2 resultados para Historical context
em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal
Resumo:
Inside the stones of its most famous buildings, Évora keeps mysteries and secrets which constitute the most hidden side of its cultural identity. A World Heritage site, this town seems to preserve, in its medieval walls, a precious knowledge of the most universal and ancient human emotion: fear. Trying to transcend many of its past and future fears, some of its historical monuments in Gothic style were erected against the fear of death, the most terrible of all fears, which the famous inscription, in the Bones Chapel of the Church of São Francisco, insistently reminds us, through the most disturbing words: “Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”. If the first inquisitors worked in central Europe (Germany, northern Italy, eastern France), later the centres of the Inquisition were established in the Mediterranean regions, especially southern France, Italy, Portugal, and Spain. Consequently, the roots of fear in Évora are common to other towns, where the Inquisition developed a culture of fear, through which we can penetrate into the dark side of the Mediterranean, where people were subjected to the same terrifying methods of persecution and torture. This common geographical and historical context was not ignored by one of the most famous masters of American gothic fiction, Edgar Allan Poe. Through the pages of The Pit and the Pendulum, readers get precise images of the fearful instruments of terror that were able to produce the legend that has made the first grand inquisitor, Tomas de Torquemada, a symbol of ultimate cruelty, bigotry, intolerance, and religious fanaticism, which unfortunately are still the source of our present fears in a time when religious beliefs can be used again as a motif of war and destruction. As Krishnamurti once suggested, only a fundamental realization of the root of all fear can free our minds.
Resumo:
A presente dissertação tem como principal objectivo a análise morfológica do centro histórico de Torres Vedras. Após um rigoroso estudo do seu plano estratégico de reabilitação urbana, verifica-se a ausência de um documento complementar que permita conhecer sua identidade. A informação existente é bastante planimétrica, pouco esclarecedora da qualidade espacial do Lugar. Devido à escassa cartografia existente, julgou-se essencial desenvolver a reconstituição urbanística da cidade, permitindo dissipar algumas memórias artificiais, fomentadas pelo ‘neo-romantismo’ do Estado Novo, mas que ainda hoje se fazem sentir na memória colectiva dos torrienses. O estudo da génese fundacional do Lugar e do seu enquadramento histórico é fundamental para o entendimento do valor patrimonial enquanto conceito subjacente às políticas de reabilitação dos centros históricos. O estudo da evolução urbana de Torrres Vedras desde a vila medieval, até à cidade do séc. XXI, dando a conhecer os pólos de atracção do crescimento periurbano, e a sua relação com o centro histórico, permitiu um conhecimento mais aprofundado sobre os elementos essenciais que caracterizam a sua Identidade. Verifica-se que a matriz urbana fundacional, ainda hoje perceptível, provém da ocupação romana, materializada pelos dois principais eixos reguladores: cardus e decumanus. A leitura do passado, alicerçada sobre a historiografia e arqueologia, pretende apenas mostrar que os núcleos urbanos antigos foram sempre elementos dinâmicos, capazes de se adaptarem às circunstâncias de cada época, garantindo a sua permanência e importância até ao início do séc. XX. A abordagem feita ao centro histórico pretende demonstrar a sua potencialidade para se tornar num elemento activo da cidade de Torres Vedras, capaz de se adaptar às necessidades da sociedade do séc. XXI, sem perder a sua identidade.