurar o futuro colonial português na Índia portuguesa. Bragança Pereira, de naturalidade goesa e Juiz da Relação de Goa, não partilhava essa ideologia “racista”, e produziu uma versão mais desenvolvida da sua Etnografia em 1940. Orgulhava-se da cultura indo-portuguesa, mas valorizava igualmente o património pré-português de Goa. Não foi um adepto da antropologia colonial do Estado Novo.

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Cardinal Gracia's choice of India's first cardinal, had the approval of Nehru

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RESUMO: O golpe de Estado de 1998-1999 na Guiné-Bissau é - entre outras razões - o resultado da difícil articulação e coabitação entre as principais racionalidades que afectam o xadrez sociopolítico guineense. De facto as racionalidades de tipo «weberianas», representadas maioritariamente pela população crioula, devido ao impacto da cultura colonial – o mimetismo cultural e político-económico nessa população -, não se adaptaram às racionalidades de tipo «tradicional» e estas por sua vez, não compreendem as primeiras. As práticas dos actores políticos das racionalidades de tipo «weberianas», dentro do aparelho de Estado confundiam-se com o próprio processo de construção e o funcionamento do Estado pós-colonial na Guiné De facto o Estado em referência tornou-se durante o segundo regime do PAIGC num simples instrumento político e económico a favor dos dirigentes daquele partido e da classe-Estado em geral em detrimento da população guineense sobretudo a da sociedade tradicional. E é também dentro desta lógica da difícil articulação e a coabitação de racionalidades entre actores guineenses que a suspensão do ex-Brigadeiro Ansumane Mané, das suas funções de chefe de Estado-maior das forças armadas guineenses deve ser analisada, explicada e entendida com a consequente ruptura político-militar. Certamente que a Guiné, como laboratório social, não se esgota neste trabalho, que apenas pretende abrir caminho para novas investigações. ABSTRACT: This study is focused on the analysis of the 1998-1999 «coup d’état» in Guiné as a denouncer of the difficulties in the construction of Guiné as a State and a Nation. The above mentioned coup d’état is, among other reasons, the result of the difficult articulation and cohabition among the main rationalities affecting the Guiné sociopolitical chess. The as-webeian rationalities, mainly represented by the creole population, on reproducing the colonial cultural, political and economic model, did not fit in the astraditional rationalities, which by their turn do not understand the former ones. The as-weberian practices of the main political agents within the state burocracy overlapped with the process of construction and the functioning of the post colonial state apparatus. During the second PAIGC regime the state becomes a mere political and economic instrument to favour the party leaders and the new emerging class of public workers, in detriment of the population, mainly the ones belonging to the traditional societies. It is against this sociopolitical background that the suspension of the ex-Brigadier Ansumane Mané from his functions as Chief Commander of the Armed Forces of Guiné, and the following military and political rupture, has to be analysed, explained and understood. Certainly, the study of Guiné as a social laboratory is not finished with the present research, which intended only to open the path to further researching.

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Presente en la literatura africana desde sus más tempranas manifestaciones escritas, el género autobiográfico se inscribe en una práctica que en principio resulta ajena a una cultura como la africana, centrada principalmente en fomentar valores destinados a preservar la cohesión del grupo. En África, la práctica autobiográfica nace del contacto con la Occidente, y más específicamente de ciertos agentes culturales propiciados por el nuevo sistema educativo, la prensa colonial y la labor de antropólogos y sociólogos. En el presente artículo realizaremos un recorrido a través de estos tres grandes ámbitos con objeto de analizar, tomando como ejemplo los primeros textos literarios femeninos africanos, la destreza de las escritoras a la hora de conciliar dos aspectos en principio tan antagónicos como la narración autodiegética y la transmisión de valores grupales.

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O artigo relaciona o pensamento de Antonio Gramsci com as teorias dos Estudos Subalternos. Enquadra também estes Estudos no mais abrangente panorama dos Estudos Culturais e Pós-Coloniais.

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Este trabalho debruça-se sobre a literatura pós-colonial e as questões de identidade dos escritores dos países colonizados do Magrebe. Centramo-nos em Tahar Ben Jelloun, escritor franco-marroquino que reflete sobre a sua identidade, o bilinguismo e a pertença a duas culturas assim como sobre o conceito de francofonia.

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Através da leitura dos textos mais representativos da produção académica legada pelo padre António da Silva Rego, procuramos salientar que a primazia concedida pela historiografia produzida durante o período de governação do Estado Novo acertos temas como a religiosidade do povo português, a evangelização dos povos ultramarinos ou até mesmo a problematização das metodologias empregues pelos missionários portugueses com objectivo de expandir a cristandade em terras de Além-mar inscreve-se numa lógica de proclamação do colonialismo português comosistema de dominação distinto dos seus congéneres ocidentais, a saber: a) pela ausência de práticas discriminatórias para com os povos sujeitos ao seu domínio e b) de afirmação do processo evangelizador do mundo não europeu como o fim último da colonização portuguesa e não um instrumento colocado ao serviço do poder político. Com o presente estudo procuramos ainda sublinhar que a frequência por demais recorrente destes e de outros temas que tais não seriam alheias as seguintes teorizações:c) o declínio colonial português estar associado à influência de elementos externos à causa nacional e d) de um povo que se fez nação pela ultrapassagem das suas próprias limitações.

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A instituição Recolhimento Feminino surgiu em todo o Império Português e foram de suma importância para a solução de múltiplas problemáticas que envolveram as mulheres. Questões que vão desde os desejos de devoção ao salvador, passando pela educação pura e simples até os enclausuramentos forçados. Seus perfis foram diferenciados. O mais famoso que abrigou as filhas dos funcionários reais que feneceram nas conquistas, o do Castelo de Lisboa, até os mais simples, como o da Paraíba. Houve aqueles que buscaram recuperar as prostitutas e mulheres perdidas, chamados de Recolhimento das Convertidas e aqueles que se esmeraram em promover uma educação para o casamento. Não importa qual a configuração que cada casa dessas alcançou ao longo do tempo, todas sem exceção estiveram voltadas a proteger a honra feminina e consequentemente a da família no Antigo Regime.