2 resultados para Financial Times
em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal
Resumo:
Um olhar breve para a história financeira internacional denota que, em períodos de crise ou até mesmo de depressão das principais economias mundiais, os investidores tendem a proteger os seus investimentos, muito para além dos usuais activos financeiros, como o caso das acções, obrigações, entre outros. A principal razão para tal é que, em termos empíricos, verifica-se que estes activos referidos apresentam uma elevada volatilidade, especialmente em momentos de grande turbulência nos mercados financeiros, em virtude da incerteza quanto ao futuro das economias mundiais. Assim sendo, a presente investigação realiza uma análise em torno da previsão de volatilidade dos activos associados a arte e, assim, pretende comparar com a volatilidade existente em torno dos índices ou mercados financeiros. Para tal, serão adoptados os modelos de heterocedasticidade condicional, com a finalidade de previsão de volatilidade marginal ou incondicional. A análise efectuada baseou-se na comparação da volatilidade marginal dos índices S&P 500 e DJ Euro Stoxx 50, representativos dos activos financeiros, face à volatilidade marginal das principais empresas (Christie´s e Sotheby´s) e do principal índice de arte (ArtPrice Global Index), representativos dos activos associados à arte. Os resultados evidenciam uma diferença significativa entre as volatilidades marginais ou incondicionais previstas, resultando numa menor volatilidade prevista incondicional dos activos de arte face aos activos financeiros.
O elemento revolucinário na cidade industrial de Hard Times: do utilitarismo ao valor do senso comum
Resumo:
Na sequência da leitura que fazem da obra Hard Times, Edwin Percy Whipple e John Ruskin acusam Charles Dickens de não compreender a filosofia utilitarista e de revelar falta de rigor no tratamento dos assuntos que a esta filosofia dizem respeito. Este artigo procura demonstrar que Dickens não pretende apresentar uma teoria político-económica completa e precisa através de Hard Times. O autor procura mostrar a necessidade da entrada da fantasia na cidade industrial e utilitarista de Coketown e esta obra deverá ser observada como um veículo de reflexão e de crítica, bem como um movimento revolucionário, na medida em que resulta de um exercício artístico que sugere uma nova ordem e que permite uma transmissão de ideias cujo valor deverá ser considerado, ainda que possam revelar a simplicidade do senso comum.